>

'SE CALAREM AS VOZES DOS PROFETAS AS PEDRAS FALARÃO'








sexta-feira, 30 de julho de 2010

Jesus entra na casa de quem O acolhe

Existe uma maneira particular de Jesus entrar em nossa vida, de bater à porta do nosso coração. O Senhor quer entrar em nosso coração, como o fez em Betânia. Mas há uma regra importante: quando Jesus bate à nossa porta é preciso um cuidado para abri-la, para que o Senhor entre, pois ela deve se abrir de dentro para fora. Não somos nós que vamos a Jesus; é Ele que vem a nós. Muitas pessoas fazem muitos esforços para encontrar o Senhor, mas Jesus nos ensina que é Deus quem vem a nós.

Betânia é o exemplo de Jesus, que vem a nossa casa e nos acolhe. E quando Ele entra em nosso coração, então, é necessário deixar que Ele entre em todos os cômodos, em todas as dimensões da nossa vida. Todas as áreas da nossa vida devem ser santificadas pelo Senhor. Toda nossa vida deve ser um deixar que Deus evangelize, pois, um dia, abrimos a porta da nossa casa para Ele.


Betânia nos dá um exemplo importante, porque existe uma comparação entre Marta e Maria. Marta prepara muitas coisas para Jesus, pois quer recebê-Lo bem. Ela faz muitas coisas, se esforça, mas o Senhor a repreende dizendo que ela exagera e lhe diz que uma coisa só é necessária: escolher a melhor parte. Maria, ao contrário, antes de fazer coisas, se deixa fazer por Jesus, se põe à escuta d'Ele para se deixar amar muito. Maria não quer dizer com sua atitude que não devemos fazer nada, mas que primeiro devemos escutar antes de realizar e de agir. É um ensinamento importante para cada um de nós.

Quinta-feira de Adoração



TWITTER


Jesus entra na casa de quem O acolhe




Dom Dominique
Foto: Wesley AlmeidaExiste uma maneira particular de Jesus entrar em nossa vida, de bater à porta do nosso coração. O Senhor quer entrar em nosso coração, como o fez em Betânia. Mas há uma regra importante: quando Jesus bate à nossa porta é preciso um cuidado para abri-la, para que o Senhor entre, pois ela deve se abrir de dentro para fora. Não somos nós que vamos a Jesus; é Ele que vem a nós. Muitas pessoas fazem muitos esforços para encontrar o Senhor, mas Jesus nos ensina que é Deus quem vem a nós.

Betânia é o exemplo de Jesus, que vem a nossa casa e nos acolhe. E quando Ele entra em nosso coração, então, é necessário deixar que Ele entre em todos os cômodos, em todas as dimensões da nossa vida. Todas as áreas da nossa vida devem ser santificadas pelo Senhor. Toda nossa vida deve ser um deixar que Deus evangelize, pois, um dia, abrimos a porta da nossa casa para Ele.


Betânia nos dá um exemplo importante, porque existe uma comparação entre Marta e Maria. Marta prepara muitas coisas para Jesus, pois quer recebê-Lo bem. Ela faz muitas coisas, se esforça, mas o Senhor a repreende dizendo que ela exagera e lhe diz que uma coisa só é necessária: escolher a melhor parte. Maria, ao contrário, antes de fazer coisas, se deixa fazer por Jesus, se põe à escuta d'Ele para se deixar amar muito. Maria não quer dizer com sua atitude que não devemos fazer nada, mas que primeiro devemos escutar antes de realizar e de agir. É um ensinamento importante para cada um de nós.


"O amor a Deus não é uma questão de ação, mas de contemplação."
Foto: Wesley Almeida

Nós fazemos muitas coisas e, mesmo na vida de comunidade, podemos realizar muitas atividades, mas Jesus nos diz: “Antes, deixe-se amar, pois o amor não é, antes de tudo, uma questão de ação, mas de contemplação”. Deus age através de nós, mas o mais importante é saber que nós O escutamos.

Peçamos a graça de ser como Maria e, que a cada dia, haja um momento em que acolhamos o Senhor e deixemos o nosso coração se abrir para Ele. Deus procura corações que se deixam moldar por Ele.

Que cada um de nós se torne, a cada dia, mais Maria!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Ser testemunha de Cristo

Ser testemunha de Cristo não é muito difícil, é ser na prática o que muitos de nós já somos na teoria. Significa viver para Jesus Cristo a cada dia de um modo que não apenas as suas palavras falem de Jesus, mas nossas atitudes reflita a vida de Cristo.

Testemunhamos com nossa vida fazendo exatamente aquilo de que Jesus nos pede obedecendo a Palavra de Deus, se deixando ser dirigido e controlado pelo Espírito Santo e assim demonstrando o fruto do Espírito em nossas ações, em nossa conduta. Isso não significa que nós temos que nos tornar puritano, usar roupas esquisitas e deixar de nos divertir. Não. Para sermos testemunhas de Cristo precisamos refletir Cristo com nossas atitudes, palavras e condutas estar a todo instante ligado a Jesus.

Jesus descreveu tal relacionamento com a parábola da videira. Se permanecermos ligados a Ele, daremos frutos e nossa vida será um testemunho aos que nos rodeiam.

Você sendo testemunha de Cristo afetará todo o mundo: " Vós sois a luz do mundo", disse Jesus aos seus seguidores. "Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte, nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo de uma vasilha, e sim no candeeiro onde ela brilha para todos que estão em sua casa. Assim também: que a luz de vocês brilhe diante dos homens, para que eles vejam as boas obras que vocês fazem e louvem o Pai de vocês que está nos céus" (S. Mateus 5:14-16).
Não basta, ser testemunha com sua vida, crescimento cristão também implica ser testemunha com a boca, ou seja, uma vez salvo experimentando o controle do Espírito Santo você sempre vai querer falar a outras pessoas sobre o seu novo e maravilhoso modo de vida. Virá tão naturalmente quanto falar a outros da pessoa a quem você ama, do carro novo ou ainda mais de um filho ou neto. Deus lhe dará as palavras certas, no momento certo e para as pessoas certas a quem falar tudo o que você tem que fazer é dispor-se diante de Deus.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Sagrada Família,espelho de santidade


por Comunidade Shalom

“... enquanto o casal formado por Adão e Eva tinha sido a fonte do mal que inundou o mundo, o casal formado por José e Maria constitui o vértice, do qual se expande por toda a terra a santidade.

... é na Sagrada Família, nesta originária ‘Igreja doméstica’, que todas as famílias devem espelhar-se... ela constitui, portanto, o protótipo e o exemplo de todas as famílias cristãs.” (Redemptoris Custos, 7 – João Paulo II).

É por demais sabido e constatado que a família dos tempos de hoje sofre sua maior crise de identidade e de valores. Atacada e desvalorizada por todos os lados, as famílias tomam um aspecto enfermo, doentio, fraco e derrotado. Deste quadro, praticamente nenhuma família escapa, umas mais, outras menos afetadas; o que nos leva a uma reflexão: A família está sem parâmetros e sem nenhuma fonte inspiradora de valores em nosso mundo atual?

Esta afirmação tem um fundo de verdade. Há uma escassez de famílias, realmente católicas, que testemunhem com a força do Espírito Santo a vivência do Evangelho, testemunho este, que poderia livrar e resgatar muitas outras famílias desta crise.

Todos somos chamados por Deus a viver a santidade. Nos casais, a santidade deve acontecer no matrimônio, um santificando o outro: “Porque o marido que não tem a fé é santificado por sua mulher; assim como a mulher que não tem a fé é santificada pelo marido que recebeu a fé.” (I Cor. 7, 14). E isto acontece de uma maneira dinâmica e diária.

Não preciso nem dizer que este caminho não é fácil. Porque é necessário vencer nossas próprias fraquezas; suportar a fraqueza do outro; perdoar e dar o perdão; ser transparente, falando sempre a verdade; dar o braço a torcer; elogiar freqüentemente; saber ouvir; e outros “detalhes” mais. E isto, não só ao casal, mas vale para todos os membros da família.

São estes momentos em que, para vencer suas limitações, a família mais necessita da Graça de Deus, que em Sua bondade, nos deixou a Família de Nazaré como modelo e exemplo a ser seguido. Família onde reina a paz, a concórdia, a união, o amor, frutos gerados de uma perfeita comunhão com Deus, de um santo temor ao Senhor e de um profundo desejo de santidade que transbordava dos corações de Jesus, Maria e José.

“...é na Sagrada Família, nesta originária ‘Igreja doméstica’, que todas as famílias devem espelhar-se.”

Olhar para a Família de Nazaré como modelo de vida é olhar para uma família que em tudo realizou a vontade de Deus e nunca se afastou de seus caminhos. Portanto, é na obediência ao Senhor que nossas famílias poderão encontrar o caminho da verdadeira felicidade. Quando olhamos para o Evangelho, muitas vezes, pensamos somente no Sim de Maria. José também deu o seu Sim quando, renunciando aos seus planos de vida, aceitou receber Maria por esposa e Jesus por filho (cf. Mt 1, 24); e por sua vez, Jesus foi obediente até a morte e morte de cruz (cf Fil 2, 8). Sendo assim, na Família de Nazaré, nós temos um completo testemunho familiar de obediência ao Senhor.

Deus é o Sumo Bem, fonte de todo benefício e de toda graça. Quando as famílias se afastam ou se fecham (deliberada ou “ignorantemente”) a esta fonte, passam a não mais gozar dos benefícios de Deus e se tornam alvos fáceis das armadilhas do inimigo, que quer exatamente isto. Veja o que o Arcanjo Rafael advertiu a Tobias:

“O anjo respondeu-lhe: ‘Ouve-me, e eu te mostrarei sobre quem o demônio tem poder: são os que se casam, banindo Deus de seu coração e de seu pensamento, e se entregam à sua paixão como o cavalo e o burro, que não tem entendimento: sobre estes o demônio tem poder.” (Tobias 6, 16-17).

Quando se coloca Deus de “lado” na família, deixamos uma “brecha” (bem grande!) por onde o inimigo entra e, no lugar dos benefícios que vem de Deus – paz, alegria, caridade, fé, esperança, perdão, cura, libertação, salvação, segurança, fidelidade, temperança, equilíbrio – o inimigo se aproveita para semear os seus malefícios: intranqüilidade, briga, confusão, divisão, ódio, vingança, adultério, mágoas, ressentimentos, vícios, morte!

Por isso, ao olharmos para a Sagrada Família, que com sua vida, exemplo e força nos inspira a viver no mesmo caminho de santidade. Somando-se famílias e famílias que vivam se espelhando em Jesus, Maria e José, teríamos, sem sombra de dúvidas, uma sociedade e um mundo melhores e com muito mais qualidade de vida para todos. Se nossa sociedade e nosso mundo ainda não são assim, é porque faltam famílias trilhando este caminho. Hoje o Senhor te convida a se consagrar e confiar sua família a família d’Ele, para que você e toda sua família brilhem a Sua presença no mundo.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Será que penso como cristão?


por comunidade Canção nova

Uma avalanche de pensamentos e conceitos contraditórios assola a vida de todo ser humano, todos os dias. Até aí, nada de novo. É assim desde tempos imemoriais. Mas, então, por que temos a sensação, cada vez mais “palpável”, de que as crises e batalhas que residem nesse campo parecem ser invencíveis? Por que os pensamentos parecem se tornar, tantas vezes, terreno minado, que se teria de evitar para continuar adiante?


Pensar como cristão revela-se oportunidade ímpar de “adorar ao Pai em espírito e em verdade” (cf. Jo 4, 24)


As respostas que damos a estas perguntas, sejam elas quais forem, precisam brotar da reflexão que surge a partir de outra consideração: por que enxergo meus pensamentos como uma espécie de “região maldita”, pedregulhos em meu caminho, e não como trampolim ou base de sustentação para seguir adiante?


Nossa tendência natural é buscar o afastamento daquilo que nos faz mal. Por consequência, se “evito pensar” sobre meus pensamentos, ou caso isso se torne cada vez mais doloroso, é preciso verificar com sinceridade as causas dessa percepção. Os pensamentos não são por si mesmos ruins ou penosos – se estão neste patamar é devido aos mecanismos que têm regido nossas reflexões.


É aí que preciso fazer, com sinceridade, outra incursão em meu interior e descobrir: Será que penso como cristão? Ou, então, meus pensamentos ainda são um território cativo em que não deixei adentrar a luz do Senhor, que tudo cura e vence?


