>

'SE CALAREM AS VOZES DOS PROFETAS AS PEDRAS FALARÃO'








quarta-feira, 30 de junho de 2010

S. João Batista e os mártires de hoje

Depois da solenidade universal dos apóstolos São Pedro e Paulo, a liturgia nos apresenta hoje a memória de outros cristãos que se tornaram os primeiros mártires da Igreja de Roma, por isso, protomártires.

O testemunho dos mártires da nossa Igreja nos recorda o que é essencial para a vida, para o cristão, para sermos felizes em Deus, principalmente nos momentos mais difíceis que todos nós temos.

Os mártires viveram tudo em Cristo.

São João Batista também viveu isso. Sua morte violenta nos faz refletir sobre as vítimas da violência em nossos dias e sobre o sentido que devemos dar à própria vida.

Por que S. João Batista foi martirizado? Poderíamos dizer que a causa imediata de sua morte foi ter denunciado o casamento ilegítimo do rei Herodes com a própria cunhada. Esta, cheia de ódio, usou sua filha para pedir a cabeça do Profeta, obrigando Herodes a mandar decapitá-lo na prisão, apesar do medo que tinha da reação do povo.

Mas, na verdade, a morte de João Batista teve causas muito mais profundas. Como profeta ele era possuído pelo Espírito de Deus, apaixonado pela Verdade e comprometido com a justiça. Em sua pregação era implacável em denunciar tudo o que estava errado. Tinha consciência de sua missão de precursor do Messias e empenhou todas as suas forças com coragem e humildade para “preparar os caminhos do Senhor” (cf. Mt 3).

Pessoas como João Batista, que se entregam à Causa do Reino de Deus e se comprometem até às últimas consequências, ainda hoje tem o mesmo destino que ele. Os sistemas de poder têm uma aversão natural a todos aqueles que não compactuam com as injustiças, com a exploração dos pobres, com a corrupção e com a destruição da vida. Infelizmente, ainda hoje, muitas pessoas são martirizadas em nosso país e no mundo, como aconteceu com a Ir. Dorothy Stang há menos de cinco anos, com Chico Mendes em 1988 e com tantos outros que derramaram o próprio sangue para que outros pudessem viver melhor.

Nenhum deles queria morrer, mas por coerência, por amor à Causa, a Deus e ao povo, não recuaram diante das ameaças de morte. Assim foi João Batista, assim os profetas e mártires do nosso tempo. O martírio hoje e em todos os tempos deve nos ajudar a refletir sobre o sentido da vida, que é Dom de Deus e deve ser cuidada. Sempre é um sinal profético para nos posicionarmos a favor das vítimas da violência, da injustiça, da impunidade e da hipocrisia de nossa sociedade que reduz as pessoas ao consumismo e ao vazio existencial.

O verdadeiro mártir é alguém que, movido pelo amor, coloca sua vida a serviço da humanidade. - Como Jesus, morre para que outros tenham vida e nunca por uma recompensa futura ou para tornar-se ‘um herói’. - Jamais para tirar a vida de pessoas inocentes, como vemos hoje nos noticiários a triste trajetória de homens e mulheres-bombas.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Solenidade de São Pedro e São Paulo


“Eis os santos que, vivendo neste mundo, plantaram a Igreja, regando-a com seu sangue. Beberam do cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus”.


Meus queridos Irmãos,


Celebramos hoje, 29/06, a festa das duas colunas da Igreja: São Pedro e São Paulo. Pedro: Simão responde pela fé dos seus irmãos (cf. Evangelho de Mateus 16,13-19). Por isso, Jesus lhe dá o nome de Pedro, que significa sua vocação de ser “pedra”, rocha, para que o Senhor edifique sobre ele a comunidade daqueles que aderem a ele na fé. Pedro deverá dar firmeza aos seus irmãos (cf. Lc 22,32). Esta “nomeação” vai acompanhada de uma promessa infalível: as “portas” (que correspondem à cidade, reino) do inferno (o poder do mal, da morte) não poderão nada contra a Santa Igreja de Cristo, que é uma realização do “Reino do Céu” (de Deus). A libertação da prisão ilustra esta promessa na primeira Leitura. Cristo lhe confia também “o poder das chaves”, ou seja, o serviço de “mordomo” ou administrador de sua casa, de sua família, de sua comunidade ou cidade. Na medida em que a Igreja é a realização, provisória, parcial, do Reino de Deus, Pedro e seus sucessores, os Papas, são administradores dessa parcela do Reino de Deus. Eles têm a última responsabilidade do serviço pastoral. Pedro, sendo aquele que responde “pelos Doze”, administra ou governa as responsabilidades da evangelização. E recebe, ainda, o poder de ligar e de desligar, o poder de decisão, de obrigar ou deixar livre. Não se trata de um poder ilimitado, mas da responsabilidade pastoral, que concerne à orientação dos fiéis para a vida em Deus, no caminho de Cristo.


Paulo aparece mais na qualidade de fundador carismático da Igreja. Sua vocação se dá na visão de Nosso Senhor Jesus Cristo no caminho de Damasco: de perseguidor, transforma-se em mensageiro de Cristo, “apóstolo”, grande pedagogo da missão e da vida do Senhor. É Paulo que realiza, por excelência, a missão dos apóstolos de serem testemunhas do Ressuscitado até os confins da terra. As cartas a Timóteo, escritas da prisão de Roma, são a prova disso, pois Roma é a capital do mundo, o trampolim para o Evangelho se espalhar por todo o mundo civilizado daquele tempo. São Paulo é o apóstolo das nações. No fim da sua vida, pode oferecer uma vida como oferenda adequada a Deus, assim como ele ensinou. Como Pedro, Paulo experimentou Deus como Aquele que nos liberta da tribulação.


Pedro foi crucificado de cabeça para baixo. Os artistas da iconografia católica colocaram as chaves da Igreja em sua mão, para distinguir o seu encargo de possuidor das chaves da salvação. Paulo foi morto decapitado por ser cidadão romano, o que o impedia de ser crucificado. Os artistas da iconografia católica lhe põem sempre na mão uma espada, além de um livro, para simbolizar as várias epístolas teológicas que legou para a Igreja de Cristo.


Por isso o Evangelho nos fala da confissão de fé de Pedro e a promessa de Jesus para seu futuro. Jesus apelidara Simão de Cefas, que, em aramaico, significa "pedra". O apelido pegara a ponto de todos o chamarem de Simão Pedro ou simplesmente de Pedro. Pedro assim será o fundamento da Igreja, do novo Povo de Deus. A pedra na Bíblia significava e significa a segurança, a solidez e a estabilidade, como régio és meu penedo de salvação. Mas Jesus sabia que, sendo criatura humana, Pedro, por mais fiel que Lhe fosse, seria sempre uma criatura fraca. Por isso, se faz de Pedro o fundamento, reserva para si todo o peso e todo o equilíbrio da construção e sem a qual o inteiro edifício viria abaixo.


O simbolismo das chaves é claro. A chave abre e fecha. Possuir a chave significa garantia, propriedade, poder de administrar. Isaías tem uma profecia sobre a derrubada do administrador. Sobna e sua substituição pelo obscuro empregado Eliaquim. Põe na boca de Deus estas palavras: “Colocarei as chaves da casa de Davi sobre seus ombros: ele abrirá e ninguém fechará, ele fechará e ninguém abrirá”(cf. Is 22,22). O texto aproxima-se muito à promessa de Jesus, até mesmo na escolha de um humilde pescador para administrar a nova casa de Deus. Assim como Eliaquim não se tornou o dono da casa de Davi, também Pedro não será o dono da nova comunidade. O dono continuará sempre sendo o próprio Deus. Em linguagem jurídica, diríamos que Pedro tornou-se o fiduciário de Cristo. O binômio ligar-desligar repete o abrir-fechar das chaves. Pedro recebe o direito e a obrigação de decidir sobre a autenticidade da doutrina e comportamento dos cristãos diante dos ensinamentos de Jesus. Esta missão de todos os Papas, sucessores de Pedro, que bem podem ser definidos como os guardiões da verdade e da caridade. Celebrar São Pedro, para os cristãos, é também celebrar o Papa.


Pedro e Paulo representam duas dimensões da vocação apostólica, diferentes, mas complementares. As duas foram necessárias, para que pudéssemos comemorar hoje os fundadores da Igreja Universal. Esta complementaridade dos carismas de Pedro e Paulo continua atual na Igreja de Cristo hoje: a responsabilidade institucional e criatividade missionária, responsabilidade de todos nós!

Rezemos, pois, pelo nosso Santo Padre Bento XVI que para fiel a missão de ter o serviço da caridade de dirigir a Igreja de Cristo nos interpele para seguirmos a missão de Pedro e de Paulo para sermos testemunhas de Cristo no mundo. Amém!



Padre Wagner Augusto Portugal (com. Canção Nova)

Você tem amigos?

