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'SE CALAREM AS VOZES DOS PROFETAS AS PEDRAS FALARÃO'








quarta-feira, 21 de julho de 2010

"Há hoje, conforme promessa, poder de Deus."


por Ironi Spuldaro - membro do conselho nacional da RCC

Oração: Quando eu orar, quando eu te pedir, onde estiver, em tudo o que fizer, quando andar ou dormir, quando falar, quando te servir faze-me fiel a Ti, Senhor!

Se nossa vida é um rio de pecado, o Senhor é um oceano de misericórdia para conosco. Eu tenho um grande motivo para estar aqui hoje: eu sou crente, eu sou evangélico, eu sou pentecostal, eu sou presbiteriano, eu sou batista, eu sou da universal, eu sou pagão. Sou crente porque tenho uma mãe que me ensina a crer, sou evangélico porque o Evangelho não é um conjunto de preceitos, mas uma Pessoa que eu sigo, sou pentecostal porque faço parte de uma Igreja que se expandiu em Pentecostes; eu sou presbiteriano porque a Igreja Católica é a única que possui os in persona Christi, eu sou batista porque pelo batismo encontro um Deus que antes de ser Juiz é rico em misericórdia, sou universal de acordo com a Santa Doutrina que é proclamada por todo o mundo, povos e nações, e nossa doutrina é Jesus Cristo, eu sou pagão porque num mundo capitalista onde as pessoas se desesperam sem poder pagar suas contas no final do mês, eu consigo pagá-las, por isso sou pagão.

Viver Pentecostes implica em santidade. Em Atos 4, 29-30 diz que mal acabavam de rezar e conforme estendiam as mãos milagres e prodígios aconteciam pelo Nome de Jesus. Mas o segredo é não abandonarmos a Cruz de Cristo. Refletir sobre nossos sofrimentos, dificuldades e lutas é celebrar Pentecostes. Para onde iremos e o que queremos com a Cultura de Pentecostes? O que ela representa e aponta?

Olhando para São Padre Pio e para a Beata Elena Guerra percebemos que eles levaram a Cruz de Cristo, mas tinham o esplendor do Cristo Ressuscitado. A Cruz, para quem vive Pentecostes, não é maldição. Todos os que seguem a Jesus Cristo serão perseguidos, caluniados, etc. A Cruz é aliviada pelo esplendor da Ressurreição. Servir a Jesus Cristo sem Cruz não é, pois, celebrar Pentecostes.

Da Cruz brota a esperança. A primeira irmã da Cruz é a esperança (cf. Rm.5, 5). É o caminho para alcançarmos a Páscoa do nosso dia-a-dia. A Cruz não pode ser para nós sinal de auto lamentação ou auto-piedade. Há uma esperança que deve ser para o cristão uma força sobre os problemas, o sofrimento, as dores.
Deus não castiga a ninguém. Não haveria sentido se nosso sofrimento fosse motivo de orgulho por seguirmos a Cristo. Sofremos porque decidimos abraçar a Cruz de Cristo. A Cruz deve nos levar a enxergar a Luz do Ressuscitado. Esta esperança que brota da Cruz nos leva uma experiência muito maior de Deus, e caso contrário, leva ao desespero.

Há um sofrimento redentor e há um sofrimento destruidor. Compreender que o sofrimento deve produzir esperança para chegarmos à luz da ressurreição é viver o milagre de forma encarnada. A Cruz de Cristo tinha fundações rasas, não tinha muita estrutura para permanecer de pé, sobretudo diante do tremor de terra que houve. No entanto, a Cruz de Cristo foi a única coisa que não caiu. Todos os que a abraçarem com Cristo jamais cairão. Nela está o Redentor.

São Padre Pio aos cinco anos de idade sonhava com o diabo que batia nele, o derrubava da cama, sua cabeceira amanheceu torta, e porque o demônio fazia isso? Porque sabia que Pe. Pio iria refletir o sofrimento salvífico de Cristo no mundo. Ao mesmo tempo tinha a imagem de uma homem de branco que o pegava pela mão e dizia “Eu estou contigo”. Mais tarde diante de injúrias, calúnias e sofrimento, diante de uma imagem da Cruz, Cristo se dobra e toca nele dizendo: “Eu sou aquele Homem de branco que lhe pegava pela mão.” E Pe. Pio indagava: “Por que não via suas Santas Chagas?” E Jesus lhe responde: “Eu não precisava lhe mostrar as minhas chagas, porque você as levava por Mim.”

O brilho daqueles que caluniaram Pe. Pio, inclusive dizendo que ele usava asco para aumentar suas chagas se apagou. Mas o brilho de São Padre Pio não.

Deus nos mostrava muitos cabides vazios e um único cabide com uma veste branca que no seu interior vertia sangue como que em artérias humanas. Perguntamos incessantemente o que esta visualização significava e depois de muito jejum e silêncio o Senhor nos revelou que esta única veste era o último e maior dos avivamentos que Ele dará à humanidade, todos conhecerão a verdade e meu povo será um só rebanho.

Deus tem feito muitos milagres pela intercessão daqueles que levaram a Cruz de Cristo, como a Beata Elena Guerra. Temos visto paralíticos voltarem a andar, pessoa com 3 tumores nos pulmões, pessoas com deficiências físicas voltarem ao normal, uma mulher que em virtude de doença teve de arrancar parte das trompas ficou grávida novamente. Precisamos olhar para algumas personagens bíblicas que possuíam um forte temor a Deus, não um tremor. Por exemplo, Moisés teve temor de Deus ao libertar o povo do Egito, Davi derrotou o gigante, porém por tremor tocou a mulher de outrem. O tremor nos faz ignorar o Sagrado e colocarmos nossas esperanças no profano. Temos servido ao Senhor com temor ou com tremor?

Que tipo de evangelho, de Pentecostes estamos vivendo? Precisamos olhar para nossos irmãos, pois é isso que tem impedido os milagres em nossos Grupos de Oração. Eu quero uma experiência de Pentecostes! Quero experimentar o Teu Senhorio. A partir de hoje quero trabalhar como se tudo dependesse de mim para que Teu Nome seja conhecido. Quero me doar inteiramente, quero mergulhar, sair da marginalidade da graça. JESUS CRISTO É O SENHOR!!!

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