O que é pensar como cristão?


Para o cristão, pensar nunca faz mal: pensamento implica estar de mãos dadas com o Senhor e nunca proclamar independência da Sua presença. Pensar revela-se como oportunidade ímpar de “adorar ao Pai em espírito e em verdade” (cf. Jo 4, 24) – entregar-Lhe tudo o que se passa no coração e compartilhar com Ele o próprio ser, dilemas e necessidades.


Deus não necessita de nossa expressão para chegar ao conhecimento acerca do que necessitamos: nós é que precisamos nos expressar constantemente para alicerçar o reconhecimento de que temos necessidade da presença d’Ele em nossas vidas. Por isso, pensar como cristão é lançar um brado de confiança a um Pai que nos ama – “Confia ao Senhor os teus cuidados e Ele te ajudará” (Sl 36, 5) –; é ver a Deus – “Quem vê a Deus alcança com essa visão todos os bens possíveis” (São Gregório de Nissa) – e compreender que somente em Cristo tais “bens possíveis” alcançam sua plenitude. “Só Cristo pode satisfazer plenamente os anseios profundos de cada coração humano e responder às suas questões mais inquietantes”, ensina o Papa Bento XVI.


Pensar como cristão não é um luxo ou qualquer coisa de acessório, mas uma necessidade. Uma vez impulsionados pelo Espírito Santo, a fé, a esperança e a caridade movem todas as nossas ações, que sempre são, de alguma forma, manifestação exterior de nossos pensamentos.


Pensar como cristão é concretizar o movimento do Espírito em nossa vida. Se cada ação somente se concretiza porque tomamos uma decisão – que concede àquilo, que até então habitava apenas o nosso intelecto, o status de “real” –, é preciso se decidir convictamente pelo Senhor.


“A relação com Deus é constitutiva do ser humano [...]. A consciência é cristã na medida em que se abre à plenitude da vida e da sabedoria, que temos em Jesus Cristo”, complementa Bento XVI. Aqui, relação é amor, doação: “o que amar a Deus, ame também a seu irmão” (I Jo 4, 21), diz a Palavra. Pensar como cristão é “cuidar de interpretar de modo favorável tanto quanto possível os pensamentos, as palavras e as ações do próximo” (Catecismo da Igreja Católica - CIC, n. 2478). Em outras palavras, é garantir a boa fama do outro e buscar, em união, a salvação.


Por fim, pensar como cristão é fazer com que tudo convirja para o fortalecimento dessa relação com o Pai, é ser presença irradiante do Evangelho no meio do mundo, é estar disposto a cumprir com a exigência de fazer uma viagem ao centro de si mesmo e lançar fora toda e qualquer complacência com aquilo que possa nos desviar do caminho do Senhor (cf. CIC, n. 2520). E é tudo isso que nos dá a certeza de que pensar não traz consigo nada de ruim, pois Cristo está aí disseminado e nos ajudará a reforçar nosso testemunho de santidade e sadia radicalidade.


Peçamos o auxílio do Senhor:


Senhor, reconheço que preciso permitir que Tua luz adentre todas as áreas de meu pensamento. Não quero mais que haja locais sob o jugo da escuridão: ilumina tudo, Senhor!

Que meus pensamentos girem sempre em torno do Teu Amor e, assim, eu possa ser instituído por Ti como fonte de graça para a vida de outros, buscando, em união, a salvação, obra da Tua Graça!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Oração é amizade com Deus


por Padre Paulo Ricardo


Neste 17º domingo do tempo comum, a Igreja nos propõe a vida de oração como caminho de santificação. Se seguirmos o tempo litúrgico a Igreja sempre nos ensina alguma coisa. Neste tempo comum ela [Igreja] nos ensina como devemos viver o nosso dia a dia, e o tema deste domingo é a oração.

1Jesus estava rezando num certo lugar. Quando terminou, um dos seus discípulos pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos”.(Lucas 11,1) O cristão vê Jesus que reza e quer aprender a rezar com Ele.

Jesus nos ensina a vida de oração na conclusão deste PHN. Quero convidar a você que volte para casa com a firme decisão de ser amigo de Deus, e para ser amigo de Deus você precisa de assiduidade, pois ninguém é amigo de uma pessoa se não passa tempo junto com ela, se não liga para ela.

O evangelho de Lucas nos coloca Jesus como modelo de oração, por 9 vezes ele nos mostra que Jesus estava orando. Agora para você jovem, falar de oração parece alguma coisa monótona, mas é na sua vida de oração que você vai encontrar o suporte para sua vida espiritual, na amizade com Jesus.

A primeira palavra de Jesus aprece quando ele estava perdido no templo entre os doutores, sua primeira frase é: “não sabíeis que devo estar na casa de meu Pai, cuidar das coisas de meu Pai”. A primeira palavra de Jesus se refere ao Pai. Depois Jesus vive sua vida e sua última palavra na cruz é “Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito”. Veja a amizade que Jesus tem com o Pai. Jesus sabe viver sua vida inteira com o Pai. Ele diz: “o meu alimento é fazer a vontade do Pai”.

Eu quero que você entenda isto, eu fui reitor do seminário por 15 anos e continuo sendo professor, e nestes longos anos, um dos cursos que dei foi do Teodiceia, que fala sobre a existência de Deus. E nós descobrimos que muitas pessoas põem em dúvida a existência de Deus. E muitos vivem sua vida sem querer se preocupar se Deus existe ou não. Mas eu sempre digo, Deus não é indiferente. Se Deus existe nós existimos para Ele, e se ele não existe, eu posso existir para mim, posso fazer o que quero. Mas se Deus existe, muda totalmente, se Deus existe eu existo para Ele, pois foi Ele que tudo criou e para Ele tudo existe. Se Deus existe minha vida tem sentido n'Ele e para Ele. Se Ele não existe minha vida não tem sentido.
Se Deus existe minha vida é para ele, se não existe minha vida é uma piada de muito mal gosto. Pois se a felicidade é só o agora é muito pouco, mas nós sabemos que temos uma felicidade eterna. Aqui não temos onde reclinar a cabeça, mas haverá um dia em quer repousaremos nossa cabeça no peito do Pai.

Em nós existe uma fome, que comida nenhuma é capaz de saciar-nos, pois neste mundo somos peregrinos, ninguém está em casa, a nossa casa é no céu, com Deus. Somente no céu, com Deus encontrarei a razão da minha existência.

E para termos uma pequena experiência que teremos com Deus no céu, é na oração. Jesus estava o tempo todo voltado para Deus e mesmo assim ele tinha necessidade de passar noite em oração ao Pai, porque existe uma amizade.

Para nós é muito difícil viver essa amizade com Deus, eu lembro que no final do dia eu ligava para meus amigos e ficava 15 minutos com um, 15 minutos com outro, e na hora de rezar, eu lembrava que estava cansado e ia dormir. Isso é uma vergonha, um padre não cultivar a amizade com Deus. Muitas vezes eu preferia outras amizades que a de Deus.

Deus é o nosso melhor amigo e nós precisamos estar com Ele. Precisamos ir até Ele, ir até o sacrário e nos ajoelhar e adorá-Lo. Adorar significa que é em Deus que encontro a razão da minha existência.

Quando estamos recém-convertidos, passamos horas na frente do sacrário, mas depois de um tempo, não sentimos mais a presença de Deus. Jesus nem sempre sentiu a presença de Deus. A oração que você faz e não sente, tem muito mais valor do que a que você faz e sente. Pois é nessa hora você reza por amor. Quando você reza e diz a Deus que não tem vontade de estar lá, mas está porque O ama, está é a oração mais valiosa. Pois vem de um amor maduro. O amor de um homem e uma mulher, quando começa é um fogo, uma paixão e as horas parece que são minutos, mas depois de 10, 20,30 anos de casado, você acorda de manhã e pensa, onde eu estava com a cabeça. Mas é nesses momentos que você diz por amor a Deus eu permanecerei fiel e levarei o casamento para frente, é nesse momento que o amor amadurece, cresce raiz.

Se você não sente nada na oração, saiba que Jesus está com você, pois Ele também passou por isso, onde parece que o Pai está longe, onde você sente que não tem onde reclinar a cabeça. Ele te chama a viver essa experiência e ir para o céu onde lá terão onde reclinar a cabeça.

Eu quero convidá-los a confiar em Deus, confiar em Deus é saber que Ele me ama, mesmo quando eu não entendo, quando o que está acontecendo com a minha vida, não tem sentido nenhum.

A vontade de Deus mesmo que pareça má, é ótima. Eu não sei o que tira o teu sono de noite, tira a tua paz, mas saiba, abrace a cruz de Cristo na sua vida e confie, pois se Deus está permitindo que isso aconteça na sua vida, é para que você entre no céu. Precisamos atravessar essa vida sabendo que Deus é bom.

Na sua vida de oração, se você está perdendo noites de sono, está perdido no sofrimento, peça que Deus te faça ver o próximo passo, pois na novela da nossa vida, queremos que Deus nos mostre como vai terminar, mas Deus não quer nos mostrar o nosso futuro, por isso é pecado ficar olhando horóscopo. Pois Deus quer apenas que sabemos o próximo passo que devemos dar, e saber que nosso futuro é o céu.

Saber apenas o próximo passo que devemos dar, é PHN, pois é com o hoje que devemos nos preocupar, “a cada dia basta seu cuidado”, não queira se preocupar se você vai conseguir viver a castidade por 5 anos, queira viver a castidade hoje. Se você quer crescer como Jesus em estatura, sabedoria e graça, você precisa de uma vida de oração. Peça para Ele iluminar o seu próximo passo.

As vezes você fala que Deus não te responde, mas é que você quer saber do seu futuro e Deus não é uma cartomante, Deus quer te revelar o próximo passo que você deve dar. Ele nos mostra o próximo passo. E essa realidade que Ele quer para nós, essa confiança n'Ele.
Assim como uma criança não tem medo quando está com seu pai, assim devemos confiar em Deus. O medo é um sentimento que vem da solidão, hoje está na moda a síndrome do pânico, e para o medo não tem remédio, o medo é sempre uma solidão. Se uma criança está num corredor escuro ela tem medo, mas se um adulto segura sua mão, ela não tem mais medo, pois não está mais só.

Muito de nós podemos sentir esse medo e não tem remédio clínico, mas tem o remédio espiritual, é nós lembrarmos que na cruz Jesus se sentiu só, e se entregou nos braços do Pai. Nos momentos de medo, saiba que você não está sozinho, o Pai está contigo. O cristão não tem direito de olhar para céu e dizer que Deus não sabe o que ele está sentindo, pois Deus sabe o que ele está sentindo, pois Deus passou por muito mais, Deus nos amou e nos amou na cruz, Ele é nosso amigo, sejamos amigos de Deus.

A vida de oração é uma vida de amizade com Deus. Escolha bons amigos e tenha uma amizade com Deus. Você precisa dessa amizade, se você tem medo, sabe que Deus está contigo. Mesmo que você não tenha noção do que está acontecendo com a sua vida, entregue sua vida ao Senhor. Tenha essa confiança. Não queira entender tudo, só queira que Ele ilumine seu próximo passo.