Amigo fiel é poderoso refúgio, quem o descobriu, descobriu um tesouro. Amigo fiel não têm preço, é imponderável o seu valor. Amigo fiel é bálsamo vital e os que temem o Senhor o encontrarão. Aquele que teme ao Senhor regra bem suas amizades, pois tal como ele é, assim é seu amigo”.
Eclesiástico 6, 14-17


Quem são os meus amigos, onde eles estão nesse momento? É importante fazermos sempre uma avaliação de quantos amigos nós temos e quem os sãos, porque se a resposta for poucos ou nenhum, você é um sério concorrente a passar o resto de sua vida sozinho. Uma vez escutei o Padre Fábio de Melo dizer que os verdadeiros amigos estão ao nosso lado no momento de nossas alegrias e vitórias, porque nossos inimigos não suportam está ao nosso lado nesses momentos.

Umas das armadilhas de satanás é nos fazer sentir-se sozinhos sem amigos, dessa forma nos tornamos presas fáceis e nos privamos da vivencia da gratuidade do amor fraterno, sempre que for possível convide os amigos para um momento descontraído em um café ou pizzaria, fale também de sua vida, compartilhe as alegrias e momentos difíceis com eles.

Contemplando a amizade dos irmãos das primeiras comunidades, percebemos que eles viviam unidos e a amizade entre eles era real e davam testemunho aos que ainda não tinham se convertido ao cristianismo (At 2,44), é importante ressaltar que os amigos rezam juntos.
Cultive a amizade em Deus, favoreça o nascimento de novas amizades, converse na fila do banco, no caminho ao trabalho dentro do ônibus, e sempre testemunhando a sua amizade com Deus e com a igreja.

Nós precisamos ter amigos no local onde estamos inseridos, seja na comunidade, na pastoral ou no trabalho, é importante a amizade com o próximo, eu preciso ter uma amizade sólida com o meu pároco, com o meu coordenador de grupo ou pastoral, eu tenho que favorecer momentos para que haja fraternidades entre eu e meus amigos.

A comunidade precisa ser um sinal de intensa comunhão fraterna para todos os batizados (Vida fraterna em Comunidade, parágrafo 2b). Uma amizade fiel e verdadeira e alicerçada em Jesus Cristo torna-se um testemunho vivo para um mundo que se aproxima do outro sempre com algum interesse, e isso é uma necessidade própria do homem, pois é um ser sociável e sempre está em busca de um grupo que se identifique.

A amizade verdadeira é capaz de levar o outro a perfeição em Cristo. (CIC 2359). Aquele ou aquela que experimentaram a amizade do amor de Deus, deve ter como objetivo levar todos os seus amigos a também ser amigos de Deus.
Jesus nos revela um dos segredos para uma vida fraterna na missão, a amizade entre os missionários. (Doc. de Aparecida, 154). A cada missão Jesus se retirava com os seus discípulos para algum local reservado, nesses locais além de formá-los, eles viviam momentos de fraternidade, fecundando ainda mais a amizade entre mestre e discípulos, eu imagino que nesses momentos eles deviam descontrair-se bastante, rir de assuntos pertinentes a missão, da forma desconcertante de alguns em evangelizar e tantos outros assuntos como narra o evangelho de João 21,24, nem todos os atos de Jesus estão escritos na bíblia.

Seja amigo de teus amigos, não cúmplice em seus pecados, se for preciso exorte-os, mas sempre com muita misericórdia, ou você nunca esteve em pecado? Lembre-se que todos pecaram em Adão, inclusive você, assim como você, ele é dependente da misericórdia Divina, ame-o intensamente, doe seu tempo a um amigo, mas não esqueça, seja amigo também dos que estão com você no ambiente familiar, eles também precisam de tua amizade e atenção, não se pode ver Deus fisicamente, a não ser amando o próximo, dessa forma seremos capaz de ver, sentir e ouvir a Deus ( I João 4,12).

Nunca se esqueça de fomentar a sua amizade com Deus e com a igreja, afinal é na oração pessoal que alimento essa amizade e ela se tornará sólida, e somente recebendo amor, seremos capaz de partilhar amor com os amigos.

Deus te abençoe e que você seja como Jesus, cercados de amigos por todos os lados, por gerações e gerações. Amém, aleluia!

Ricardo Antunes
Comunidade Católica Renascer do Espírito

segunda-feira, 28 de junho de 2010

O GRUPO DE ORAÇÃO E A PREGAÇÃO NO GRUPO DE ORAÇÃO!!!

