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'SE CALAREM AS VOZES DOS PROFETAS AS PEDRAS FALARÃO'








quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A nossa realidade é Deus

por Maria Beatriz Spier Vargas
Secretária-geral do Conselho Nacional da RCCBRASIL


"Caríssimos, não vos perturbeis no fogo da provação, como se vos acontecesse alguma coisa extraordinária. Pelo contrário, alegrai-vos em ser participantes dos sofrimentos de Cristo, para que vos possais alegrar e exultar no dia em que for manifestada sua glória. Que ninguém de vós sofra como homicida , ou ladrão, ou difamador, ou cobiçador do alheio. Se, porém, padecer como cristão, não se envergonhe; pelo contrário, glorifique a Deus por ter este nome. Assim, aqueles que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem as suas almas ao Criador fiel, praticando o bem.” (I Pe 4, 12-13.15-16.19)

Deus Pai nos escolheu em Jesus Cristo antes da criação do mundo e nos selou com o Espírito Santo para podermos viver como filhos seus e fazer resplandecer a sua graça que nos foi concedida por Ele no Bem-Amado.(cf Ef 1). Portanto, a nossa vida é Ele, a nossa realidade é Ele. Não são as circunstâncias da nossa vida, não são a nossa família, ou a nossa profissão, ou as coisas que temos que determinam quem nós somos. Independentemente do que está à nossa volta, do que os outros nos dizem ou das coisas que nos acontecem, nós somos filhos e filhas de Deus, escolhidos pelo Pai, resgatados pelo sangue de Jesus e capacitados pelo Espírito Santo para vivermos a nossa vida dando testemunho de que somos filhos.

Tudo na nossa vida vai passar, a não ser pelo amor que recebemos e o amor que damos o resto é tudo passageiro. Só o amor não passa porque o amor vem de Deus e nós somos dele. Tudo na nossa vida pode mudar, só Deus não muda, Ele é estável, seu amor é sempre igual. Podemos perder tudo, mas não a Ele, Ele é para sempre, Ele é o nosso bem, a nossa riqueza, a nossa única certeza. Diante das dificuldades, dores, sofrimentos e perdas que invariavelmente um dia batem à nossa porta, é bom lembrar: a nossa realidade é Deus, não o que nos acontece.

Diante do sofrimento eminente Jesus disse: “Pai, se for possível afasta de mim este cálice”. Mas, logo em seguida falou: “Contudo não se faça a minha vontade e sim a tua.” Aceitando o que lhe vinha do pai Ele carregou seu calvário até o fim, até poder dizer “Tudo está consumado”. Recentemente, uma pessoa conhecida perdeu o filho jovem em circunstâncias trágicas e ela disse que lembrar de como Jesus aceitou o sofrimento a estava ajudando a carregar o seu. Dizia ainda ter aprendido que é preciso olhar para além do sofrimento e fixar os olhos em Deus. Alguém lhe falou de uma cruz feita com um buraco no meio, para nos lembrar de olhar para além da cruz, como Jesus fez, olhar para o amor de Deus, e não mergulhar no desespero e na dor da perda. Olhar para além da cruz é confiar no amor do Pai e na sua misericórdia, é confiar na sua promessa de que o Espírito Santo estaria eternamente conosco para nos consolar e nos ajudar a bem viver a nossa vida. Quem sofre em Deus, como cristão, fazendo o bem, sempre é consolado. Quem sofre fixando-se na dor e não no amor, conhece o desespero.

Que o Deus da paz conceda a sua paz, que é dinâmica, que realiza coisas nas nossas vidas, a sua paz que tem o poder de curar, para todos o que sofrem, os que estão doentes, os que perderam entes queridos e lhes dê também a capacidade de entender que o seu sofrimento não é vergonha, não é opróbrio, e sim uma oportunidade de testemunhar que são filhos, filhas de Deus.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Namorar com os olhos no futuro


Para evitar surpresas desagradáveis no casamento

Apesar do tempo de convivência entre os namorados, algumas pessoas se sentem inseguras em assumir o compromisso conjugal com quem se dizem apaixonadas.