Jovem saindo daqui, não tenha medo, nós temos um Deus bondoso que está conosco. Se Deus está conosco o mundo não é nada diante da grandeza de Deus. Ter essa confiança é crescer em graça diante de Deus.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

... Se compreendesses o Amor que Deus tem por Ti...::.

por Comunidade Canção Nova

Você também pode experimentar!
''O amor de Deus por nós é muito simples''

Estamos vivendo no tempo da misericórdia, no qual Deus se derrama inteiramente a nós e, quantos relatos já ouvimos da obra poderosa da Misericórdia na vida de tantos irmãos e irmãs, que mudou radicalmente a vida de cada um.
Com certeza, você é testemunha de que alguém foi tocado pela misericórdia de Deus e foi liberto por meio de uma confissão, por um abraço, por um olhar carinhoso, pela atenção que alguém deu, por uma boa acolhida na Igreja, por uma simples oração, são situações tão simples que ficam até difíceis racionalmente de entender e, às vezes até nos perguntamos: "como pode isso?" Não é possível que seja tão fácil e simples assim e, muitas vezes, acabamos ridicularizando a experiência de amor profundo que as pessoas tenham vivido, porque esperamos algo mágico de Deus, uma teofania como no Monte Sinai.
O amor de Deus por nós é muito simples e ao mesmo tempo muito profundo; por tamanha profundidade tem o poder de transformar vidas.
Fico a pensar na experiência daquela mulher apanhada em adultério pelos fariseus e levada até Jesus, para que Ele liberasse seu apedrejamento, pois assim regia a "lei". Porém, nesse episódio o amor venceu a "lei".
Uma grande surpresa adentrou o coração daquela pecadora: o olhar do Senhor para ela não se comparava ao olhar de nenhum outro homem que a olhou com desejo e interesse, era um olhar que mexia com ela não no nível afetivo-sexual, mas num nível que nem ela sabia que possuía: olhou a alma. Esse olhar, que preencheu todo o vazio, que trazia em seu peito e que tinha tentado preenchê-lo na vida de prostituição e adultério, começou a devolver algo que a vida havia roubado dela: a dignidade humana, o que superou toda a experiência de ser usada como um objeto pelos inúmeros homens que até aquele momento tinha se envolvido. Aquele olhar superou toda a solidão provocada pela rejeição das pessoas para com ela pela vida que levava e por ser uma mulher da vida. O vazio do seu coração foi sendo preenchido por um amor tremendo, do qual ela nunca havia experimentado antes.
Depois de dizer aos fariseus que quem não tivesse pecado atirasse a primeira pedra e todos terem saído de fininho, deixando os dois a sós, o Mestre levantou os olhos e perguntou para aquela mulher: "'Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?' Ela respondeu: 'Ninguém, Senhor'. Jesus lhe disse: 'Nem Eu te condeno. Vai e de agora em diante não voltes a pecar'"(Jo 8,10s). O amor e a misericórdia do Senhor superaram todos os pecados que ela tinha vivido e essa mulher teve a maior experiência de amor da sua vida. Não foi uma experiência de amor carnal, mas uma experiência com o amor de Deus, que se derrama todo em amor e misericórdia. Jesus sabia das fraquezas dessa mulher, mas sabia também que aquela experiência de amor e misericórdia levaria essa pecadora a viver o "PHN", a lutar com todas as suas forças para não mais pecar porque foi muito amada e, a partir daquele momento, sentia a necessidade de corresponder com aquele amor que a possuía. Com certeza, ela lutou até seu último suspiro para não mais pecar e corresponder com Aquele amor que a conquistou e devolveu a dignidade e a vida a ela.
Essa deve ser a experiência que devemos buscar a cada dia: mergulharmos nesse profundo amor e nessa infinita misericórdia de Deus, que vence a lei, que vence o pecado e que nos indica o caminho certo, nos elevando à condição de cidadãos do Céu. Tome posse dessa realidade!
O Senhor tem esperado há muito tempo para dizer-lhe que também não condena. Faça a experiência da misericórdia pela confissão, Deus está esperando por você. Veja a mão de Deus na sua vida em todos os momentos, desde o nascer do sol até o término do dia, Ele o mantém e tem se derramado de amor por você, não tenha medo de Deus, Ele o ama e quer acolhê-lo de uma forma que nunca ninguém o acolheu.
A partir da experiência desse amor, você irá entender que, por Ele e por causa do Seu amor, você conseguirá dar um basta na vida de pecado e dizer "PHN", pois irá ouvir da boca Daquele que morreu por você na Cruz: "Nem Eu te condeno. Vai e de agora em diante não voltes a pecar". Deus ama você com um amor eterno e tremendo; não duvide, mergulhe no oceano do amor e da misericórdia de Deus.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Na espiritualidade PHN só temos o dia de hoje!


por Dunga - comunidade Canção Nova

Não é fácil dizer ‘não’ ao pecado quando se vive sozinho
Nós temos descoberto, ao longo desses anos de PHN, que o dia de hoje é o dia de fazer a coisa certa. Existem pessoas que vivem o dia de hoje preocupadíssimas. Cada dia da nossa vida é uma “batalha”; não adianta você ficar preocupado com toda a “guerra”. Vence a guerra quem venceu todas as batalhas, ou a maioria delas, as mais importantes.

A grande inspiração que venho sentindo desde o início do PHN é que viver o PHN sozinho não dá. Eu preciso de amigos. Deus não entra na sua vida sem você querer. Deus não vai “forçar a barra”, ou seja, forçá-lo a fazer algo. Deus precisa de uma lágrima sua, um sorriso, uma palavra com o sentido de socorro. Ele vê uma brecha, mesmo que pequenininha, e é o suficiente para Ele entrar.

O fato de estar disposto a mudar prova que você já teve anjos e mais anjos, amigos e mais amigos que venceram seu mau humor, sua resistência. Assim o auxílio de Deus chegou até você. Talvez esta pessoa ao seu lado tenha lhe falado de Deus. Eu quero que você reflita: “Eu tenho amigos? Será que por intermédio do meu pai (mãe), meu esposo (esposa), meus filhos (filhas), meu irmão (irmã) tenho percebido que Deus tem falado comigo? Tenho traduzido as palavras dessas pessoas, que são meus anjos, como as palavras de Deus na minha vida?”

Não é fácil dizer “não” ao pecado quando se vive sozinho. Mas quando tenho você do meu lado – para me corrigir, guiar, iluminar – é mais fácil. A partir de dois já entramos na dinâmica de Jesus: “Porque onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, aí Eu estarei no meio deles” (Mateus 18,20). Então, somos três.

O pecado paralisa a nossa vida, engessa, faz com que os sonhos de família, de profissão, de filhos travem. Então, vem o amigo e fala: “Vamos lá, meu irmão! Vamos recomeçar!”

Quem quer ser amigo de Cristo? Para sermos amigos de Cristo precisamos permanecer firmes até o fim. Ir até o final. Quando é o fim? Não sei. Mas é preciso ir até o fim.

Coragem, meu irmão. Agüente! É possível!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

"Há hoje, conforme promessa, poder de Deus."


por Ironi Spuldaro - membro do conselho nacional da RCC

Oração: Quando eu orar, quando eu te pedir, onde estiver, em tudo o que fizer, quando andar ou dormir, quando falar, quando te servir faze-me fiel a Ti, Senhor!

Se nossa vida é um rio de pecado, o Senhor é um oceano de misericórdia para conosco. Eu tenho um grande motivo para estar aqui hoje: eu sou crente, eu sou evangélico, eu sou pentecostal, eu sou presbiteriano, eu sou batista, eu sou da universal, eu sou pagão. Sou crente porque tenho uma mãe que me ensina a crer, sou evangélico porque o Evangelho não é um conjunto de preceitos, mas uma Pessoa que eu sigo, sou pentecostal porque faço parte de uma Igreja que se expandiu em Pentecostes; eu sou presbiteriano porque a Igreja Católica é a única que possui os in persona Christi, eu sou batista porque pelo batismo encontro um Deus que antes de ser Juiz é rico em misericórdia, sou universal de acordo com a Santa Doutrina que é proclamada por todo o mundo, povos e nações, e nossa doutrina é Jesus Cristo, eu sou pagão porque num mundo capitalista onde as pessoas se desesperam sem poder pagar suas contas no final do mês, eu consigo pagá-las, por isso sou pagão.

Viver Pentecostes implica em santidade. Em Atos 4, 29-30 diz que mal acabavam de rezar e conforme estendiam as mãos milagres e prodígios aconteciam pelo Nome de Jesus. Mas o segredo é não abandonarmos a Cruz de Cristo. Refletir sobre nossos sofrimentos, dificuldades e lutas é celebrar Pentecostes. Para onde iremos e o que queremos com a Cultura de Pentecostes? O que ela representa e aponta?

Olhando para São Padre Pio e para a Beata Elena Guerra percebemos que eles levaram a Cruz de Cristo, mas tinham o esplendor do Cristo Ressuscitado. A Cruz, para quem vive Pentecostes, não é maldição. Todos os que seguem a Jesus Cristo serão perseguidos, caluniados, etc. A Cruz é aliviada pelo esplendor da Ressurreição. Servir a Jesus Cristo sem Cruz não é, pois, celebrar Pentecostes.

Da Cruz brota a esperança. A primeira irmã da Cruz é a esperança (cf. Rm.5, 5). É o caminho para alcançarmos a Páscoa do nosso dia-a-dia. A Cruz não pode ser para nós sinal de auto lamentação ou auto-piedade. Há uma esperança que deve ser para o cristão uma força sobre os problemas, o sofrimento, as dores.
Deus não castiga a ninguém. Não haveria sentido se nosso sofrimento fosse motivo de orgulho por seguirmos a Cristo. Sofremos porque decidimos abraçar a Cruz de Cristo. A Cruz deve nos levar a enxergar a Luz do Ressuscitado. Esta esperança que brota da Cruz nos leva uma experiência muito maior de Deus, e caso contrário, leva ao desespero.

Há um sofrimento redentor e há um sofrimento destruidor. Compreender que o sofrimento deve produzir esperança para chegarmos à luz da ressurreição é viver o milagre de forma encarnada. A Cruz de Cristo tinha fundações rasas, não tinha muita estrutura para permanecer de pé, sobretudo diante do tremor de terra que houve. No entanto, a Cruz de Cristo foi a única coisa que não caiu. Todos os que a abraçarem com Cristo jamais cairão. Nela está o Redentor.

São Padre Pio aos cinco anos de idade sonhava com o diabo que batia nele, o derrubava da cama, sua cabeceira amanheceu torta, e porque o demônio fazia isso? Porque sabia que Pe. Pio iria refletir o sofrimento salvífico de Cristo no mundo. Ao mesmo tempo tinha a imagem de uma homem de branco que o pegava pela mão e dizia “Eu estou contigo”. Mais tarde diante de injúrias, calúnias e sofrimento, diante de uma imagem da Cruz, Cristo se dobra e toca nele dizendo: “Eu sou aquele Homem de branco que lhe pegava pela mão.” E Pe. Pio indagava: “Por que não via suas Santas Chagas?” E Jesus lhe responde: “Eu não precisava lhe mostrar as minhas chagas, porque você as levava por Mim.”

O brilho daqueles que caluniaram Pe. Pio, inclusive dizendo que ele usava asco para aumentar suas chagas se apagou. Mas o brilho de São Padre Pio não.

Deus nos mostrava muitos cabides vazios e um único cabide com uma veste branca que no seu interior vertia sangue como que em artérias humanas. Perguntamos incessantemente o que esta visualização significava e depois de muito jejum e silêncio o Senhor nos revelou que esta única veste era o último e maior dos avivamentos que Ele dará à humanidade, todos conhecerão a verdade e meu povo será um só rebanho.

Deus tem feito muitos milagres pela intercessão daqueles que levaram a Cruz de Cristo, como a Beata Elena Guerra. Temos visto paralíticos voltarem a andar, pessoa com 3 tumores nos pulmões, pessoas com deficiências físicas voltarem ao normal, uma mulher que em virtude de doença teve de arrancar parte das trompas ficou grávida novamente. Precisamos olhar para algumas personagens bíblicas que possuíam um forte temor a Deus, não um tremor. Por exemplo, Moisés teve temor de Deus ao libertar o povo do Egito, Davi derrotou o gigante, porém por tremor tocou a mulher de outrem. O tremor nos faz ignorar o Sagrado e colocarmos nossas esperanças no profano. Temos servido ao Senhor com temor ou com tremor?

Que tipo de evangelho, de Pentecostes estamos vivendo? Precisamos olhar para nossos irmãos, pois é isso que tem impedido os milagres em nossos Grupos de Oração. Eu quero uma experiência de Pentecostes! Quero experimentar o Teu Senhorio. A partir de hoje quero trabalhar como se tudo dependesse de mim para que Teu Nome seja conhecido. Quero me doar inteiramente, quero mergulhar, sair da marginalidade da graça. JESUS CRISTO É O SENHOR!!!

terça-feira, 20 de julho de 2010

O Cordeiro Imolado - o valor da Santa Missa

por Pe. Roberto (Toca de Assis)

Hoje, o Senhor vai nos dar a verdadeira bebida e a verdadeira comida. O Senhor vai realizar a difícil luta do Horto das Oliveiras. Somos o povo sacerdotal, vocês fazem parte do sacerdócio comum da Igreja. O sacerdócio de Jesus está em vocês também, e isso significa que vocês têm de entrar na luta contra o poder das trevas. Precisamos ter o olhar de Cristo, voz de Cristo, atitudes de Cristos. O poder das trevas quer pisar na Igreja e vivemos, hoje, a luta que Jesus viveu no horto, a qual foi o momento da maior luta, onde Ele enfrentou a humanidade e fez a vontade do Pai.