DIOCESE DE URUAÇU
RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA
MINISTÉRIO DE PREGAÇÃO


Já ouvimos por demais em pregações e lemos em escritos da RCC muitas frases lindas, tais como: “O Grupo de Oração é a espinha dorsal da RCC”; O Grupo de Oração é o ninho quente do Espírito Santo”, dentre outras mais. Para o momento, discorramos mergulhando nestas frases, que não deixam de ser também a diretriz da RCC nacional, no sentido que todos voltem para os grupos.
Sabemos que nossa espinha dorsal é o ponto (órgão) do nosso corpo onde se ligam todos os demais membros. Partindo desta, vemos que o Grupo de Oração é o lugar de ligação, de unidade e de vivência dos carismas de todas as pessoas que se dizem CARISMÁTICAS, que freqüentam os ministérios, que estão nas células dos casais etc. Assim como muitos se dizem católicos e não vivem a essência do catolicismo e por isso saem facilmente da igreja, muitos carismáticos não vivem a essência da Renovação Carismática e, com isso, não sentem amor pelo grupo de oração. “QUEM NÃO AMA A RENOVAÇÃO SEMPRE ACHA UMA DESCULPA, UM PORQUE PARA NÃO IR AO GRUPO DE ORAÇÃO. AQUELES QUE AMAM DE VERDADE A RENOVAÇÃO E ASSUMEM O BATISMO DO ESPIRITO SANTO EM SUAS VIDAS SEMPRE ACHAM UMA RAZÃO PARA NÃO PERDER O GRUPO DE ORAÇÃO!”
Com isso temos os carismáticos de PALCO, que vão ao grupo de oração só quando são convidados a pregar, cantar, conduzir ou de alguma forma estar na frente. Ao invés de ser o “jumentinho” que carregou Jesus, invertem os papéis e querem passar a ser o próprio Jesus. A estas pessoas é preciso que os coordenadores de grupo e de paróquia tenham o discernimento de não as colocar para pregar no grupo enquanto as mesmas não estejam freqüentando o grupo. Veja que não queremos afastar ninguém, mas formar nossos servos. Já pegando um gancho nesta colocação, outra grande preocupação que temos hoje é com o chamado resgate dos afastados. Como tem faltado DISCERNIMENTO por parte de nossos coordenadores neste resgate! Preocupação também da RCC nacional. Nunca se pega uma pessoa que está afastada há anos da renovação e se coloca para pregar a Palavra no Grupo, a pregação acaba sendo um contra testemunho de participação e de vida comunitária, onde, muitas vezes em vez de pregar, a pessoa convidada sem discernimento por parte de quem a convidou, começa a justificar o porque de não estar indo ao grupo e acaba não anunciando o kerígma, que é o mais importante na pregação do Grupo. O resgate destas pessoas tem que ser feito com visitas, convidando para retornar ao Grupo e ai sim, depois de estar no grupo, demonstrando seu amor participativo, que realmente voltou a abraçar a causa do Evangelho, passar a exercer o ministério..
Temos ouvido pregações onde, o local destinado ao anuncio da Palavra se torna um palco teatral de lamúrias, queixas da vida, choros, tristezas. Diante disso, um povo sedento, que já vem de casa carregado de problemas e procurando ajuda, encontra um pregador mais doente ainda. Faço duas perguntas: esta pessoa voltará ao grupo de oração? Isso contribuiu para a edificação da comunidade?
Não nos parece razoável e nem correto, escalar ou procurar pregadores de ultima hora, no dia do grupo. É irresponsável que convida e irresponsável quem aceita o convite. Nossos núcleos de Grupo precisam a requerida preparação que, neste caso, ficou impossível de ser feita, a de preparar o Grupo de oração do mês, assim colocam pregadores que, por não estarem preparados, não contribuem para a edificação da comunidade ou assembléia. Façam um cronograma do mês com as pregações que, em oração o Senhor inspirou no núcleo, escutem sobre os pregadores e já os escolham, passem este cronograma para a intercessão interceder com foco, passem para os músicos para que preparem as musicas de acordo com a pregação (como é triste um músico que chega no grupo de oração sem saber qual o tema, qual o pregador, sem nenhuma preparação) e assim seu grupo de oração será uma Bênção e crescerá em numero de pessoas e em Graça diante de Deus... Eu os conduzirei ao meu monte santo e os cumularei de alegria na minha casa de oração; seus holocaustos e sacrifícios serão aceitos sobre meu altar, pois minha casa chamar-se-á Casa de Orações para todos os povos. Is 56,7. O Grupo de Oração deve ser esta casa de oração onde o povo seja cumulado de alegria e seja um local onde todos que ali adentrarem, sintam-se bem e saiam com o desejo enorme de voltar no próximo dia.... Esperastes uma abundante colheita e esta foi magra; dissipei com um sopro o que queríeis armazenar. Por quê? - oráculo do Senhor. Porque minha casa está em ruínas, enquanto cada um de vós só tem cuidado da sua. (Ageu 1,9). Como esperar uma abundante colheita no Grupo de Oração se não nos preocupamos, não nos consumimos de zelo pelo grupo?.. É que o zelo de vossa casa me consumiu, e os insultos dos que vos ultrajam caíram sobre mim. (Sl 68,10) A casa que a Renovação Carismática tem que se consumir de zelo por excelência se chama Grupo de Oração.
Como deve ser a pregação no Grupo de Oração? Antes de tudo, deve ser um pregador comunicado dias antes para que o mesmo tenha tempo de buscar na intimidade com o Senhor no Santíssimo e na Eucaristia, fazer a vontade de Deus. O pregador deve anunciar e não dar catequese no Grupo. Anúncio é pregar a Palavra que entra na alma da assembléia, que cura e salva o povo. Este ensino no Grupo de Oração não pode em hipótese alguma passar de 15 minutos, (15 minutos de pregação da Palvra, não impedindo que o pregador, movido pelo Espírito Santo, queira conduzir uma oração com a assembléia para fechar sua fala) vejamos que o grupo deve levar o povo a Orar em Espírito e Verdade, exercer os carismas e serem curados. Deve ser um anúncio breve com muita autoridade, destemor, anunciando com a vida, falar de coisas que se vive, ter muito cuidado para não fazer com que um lindo anúncio termine com um contra testemunho que deixe a assembléia desmotivada (todos nos conhecem, sabem de nossas vidas, se falamos de algo que não vivemos, mentimos para nós mesmos e para Deus e a assembléia percebe). Testemunho dado pelo pregador não pode ser um desabafo, nem vanglória. Sugerimos que usem textos curtos, muitas vezes o texto escolhido é tão longo que, somente sua leitura toma grande parte da pregação. Não abandonem a Palavra no grupo. Existem grupos de oração que muitas vezes nem abrem a Palavra, o que é um grande desprezo à revelação de Deus para nós. A Palavra tem que ser proclamada e anunciada. Muitas vezes o que pensamos ser um simples anúncio, sendo feito com Unção, no poder do Espírito, sem deixar que o “EU” e a vanglória nos domine, uma só palavra deste ensino pode curar alguém que está na assembléia. Assim percebemos também que o Pregador da Palavra acaba por ser um intercessor, visto que esta unção na pregação só virá depois de uma freqüente intercessão com Missas, Jejuns, Adoração,Vigílias, Meditação e reza do Rosário. Lembro aqui de uma ocasião em que o então Padre Adair ia pregar em um Grupo de Oração e se colocou em Adoração antes da pregação, antes do horário do grupo. Nesta adoração, o Senhor mostrou a ele que iria curar uma mulher vestida de vermelho e, para sua surpresa, quando pega o microfone para pregar, a primeira pessoa que vê sentada no banco da frente, trajava um vestido vermelho. Ele proclamou que o Senhor tinha uma cura para aquela mulher e ela se derramou em prantos e saiu dali curada. Porque aconteceu isso? Porque ele era o padre? Não. Aconteceu porque foi um pregador adorador que, como João, se reclinou sob o peito do Mestre para ouví-lo. O Pregador muitas vezes pensa que só precisa falar e se esquece de ouvir Daquele que na verdade vai dar o recado, que é o próprio Senhor. Foi pela intimidade com o Senhor que Elias enfrentou 450 adoradores de Baal sem ter medo de mandar fogo em uma lenha molhada sem colocar o fogo por parte humana, mas um fogo vindo do Senhor (IRe 18-20-39); foi pela intimidade que, quando o povo diante do mar vermelho via a morte enquanto Moisés conseguia ver o mar se abrindo para a salvação desse povo (Ex. 14); foi pela intimidade que o Discípulo João conseguiu arrancar de Jesus a resposta de quem seria o traidor (Jô.13,25-26). E assim, muitas outras Palavras existem para nos provar que só os íntimos do Senhor, obtêm Dele as respostas que precisam, e ninguém mais que um Pregador da Palavra necessita de muitas respostas do Mestre antes de chegar diante de uma assembléia para o anúncio.
Ao pregador se faz necessário também que, neste momento de intimidade exerça sem pressa e com poder o Dom da Oração em Línguas, deseje o batismo no Espírito Santo de novo em sua vida e na sua pregação. Pregador de Grupo de Oração que não ora em línguas está no lugar errado. É melhor que vá dar catequese ou realizar uma outra atividade na igreja. Quantos pregadores têm preguiça de orar em línguas, de se encher do Espírito Santo! Por este e outros motivos já frisados é que temos pregações vazias, sem nenhum conteúdo e deixamos nosso povo sem receber aquilo que precisam. Padre Robert Degrandis fica 3 horas orando em línguas antes de uma pregação e nem precisa dizer o que acontece quando ele está pregando, já conhecemos bem. No Evangelho de João 14,26, Jesus fala que o Espírito Santo é quem revelará tudo e relembrará tudo. Se como pregadores anunciamos a revelação de Deus, como anunciaremos sem o auxilio Daquele que revela? E sem Seu auxilio como relembraremos das moções que ao longo da preparação fomos tendo? Porque que os grandes pregadores da Palavra não necessitam dos “papeizinhos” auxiliando na pregação? Por quê buscam antes da pregação uma grande intimidade com o Espírito Santo na oração em línguas e quem relembra já não são os “papeizinhos” mas o próprio Espírito Santo. Nossos pregadores tem que ter o cuidado de não estar pregando “teologias da prosperidade”, comuns nos cultos protestantes. Pregador da RCC anuncia o Cristo Crucificado, morto e ressucitado.
Assim, terminando, deixo a palavra dos Atos dos Apóstolos 18,9 - “NÃO TEMAS! FALE E NÃO TE CALES. EU ESTOU CONTIGO.” E NOS DIRIGINDO AOS COORDENADORES DE GRUPO, FAZEMOS A SEGUINTE ADVERTÊNCIA: CONVIDE PARA PREGAR NO SEU GRUPO DE ORAÇÃO QUEM REALMENTE PARTICIPA DE ALGUM GRUPO DE ORAÇÃO, MESMO QUE NÃO SEJA ONDE VOCÊ COORDENA. PORQUE ESTE PODE SER CONSIDERADO UM VERDADEIRO CARISMÁTICO.

Desejamos que este texto seja lido e estudado nos núcleos dos Grupos de Oração e repassado cópias aos pregadores da RCC paroquial e aos grupos de casais, onde estes se reúnem..


Na Graça do Senhor Jesus que nos exorta todos os dias, Na Unção do Espírito Santo que nos guia e na incansável intercessão de Nossa Senhora, fica o nosso abraço.


ABERALDO FERNANDES CARDOSO
Coord. Diocesano do Ministério de Pregação

sábado, 26 de junho de 2010

Adorar o Senhor no Santíssimo Sacramento


por comunidade Shalom

Em sua carta apostólica “Mane Nobiscum Domine”, o nosso querido Papa João Paulo II nos apresenta o dom da Eucaristia como um grande mistério. Mistério a ser celebrado de maneira digna; que deve ser adorado e contemplado. Queremos assim nos animar mutuamente a estarmos unidos à Santíssima Eucaristia também em seu culto fora da missa.

De um lado, sabemos que antes de tudo a Eucaristia é o sacrifício pascal de nosso Senhor; que é na missa onde se atualiza o mistério da vida, morte e ressurreição de Jesus. Daí a necessidade de celebrarmos com toda dignidade, não somente em decoro, mas em comunhão profunda com o mistério celebrado e com o corpo comunitário. Participar ativa e conscientemente do inesgotável dom de Cristo. Por outro lado, a Igreja nos anima a estarmos diante do tabernáculo do Senhor ‘perdendo o nosso tempo’: “A presença de Jesus no tabernáculo deve constituir como que um pólo de atração para um número sempre maior” de almas apaixonadas por ele, capazes de ficar longo tempo escutando a voz e quase que sentindo o palpitar do coração” (MND, n. 18, p. 20).

Infelizmente, não poucos têm colocado a adoração ao Santíssimo Sacramento como uma simples devoção dentre outras tantas. Ora, o Senhor é simples e pobre, pois quis ficar de forma perene entre nós. Todavia, adorar o Senhor em sua presença substancialmente real, é bem diferente de realizarmos uma simples novena. Assim vemos João Paulo II nos dizer: “É preciso, em particular, cultivar, quer na celebração da missa, quer no culto eucarístico fora da missa, a viva consciência da presença real de Cristo.” (MND, n.18, p. 19). A carta apostólica do santo padre ainda nos anima dizendo que a adoração eucarística fora da missa deve se tornar um empenho especial para cada comunidade paroquial e religiosa.

É por demais motivador encontrar homens com profundo conhecimento filosófico e teológico como João Paulo II que mergulham na presença escondida de Jesus em seu Santo Sacramento! É belo ouvir o Papa dizendo: “Permaneçamos longamente prostrados diante de Jesus presente na Eucaristia, reparando com a nossa fé e o nosso amor os descuidos, os esquecimentos e até os ultrajes que nosso Salvador deve sofrer em tantas partes do mundo” (MND, n.18, p. 20).