Hoje, ninguém é obrigado a se casar por troca de dotes ou porque foi prometido pelos pais conforme seus interesses. Tampouco somos obrigados a assumir um compromisso tão sério, simplesmente porque o nome da pessoa foi “revelado” numa simpatia ou porque “sentimos” que esta é a pessoa que Deus nos tinha reservado como esposo (a).

Eu acredito que a vocação ao matrimônio é uma ação de Deus, mas a escolha da pessoa com quem vamos realizar o cumprimento desse chamado depende exclusivamente de nós. Pois, considerando a plena liberdade concedida por Ele a todos, seria uma incoerência considerar que essa liberdade se exclui quando se tratasse da vocação ao casamento.

Antes de fazer qualquer opção, há a necessidade de o casal identificar se o (a) namorado (a) com quem se relaciona o (a) faz feliz na maneira como se vive ainda em tempos de namoro. Para evitar surpresas desagradáveis no casamento, o namoro nos garante um período em que nos empenhamos para descobrir se a pessoa com quem estamos convivendo manifesta sinais de viver um mesmo propósito de uma vida em comum.

Ainda que não tenhamos, neste relacionamento, a certeza de que o (a) namorado (a) será o (a) futuro (a) esposo (a), somos convidados a fazer pequenas renúncias em favor do outro enquanto convivemos.

Para garantir a felicidade almejada, os casais precisam reavaliar seus propósitos, especialmente se percebem que o (a) namorado (a) tem hábitos muito contrários àqueles que consideram importantes para o convívio a dois. Tais como: a espiritualidade ou a completa falta dela; a relutância ao diálogo; a falta de disposição para o trabalho; o descaso com os compromissos ou, em alguns casos, até a falta de cuidados com a higiene pessoal, entre outros. Entretanto, o pior defeito é aquele em que a pessoa não manifesta desejo de viver as adaptações exigidas no relacionamento. Entre elas inclui-se o desinteresse em desenvolver também o hábito da reconquista, pois sabemos que nem somente de beijos e abraços se faz o namoro.

Com os olhos voltados para o futuro do relacionamento, seria um erro alguém se decidir pelo casamento acreditando que depois de casados a pessoa vai viver as mudanças detectadas, as quais precisam ser trabalhadas já nesse tempo.

Alguns namorados assumem o compromisso do casamento, mas insistem em viver tudo aquilo que fazia parte da sua antiga rotina de solteiros. Cedo ou tarde, isso não será fácil de assimilar, pois, na vida conjugal, outras responsabilidades e afazeres vão surgir, exigindo mais atenção e disposição daquele que se mantinha fechado às mudanças.

Se amar é dedicar-se à conquista do outro dia após dia, o casal de namorados precisará aprender a trabalhar também em suas diferenças, assim como nas reivindicações manifestadas pelo outro. Essas e outras adaptações têm como objetivo lapidar aqueles hábitos e/ou comportamento que não agradam ao outro, a fim de que o namoro amadureça. Assim, o casal chegará à conclusão de que aquela pessoa com quem se relaciona traz virtudes que correspondem aos interesses comuns para viver o vínculo do matrimônio.

Temer por ficar solteiro, apegado a comentários a respeito da idade ou coisa parecida ou ainda não falar das coisas que não agradam, simplesmente por medo das reações do outro, não traz crescimento algum para o convívio a dois.

Será um risco para o casamento se o casal, mesmo conhecendo os erros e entraves do namoro, assume, ainda assim, o compromisso conjugal, pois é com essa pessoa – juntamente com todas as suas tendências e vícios que ela traz consigo – que se pretende estabelecer uma família e construir uma vida.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Erguei a minha Cruz sobre os vossos sonhos