Se cada católico soubesse a diferença de uma "Santa Missa" e de um culto protestante teria de se arrepender por ter se afastado do verdadeiro sentido de entrega, que é Jesus Cristo. Estou falando do sacrifício, a maior dor do Senhor é ver Seus filhos O trocando por qualquer coisa, a qual leva o povo a desacreditar na verdade de Deus. Que leva os cristãos a trocar a Eucaristia por uma simples reunião.
Digo isso porque, hoje, é um grande dia para vocês rezarem pelos sacerdotes da Igreja, que andam enfraquecidos na fé. Quando se ordena um padre, a comunidade deveria jejuar muito, pois a ordenação de um padre não é somente uma festa, pois é um outro Cristo, um outro combatente que está sendo ordenado. Todos os sacerdotes têm a essência da luta. Os sacerdotes antigos diziam que o sacerdote recebe um outro anjo que o ajuda a viver bem o sacerdócio.

O Sacramento da Confissão não é uma partilha de coração, não é uma terapia psicológica, mas é o Senhor Jesus tirando aquela alma da lama do pecado. Ordenação sacerdotal é o mistério tremendo, no qual o Senhor Jesus Cristo entra pelo sacramento da ordem e torna aquele homem um outro Cristo na face da terrra. Mas, você me pergunta: "Padre, fala-nos do momento que começo o sacerdócio de Cristo, que estamos celebrando?" Eu vos respondo: "No esplendor da glória do Senhor". Adoramos o Pai verdadeiro Deus, criador do céu e da terra. Adoramos o Filho verdadeiro Deus, coração do Pai, Filho único do Pai, o adoramos Jesus. Adoramos a Trindade, um só Deus em três Pessoas distintas".

Jesus chama as pessoas de volta para o Seu rebanho. "Ó católico, se você soubesse o mistério que é a sua Igreja passaria sete dias, sete noites diante do altar, arrependido". Jesus não é chamado para ser pão, mas para ser carne, você não recebe o pão, mas a carne de Jesus. Ele deu Seu corpo em sacrifício, é sacerdote de Si mesmo, se ofereceu, não ofereceu nenhum carneiro em Seu lugar.

E a Virgem Maria não é uma mulher qualquer, mas a Mãe do sacerdote Jesus. O Senhor disse que o Espírito Santo viria sobre Maria. Jesus não é criatura, Ele é Deus, gerado, e não criado, na plenitude dos tempos. O Pai O chamou para assumir a Igreja. Jesus se encarnou, é o verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Quantos católicos que nem sabem que Jesus Cristo é o verdadeiro cordeiro? A Santa Missa não é um ato de repetição, é um ato de entrega do próprio Deus. Não é teatro, não é um encenação, mas é a entrega total do próprio Deus. Não é um simbolismo. Quantos católicos só vão comungar e esquecem que a Missa não é só comungar e vão embora. Você esquece que não só vem para comungar, mas para passar também pela cruz.

Eu vos convido, neste dia, a amar os padres, a amar os sacerdotes. Há fiéis que não são fiéis, pois são capazes de matar seu próprio pastor. Há católicos que não sabem mais oferecer, mas só pedem. Apresente a Deus o seu sacrifício. Para mim, o altar é o meu viver, é no altar que eu choro, que me alegro, é nele que coloco a minha dor. É no altar que coloco as pessoas que não gostam de mim, e as que gostam. O altar é o lugar do sacrifício. A luta clara que devemos ter é que as portas dos infernos se abriram contra Igreja Católica. Tantos falsos milagres acontecendo. Mas, saiba que acontece a cura verdadeira quando nos leva a Deus.
"Que por essa pregação venha sobre você a bênção do Senhor".

segunda-feira, 19 de julho de 2010

DEVEMOS SER RADICAIS NO AMOR, PORQUE O INIMIGO NÃO TERÁ PENA DOS FILHOS DE DEUS!

por RCC Camocim/CE

O Senhor nos revelava, através de visões e profecias, que queria nos revestir do homem novo, renovar nossos carismas, tornando-nos um exército renovado, mas para isso é necessário vivermos a nossa identidade como Renovação.

Essas moções foram confirmadas por meio da palavra que nos foi dada em Efésios 4, 1-3, quando são Paulo nos pede que vivamos no amor, conservando a unidade: “... peço que vocês se comportem de modo digno da vocação que receberam. Sejam humildes, amáveis , pacientes e suportem-se uns aos outros no amor. Mantenham entre vocês laços de paz, para conservar a unidade de Espírito.”

O nosso distintivo é o amor. Como nos manda Jesus em João 13,34: “amem-se uns aos outros, assim como amei vocês”. Vivendo o amor autêntico, seremos capazes de vencer todo mal que tenta nos destruir.

Precisamos reassumir o compromisso com Deus, estarmos cheios do Espírito Santo, tendo uma vida de oração, de intimidade com a Palavra de Deus e na prática dos carismas, ter um coração adorador e ser um povo do louvor, como a Renovação era conhecida, pois a raiz e fonte de toda benção está no louvor.

O Senhor nos pedia também para meditarmos Efésios 4, 22-32, onde São Paulo nos fala que devemos deixar de viver como vivíamos antes, como homem velho e que nos revistamos do homem novo, criado segundo Deus na justiça e na santidade que vem da verdade. E nos dá exemplos concretos do que significa essa passagem: Abandonando a mentira; não dando ocasião ao diabo; não proferindo nenhuma palavra má, mas ao contrário, dizendo boas palavras, que sejam capazes de edificar e fazer o bem a quem as ouve; não entristecendo o Espírito Santo que nos foi dado; afastando todo tipo de maldade; sendo bons e compreensivos e perdoando-nos mutuamente, etc.

O Senhor nos convida a louvar de uma maneira nova, acreditando no poder de Jesus Cristo, proclamando-o como Senhor de nossas vidas e louvando por aquela situação difícil que estamos enfrentando, com toda a confiança, pois aquele que venceu a morte, o pecado, a cruz, a tentação, tem o poder, através do seu sangue derramado na cruz, de nos libertar de toda situação de treva.

Ele nos convidar a essa nova forma de louvor porque, ao invés de abrir nossa boca para proclamar o senhorio de Jesus sobre as realidades em que estamos vivendo, muitas vezes acabamos murmurando e essa murmuração tem um peso sobre nós, sobre as pessoas, força de opressão, força de trevas.

Com fé no poder do Espírito Santo e na intercessão de Nossa Senhora que pisou na cabeça da serpente infernal, diga palavra boa, para que as bênçãos caiam sobre sua vida, sua casa e sobre seus familiares.

O Senhor nos convida a resgatar a oração pela nossa família. Você que tem orado e não vê nenhuma mudança acontecendo, e por isso tem desanimado, deixando de rezar pela conversão, tem deixado de acreditar naquilo que Deus pode fazer... Hoje o Senhor reanima suas forças e te capacita com o dom de amar os que se distanciaram Dele.

Nossa vida e nossa família é sagrada e consagrada ao Senhor. Por isso, todos os dias, clame o sangue de Jesus, selando sua família como território sagrado, consagrando, para que não sejamos atingidos pelo mal.

Una seu suor de sangue (sofrimento, dificuldade, dores emocionais e da alma, tendência a depressão, adultério, alcoolismo...) ao suor de sangue de Jesus que tem poder de cortar todo mal da sua vida e de toda sua família. E diga com toda confiança: Pai, que não seja feita a minha vontade, mas a sua.

Hoje o Senhor está concedendo a cada um de nós a autoridade para destruir todo e qualquer mal que tem nos abatido. Tome posse dessa graça! Tome posse de tudo que Ele conquistou para você através de sua morte e ressurreição!

Termino com as palavras de I Pedro 5,7-9 que diz: “Coloquem nas mãos de Deus qualquer preocupação, pois é Ele quem cuida de vocês. Sejam sóbrios e fiquem de prontidão! Pois o diabo, que é o inimigo de vocês, os rodeia como um leão que ruge, procurando a quem devorar. Resistam ao diabo, permanecendo firmes na fé”.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Está chegando a hora da miserícórdia na sua vida!

por Eliana Ribeiro - Com. Canção Nova

´´Fui me recordando de todos os momentos difíceis que eu e minha família passamos, de todas as vezes que fui livrada da morte, mas também das minhas quedas, dos meus pecados e tantos e tantos momentos que eu preciso reconhecer: Só mesmo a Divina Misericórdia para ter me ajudado a chegar até aqui.
A Misericórdia chegou na minha vida quando tinha 16 anos, no auge da revolta, rebeldia, drogadição e bebedeiras. Meus pais não sabiam mais o que fazer comigo, mas foi justamente nesta época que minha mãe encontrou refúgio em Deus através de um grupo de oração e conheceu por meio da equipe de intercessão o terço da misericórdia. Eu me lembro daquela devoção… todos os dias às três horas da tarde minha mãe em seu quarto repetindo: “Pela sua dolorosa paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro…” Eu sabia que aquela oração era dedicada a mim por causa de tudo o que eu fazia porém tinha um coração muito duro e ignorava.
Jesus tem um jeito misericordioso para nos alcançar e foi o que aconteceu comigo. Num encontro de jovens me decidi: abri meu coração, me rendi, não dava mais, se eu continuasse eu iria morrer e perder minha alma, a HORA DA MISERICÓRDIA CHEGOU NA MINHA VIDA! Depois daquele dia tudo mudou…
Quem está no pecado não consegue enxergar, sentir, experimentar o amor de Deus. Com certeza você conhece pessoas, inclusive da sua casa, que se encontram com o coração fechado, duro, rebelde, cativos pelo mal, vamos mudar isso? Vamos rezar por elas? Vamos clamar a Divina Misericórdia sobre a vida delas, vamos pedir que a HORA da Misericórdia se antecipe em suas vidas?``

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Valor da oração comunitária


Uma das expressões mais vivas da comunhão dos santos

por Comunidade Canção Nova

Fulge o valor da oração comunitária nestas palavras de Cristo: "Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou no meio deles" (Mt 18,20). Nestes instantes de preces se percebe ao vivo a presença de Jesus, havendo um compartilhamento da fé numa invocação a Deus e numa abertura ao amor e à esperança. Por isso, São Paulo aconselha aos romanos: "Buscai a plenitude do Espírito. Falai uns aos outros com salmos e hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando ao Senhor em vosso coração" (Ef 5,18b-20).


Unidos, os cristãos elevam seu espírito ao Deus trino, motivados pelas grandes obras que o Senhor realiza na existência de cada um. Não há nada mais bíblico nem mais eclesial do que este louvor de Deus, a quem conjuntamente se adora e agradece, apresentando reparação pelas falhas humanas e se pedem graças que são concedidas pelo Pai, que está nos céus, como afiançou o próprio Redentor. A oração vivida com fé autêntica enche a pessoa da dileção de Deus, é comunhão com Ele e com os irmãos na busca da libertação dos próprios erros, levando a um crescimento interior integral fruto da ajuda mútua. Isso porque a união na oração é uma das expressões mais vivas da comunhão dos santos. É evidente que a prece dos cristãos tem seu apogeu e sua centralidade na Eucaristia. Nunca se valorizará demais a participação no Santo Sacrifício da Missa. Nele a Palavra de Deus fala ainda mais fundo dentro de cada coração através das leituras e cânticos e nele adoramos o Pai em Cristo, com Cristo e por Cristo, recebendo os dons do Espírito Santo.


Durante a Santa Missa se oferecem orações, súplicas e intercessões em espírito de gratidão, conscientes de que tais preces estão unidas às de Cristo e às de toda a Igreja espalhada pelo mundo inteiro. No ofertório da Celebração Eucarística afirmamos que tudo o que somos e o que possuímos é dádiva de Deus. Esta dádiva tem dimensão social e a ela deve associar-se cada um no serviço do Reino de Deus e no serviço ao próximo, usufruindo com júbilo a presença de Jesus, prometida por Ele aos que, em Seu nome, estão reunidos. A busca de Deus, do Valor Absoluto, bem como a paz, a tranquilidade, a imperturbabilidade resultam destes momentos beatíficos da prece em comum. É que a prece é sempre uma resposta de amor à vontade amorosa de Deus Pai.