Ainda muito recentemente tivemos a Jornada Mundial da Juventude em Colônia, na Alemanha. O tema escolhido para esta Jornada de 2005 foi exatamente: “Viemos adorá-lo” (Mt 2,12). Tal escolha quis sugerir a justa atitude com a qual devemos viver este Ano Eucarístico (Cf. MND, n. 30, p. 35). E pudemos ver quão grande foi a expressão de amor dada pelos jovens naquela ocasião ao Senhor Eucarístico. Em Colônia, jovens de todas as nações, alegremente, deram um testemunho público da fé em Jesus Cristo que não nos quis deixar sozinho. Que força tem a Eucaristia! A exemplo dos magos, lá estavam os jovens a adorar o Senhor. E, sem dúvida, também como os magos muitos jovens, tendo adorado o Senhor, voltaram à sua pátria por outro caminho e com intenções contrárias àquelas que o mundo lhes tinha ensinado.

São tantos os jovens, os homens e mulheres que perdem literalmente a sua vida por prostrarem-se diante de mitos e ídolos criados por uma consciência racionalista. Em vez disso, devemos imitar o grande número de santos e santas que, na simplicidade, aprenderam a contemplar e adorar Jesus Eucarístico. “Estão diante dos nosso olhos os exemplos dos santos, que na Eucaristia encontraram o alimento para o seu caminho de perfeição. Quantas vezes eles verteram lágrimas de comoção na experiência de tão grande mistério e viveram indizíveis horas de alegria ‘esponsal’ diante do Sacramento do altar”. (MND, n.31, p. 36).

Prostrando-nos diante da Eucaristia, aprenderemos de maneira certa o que significa comunhão, cultura do diálogo, vida solidária, serviço aos mais necessitados e respeito à dignidade humana. Graças à iniciativa do Senhor que quis permanecer conosco podemos aprender dele as melhores lições. A busca incessante de muitos homens de hoje em responder às suas grandes perguntas não pode ser desvinculada da fé que nos faz prostrar diante de Jesus simples.

Deus, que nos deu o seu amor para que o amemos – como diz santa Teresinha do Menino Jesus – nos conceda a graça de estarmos todos os dias em sua presença, em escuta e adoração.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Quando compreenderemos a importância do rosário?!


por Mons. Pe. Jonas Abib

Precisamos ser orantes! Nossa Senhora tem insistido conosco sobre a importância do rosário. O problema é que não compreendemos o valor dessa prática; achamos que o rosário é uma simples repetição de pais-nossos e ave-marias, meditando os mistérios. Na realidade, quem torna eficaz essa forma de oração não somos nós: é Deus.

Como acontece na Eucaristia: antes, é simples pão, feito com um pouco de farinha e água; mas, após a consagração, pela eficácia do poder do Espírito Santo de Deus, ela torna-se Jesus vivo no meio de nós.

A eficácia do rosário não vem dos homens, mas do céu. A recitação dessa oração vem desde 1200. Nossa Senhora revelou a São Domingos a eficácia, a “violência” do rosário. Havia, na época, hereges que faziam mal à Igreja, sem que ninguém conseguisse detê-los. Esse grande santo ia de cidade em cidade, a todas as paróquias, rezando o rosário com as pessoas, e a situação começou a mudar. Como resultado, esses perseguidores da Igreja começaram a se converter.

Basta lembrar o que a Santíssima Virgem Maria falou em Lourdes, em Fátima e o que tem falado em Medjugorje. Até quando ela vai ter de insistir conosco para que compreendamos o valor dessa oração?! Não esperemos ter tempo! Lavando roupa, cuidando da casa, indo para o trabalho... você pode ir rezando o rosário. Você pode também rezar um mistério, depois outro, e outro...

Diante da violência, que enfrentamos, é preciso estar o tempo todo reconstruindo nossas famílias, com ferramentas numa mão e armas na outra. Uma delas é o rosário! É assim que o Senhor quer que nós vivamos em família: em austeridade. Temos de ser famílias profundamente comprometidas com o trabalho.

O problema está todo aqui: não temos a coragem de nos arriscar e confiar na Palavra que diz: “Procurai primeiro o Reino e a justiça de Deus, e tudo vos será dado por acréscimo” (Mt 6,33). A justiça de Deus é ver nossas famílias reconstruídas. É isso que Jesus diz: “Ora, a vontade dAquele que me enviou é que eu não perca nenhum dos que ele me deu...” (Jo 6,39a). Invista sua vida no Reino e na justiça de Deus e comprove como Ele dará todo o resto em acréscimo.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Dispostos à vontade de Deus


por Dom Alberto Taveira Corrêa (Arcebispo de Belém do Para)

Temos um Evangelho que põe em relevo um relacionamento entre João Batista e Jesus. Vou fazer uma pergunta. Quando eles se conheceram? Sabemos que havia um laço de parentesco entre Nossa Senhora e Isabel. Podemos dizer então, que eles se conheceram crianças no ventre de suas mães. Mas, há aí um outro tipo de relacionamento que vai além desse de sangue.

Pergunto a vocês: Quando vocês conheceram Jesus? Quando foi brotando dentro de vocês um conhecimento que foi além da curiosidade? Pergunto também, quando que em sua família começou a entrar algo que não era só o laço da carne?

Quando exultamos na família pela presença de Jesus, tudo muda. Não vou medir meu relacionamento em casa só pelo meu temperamento, por minha vontade, mas eu vou aprender continuamente, porque descobri que existe uma presença além da presença do esposo, da esposa, dos filhos, que precisa ser cultivada. É preciso que a vontade d'Ele cresça e a minha diminua.


Quando você pede conforme a vontade do Senhor o Pai vai atender. Não é deixar as coisas correrem. Quando vemos que o outro falhou, nós nos colocamos em oração uns pelos outros. A gente aprende a perder a cabeça, não bebendo, nem cedendo a impulsos de cólera. Perdemos a cabeça pensando em Deus, porque esse conhecimento com Jesus Cristo começa a transbordar e muda radicalmente a nossa vida, e os frutos aparecem. Mas é preciso que você deixe entrar na sua casa, e no seu relacionamento essa presença que muda tudo.

É preciso que Ele cresça e eu diminua.

Ele nos transformará. O que você entrega de presente a Deus, Ele devolve melhorado. O seu próprio ser que você entrega, Ele devolve renovado. É um lindo perder e ganhar, mas a sua liberdade precisa entrar. Você precisa dar o seu passo e dizer que permite que entre alguém que modifique sua casa, sua família.

Deus quando entra, melhora, eleva, santifica, e faz com quem venha à tona os frutos. Por que a família de vocês não podem fazer com que venham à tona frutos também?

Os seminaristas que estão nessa celebração também sentiram dentro de si algo diferente desse encontro com Jesus. Há neles limites, defeitos, mas muitas qualidades, gente que não teve medo de sonhar os sonhos de Deus. Que não quiseram viver segundo a carne, não reduziram sua vida a encontrarem uma profissão, a ter as coisas. Aceitaram não ter nada para terem Deus, e hoje tem tudo porque tem Deus.

Você também é chamado a servir à Igreja, ao próximo na caridade, mas eles se dispuseram a servir à Palavra de Deus. Não é carregar um livro nem ler uma palavra. É identificar-se com ela, acolhê-la profundamente, para comunicá-la aos outros. Aceitaram ser servidores do Altar, levando a Comunhão aos irmãos, porque não se chega direto para presidir a Eucaristia, é preciso ser escravo da Palavra e do Altar, escravo por livre opção.

Nós estamos fazendo uma experiência de Igreja.

É o grande Hóspede que entra e chega para ficar na ‘casa’ que cada um de nós. Todos nós assim nos sentimos envolvidos em cada parte da Eucaristia que nós participamos hoje.

Deixemos que Deus realize a força do Seu amor em nossas vidas.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

O horóscopo dos cristãos


Tractatus de São Zenão, bispo de Verona e mártir do 4º século

“Portanto, irmãos, eis o vosso horóscopo.

O primeiro a vos acolher não é Áries, mas o Cordeiro que não rejeita todo aquele que n’Ele crê. Ele revestiu a vossa nudez com o alvo candor de sua lã, com grande bondade derramou o seu leite bendito em nossos lábios que se abriam lamuriosos. Semelhantemente Ele, não como um Touro de pescoço soberbo, de cara agressiva, de chifres ameaçadores, mas como Vitelo ótimo, doce, carinhoso e manso, vos exorta a jamais buscar proteção em alguma atividade, mas a recolher – submetendo-vos sem malícia a sua canga e fecundando, submetendo-a a vós, a terra da vossa carne – nos celestes celeiros a rica safra das sementes divinas.

E mediante os Gêmeos que seguem, isto é, mediante os dois Testamentos que vos anunciam a salvação, vos exorta a evitar sobretudo a idolatria, a impureza e a avareza, que é Câncer incurável.