“Porque a Deus nenhuma coisa é impossível. Bem aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas” (Lc 1, 37.45).
Sem que houvesse sido planejado dessa forma, a primeira edificação da nossa sede nacional foi a cruz, ao lado da capela de Nossa Senhora de Pentecostes. Isso nos fez lembrar de uma profecia que recebemos: “Erguei a minha cruz sobre os vossos sonhos, a minha cruz que representou a derrota dos sonhos daqueles que pensaram que Eu iria restaurar imediatamente o reino de Israel, que ao me verem morrer na cruz viram morrer também o seu sonho de libertação das mãos do opressor. Estes não entenderam que Eu os libertei sim do verdadeiro opressor. Quando erguerdes a minha cruz sobre os vossos sonhos, o meu sangue lavará e restaurará corações desapontados e descrentes por terem visto tantos de seus sonhos ruírem. Eu lavarei as feridas da mágoa e desapontamento e tristeza profunda no meu sangue redentor. Eu resgatarei a verdade e cancelarei toda a ilusão e mentira a respeito da felicidade. Eu realizarei cura profunda em vosso interior para que volteis a crer e a sonhar.Eu lavarei no meu sangue a vossa visão para que possais ver os bens futuros que lhes preparei. Lavarei também no meu sangue todos os envolvidos, todas as pessoas e circunstâncias das quais dependeis para realizardes vossos sonhos. Eu vos libertarei das amarras da descrença, do fracasso, das palavras de maldição, do fatalismo e vos deixarei livres para sonhar, sem traumas, sem medos, sem nada que os prenda”.

Confirmação: Lucas 1, 37.45: “Porque a Deus nenhuma coisa é impossível. Bem aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas.”
Que cada um ore ao Senhor, perguntando o que significaria erguer a sua cruz sobre seus sonhos. A moção é que erguer a cruz de Jesus é ter uma atitude diferente daquela apregoada pelos valores que o mundo nos oferece. Para uns significará perdoar como Jesus perdoou, para outros será amar até as últimas conseqüências, para outros ainda será entregar-se com toda confiança nas mãos do Pai. Na oração o Senhor haverá de mostrar a cada um de nós o tipo de atitude que demandará de nossa parte para testemunharmos que Jesus Cristo é o nosso Senhor e termos a sua cruz, que é o símbolo de nossa pertença a Ele, erguida sobre nossa vida.
Maria Beatriz Spier Vargas

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Deus conta com os fracos

por Eliana Sá

Jesus disse a Santa Faustina e hoje diz para você: “Contaste muito contigo e pouco Comigo”. Portanto, proclame que a vitória de Jesus já começou a acontecer no seu coração. É preciso contar com o Senhor da misericórdia, quando as pessoas nos perseguem e falam mal de nós, até por nossa culpa mesmo, pois somos pecadores. Mas ninguém tem o direito de falar mal de nós, pois o Senhor nos ama do jeito que nós somos. Não dá para viver esta vida na qual somos continuamente assolados por tentações e provações, que chegam até nós pelas pessoas.

Jesus se entristece quando nos vê vivendo achando que temos forças para suportar o que passamos, pois precisamos contar com Ele. Quando estamos com o coração angustiado, precisamos correr para o coração misericordioso de Jesus, quem se coloca em Seu lado aberto não teme as injustiças, porque ali tem profunda paz e confiança de que tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus.

Precisa da misericórdia de Jesus essa alma pequenina. Está na hora de nós aprendermos que, nós, pecadores, necessitamos da misericórdia de Deus. O mundo necessita do amor misericordioso do Senhor porque este jaz nas trevas dos pecados. Basta assistirmos aos noticiários. Nunca as famílias foram tão atacadas como nos últimos tempos, mas Jesus o chamou aqui para que você possa experimentar e testemunhar o amor misericordioso de Deus.

É preciso testemunhá-lo com atos, ninguém mais aceita apenas as palavras. Antigamente as pessoas apenas davam a palavra, mas hoje não é assim, as pessoas estão descrentes. Se na sua casa você não for o sorriso misericordioso de Jesus e amar do jeito que Ele ama, não adiantará nada. É preciso amar a pessoa, por mais miserável e pecadora que seja, ela tem o direito de receber de você o amor misericordioso de Jesus.

Muitas pessoas da nossa casa não lerão a Palavra de Deus, mas Ele o escolheu para que você fosse a Bíblia que eles lerão.