Na oração, de fato, os cristãos se põem naquela radical perspectiva de abertura ao Senhor Todo-Poderoso e, por meio da graça, abertura à salvação, na qual Deus vem sempre ao encontro de cada um e o chama e opera nele na alegria do Espírito Santo. Quanto mais profundamente cada um se colocar nesta perspectiva, tendo como premissa um coração purificado e livre, tanto mais este encontro com o Criador se tornará vital para ele.


Rezar é, de fato, um ato de renovação da fé na presença de Deus, um gesto de esperança na tensão para a conquista da Jerusalém celeste, uma expressão de amorosa doação de si. Pode-se, deste modo, de maneira temática, concreta e palpável se perceber a inobjetivável experiência da transcendência sobrenatural do Ser Supremo. Pode-se mesmo dizer que a história pessoal da salvação de cada um é a história de sua oração feita em união com os irmãos e irmãs. É quando se abrem os ouvidos do coração e se escuta a resposta de Deus: “Eu sou a vossa proteção”.


Então razão tem Santo Agostinho ao afirmar que a oração do cristão é um falar com Deus, recebendo d'Ele retorno maravilhoso. Tudo porque, quando dois ou três estão reunidos em oração, Jesus está no meio deles.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

O dom da amizade

por Dom Orlando Brandes

A amizade é o que existe de melhor, depois da sabedoria, sendo que a sabedoria é o mesmo que virtude. Só pode haver verdadeira amizade entre pessoas de bem. Daí que a amizade requer lealdade, constância e justiça. Na amizade tudo é verdadeiro. O maior ornamento da amizade é o respeito. Nula é a amizade onde não há verdade. O que faz a amizade é a estabilidade entre os amigos. Sem virtude não há amizade possível, mas apenas bajulação, adulação, paixão. Entre as pessoas de bem há uma inevitável simpatia e condescendência.

A amizade tem grande poder de sedução e de atração pela força da afeição entre as pessoas amigas. A afeição cria vínculos, mais que o parentesco. É a afeição que proporciona o bem-estar entre os amigos, a simpatia recíproca. É sedutora a troca de atenções e bons serviços. Sem amizade a vida não é amável. Na mais profunda amizade se encontra a mais profunda doçura. Sem afeição e simpatia a vida não tem alegria, porque a afeição se traduz em benevolência, afabilidade, reciprocidade. Portanto entre pessoas de bem. Quanto mais somos generosos, bondosos, desinteressados, amorosos, mais amizades conquistamos. Eis a força do valor moral.

O amigo é como um outro de nós mesmos, uma versão exemplar de nós mesmos. A amizade torna os dutos golpes da vida mais leves e mais maravilhosos os favores da vida porque podem ser comunicados e partilhados com alguém. A amizade dá otimismo para o futuro, não permite a capitulação nem a desmoralização. Retirar a amizade da vida é como retirar o sol do mundo. Nela encontramos satisfação, descanso, conselhos, partilha. Nada esposa melhor todos os momentos da vida que a amizade. Por isso deve ser preferida a todos os bens da terra, porque é prestativa, respeitosa, fiel.

O maior flagelo da amizade é a bajulação, a adulação, a complacência fácil. É preciso distinguir o amigo do bajulador. É erro pernicioso imaginar que na amizade as portas estão abertas a todos os abusos. Somos obrigados a fazer advertências e até repreensões aos amigos, embora com cortesia e sem adulação. A amizade é para a gente crescer no bem e não para a cumplicidade nos vícios. A verdadeira amizade controla a paixão. É sórdido preferir dinheiro, honrarias, prestigio no lugar da amizade. Aqui a amizade vira ódio. Nada mais desastrosos que o atrativo lucro, da concorrência, da cumplicidade. É lei da amizade nada pedir de vergonhoso aos amigos, querer que eles saciem nossas paixões, sejam cúmplices de uma injustiça. Isso faz perecer a afeição e engendra ódios eternos.

Pela amizade os ausentes estão presentes no afeto, os indigentes são ricos, os fracos são cheio de força, os mortos estão vivos na lembrança. Sem amizade nenhuma casa fica de pé, nenhuma cidade subsiste, a vida na terra é insuportável, porque ela é um sentimento de amor verdadeiro e espontâneo, que ameniza o convívio. Sem amizade a vida se esvazia. O amigo é um tesouro.

A amizade fiel é um refúgio seguro e não tem preço que pague. É um tesouro inestimável e dom de Deus. Deus cria os amigos, leva o amigo ao amigo. Sem amigos somos como estrangeiros, com os amigos nos sentimos em casa. Com um amigo ao lado nenhum caminho é longo. Na verdade o amigo é um escudo contra emoções negativas, é como asa que nos eleva acima do pó da terra. O amigo é a visibilidade e o sacramento de amor de Deus. É como sol que ilumina a vida.

A amizade é feita de gratuidade e não de gratificações. Quanto mais gratuidade, mais felicidade. A amizade requer fidelidade e portanto sempre a verdade. Onde entra a falsidade morre a amizade. A harmonia de visão, a vontade do bem do outro e o afeto são três componentes essenciais da amizade. Nossa pátria é lá onde encontramos amigos. O amor de amizade é profundo, intenso, personalizado, aberto, livre.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Os Dez Mandamentos do Casal

1. Amai a Deus sobre todas as coisas. E em segundo lugar, amai o seu cônjuge. Amai-o mais que a vossos filhos. Amai-o até o ponto de dar sua própria vida por ele.


2. Rezem juntos. A prece individual é excelente e imprescindível pra todo cristão. Mas a prece conjunta, com o cônjuge, é excelente e imprescindível pra todo casal. É ótimo quando um ouve o que o outro está pedindo e agradecendo a Deus. Assim um conhece os anseios e aspirações do outro no sublime momento da oração, e isso facilita muito a comunhão. Sempre que possível, rezar juntos o Santo Rosário, ou o Terço.


3. Seja a Santa Missa a vossa prioridade no Domingo, dia do Senhor. Ide primeiro à Santa Missa, depois às outras atividades. Ide à Santa Missa sempre juntos, como convém ao casal católico, e se tiverem filhos, que eles os acompanhem desde tenra idade, e cresçam em um lar onde se aprende desde cedo a importância da Santa Missa e do dia do Senhor.


4. Não hesitem em exercer a vossa autoridade dentro do vosso lar. Não deixem que entre em vosso lar qualquer coisa que possa comprometer a busca da santidade na vossa família. Assim, vocês serão pais e mães dignos de serem honrados.


5. Não desautorize, nem agrida, nem ofenda o seu cônjuge. Nunca. Muito menos na frente dos filhos.


6. Vivam castamente o vosso casamento. O matrimônio não é, e nem nunca foi, uma "licença para a luxúria". Não aceitem rebaixar a vossa união (que é um Sacramento) ao patamar das uniões ilícitas. Respeitem o vosso leito como se fosse um altar.


7. Jamais durmam brigados. Se houver algum desentendimento, fiquem acordados até fazerem as pazes, mas jamais durmam brigados, como se isso fosse normal. Dormir separados então, nem pensar. Nada de um dos dois ir dormir na sala.


8. Não minta nem esconda nada de seu cônjuge. Conquiste a sua confiança, e confie também nele. Vocês devem ser sempre um pelo outro acima de tudo. Esteja sempre pronto a se sacrificar pelo teu cônjuge. E aqui, com sacrifício, não falo exatamente de morrer literalmente, mas de morrer simbolicamente, abrindo mão de toda paixão ou vício que possa atrapalhar a vossa união.


9. Estudem juntos a Fé Católica. É impossível amar aquilo que não se conhece. Por isso, estudem juntos a Fé Católica, o catecismo, os 10 mandamentos, as virtudes cardeais e teologais. E façam juntos obras de caridade e de misericórdia. Aprendam juntos para ensinarem bem a vossos filhos.


10. Tenha em vossa casa um crucifixo em lugar bem exposto, a fim de que Cristo, modelo de noivo, esteja a todo momento a vos lembrar até que ponto vocês devem se amar. E também para que todos os que entrarem em vossa casa saibam de que tipo de seres humanos é composta a família que estais a construir.


fonte Canção Nova

segunda-feira, 12 de julho de 2010

SER CRISTÃO É AMAR

Para muitos, nesta realidade moderna, Jesus se tornou apenas um profeta de seu tempo. Alguém que viveu á muitos anos atrás que não influencia em suas vidas.
Todavia, para nós cristãos, Jesus é alguém real. Ele viveu, morreu e ressuscitou. Na sua vida entre os homens ele chamou alguns para segui-lo.
Os discípulos tiveram uma experiência pessoal e comunitária com Jesus. Depois, eles foram enviados em missão. Após a experiência pós-pascal os discípulos saíram por todo o mundo á pregarem o Evangelho.
Com esta ação evangelizadora, a Igreja foi se expandindo entre os povos, criando diversas comunidades, organizando-se internamente e procurando cumprir sua missão de sacramento da salvação. “Êste mandamento solene de Cristo, de anunciar a verdade da salvação, recebe-o a Igreja dos Apóstolos para lhe dar cumprimento até os confins da terra ( cf. At 1,8 ); por isso faz suas as palavras do Apóstolo: “Ai de mim se não evangelizar!” ( 1Cor,16 ), e continua, sem descanso, a enviar arautos do Evangelho, até que as jovens igrejas fiquem perfeitamente estabelecidas, e continuem por si mesmo a obra da evangelização.
O Espírito Santo impele-a a cooperar na realização do propósito de Deus, que estabeleceu Cristo como princípio de salvação para o mundo inteiro.”
Neste sentido, podemos afirmar que ainda hoje Jesus continua a chamar pessoas para segui-lo. Jesus que ama o ser humano olha com compaixão para cada pessoa e quer levá-la a experimentar o seu amor que liberta de todas as cadeias. O Mestre chama, instrui e envia seus discípulos a pregarem a boa nova.
Jesus quer derramar a sua misericórdia sobre todas as pessoas. Quer que os homens conheçam e experimentem da sua imensa bondade. Por isso, ele convida homens e mulheres que tenham coragem de seguir seus passos, entregar-se incondicionalmente nas mãos do Pai para cumprir a sua vontade. Pois Deus quer que todos os homens se salvem ( cf. 1Tm 2,4 ).
Hoje há muitas pessoas que seguem Jesus Cristo. São crianças, jovens, casais, idosos que sentiram o amor de Deus em suas vidas e decidiram responder ao chamado de Cristo. Podemos ver isto através de tantas pastorais, grupos, movimentos e vocações que entregam suas vidas na edificação do reino de Deus. Porém, percebemos que nem todos continuam a caminhada.
Muitos desistem seja por perseguições, problemas internos da comunidade ou algo pessoal. O que fazer nesta situação? É preciso escutar a Palavra de Deus. Vê o que o Senhor nos revela.O que é ser cristão?
Ser cristão é ser um seguidor de Jesus Cristo. É aquele que acredita em Jesus como o Messias, o Enviado de Deus para salvar a humanidade. Sendo assim, podemos dizer que a fé na pessoa de Jesus é uma das principais características do ser cristão. Porém, o que é fé?A fé é antes de tudo um Dom de Deus. É o próprio Deus que atrai o homem a si.
A fé tem como fonte o próprio Deus. O homem é constantemente interpelado por Deus que o chama a partilhar da sua vida. Deus convida a entrar numa profunda intimidade com Ele. Neste sentido, a fé vai ser uma resposta do homem a Deus que o chama.
Todavia, estamos falando de fé não no sentido de crença (onde se acredita que Deus existe, mas não se compromete com a construção do Reino de Deus no mundo. Este tipo de fé é o que está muito presente em nossas comunidades), de acreditar que Deus existe e é um ser superior a nós. E sim, da adesão à pessoa de Jesus Cristo e do seu plano de amor. Uma fé que se compromete com Jesus e a instauração do Reino de Deus na terra.
Ora, se a fé é compromisso, isto implica em decisão pessoal. É escolha. É um arriscar-se em dispor toda a sua vida nas mãos de Deus. É uma entrega incondicional, é viver numa atitude de confiança no seu Senhor, é esperar contra toda esperança (cf. Rm 4,18). Enfim, fé é um convite de Deus para um relacionamento de amor. Para uma aliança onde o próprio Senhor toma a iniciativa e ambos se comprometem em serem fiéis.
Esta fé tem quer ser vivenciada na comunidade cristã. Os seguidores de Cristo formam uma família. Tanto que, São Paulo compara a Igreja como um corpo (1Cor 12, 12-27). Assim, cada membro é necessário, cada um tem a sua função, os membros se complementam. Cada membro precisa um do outro para que o corpo funcione. O cristão não deve ser uma ilha. Ele é um ser comunitário. Alias, é na comunidade, na vivência um com o outro que ele demonstra realmente ser um verdadeiro seguidor de Cristo.
Neste relacionamento Jesus deixou uma regra suprema que é o amor fraterno (Jo 15,11-17). Isto é tão forte que podemos dizer que ser cristão, quanto a prática, é amar. As atitudes do cristão devem expressar o amor. A vivência cristã deve ser uma manifestação do amor da Trindade Santa na terra. Daí, o cristão é alguém que se doa ao próximo. É um dedicar-se contínuo ao irmão. Esta dedicação passa pelo respeito, ou seja, o valorizar o irmão independente de cor, raça e religião, pois no outro há a imagem de Deus.
Este amar não é algo abstrato. Amar é ato. É fazer alguma coisa por aquele que você se compadece. Assim, como fez o bom samaritano (Lc 10,29-37). Ele viu, se compadeceu e agiu. Isto é importante, porque muitas vezes vemos e nos compadecemos do sofrimento do outro, mas não agimos, ou seja, o amar não é somente sentimento, deve-se fazer alguma coisa pelo outro.
O bom samaritano mesmo sem conhecer o homem, viu a situação em que ele se encontrava, se despojou de si para ajudá-lo. Diante disto, o cristão não deve fazer acepção de pessoas. Pois o amar cristão deve chegar até aos seus próprios inimigos (Mt 5, 43-48).
No entanto, o que leva o cristão a esta doação? Ora, sabemos que a fonte do amor é Deus. Ou melhor, o próprio Deus é amor (1Jo 4,8). Logo, o cristão é aquele que ama a Deus acima de tudo e se deixa amar por Ele. Este amor o impulsiona a ver nos irmãos a pessoa de Jesus Cristo. O próprio Jesus se identificou com aqueles que não tem nada, com os excluídos, com aqueles que passam por necessidade (Mt 25,31-46).
Daí, o próximo não deve ser visto como uma coisa e sim como um irmão amado por Jesus Cristo. Isto é de fundamental importância, porque no mundo em que vivemos é percebível a não preocupação com o outro.
O próximo é visto apenas como um objeto que posso usá-lo. É uma coisa descartável. Enquanto eu posso usá-lo para o meu bem prazer ele é algo útil. Mas a partir do momento em que não mais me serve posso descartá-lo Diante disto, o cristão não pode se adequar a tal mentalidade, pois estaria se afastando do mandamento do mestre que é “amar uns aos outros” (Jo 15,12; Lc 10,30-37).
O Bom Samaritano, para nós, deve ser um paradigma de solidariedade.
Portanto, tenho a convicção que ser cristão é ser uma pessoa de fé. Mas uma fé que se lança no compromisso com o outro. Não alguém que se afasta dos irmãos, com o pretexto de se acharem melhor do que os outros.
E sim, um cristão convicto que sabe que foi chamado por Jesus Cristo para ser sal e luz (Mt 5,13-16). O cristão é alguém que denuncia tudo aquilo que é injustiça e anuncia a Boa-Nova que é Jesus. Todavia, a maior obra que os cristãos podem e devem fazer para que as pessoas se envolvam também nesta dinâmica do Reino de Deus, é amar. Neste mundo onde prevalecem a violência, o ódio e o egoísmo, os cristãos devem ser profetas do amor, para que o mundo compreenda que o amor é o dom maior (1Cor 13).
“Eis o meu mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que se despoja da vida por aqueles a quem ama. Vós sereis meus amigos se fizerdes o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo permanece na ignorância do que faz o seu Senhor; chamo-vos amigos, porque tudo o que ouvi junto de meu Pai vo-lo fiz conhecer.
Não fostes vós que me escolhestes, mas eu que vos escolhi e designei para irdes produzir frutos e para que o vosso fruto permaneça, de modo que tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá. O que eu vos ordeno é que ameis uns aos outros” Jo 15,12-17.