Mas o nosso Leão, como ensina o Gênesis, é o leãozinho cujos santos sacramentos celebramos, o qual, reclinando-se, adormeceu para vencer a morte e ressurgiu para conferir-se a imortalidade como dom de sua feliz Ressurreição.

Segue-lhe na ordem Virgem, prenunciando Libra, para nos fazer conhecer por meio do Filho de Deus, encarnado e nascido da Virgem, que a equidade e a justiça foram trazidos à terra. Quem as observar constantemente e as administrar fielmente pisará, com pés incólumes, não direi o Escorpião, mas, como afirma o Senhor no Evangelho, todas as demais serpentes.

Mas não deverá temer nem mesmo o próprio diabo, que é ferocíssimo Sagitário, armado de flechas incandescentes, constante causa de terror para os corações de todo o gênero humano. Porque assim diz o apóstolo Paulo: Revesti-vos da armadura de Deus para poder resistir às insídias do diabo abraçando o escudo da fé, por meio do qual podeis repelir todos os dardos incandescentes do maligno. De fato, ele por vezes lança contra os infelizes o Capricórnio, de aspecto deformado, o qual, atacando com seu chifre, sopra de seus lábios pálidos a espuma fervente de suas veias, com apavorante destruição e terríveis efeitos, sobre todos os membros de quem lhe é prisioneiro. Torna alguns loucos, outros furiosos, outros homicidas, outros sacrílegos, outros cegos pela avareza. Seria longo descer aos particulares: ele possui diferentes e inúmeras artes para causar danos, mas todas elas, escorrendo com suas águas salutares, o nosso Aquário como de costume tornou vãs, sem grande dificuldade.

Seguem-no necessariamente em uma única constelação os dois Peixes, isto é, os dois povos, Judeus e Gentios, que recebem a vida da água do batismo, marcados com um único sinal a fim de serem o único povo de Cristo.”

terça-feira, 22 de junho de 2010

O jogo e a vida: sobre o Campeonato Mundial de Futebol


por PAPA BENTO XVI

Com sua periodicidade de quatro em quatro anos, o Campeonato Mundial de Futebol prova ser um acontecimento que atrai centenas de milhares de pessoas. Não há quase nenhum outro acontecimento na terra que alcance uma repercussão de semelhante amplitude. O que demonstra que, através dele, toca-se algo radicalmente humano, e cabe se perguntar onde encontra-se o fundamento deste poder em jogo.

O pessimista dirá que é o mesmo que na antiga Roma. O slogan das massas rezava panem et circenses, pão e circo. Pão e jogos são, queiramos ou não, o conteúdo vital de uma sociedade decadente que já não conhece objetivos mais elevados. Mas mesmo que se aceite essa visão, não seria de modo algum eficiente.

Poderíamos ainda perguntar: onde reside o fascínio do jogo para que chegue a ocupar a um lugar de igual importância que o pão? Com a visão posta na antiga Roma, poderia se responder novamente que o grito do pão e circo é propriamente a expressão do desejo pela vida do paraíso, por uma vida de satisfação sem fadigas e de liberdade plenamente realizada. Na verdade, isso é, em última instância, o conteúdo do conceito de jogo: uma tarefa completamente livre, sem objetivo e sem obrigação, e uma tarefa que, além disso, tensiona e aplica todas as forças do ser humano.

Nesse sentido, o jogo seria, então, uma espécie de tentativa de retornar ao paraíso: sair da escravizante seriedade da vida cotidiana e de seus cuidados para a seriedade livre do que não necessariamente tem que ser e que, justamente por isso, é bonito. Frente a isso, o jogo transcende, em certo sentido, a vida cotidiana; mas, sobretudo na criança, tem ainda antes outro caráter: é um exercício para a vida, simboliza a própria vida e, por assim dizer, a conduz de uma forma plasmada com liberdade.

Na minha opinião, o fascínio do futebol encontra suas raízes no fato de que reúne esses dois aspectos de forma muito convincente. Obriga o homem, acima de tudo, a se disciplinar, de modo que, pela formação, adquira a disposição sobre si mesmo, por tal disposição a superioridade e, pela superioridade, a liberdade. Mas, depois, lhe ensina também a cooperação disciplinada: como jogo em equipe, o futebol obriga a um ordenamento de si mesmo dentro do conjunto. Une através do objetivo comum; o êxito e o fracasso de cada um estão cifrados no êxito e fracasso de todos. Finalmente, o futebol ensina um confronto limpo, em que a regra comum a que o jogo se submete segue sendo o que une e vincula mesmo na posição de adversários e, também, a liberdade do lúdico, quando desenvolve-se corretamente, faz que a seriedade do confronto torne a se resolver e leve à liberdade da partida finalizada. Na qualidade de espectadores, os homens identificam-se com o jogo e com os jogadores e, desse modo, participam da comunidade da própria equipe, do confronto com o outro, bem como da seriedade e da liberdade do jogo: os jogadores passam a ser símbolos da própria vida. Isso também atua retroativamente sobre eles: sabem, com efeito, que as pessoas se veem representadas e confirmadas a si mesmas neles.

Naturalmente, tudo isso pode se perverter por um espírito comercial que submete tudo à sombria seriedade do dinheiro, e o jogo deixa de ser tal para se transformar em uma indústria que suscita um mundo de aparência de dimensões horrorosas. Mas até esse mesmo mundo de aparência não poderia subsistir se não houvesse a base positiva por trás do jogo: o exercício preparatório para a vida e a transcendência da vida em direção ao paraíso perdido. No entanto, em ambos os cenários deve-se procurar uma disciplina da liberdade; na vinculação à regra, exercitar a ação conjunta, o confronto e o valer-se por si mesmo. Se consideramos tudo isso, talvez pudéssemos aprender novamente sobre a vida a partir do jogo. Com efeito, nele torna-se visível algo fundamental: não somente de pão vive o homem; mais ainda: o mundo do pão é, em última análise, apenas a fase preliminar do que é propriamente humano, o mundo da liberdade. Mas a liberdade vive da regra, da disciplina que aprende o agir em conjunto e o correto confronto, o ser independente do êxito exterior e da arbitrariedade, e desse modo chega a ser verdadeiramente livre. O jogo, uma vida: se aprofundamos, o fenômeno de um mundo entusiasmado pelo futebol pode nos oferecer mais que um mero entretenimento.

GALINHAS E AVESTRUZES


por Pe. Zezinho

Antes que alguém se ofenda pensando que me refiro a ele ou ao seu pregador preferido, aviso que é de todos nós que falo. Serve para mim, para você para qualquer cristão que pretenda pensar como Jesus pensou. Foi ele quem disse que devemos procurar os últimos lugares, porque, se formos realmente necessários e importantes, alguém nos chamará para lugares de maior destaque. (Lc 14,10). E foi ele, também quem disse que se formos bajulados ou elogiados deveremos declarar que não somos tudo aquilo posto que não fizemos nada mais do que alguém na nossa posição deve fazer. (Lc 17,10) É Jesus ensinando humildade e sensatez.

Sensatez e humildade são o que perde aquele ou aquela que fala demais de si, que procura demais os aplausos, e elogia demais a própria obra. Insensato é quem faz um marketing ruidoso de si ou de seu mais novo trabalho como se nada de melhor houvesse. É sensatez que beira ao ridículo, quando o cristão visivelmente faz de tudo para estar diante de microfones e holofotes, cinco seis ou até dez horas por dia. Uma coisa é estar lá por nomeação e profissão e, outra é correr atrás da notoriedade. Quem aparece mais do que a mensagem mostra que não a entendeu.

Do ponto de vista da galinha, o ovo dela é maior do que o da avestruz ou, no mínimo, empata. Aos olhos dos humanos ele é menor, mas, tamanho por tamanho, ovos de galinha e de avestruz se equilibram. Se a avestruz é vinte vezes maior do que uma galinha nada mais natural que seu ovo tenha vinte vezes mais conteúdo. Ela tem a obrigação de produzir um grande ovo.

Mas aí vem a história do marketing e do cacarejo. Ao que tudo indica, a galinha com seu marketing compensa o tamanho do seu ovo. Dizem as más línguas que o mundo cria galinhas e compra seus ovos porque elas são exímias marketeiras. A avestruz é bem mais comedida... Conta com o próprio tamanho.

Isso talvez explique em parte porque homens e mulheres cultos e bem preparados, com muito mais a oferecer evitem a mídia, enquanto pessoas bem menos preparadas, com pouco a ensinar, estejam lá todos os dias exibindo-se, desde os BBBs até os talk-shows onde, o mais que podem,contam histórias sobre si mesmas. Cada qual vende o peixe que pescou e o ovo que botou.