Neste tempo o Senhor pede que sejamos misericórdia para o mundo. Eu, muitas vezes, penso que Jesus poderia escolher outra pessoa para assumir a frente da propagação dessa devoção na Canção Nova, pois eu sempre estou lutando contra a depressão e não é fácil lutar contra essa enfermidade. Eu só aguento todas as batalhas porque o Senhor colocou a força e a coragem dentro do meu coração. Jesus nunca me dispensou, Ele gosta de contar com os fracos, para confundir os fortes deste mundo. E se assim o Senhor quer, quem eu sou para dizer que não será assim. Não diga que você é fraco para realizar na sua família a obra de misericórdia, porque Deus conta com os fracos.

Eu me sinto muito pequena diante da grandeza de Deus, eu sinto que nada sou, mas eu quero que a misericórdia de Deus apareça e atinja o mundo inteiro. Eu sou fraca, mas Deus gosta de contar comigo.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Meu amigo é santo!


Nós que temos mais de vinte anos podemos bater no peito e afirmar que somos de uma geração capaz de gerar santos. Isso não é uma teoria "desencarnada", alienada ou "espiritualóide". É fato! Contra fatos não há argumentos! Nós poderemos dizer às gerações futuras que vimos um santo caminhar em nosso meio e muitos de nós poderão até mesmo afirmar que estiveram com ele, tocaram suas mãos ou chegaram bem perto dele. Mesmo que quiséssemos não vamos poder nos enganar e continuar afirmando que santidade é coisa do passado ou fora do alcance dos que nasceram depois da virada do século XX. João Paulo II é um exemplo de que santidade é possível mesmo nos dias de hoje.

Alguns mais “do contra” poderiam afirmar que esse grande Papa vai se tornar santo porque convém aos interesses da Igreja. Será que é isso mesmo? Até onde podemos lembrar, não foi nenhum cardeal que o aclamou santo pela primeira vez, mas sim uma multidão formada de milhares de jovens – presentes na Praça de São Pedro durante o seu velório e sepultamento – os quais gritavam a todo o momento: “Santo já!”. Bem, você “do contra” poderia até formular qualquer ideia conspiratória para explicar tal fato, mas nós preferimos àquela explicação mais antiga que afirma: "A voz do povo é a voz de Deus".

Modéstia à parte, não há como negar que não existem pessoas melhores para testemunhar a santidade de João Paulo II do que nós jovens. Entre o Pontífice e cada um de nossa geração não havia uma relação de autoridade somente, mas uma verdadeira amizade expressa com a vida, com o zelo, carinho, cuidado e amor, manifestada pelos dois lados. João Paulo II nos dizia da Verdade e nós buscávamos responder a ele lotando estádios, campos, nos reunindo aos milhões, somente porque queríamos escutá-lo. Não queríamos escutar somente um homem vestido de branco, mas um amigo, que, antes de tudo, era amigo da Verdade, amigo de Deus.

Foi a certeza de que a primeira amizade dele era com Deus que nos atraiu a ele. Nós jovens buscamos a Verdade, um para que viver, uma vida coerente com o chamado feito por Deus a cada um de nós e João Paulo II sempre nos ofereceu isso. Não somente nos ofereceu, mas insistiu, correu atrás, deu o primeiro passo, foi ao nosso encontro, mesmo quando buscávamos outros ideais mais humanos, mais materiais, mais violentos. Éramos somente jovens em busca da verdade, mesmo que a buscássemos em lugares errados, e ele sabia disso, por isso, se lançou até nós. Como um amigo ele lutou e não desistiu de nós.

Isso nos conquistou, nos fez parar para vê-lo passar, para escutar suas palavras, mesmo que elas denunciassem tantas mentiras em nossas vidas que se estabeleciam como falsas verdades. Enquanto o mundo nos convidava a ser livres, a ser donos de nossos corpos, a lutar pelo prazer, pela realização pessoal a qualquer custo, João Paulo II nos convidava a nadar contra a correnteza, a ir para águas mais profundas, a dar uma resposta diferente, a ser santos.