Pe. Rogério de França Lopes, NJ.

sábado, 10 de julho de 2010

OSSOS RESSEQUIDOS


por Marcio M. Matos, COORDENADOR DO MINIST. DE PREGAÇÃO DA RCC DA ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO

No livro do profeta Ezequiel no cap. 37 a palavra de Deus nos diz que o Senhor levou o profeta ao meio de um vale cheio de ossos completamente secos.

“A mão de Iahweh veio sobre mim e me conduziu para fora pelo espírito de Iahweh e me pousou no meio de um vale que estava cheio de ossos. E aí fez com que me movesse em torno deles de todos os lados. Os ossos eram abundantes na superfície do vale e estavam completamente secos. Ele me disse: “Filho do homem, porventura tornarão a viver estes ossos?”Ao que respondi: “Senhor Iahweh, tu o sabes”. Ezequiel 37,1-3

Nos dias de hoje, ao olharmos com humildade e sinceridade para nossos grupos de oração em sua grande maioria, pequenos minguados, muitos deles enfraquecidos não deveríamos nos perguntar.
Acaso a cena que Deus mostrou a Ezequiel, não é atual?
O que houve com os grupos fervorosos lotados cheios de um povo sedento e da graça de Deus se derramando abundantemente em sinais prodígios e milagres?
O que houve com as experiências de oração?
O que houve com as transformações de vida em grande quantidade que muitos de nós não só testemunhamos mais também vivenciamos?
Onde esta nosso ânimo, coragem, entusiasmo?
Até mesmo onde esta nossa fé no Deus que tudo pode?
Porque passamos de um povo sedento de Deus que se saciava na fonte de água viva, a um povo acomodado, que cria desculpas esfarrapadas para justificar nossa falta de ação?
Quando Deus pergunta ao profeta se porventura esses ossos não podem voltar a vida o que o profeta responde?
Acaso ele diria: Não importa Senhor que eles voltem a vida afinal o Senhor não se importa com quantidade mais sim com qualidade?
Será que ele diria: Ah Senhor esses ossos até reviveriam se tivéssemos apoio do nosso sacerdote ou do nosso coordenador?
Ou diria ainda: Ah Senhor eu não tenho uma equipe de servos suficiente para fazer esses ossos reviverem, afinal isso exigiria muito trabalho.
Muitas vezes no passado a renovação carismática foi taxada dizendo que não fazíamos nada além de rezar, e hoje será que ao menos rezamos?
A resposta do profeta a Deus foi: “Senhor Iahweh tu o sabes” e ele respondeu assim por um simples motivo confiava em Deus, tinha fé acreditava que se Deus estendesse a mão tudo poderia mudar.
Mais Deus que tudo pode sem precisar de ninguém, quis contar com o profeta para realizar a obra e ordenou a ele:


“Profetiza a respeito destes ossos e dize-lhes Ossos secos, ouvi a palavra de Iahweh. Assim fala o Senhor Iahweh a estes ossos: Eis que vou fazer com que sejais penetrados pelo espírito e vivereis”. Ezequiel 37,4

Deus quer contar com cada um de nós para fazer a obra acontecer, ele pode transformar todas as coisas e com certeza ele quer seu povo na igreja não só para fazer volume, mais para que tenha a oportunidade de encontrar salvação e a transformação de vida de que todos nós necessitamos, o povo tem sede de Deus e Deus é a fonte que deseja saciar seu povo enquanto ficarmos de braços cruzados lamentando e murmurando nada vai acontecer.
Era o povo de Deus aquele que tem a predileção de Deus que estava a dizer:


“Os nossos ossos estão secos e a nossa esperança esta desfeita para nós esta tudo acabado. Para nós esta tudo acabado”. Ezequiel 37,11

Já ouvi pessoas na igreja dizendo nós temos de entender que já foi o tempo que enchíamos estádios e fazíamos grandes eventos, os tempos são outros.
Eu digo Deus continua o mesmo ele não mudou nem cessou a torrente da graça, nós é que nos acomodamos e esfriamos em nossa fé, e com isso impedimos a ação de Deus. A vontade de Deus a nosso respeito é essa:


“Eis que abrirei os vossos túmulos e vos farei subir dos vossos túmulos, ó meu povo e vos reconduzirei para terra de Israel. Então sabereis que eu sou Iahweh, quando abrir vossos túmulos e vos fizer subir de dentro deles, ó meu povo. Porei o meu espírito dentro de vós e vivereis.” Ezequiel 37,12-14

Deus quer abrir nossos túmulos, e nos fazer reviver, quer nos tirar do comodismo nos desinstalar, ele e só ele pode nos dar vida nova!

E então você quer vida nova ou não?

Quer viver essa experiência ou não?

Acredita que Deus tudo pode mudar ou não

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Revolução Jesus

Sabe quando se tem a sensação de que a cabeça está no lugar dos rins e os rins no lugar do braço e o braço no lugar da orelha e a orelha no lugar do pé?

Quando a razão diz uma coisa, os sentimentos outra e as atitudes ficam sem equilíbrio?

Ansiedade, culpa, irritação, medo, interior pesado, fracasso. Xi… nem dá vontade de acordar! Cada dia que passa é como se a bola de neve aumentasse…

As lágrimas não estavam no plano de Deus. Ele nos criou para a Felicidade.

O pecado é a raiz de todos os males. Todos os males. Ele é que nos deixa num estado de indignidade, desânimo, desfiguração. Confusos, vamos invertendo todas as coisas e perdemos as referências…

A “Revolução Jesus” é que nos salva! Ela coloca tudo no lugar, “ordena a casa”, dá o sentido da vida, limpa, purifica, ilumina, restaura, devolve a lucidez!

Jesus, verdadeiro Deus e homem perfeito, quando se encarnou, uniu todos os homens a Si; com Sua morte na cruz, destruiu o pecado, destruiu nossa morte eterna! E porque Ele ressuscitou, nós ressuscitaremos! As portas do Céu estão abertas e temos Vida de verdade!

Só Jesus salva porque só Jesus é Deus!Só Jesus é a Luz do mundo!Só Jesus é O Caminho, A Verdade e A Vida!

A “Revolução” acontece ao experimentar a salvação de Jesus; de dentro para fora, acontece um “boom”, “uma explosão” que atinge todos os órgãos, a mentalidade, as atitudes, a alma.

Comigo foi assim: Jesus respondeu às minhas necessidades mais profundas. Passei da grandiosa ansiedade e aflição interior à paz . De uma adolescência “down” e propensa à depressão à uma vida alegre e cheia de significado.

Os fantasmas desapareceram: solidão, medo, choro descontrolado, irritabilidade.

Vivo porque sou filho de Deus, que me ama e acompanha. Em construção, para o alto…

A resposta que você procura, é Jesus!

A Verdade para sua vida é Jesus!

Pode crer, é eterno!

Inaugure em você um tempo novo!Viva a “Revolução Jesus!”