Irônico e cruel? Serve para mim e serve para você. É bom que examinemos o porquê de nossa presença o rádio e na televisão. Nos cursos de comunicação que ministro, há quase 30 anos, nunca deixo de lembrar os ovos da galinha e os da avestruz. Quem acha que tem mais a oferecer e não vai lá ajudar a instruir milhões de cabeças e corações talvez não tenha o direito de criticar quem tem pouco a dizer, mas vai lá, exibe-se e diz. Os que sabem menos estão ocupando o lugar de quem sabe mais e poderia ensinar mais, mas não vai. Outra vez, foi Jesus quem disse que daquele a quem mais se deu, mais se exigirá e que discípulo seu, sem vaidades deveria anunciar de cima dos telhados.(Mt 10,27)

Isso de estar na mídia não é assim tão simples. De certa forma somos todos galinhas e avestruzes. Calamos quando não deveríamos calar e cacarejamos quando bastaria dizê-lo serenamente! O exibido nunca admite que o é. Há pregadores exagerando nas suas aparições e outros, omitindo-se! Os documentos da Igreja mandam ir. Mas também mandam que se vá com moderação e conteúdo sólido. Estamos todos a precisar de uma séria reavaliação da nossa presença na mídia. O triste é que os que mais precisam repensar o que fazem, não aceitam. Lembram o cozinheiro que adorava as próprias receitas. Media seu talento de cozinheiro pelo número dos que freqüentavam seu restaurante. Isso, até o dia em que outros cozinheiros apareceram com novas receitas e novo modo de servir. Se eram melhores ou não o fato é que a situação mudou. O resto, o leitor já pode imaginar! O cozinheiro passou a oferecer comida de qualidade duvidosa, mas muito mais barata. É o perigo que rondou e ronda os pregadores. Sobre isso também Jesus deixou o seu recado: E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos. (Mt 6,7) Ligue sua televisão e conclua! O que você vê e ouve é profundo e faz pensar ou anda leve e repetitivo demais! Se você conhece o endereço da emissora em questão, manifeste-se!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

As promessas de um coração aberto


Acampamento de Corpus Christi – Canção Nova 05/06/2010

Pe. Joãozinho SCJ

Meus irmãos, bom dia, a paz de Jesus e o amor de Maria.

Sabe, neste acampamento do SCJ nós fomos convidados a meditar nas 12 promessas do coração de Jesus, ontem eu vi vocês cantando conheço um coração e sabe, Santa Margarida Maria La em 1670, enxergava o coração de Jesus, assim como João, e via esse coração aberto, não um coração fechado, um coração aberto, este é o acampamento do coração aberto, e daquele coração aberto de Jesus, vinha centenas de promessas, no entanto todas as promessas do SCJ se resume apenas uma promessa, aquela que esta em Mateus 28 , “eu estarei contigo ate o fim”, o senhor esta comigo ate o fim, não estou sozinho, o senhor esta comigo do começo ao fim, quero marchar com Jesus, eu achei interessante que nesse Corpus Christi nós vivemos ai, até que com os evangélicos uma coisa muito bonita, a marcha para Jesus, milhões de pessoas reunidas para marchar para Jesus, enquanto isso os católicos do mundo inteiro viveram uma pequena diferença, marchavam também, mas com Jesus, sabe qual a diferença de marchar para Jesus e com Jesus? A diferença Santa Margarida descobriu, o apostolo descobriu, porque conhece o coração, e diz, eu estou aberto, e a minha presença é eterna, o senhor esteja convosco, isso repetimos o tempo inteiro, essa era a promessa feito a Moises, ele era gago e como ia ser um pregador, to com medo como vou me apresentar na TV, eu não consigo evangelizar meu filho, minha esposa, meu cunhado, aquela sogra, eu não consigo evangelizar as pessoas da minha família, Moises era medroso, e o senhor disse, quem fez a boca, foi o senhor, quem fez a língua, foi Deus, e quem fez a fala, foi o senhor, então se eu te dei tudo, eu estarei contigo, ate o fim, essa é a grande promessa de Deus, qdo ele criou Adao e Eva ele deixou gravado a sua imagem e semelhança, e a imagem e semelhança de Deus esta gravado no nosso coração, e nos seremos mais semelhantes ao coração de Jesus, a medida que estivermos um coração aberto, veja esse coração não esta fechado, foi aberto para mostrar que a promessa de Deus continua cada vez que eu abro o meu coração para o meu irmão, mas é preciso conhecer esse coração para abrir, sabe Dunga, esses tempos atrás eu estive na canção nova em Aracaju, pois bem, vocês conhecem La em Aracaju o mercado, eu fui visitar o mercado, e ai a certa altura uma garota estava La vendendo isso aqui que eu fiz questão de trazer, uma caixinha, a diferença entre o povo de Aracaju e o Dunga é que eles conhecem a caixinha, aqui diz assim, abra se for capaz, a garota me disse assim, se quiser levar fechada é 5 reais, se quiser levar aberta é 15 reais, eu olhei e estava escrito, abra se for capaz, alguém de Aracaju quer tentar abrir a caixinha? Abra se for capaz, ta difícil ne? Deixa eu mostrar, ele conhecia, mas esqueceu, olhe aqui, abriu, tenta de novo, que tentação não é pecado, mas ele viu eu abrir como ele não consegue abrir, alguém de Aracaju quer ajudar? Eu vou mostrar de novo, viu como é fácil? Nada? Não tem jeito, alguém quer tentar abrir a caixinha, eu vou deixar a caixinha com o Dunga ate o fim da palestra, vai tentando, moral da historia, pra abrir tem que saber, porque você veio nesse acampamento do SCJ? Para aprender a abrir o coração, essa cruz aqui que eu uso é SCJ que quer dizer Sagrado Coração de Jesus, não é São Jose dos Campos, utiliza essa cruz quem esta de coração aberto, ele não esta aqui, ele ressuscitou, e é possível conhecer a dinâmica do SCJ para que eu possa abrir o coração, estende sua mão, senhor ensina-me a abrir a caixinha, mas mesmo que eu não abrir a caixinha que eu abra o coração, abra as minhas mãos, abra meus braços e abrace o meu irmão, isso, gente o coração aberto de Jesus nos ensina a viver de braços abertos, de mãos abertas, de mente aberta, você veio aqui pra descobrir os segredos de abrir a mão e coração, então diga comigo, eu quero conhecer um coração, Jesus, manda teu espírito para transformar meu coração e para abrir a minha mão, coloca a mão no coração e diga: “conheço um coração tão manso e humilde e sereno, que louva ao pai por revelar o seu nome aos pequenos, que tem o dom de amar e sabe perdoar e deu a vida pra nos salvar…”, coloca as mãos no coração e pede pra Jesus, colocar a chave da vitoria para abrir o coração, os ouvidos pra te receber, abrir a boca, evangelizar, te receber na eucaristia, não quero ser povo fechado, quero ser de coração aberto, abre a mente do povo, para que possa ouvir a palavra, e proclamar também, amém… Mas infelizmente as vezes no meu peito, bate um coração de pedra, fechado, frio, sem vida, aqui dentro ele me aperta, “não quer saber de amar, nem sabe perdoar, quer tudo e não sabe partilhar”, ergue as mãos pro céu e pede o Espírito Santo, vem senhor e manda teu Espírito…