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Cultura de Morte - Em Defesa da Vida


Estamos assistindo o crescimento de um fenômeno que o Papa João Paulo II tem chamado de cultura da morte, ou ´civilização da morte´. Opondo´se frontalmente aos valores da doutrina cristã, que defende a vida acima de tudo, esta ´cultura´ destruidora propõe a morte como solução de uma série de problemas. Será que a morte pode ser solução para algum mal ?
A nossa civilização, desorientada com os males que ela mesma gerou, por aceitar ´soluções fáceis´ para os seus problemas difíceis, não sabendo mais como enfrentá´los, começa propor ´a morte´, como remédio, por incrível que possa parecer. Onde fomos parar?!...
A eliminação da vida humana, sem grande pesar, parece ser a solução fácil, rápida e cômoda, para se ver livre dos ´indesejados´, mesmo que estes sejam pessoas humanas, criadas à imagem de Deus. É o caminho fácil, cômodo e perigoso, de que ´os fins justificam meios´. Se aceitarmos este príncipio, então, o comportamento humano não estará mais sujeito à ética e à moral, e tudo passará a ser válido. E aí estaremos a um passo de derrubar os pilares que sustentam a autêntica civilização humana, baseada na relevância da ´vida´.
Na encíclica Evangelium Vitae, o Papa João Paulo II condena, esta ´cultura da morte´ que se opõe `a ´civilização do amor´. Diz o Papa:
´Amplos setores da opinião pública justificam alguns crimes contra a vida em nome dos direitos da liberdade individual, sobre tal pressuposto, pretendem não só a sua impunidade, mas ainda a própria autorização da parte do Estado para os praticar com absoluta liberdade e, mais, com a colaboração gratuíta dos Serviços de Saúde´ (n.4).
E o Santo Padre vê tudo isso como:
´...uma grave derrocada moral da sociedade: opções, outrora consideradas criminosas e rejeitadas pelo senso moral comum, tornam´se socialmente respeitáveis´(n.5).
´...as ameaças contra a vida não diminuiram... trata´se de ameaças programadas de maneira científica e sistemática. O século XX ficará considerado uma época de ataques maçiços contra a vida... Os falsos profetas e os falsos mestres conheceram o maior sucesso possível... a verdade é que estamos perante uma objetiva ´conjura contra a vida´ que vê também implicadas Instituições Internacionais, empenhadas a encorajar e programar verdadeiras e próprias campanhas para difundir a contracepção, a esterilização e o aborto. Não se pode negar, enfim, que os meios de comunicação são frequentemente cúmplices dessa conjura, ao abonarem junto da opinião pública aquela cultura que apresenta o recurso à contracepção, à esterelização, ao aborto e à própria eutanásia como sinais do progresso e conquista da liberdade, enquanto descrevem como inimigas da liberdade e do progresso as posições incondicionalmente a favor da vida´(17).
Este brado do Papa precisa ser ouvido por todos e meditado profundamente.Como ele diz, há hoje uma verdadeira conjura contra a vida, ´a vida está jurada de morte´, um verdadeiro combate se trava entre a vida e a morte, e cada um de nós é chamado a defender a vida.
Inacreditavelmente um médico americano inventou a ´máquina do suicídio´, para que as pessoas morram ´sem dor´. Lança um livro, em seguida, que se torna um ´best seller´. Quer dizer, a sociedade acolheu o seu invento. E muitos já foram mortos nesta ´máquina´, sem que houvesse, exceto por parte da Igreja Católica, um repúdio da sociedade. É terrivelmente sintomático! A vida está em decadência e a morte começa a atrair...
A eutanásia é defendida e proposta como ´um alívio´ para o paciente. Nada se valoriza em relação à vida eterna, e à possibilidade de que a alma seja salva até mesmo nos últimos momentos de agonia do paciente. A visão reducionista e materialista de que a vida termina com a morte, justifica o médico apressar o fim daquele que sofre. Todo o riquíssimo valor salvífico do sofrimento é rejeitado e esquecido. A palavra da Escritura que nos ensina: ´completo na minha carne o que falta à paixão de Cristo´ (Col 1,24), já não tem valor.
No mundo todo o aborto continua a ser criminosamente praticado. São 40 milhões por ano no mundo; 4 milhões no Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde. Por um lado faz´se de tudo para salvar um bebê prematuro de 12 semanas de gestação, por outro lado, mata´se friamente no ventre materno o mesmo bebê que já tem 24 semanas!
Se a vida não for respeitada e protegida no ventre materno, não o será em nenhuma outra situação, pois o seu valor é o mesmo.
Se dermos à mãe o direito de matar o seu filho não nascido, por que se tornou um estorvo para ela, deveremos dar também ao filho o direito de matar a mãe, velha e doente, que se tornou um estorvo para ele. É lógico que ambas as situações são absurdas ! A solução é a vida e não a morte. Pobre criatura humana que apela para a morte dos seus próprios filhos !... A que ponto chegou a nossa ´civilização´ sem Deus!
Outros, manipulam e selecionam ´embriões humanos´, como se a vida humana fosse um objeto, uma ´coisa´, na mão dos pesquisadores. Nada mais trágico e perigoso do que esta fria ´coisificação´ da vida. Em termos claros o Santo Padre já se manifestou contra essas experiências e contra a geração do ´bebê de proveta´. A vida só pode ser gerada segundo os critérios naturais de Deus, é a palavra da Igreja.
Pior ainda que essas manipulações da vida são os linchamentos sumários praticados em praças públicas, execuções premeditadas de jovens e crianças, assassinatos frios e encomendados, crimes passionais e toda sorte de violência que se cultiva contra a vida, até em filmes e revistas.
Às vésperas de mais um ano novo nascer, no dia 29 de dezembro de 1991, um filho matava o próprio pai, à luz do dia, numa praça pública de Porto Alegre. Na praça da Redenção !... E tudo sob a mira de uma máquina fotográfica, de alguém que queria ´faturar´ com aquela tragédia! É demais!...
Temos de acordar. Dizer basta a esta ´cultura mórbida´, sob pena de sermos engolidos por ela.
Será que não temos nada melhor a oferecer aos nossos filhos, senão a morte, para a solução dos problemas da vida?
Das duas uma: ou a vida está acima de qualquer pretexto, ou, dentro em breve, qualquer pretexto será suficiente para se eliminar uma vida. Vale a pena repetir aqui o que disse Madre Teresa de Calcutá, ao receber o Prêmio Nobel da Paz, em 1994: ´O aborto é pior do que a guerra e pior do que a fome´.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

"O coração do Brasil é a Eucaristia"

o Papa Bento XVI declarou sua unidade espiritual com o Congresso Eucarístico de Brasília, que aconteceu na capital federal entre os dias 13 e 16 de maio. Veja abaixo, o texto da Agência de Notícias do Vaticano sobre as declarações do Papa.

"Que possam todos vós, pastores e povo fiel, redescobrir que o coração do Brasil é a Eucaristia", proclamou hoje o Papa Bento XVI aos peregrinos brasileiros, reunidos na Praça de São Pedro durante a oração do Regina Caeli.O Papa quis manifestar a proximidade espiritual dele com o povo brasileiro, "que se encontrará na capital, Brasília, para celebrar o XVI Congresso Eucarístico Nacional, de quinta-feira a domingo que vem, com a presença de meu correspondente especial, Dom Cláudio Humes".

"No lema do Congresso aparecem as palavras dos discípulos de Emaús ‘Fica conosco, Senhor', expressão do desejo que palpita no coração de todo o ser humano", afirmou aos presentes.

Precisamente, sublinhou: "É exatamente no Santíssimo Sacramento do Altar que Jesus mostra sua vontade de estar conosco, de viver em nós, de doar-se a nós".

"Sua adoração nos leva a reconhecer a primazia de Deus, porque Ele pode transformar o coração dos homens, elevando-os à união com Cristo em um único Corpo", explicou, até o ponto de que "nós experimentamos a comunhão com um Amor que nós não podemos manter para nós mesmos: este exige ser comunicado aos demais para se poder construir uma sociedade mais justa".

Recordando a proximidade da conclusão do Ano Sacerdotal, o Papa quis convidar todos os sacerdotes a "cultivar uma espiritualidade profundamente eucarística a exemplo do Santo Cura d'Ars que, procurando unir seu sacrifício pessoal ao de Cristo, atualizado no Altar, exclamava: "Que bem faz um padre ao oferecer-se em sacrifício a Deus todas as manhãs!".

O Papa se despediu dos peregrinos rogando a intercessão da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida "de forma que, para que, alimentados pela Eucaristia, pão da Unidade, sejam verdadeiros Discípulos Missionários".

Em tempos nos quais a RCC do Brasil se mobiliza em torno das práticas espirituais, as palavras do Papa sobre a eucaristia reafirmam em nós o desejo de uma autêntica vivência de fé que nos leva a ser, cada vez mais, amigos de Deus através da comunhão e da adoração.

terça-feira, 6 de julho de 2010

XXI CONGRESSO ESTADUAL DA RCC SÃO PAULO

"O amor maior"


por Reinaldo B. Reis
coordenador estadual da RCC/SP

“Ninguém tem maior amor do que aquele que se despoja da vida por aqueles a quem ama” (Jo 15,13)... Isto, se dito assim de maneira isolada e sem comprometimento da parte de quem o diz, pode, quando muito, soar bastante poético, mas não implicará em significativo alcance. Não foi assim com Jesus de Nazaré. Ele realmente levou às últimas conseqüências aquilo que pregava, quando afirmava ser o bom pastor que não faz caso da própria vida por suas ovelhas” (Jo 10,11).


A doutrina de Jesus não se fundamenta em bonitas especulações filosóficas, ou em afirmações abstratas, apenas teóricas. E fez o que fez não porque fosse Deus, mas porque, por amor aos homens e obediência à vontade do Pai – que queria de volta para Si todos os seus outros filhos –, assumiu nossa natureza humana, pagando ao preço da própria vida a nossa salvação.


“Fostes comprados por um grande preço”, afirma Paulo aos Coríntios (I Cor 6,20a). Que preço foi esse? “Adquiriu-nos com seu próprio sangue”, confirma Lucas (At 20,28b). Quando ainda éramos pecadores, Cristo morreu por nós (Rm 6,8b), entregando-se por nossos pecados, e ressuscitando para a nossa justificação (Rm 4,25). Porisso, há um só mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo, homem, que se entregou como resgate por todos (I Tm 2,5).


Muitas vezes, acostumados que estamos a ver a violência e o sofrimento alheio emoldurados por belas e coloridas reportagens televisivas – geralmente, acomodados tranqüilamente em um confortável sofá –, não percebemos a angustiante tragédia que teve lugar um dia, naquele ignominioso calvário, com Jesus, travando com a morte, às custas de indescritível sofrimento em Sua própria carne, uma luta de cujo resultado dependeria o destino eterno de todos os homens, de todos os tempos... pois “o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a vida em resgate de uma multidão” (Mt 20,28).


Com Sua vitória, risca-se do vocabulário cristão a palavra ódio, o desamor, a desunião... Porque Ele deu a vida por cada um de nós, a Sua doutrina faz sentido, e já somos capazes de amar até os inimigos, orar pelos que nos perseguem, e perdoar o pior dos algozes... E devemos, a exemplo dele, deixarmo-nos consumir por amor à Sua Palavra, e, apaixonadamente, “perder a vida” por causa do Seu Reino; pois Ele nos dá a garantia de reencontrarmo-la, definitivamente (Mt 16,25)...


Que o Espírito Santo nos conceda o dom da Fortaleza para que, se necessário for – quem o sabe? –, não apostatemos de nossa fé e de nossa profética missão, ainda que ao preço de nossas pobres vidas...


Oremos com o teólogo italiano, Bruno Forte, este belíssimo poema em honra a Jesus crucificado:


Senhor Jesus,
Deus crucificado pela vida do mundo,
ajuda-nos a ouvir o silêncio eloqüente
de tua paixão,
revelação do infinito Amor.

Faze com que saibamos reconhecer
em tua morte, a morte da morte;
em teu abandono,
o dom d’Aquele que te abandona.

E na força do Espírito Santo,
divino Consolador da dor
incomensurável da hora nona,
faze com que saibamos
abandonar-nos contigo nos braços do Pai,
para transformar a história da nossa dor
e de todo sofrimento humano
na história do amor que vence a morte... Amém!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Consagra-te ao teu ministério!

“Eu te conjuro em presença de Deus e de Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, por sua aparição e por seu Reino: prega a palavra, insiste oportuna e importunamente, repreende, ameaça, exorta com toda paciência e empenho de instruir. Porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si. Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas.Tu, porém, sê prudente em tudo, paciente nos sofrimentos, cumpre a missão de pregador do Evangelho, consagra-te ao teu ministério.” 2tm 4,1-5

Sem dúvida é fascinante o quanto São Paulo, esse notável homem de Tarso, ao qual o nosso Papa Bento XVI que para celebrar o seu jubileu de 2000 anos de nascimento, devidamente dedicou um ano para homenageá-lo, chegou a crer acerca da pessoa e obra de Cristo, e de outros assuntos cruciais para a fé cristã. As cartas procedentes de sua pena, preservadas no Novo Testamento, dão eloqüente testemunho da paixão e suas convicções como também do poder de sua lógica no tocante à suas convicções e anúncio efusivo do Cristo por vida e obras.



Por isso a palavra que antecipa o envio de Timóteo é “Conjurar” que denota amplamente a ação de tomar juramento, não um simples juramento, mas um juramento na presença de testemunhas qualificadas, ou veja, como que um mandato ou como conhecemos uma procuração1 , que lhe é concedida para que em nome de Jesus e sua igreja, ele pudesse anunciar ou invocando motivos sagrados e aqui a testemunha é o próprio Deus. Tal juramento conferiria a Timóteo o direito de proclamar como profeta o evangelho de Cristo. Nesse contexto, para nós pregadores, nos caiu como uma luva, que pela imposição das mãos recebemos do próprio Espírito Santo o mandato de sermos profetas pelo múnus profético, proclamar o Cristo em qualquer circunstância.

É certo que Paulo antes de tudo assumiu em si essa verdade, antes mesmo do envio de Timóteo, pois como seu discípulo o vê com uma direção para sua vida, ou ainda, um sentido único na sua história. Se pudéssemos fazer uma analogia a cerca de seu ministério, seria semelhança de um meteoro brilhante, Paulo lampeja repentinamente em cena como um adulto numa crise religiosa, resolvida pela conversão. Desaparece por muitos anos de preparação. Reaparece exercendo seu ministério como missionário, e durante algum tempo podemos acompanhar seus movimentos através do horizonte do primeiro século.

Muitas são as características que forjam o perfil do pregador 2 e Timóteo para o exercício autêntico do seu ministério assumiria de Paulo uma determinação que ultrapassa os limites da razão: a sagacidade de um arautos que desbravaria tudo e a todos para anunciar. São Paulo na exortação alertando-o como deveria ser a sua conduta mediante ao seu chamado, é a forma que ele convoca seu amado discípulo a ter uma atitude convicta do ser missionário e ao mesmo tempo dando-lhe ferramentas para tal, que em quatro dimensões pertinente ao carisma de pregação que o motiva a proclamar aos homens de sua época as obras e a pessoa de Cristo na autoridade de homem de Deus.

O Pregador como homem virtuoso

A primeira dimensão, assim como a virtude da justiça, da fortaleza e da temperança, a prudência compõe o quadro das quatro virtudes humanas, conhecidas e ensinadas pelo Catecismo da Igreja Católica, enquanto são lançados os alicerces fundamentais da doutrina sobre a dignidade da pessoa humana. Nisso entendemos o quando São Paulo vai nas raízes mais profundo e perceber-se o quanto o pregador precisa ser um homem virtuoso. Com as demais, a virtude da prudência será conhecida como a primeira das virtudes cardeais, cuja função essencial determina-lhe o papel de “dobradiça” (CIC 1805), ou seja, sustento e mobilidade do crescimento da pessoa, no que diz respeito à moralidade de suas ações deliberadas e à finalidade do que lhe é proposto como objetivo transcendente de sua missão com pregador.

Nas Sagradas Escrituras, o homem prudente se identifica com uma pessoa inteligente (1Rs 2,9), fortalecida pela sensatez (Sl 2,10;94,8), amadurecida pelo espírito de moderação e discrição (Am 5,13), livre das obscuras armadilhas da arrogância e da prepotência (Pr 12,23) e, objetivamente, perspicaz (Pv 14,8). Outros escritos sapienciais insistirão na semelhança entre prudência e simplicidade (cf. Pr 1,4; 8,5; 14,15; 19,25; Sb 8,10). Esta analogia se conforma às exortações que, posteriormente, serão apresentadas por Jesus: “Sede, pois, prudentes como a serpente e simples como as pombas” (Mt 10, 16).

Em primeira instância São Paulo exige de Timóteo firmeza e aqui eu abro meu coração para lhes falar, sem firmeza dificilmente exerceremos o ministério da pregação. Pois muitas torrentes contrárias se abatem contra nós, torrentes muitas vezes que estão no mesmo mar que estamos e outros afluentes que nos leva para longe do mar quem é Deus tentando desvirtuar a trajetória de nossa missão de evangelizar. É munirmos de toda a graça de Deus, uma delas é a vida de oração de tantas outras é o revestimento que nos fortalece e nos livra de muitas vezes de nós mesmo. Paixões, vícios, inclinações, pela força da nossa vida de oração e nisso a palavra de Deus na vida do pregador ocupa um lugar de primazia, pois a palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes e atinge até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração. Cf. Hb 4,1

Com diz um filosofo Frances: ser paciente é “Quem sabe esperar o bem que deseja não toma a decisão de se desesperar se ele não chega; aquele que, pelo contrário, deseja uma coisa com grande impaciência, põe nisso demasiado de si mesmo para que o sucesso seja recompensa suficiente. Há pessoas que querem tão ardente e determinantemente certa coisa, que por medo de perdê-la, não esquecem nada do que é preciso fazer para perdê-la. As coisas mais desejadas não acontecem; ou se acontecem, não é no tempo nem nas circunstâncias em que teriam causado extraordinário prazer.” A inquietude do pregador o leva, diante das realidades, torna urgente e emergencial a evangelização, pois basta por um simples toque ao botão do controle remoto em direção a TV para podemos ver que os tempos são emergenciais, todos os dias almas são vendidas ou compras diante de nós, quanto a isso não podemos nos calar.

No sofrimento somos mais que vitoriosos

E ser paciente no sofrimento, o pregador busca em Deus a consolação, costumo dizer que devemos encontrar a via do Coração de Jesus uma “UTI”, um aprisco, eu diria, para nós que deve ser a “UTP” a Unidade de Tratamento do Pregador. Pois “Tenho para mim que os sofrimentos da presente vida não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada.” Rm 8,18 é se abandonar mesmo na imensidão do Amor de Deus. É ser alimentado pelo pulsar da ternura de um coração que conhece o sofrimento com ninguém.

“Não é o evitar o sofrimento, a fuga diante da dor, que cura o homem, mas a capacidade de aceitar a tribulação e nela amadurecer, de encontrar o seu sentido através da união com Cristo, que sofreu com infinito amor.” Esp Salvi § 37. Pregadores a nossa eleição começa no coração Deus e se completa no seio de nossas mães. É determinante essa eleição. Com muitas saudade e veneração, lembro das palavras de amado João Paulo II na carta Salvifici doloris – o Sentido Cristão do Sofrimento Humano - § 4. O sofrimento humano suscita compaixão, inspira também respeito e, a seu modo, intimidade.

E intimida é o caráter que o pregador deve em toda sua vida preservar, pois não dá para falar de quem não conhecemos. Sem dúvida por meio de intima relação com o Pai que Jesus conhecia e mais entendia a proposta de Deus para sua vida, seria redundante dizer isso, mas foi essa a experiência que Jesus aplica foi vivida na Trindade. Ser um é precisamente isso, compreender que estou em Deus e por isso Deus está em mim.

O antigo testamento prefigura as mais diversas realidades cristãs, pois foram anunciadas com antecipação e prefiguradas mediante os símbolos e profecias. A consagração é exemplo disso que consiste no ato no qual uma coisa, uma pessoa ou um povo são escolhidos, separados de todo o resto e destinados de modo especial ao culto e ao serviço de Deus – irmão em meio a muitos e você foi escolhido para ser um diferencial para nações estabelecendo, portanto, uma relação particular com Ele, que os diferencia de outros povos ou de outras categorias de pessoas no interior de outros povos. Trata-se do ato mediato o qual eles são tornados “sagrados”, dando lugar conseqüentemente a um “estado” – o estado de consagrados. 3 Estado esse que ao ser posto aparte, como é próprio da consagração, não em lugar de destaque, mas sermos colocas num estado de missão.

“...cada um de vós ponha à disposição dos outros o dom que recebeu: a palavra, para anunciar as mensagens de Deus; um ministério, para exercê-lo com uma força divina, a fim de que em todas as coisas Deus seja glorificado por Jesus Cristo. A ele seja dada a glória e o poder por toda a eternidade!” Pd 4, 10b-11 poderíamos dizer que São Pedro sela bem as dimensões da missão e da consagração ao ministério, pois temos diante de nós uma missão de resgate que somente o exercício do nosso carisma nas diversas situações e espaços o nome de nosso Senhor será glorificado, não tenhamos dúvida que a vitória é certa! A pregação precisa chegar a seu ápice, pois quando Cristo voltar em sua glória será glorificado para toda eternidade mediando às ações evangelizadores que efetivamente proporcionamos. E sem medo de ser mal compreendido o carisma de pregação não pode esperar para ser exercido nos encontros marcados ou promovidos, porém deve ser ativo de forma ousada e ungida pelo ardor missionário.

Pregador homem consagrado à missão

Amados irmãos, à medida que a nossa dedicação aumenta ao anuncio profético da palavra do Senhor Jesus, quando seguimos fielmente e indivisivelmente o projeto de Deus pela unção profética formasse grande santuário nos lugares que estamos. Nosso trabalho, a nossa família, resplandece a graça batismal como que um óleo que vai ungindo o altar dos holocaustos é sobre esse altar é posto a palavra de Deus o próprio Jesus-Palavra, o verbo divino de Deus e todos os seus utensílios em virtude de tua consagração, o altar se tornará uma coisa santíssima (cf. Ex 40,10).

É no altar de nossas vidas que o holocausto definitivo, o cordeiro é oferecido em sacrifício. E quando digo altar é porque é em nós ministério precisa ser o local que é repousado sobre ele a Aquele que se dá em salvação, se oferece como alimento vivo! Pois quando proclamamos é o próprio cristo vivo que e revela em poder e graça, em amor e vida.

Preciso dizer que irmãos sem consagração, o altar de sua vida não será ungido, não será santo e muito menos repousará um Deus amor que se doa, ao contrário o altar de sua vida é profanado. Para os judeus profanar é torna algo em impuro, ou seja, algo que não é santo, logo não há a presença de Deus. Podemos até dizer que as resposta as perguntas: Porém, como invocarão aquele em quem não têm fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue? Cf. Rm 10,14 Ficarão sem respostas aguardando a manifestação dos filhos de Deus? Cf. Rm 8,19

Consagrasse é dá-se por completo ao plano de Deus como fez muitos santos e santas de séculos e séculos de evangelização. Fico imaginando e posso dizer que aas vezes me sinto assim: um ao limpar uma casa, passar uma vassoura no chão ela tem uma escolha ou tirar tudo que tem pela frente e limpar o que está oculto aos olhos ou simples mente adiar por alegar o grau de dificuldade que é remover todos móveis da casa, porém as conseqüência deste ato pode render a integridade de sua casa ou anda ela pode dizer eu penso que limpo e finjo que a casa está limpa. Por que estou fazendo essa analogia? Não há meio termo para consagração. Ou sou ou não. Ou sou pertença de Deus ou não sou.

Certa vez, eu ouvia um grande pregador de nossa igreja, um irmão muito amado que dizia e confesso que em um primeiro momento foi um choque ouvir isso, porém confesso que ele tem razão quando disse que a maior prova do amor que Deus teve para com a humanidade foi ter criado o inferno.

E sei que dificilmente você tenha visto com bons olhos isso, mas pensa. O amor não escraviza, não manipula, oferece belas escolhas. Assim é o Amor de Deus por nós. Assim como Ele plantou no Jardim das delicias ou paraíso como conhecemos, a arvore do conhecimento do bem e do mal e que dá à Adão e Eva o direito de escolha, da mesma forma Deus plantou em meio a nós o inverno para que as nossas escolhas sejam sempre o céu. Somos consagrados irmãos não para sermos manipulados por Deus, é fragilidade nossa se dissermos: Que bom, pois só assim faríamos a vontade de Deus! A sua consagração está em cada sim que é dado em meios à lágrimas e suor irmão, em meio lutas diárias para que seu sim seja sim ou diria que sua consagração seja verdadeiramente doação de vida.

Pregador consagrado ao ministério

Eu louvo e glorifica ao nosso Deus nesses últimos tempos por erguer ministro da palavra com disposição de formar outros pregadores. Algo que entristece meu coração são irmão que torna secundária a pregação da palavra nas comunidades e grupos de oração. Engajados em outros ministérios. E o mais interessante quando se pergunta: Sua comunidade tem pregadores? Sim o irmão prega o que coordenada grupo tal. O irmãozinho também prega, mas quando pergunto: mas tem ministério de pregação? AAAHHH esse não temos não!

Como podemos consagrar pregadores sem uma vida ministerial4, digo por uma experiência de ministério? O fato é: não é ter a disposição de está diante de uma assembléia para discursar. Mas ter tratado com zelo, formado se como tal, pastoreado como tal seu carisma. Costumo dizer que quando uma comunidade ou grupo de oração que não há pregadores, não há anúncio profético.

“...cada um de vós ponha à disposição dos outros o dom que recebeu: a palavra, para anunciar as mensagens de Deus; um ministério, para exercê-lo com uma força divina, a fim de que em todas as coisas Deus seja glorificado por Jesus Cristo. A ele seja dada a glória e o poder por toda a eternidade!” Pd 4, 10b-11