Estamos lendo: “ João 19: 31” e seguintes…

Meu irmão, minha irmã, você que quer conhecer o coração, essa é a porta de entrada, naquela tarde triste, João contemplou o lado aberto do Sagrado Coração de Jesus que estava na cruz e na cabeça dele passou toda a bíblia, ele olhava pra aquele lado aberto e dizia, meu Deus, todas as promessas se cumpriram, ele lembrava La do Genesis, em que Deus deu o sono ao Adão, e do seu lado aberto tirou a mulher, Eva, não é isso que aconteceu, Adão foi colocado num sono profundo e do seu lado aberto foi tirado a mulher, os santos padres, dizem que como Adão dormindo, da sua costela, foi tirada a mulher, assim como do Cristo na cruz, foi tirada a igreja, como nova Eva, nós nascemos desse lado aberto, nós fomos gerados desse lado aberto, porque ali como Dunga dizia, saiam sangue e água, a ultima gota de água e de vida eu entrego pra você, é a doação total, não bastou morrer, ele já estava morto, o sacrifício de Cristo foi tão total, que muito mais que morrer ele esvaziou-se de si mesmo, já tinha se esvaziado da ultima gota de suor, de lagrima, agora também de sangue e água, e o que é isso, apenas liquido? É apenas uma cena macabra? Para os olhos daqueles soldados poderia ser, isso para aqueles que não têm fé, mas aqueles que tem e enxergam esse lado aberto, Genesis, o cumprimento da promessa, estou ai convosco, para João, havia a recordação do dia que Moises tocou no rochedo e saiu água, estava sem água no deserto e Deus disse, toca no rochedo que vai sair uma fonte, e naquele rochedo saiu água, esta água não é só como aquela água do deserto que sacia o corpo, aqui é o espírito santo de Jesus, João vê naquela água o Espírito Santo pelo qual nos somos batizados, nos estamos nos aproximando daquela fonte que joga para a vida eterna, ao beber do espírito Santo nos somos preenchidos de graça, quando Maria viu o Anjo Gabriel disse em grego: (bom dia, boa tarde, cheia de graça, cheia de Deus) a graça é o próprio Deus, quando Deus nos da a graça ele nos da o seu Espírito… pede pra Deus agora, que nos de a graça de cumprir o nosso dever, como filhos e filhas, amém… essa é a graça, darei aos devotos do meu coração as graças necessárias para cumprir os seus deveres de estado, vem Ca padre Paulinho, acompanhei a sua homilia ontem, ontem você falou do estado de padre, que padre não é super homem, é humano, é gente como a gente, alias é sobre essa água que Deus transforma no vinho pela ação da graça, basta a tua graça, então as vezes a gente corre o risco de ficar padre sem graça, e eu achava as vezes muita graça, pensava assim, poxa eu não pregaria dessa maneira, to achando tanta graça na homilia do padre Paulinho, podem aplaudi-lo, não só que ele seja um padre engraçado, mas agraciado, o Papa Bento XVI diz que o que confirma o nosso sacerdócio é o dom do senhor, você tem que renovar o sacerdócio todos os dias, porque a graça de Deus que nos confirma nesse estado de vida é uma torrente de graça, o padre é uma pedra? Não, o cristão é uma pedra? Não, você é gente e a cada diz vai crescendo em nós o Cristo das dimensões, até o ponto de eu poder dizer que a cada diz sou mais padre, sou mais Cristão, gente a primeira promessa é darei aos devotos do meu coração, devoto não é só alguém que leva uma faixa no peito, quem escreve livros sobre o SCJ, é ótimo escrever, cantar canções, mas significa dedicado, é dedicação, então a graça de Deus que vem da água do SCJ derramando sobre nós, essa fonte abundante vem pra transformar o coração e depende do nosso esforço, da nossa dedicação, tem um sujeito que todo dia 28 ia pedir pra São Judas ganhar na loteria, e ele pensava meu Deus como eu vou atender ele, e ele ficava pedindo pra São Judas, ai São Judas se incomodou, desceu do céu e disse, se quer ganhar na loteria então pelo menos compra o bilhete, as vezes a gente não ajuda Deus a nos ajudar, Deus ajuda a quem cedo madruga, la no evangelho Maria apontou para o lado aberto de Cristo, as graças, o caminho certo, a solução dos seus problemas, os servos foram la, e Jesus disse, coloquem águas nessas talhas, e aquelas talhas eram pra lavar os pés, não eram pra beber, o povo chegava La com os pés sujos e pra entrar nas festa tinham que lavar os pés, lembram da celebração de lava pés? Então, na ultima ceia eles se sentavam e lavavam os pés, alis nessa época do frio né, quem tomou a vacina da gripe? Olha quanta gente, fico feliz, então naquele tempo era lavado as mãos e os pés, e Jesus da uma ordem absurda, pra encher a talha de água, as vezes na nossa vida as ordens de Deus não são racionais, e eles seguiram o conselho de Maria e cumpriram a ordem de Jesus, eu tenho um copo de água, a minha Irma que esta cuidando de mim, ela colocou um copo cheio, se aquele servo tivesse colocado só um golinho de água na talha, imagina o peso, eles podiam ter trazido a talha vazia, o milagre aconteceria? Sim, Jesus iria abençoar a água e eles teriam esse tanto do vinho da graça, então gente prestem atenção no que eu vou dizer agora, há uma proporção entre o meu esforço e a graça de Deus, sem a graça de Deus eu sou água, as vezes queremos pregar só com a cabeça, com o conhecimento que teve na escola, e fica um sermão, uma pregação aguada, tem muito padre aguado, mas tem muito cristão aguado, tem muito pai aguado, alias quando chega aqui na canção nova é tudo uma maravilha, mas quando chega em casa você não tem só o saber, você tem o sabor, você não é um cristão aguado, você é um cristão transformado, o mundo não precisa de Cristão aguado, o mundo precisa de Cristãos transformados, já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim, e todo dia mais eu vou ser mais batizado, uma pessoa que mergulha em águas mais profundas, o Cristão transformado pelo espírito, a imagem e semelhança de Jesus, fica profundo, quer encher as talhas de água, levante a Mao, eu acredito senhor Jesus, na água que vem do teu lago, na graça que me transforma e eu posso dizer já não sou eu que vivo, é o teu coração que vive em mim, amem… meu irmão e minha irma, eu falei que essa água é a graça e a primeira promessa é essa, darei aos meus devotos a graça para cumprir o seu poder de estado, mas há também o sangue, se esta água a igreja vê o batismo, nesse sangue a igreja vê a eucaristia, água batismo, sangue eucaristia, batismo me faz corpo de Cristo, eucaristia me alimenta do corpo de Cristo, são duas formas do cumprimento da grande promessa do SCJ, que é “o senhor esteja convosco, ele esta no meio de nós”, você quer essa graça derramada sem medidas? Então fique de pé que eu vou ensinar uma canção que diz assim: “daí-me a graça coração de Jesus, daí-me a graça coração de Jesus, eu confio nas promessas do senhor, daí-me a graça coração de Jesus”… eu gostaria de saber agora e o SCJ quer saber, qual a graça que você precisa, será a graça de ser um pai melhor, será a graça de uma cura, o senhor quer realizar milagres, milagres são pálidos reflexos da presença de Deus na historia, daí-me a graça senhor de ser um padre mais ungido, com a unção do vinho, não com a unção da água, toque no coração dos padres que sentem seu ministério aguado, toca no coração daqueles que não vão mais na missa, na igreja, que essa primeira promessa do seu SCJ se realize hoje, olhe meus irmãos que estão aqui em Cachoeira Paulista e aqueles que estão em casa, olhe senhor tantos pedidos e tantas graças, nos pedimos por intercessão de sua mãe Maria, aquela que é cheia de graça, que ela reze por nós, agora até na hora de nossa morte, “daí-me a graça coração de Jesus, daí-me a graça coração de Jesus, eu confio nas promessas do senhor, daí-me a graça coração de Jesus”… E sabe qual é a segunda promessa? A segunda promessa é uma graça que todos nos queremos pedir agora, darei aos devotos do meu coração, paz nas famílias, quantas famílias estão em pé de guerra, marido e mulher muitas vezes como se fosse países opositores, um terrorismo domestico, as vezes os pais em relação aos filhos, a igreja também é uma família, e somos chamados a sermos nessa igreja, pais do povo, nos somos pais do povo, o padre não é um solteirão, é um homem casado com a igreja, com você que é a igreja, o padre não é solitário, é casado, com essa família que é a igreja, na igreja o padre é pai, na família o pai é padre, você é sacerdote do lar Dunga, quem aqui é casado? Pois é, sacerdote do lar, “daí-me a paz coração de Jesus, daí-me a paz coração de Jesus, eu confio nas promessas do senhor, daí-me a paz coração de Jesus”, gente quando eu canto conheço um coração é porque tem que juntar mente e coração, saber e sabor, eu quero pedir para as famílias, para as mulheres e homens, filhos e filhas o dom da paciência, sabe o que é paciência? Ciência da paz, hoje nós vivemos muito isso, eu não tenho paciência de rezar o terço, e como padre o que eu mais escuto é isso, padre perdi a paciência, gente nos vivemos num mundo apressado, um mundo que diz, e ai padre Joãozinho correndo muito? É preciso desacelerar, mudar o ritmo, tem celular, internet, blog, twitter, TV com 180 canais, você fica ali com o controle remoto e nenhum canal agrada, é paciência, o SCJ promete a Santa Margarida paz, paciência, daí-me paciência comigo e com os irmãos, principalmente os mais difíceis, Jesus teve muita paciência com os apóstolos, entreguei essa semana um livro novo para a canção nova, como liderar pessoas difíceis, e é inspirado na paciência de Jesus com Tomé, tenha fé, Pedro cabeça dura, Pedro tu me amas? eu perguntei se tu me amas, ele dizia eu gosto de ti, não era capaz de dizer eu te amo, e as vezes vivemos isso, entrega pra Deus aquela pessoa que aparentemente você já tentou de tudo, pra Deus nada é impossível, que ele te de paciência, aqueles idosos que as vezes já não tem memória e a gente perde a paciência, pede paciência para lidar com eles, “daí-me a paz coração de Jesus, daí-me a paz coração de Jesus, eu confio nas promessas do senhor, daí-me a paz coração de Jesus”, coloque a mão no ombro de quem esta do lado, reze por ele e vãos pedir: “Abençoa senhor as famílias amem, abençoa senhor a minha também, que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor… e que os filhos conheçam a força que brota do amor…”, olhe aqui pra cruz, que conheçam a forca que brota do amor… Quando eu for elevado na terra atrairei todos a mim, este é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, que cura todas as doenças do mundo, eu confio nas promessas do senhor… “E que a igreja conheça a força que brota do amor…”, renove esse sangue, essa água… “abençoa senhor a minha também, abençoa senhor as famílias amém, abençoa senhor a minha também…”, fica abraçado porque sabe qual é a terceira e ultima promessa? Eu os consolarei em todas as suas penas, o pecado deixa em nós uma marca, uma cicatriz, gente eu to cheio de cicatriz da dengue pelo corpo, to pregando com a autorização da minha medica, pode ser um efeito colateral, ontem o padre Paulinho ate rezou por mim, é precisa de consolo, ficam marcas, essas vão desaparecer, minha mãe diz que é brotoeja, nem me levou a serio, nos homens somos mais estressados, já pensou se a gente tivesse que dar a luz? Meu Deus, acho que depois do quinto mês eu tava de cama, todos nós temos penas, cicatrizes, que ficam durante a vida, ela vai ficar, cicatrizes da vida, cicatrizes que o pecado deixou em nós, o pecado Deus perdoa, mas as penas ele permite que fique com a gente, ele permite que sejamos tentados, existem sofrimentos na vida, quem não tem sofrimento, todos nos temos algum momento para chorar, e o SCJ não diz que, eu te livrarei de todos os sofrimentos, não você vai sair de la humano, como diz meu irmão Pe. Fabio de Melo, você vai sair humano, mas consolado, sabe o que nos consola em nossas penas, a grande promessa, que ele esta no meio de nós, Santa Terezinha disse uma vez pro SCJ, ”Jesus eu tenho medo de ir pro inferno, e Jesus disse, porque minha filha você tem medo? Porque la eu não vou estar junto de ti, então Jesus promete comigo que mesmo que eu for pro inferno você estará comigo, e Jesus disse Terezinha, mesmo que você for pro inferno eu não te abandonarei, e ela disse, então não tenho medo de mais nada…”, Jesus nos consola em todas as nossas penas. “Daí-me o consolo coração de Jesus, Daí-me o consolo coração de Jesus, eu confio nas promessas do senhor, daí-me o consolo coração de Jesus”, abrace a si mesmo e junto com o SCJ e com Maria, vamos pedir colo, o senhor quer nos dar o seu consolo, o seu refugio e a sua benção, e com Maria aquela que é cheia de graça, daí-nos o consolo, a graça, por intermédio das suas mãos intercessoras, teu filho derrama sobre nós tantas e tantas promessas, “Mãezinha do céu, eu não sei rezar, eu só sei dizer que eu quero te amar, azul é teu manto, e branco é teu véu, mãezinha eu quero te ver la no céu, no colo da mãezinha la no céu eu vou adormecer em paz, ainda que eu não sei rezar, mas no teu colo eu vou dormir em paz, e ao chegar no fim do dia eu sei que eu dormiria muito mais feliz…”, pq com o sagrado coração de Jesus eu aprendi a “amar como Jesus amou, pensar como Jesus pensou, viver como Jesus viveu, sentir como Jesus sentia, sorrir como Jesus sorria, e ao chegar ao fim do dia, eu sei que eu dormiria muito mais feliz…”, Amém, ta acabando meu tempo e não pense que eu esqueci, cadê a caixinha, você conseguiu né? Agora você conhece o coração, o engraçado é o seguinte, você é canhoteiro? Eu não seria capaz de abrir a caixinha desse lado, ou seja não tem só um jeito de abrir a caixinha, tem vários modos, mas o principal é não ficar de coração fechado, diga comigo, daí-me senhor um coração aberto.
Vamos cantar, “Eu creio nas promessas de Deus, eu creio nas promessas do meu Senhor, se sou fiel no pouco ele me confiara mais, se sou fiel no pouco, meus passos guiará…”

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A Igreja de Cristo

por Comunidade Shalom


“O inimigo, desmascarado e derrotado pela vinda de Cristo, ... trama nova emboscada para iludir os incautos, sob o rótulo do próprio nome de cristãos. Inventa heresias e cismas para subverter a fé, corromper a verdade e quebrar a unidade... Rouba homens da própria Igreja e os imerge, inconscientes, em outras trevas, deixando´os pensar que se aproximam da luz e escapam à noite do século. Continuam a se dizerem cristãos sem guardarem a boa nova de Cristo, os seus preceitos e as suas leis! Julgam ter luz e caminham nas trevas! O inimigo sedutor e mentiroso que, nas palavras do apóstolo, se transforma em anjo de luz, apresentando seus ministros como ministros da justiça, anunciando a noite como o dia, a perdição como salvação,... o AntiCristo sob o nome de Cristo, lhes escurece e frustra a verdade pela sutileza, propondo como verdadeiras coisas ilusórias. Isto se dá, caríssimos irmãos, porque não mais se volta à origem da verdade, não se vai mais à sua fonte, nem se guarda a doutrina do magistério celeste” ( Sobre a Unidade da Igreja). “Julga conservar a fé, quem não conserva esta unidade recomendada por Paulo? (Ef 4,4´6). Confia estar na Igreja, quem abandona a cátedra de Pedro sobre a qual está fundada a Igreja? “Principalmente nós, que presidimos a Igreja como bispos, devemos manter e defender firmemente esta unidade, dando provas da união e indivisibilidade do episcopado... O episcopado é único e dele possui por inteiro cada bispo a sua porção. A Igreja é uma só, embora abranja uma multidão pelo contínuo aumento de sua fecundidade. Assim como há uma luz nos muitos raios do sol, uma árvore em muitos ramos, um só tronco fundamentado em raízes tenazes, muitos rios de uma única fonte, assim também esta multidão guarda a unidade de origem, se bem que pareça dividida por causa da inumerável profusão dos que nascem. A unidade da luz não comporta que se separe um raio do centro solar; um ramo quebrado da árvore não cresce, cortado da fonte o rio seca imediatamente. Do mesmo modo a Igreja do Senhor, como luz derramada estende os seus raios em todo o mundo, e é uma única luz que se difunde sem perder a própria unidade. Ela desdobra os ramos por toda a terra, com grande fecundidade; estende´se ao longo dos rios, com toda liberalidade, e no entanto é uma na cabeça, uma pela origem, uma só mãe imensamente fecunda. Nascemos todos de seu ventre, somos nutridos com seu leite e animados por seu espírito.” “A esposa de Cristo não pode ser adulterada, ela é incorrupta e pura, não conhece mais que uma só casa, guarda com casto pudor a santidade do único tálamo. Ela nos conserva para Deus, entrega ao Reino os filhos que gerou. Quem se aparta da Igreja e se junta a uma adúltera, separa´se das promessas da Igreja. Quem deixa a Igreja de Cristo não alcançará os prêmios de Cristo. É um estranho, um profano, um inimigo. Não pode ter Deus por Pai quem não tem a Igreja por mãe. Se alguém se pôde salvar dos que ficaram fora da arca de Noé, também se salvará os que estiverem fora da Igreja. O Senhor nos admoesta e diz: “Quem não está comigo está contra mim, e quem não ajunta comigo, dispersa”(Mt 12,30). Torna´se adversário de Cristo quem rompe a paz e a concórdia de Cristo; aquele que noutra parte recolhe, fora da Igreja, dispersa a Igreja de Cristo.”(A Unidade da Igreja)

Eucaristia, sacrifício da nova aliança

por Comunidade Shalom

A Eucaristia é, acima de tudo, um sacrifício: sacrifício da Redenção e ao mesmo tempo sacrifício da Nova Aliança. O homem e omundo são restituídos a Deus por meio da novidade pascal da Redenção. Esta restituição não pode faltar: é fundamento da "aliança nova e eterna" de Deus com o homem e do homem com Deus. Se chegasse a faltar, seria preciso rever seja a excelência do sacrifício da Redenção que foi perfeito e definitivo, ou o valor sacrificial da Santa Missa. Portanto a Eucaristia, sendo verdadeiro sacrifício, obra essa restituição de Deus.
Neste sentido, o celebrante, enquanto ministro do sacrifício, é o autêntico sacerdote, que realiza –em virtude do poder específico da sagrada ordem- o verdadeiro ato sacrificial que leva de novamente os homens a Deus. Ao contrário, todos aqueles que participam da Eucaristia, sacrificam-se como ele, oferecem com ele, em virtude do sacerdócio comum, seus próprios sacrifícios espirituais, representados pelo pão e o vinho, desde o momento de sua apresentação no altar.
Efetivamente, este ato litúrgico solenizado por quase todas as liturgias, "tem seu valor e seu significado espiritual". O pão e o vinho se convertem em certo sentido em símbolo de tudo o que leva a assembléia eucarística, por si mesma, em oferenda a Deus e que oferece em espírito. É importante que este primeiro momento da liturgia eucarística, em sentido estrito, encontra sua expressão no comportamento dos participantes. A isto corresponde a chamada procissão da oferendas, prevista pela recente reforma litúrgica e acompanhada, segundo a antiga tradição, por um salmo ou cântico.
Todos os que participam com fé da Eucaristía se dão conta de que ela é Sacrificium", isto é, uma "Oferenda consagrada". Com efeito, o pão e o vinho, apresentados no altar e acompanhados pela devoção e pelos sacrifícios espirituais dos participantes, são finalmente consagrados, para que se convertam verdadeira, real e substancialmente no Corpo entregado e no Sangue derramado de Cristo mesmo. Assim, em virtude da consagração, as espécie de pão e vinho, "re-presentam", de modo sacramental e incruento, o Sacrifício propiciatório oferecido por Ele na cruz ao Pai para a salvação do mundo.