Santidade que era coisa do passado, coisa ultrapassada, no entanto, nas palavras do saudoso Pontífice e com sua vida, esta se tornou realidade atual, capaz de ser vivida por nós jovens que tomamos refrigerante, comemos hambúrguer e vestimos calças jeans. Aquilo que antes era distante, para poucos, foi se tornando cada vez mais próximo. Pelas palavras do "Papa dos jovens" a santidade se tornou meta de nossas vidas.

Como amigo de verdade, ele nos apresentou Jesus Cristo, a verdadeira Verdade, pela qual nós devemos gastar as nossas vidas, e fonte da verdadeira felicidade. Ao se tornar próximo de cada jovem como um amigo, João Paulo II nos tornou próximos de Deus, de Sua Mãe, dos santos, do céu. Sua amizade com Deus foi transmitida a nós como herança, e nós continuamos lutando para honrá-la com as nossas vidas.

Mas você que é “do contra”, o questionador, ao ler este texto, pode dizer que nós já declaramos santo alguém a quem a Igreja acaba de proclamar beato. É, dessa vez você tem razão! Mas não temos medo nenhum de chamar de santo um amigo, alguém que verdadeiramente conhecemos.

Nós jovens só continuamos afirmando aquilo que gritávamos diante de todo o mundo há alguns anos. Afinal, é só uma questão de tempo!

Ao declarar João Paulo II beato e futuramente santo, a Igreja só vai constatar e reafirmar aquilo que o povo de Deus já havia experimentado no coração. Modéstia, mais uma vez à parte, só um amigo de verdade pode falar do outro com propriedade. No caso de João Paulo II, em vez de falar, nós jovens preferimos gritar para o mundo ouvir: meu amigo é santo

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Não recue diante do medo


medo da desgraça é pior do que a desgraça. O medo de sofrer é pior do que o sofrimento. É natural ter medo; é algo humano, mas devemos enfrentá-lo para que ele não paralise a nossa vida. Há muitas formas de medo: temos medo do futuro incerto, da doença, da morte, do desemprego, do mundo... O medo nos paralisa e nos implode interiormente, perturba a alma, por isso é importante enfrentá-lo. Talvez seja ele uma das piores realidades de nossos dias.

Coragem não é a ausência do medo, é sim a capacidade de alcançar metas, apesar do medo; caminhar para frente; enfrentar as adversidades, vencendo os medos. É isso que devemos fazer. Não podemos nos derrotar, nos entregar por causa desse sentimento [medo].

A maioria das coisas que tememos acontecer conosco, acabam nos acontecendo. E esse medo antecipado nos faz sofrer muito, nos preocupar em demasia e perder horas de sono. E, muitas vezes, acaba acontecendo o que menos esperamos. Muitas vezes antecipadamente, sem nenhuma necessidade. Como me disse um amigo: “não podemos sangrar antes do tiro!”.

É preciso policiar a nossa mente; ela solta a si mesma e pode fabricar fantasmas assustadores, especialmente nas madrugadas. Os medos em geral são sombras imaginárias sem bases na realidade.

Há pessoas que se sentem ameaçadas por tudo e por todos: "Fulano não gosta de mim, veja como me olha!" Ou: "Sicrano me persegue; todos conjuram contra mim; meu trabalho não vai dar certo..." E assim vão dramatizando os fatos e fabricam tragédias.

É preciso acordar, deixar de se torturar com essas fantasias e pesadelos imaginários; o que assusta é irreal. Quando amanhece as trevas somem... para onde foram? Não foram para lugar algum, simplesmente desapareceram, não existiram; não eram reais. Quanto menor o medo, menor o perigo. As aflições imaginárias doem tanto quanto as outras.

Quando Jesus chamou Pedro para vir ao encontro d'Ele, andando sobre as águas do mar da Galileia, ele foi, mas permitiu que o medo tomasse conta do seu coração; então, comecou a afundar. Após salvá-lo, Jesus lhe pergunta: “Homem de pouca fé, por que duvidaste?” (Mt 15,31).

Pedro sentiu medo porque olhou para o vento e para a fúria do mar em vez de manter os olhos fixos em Jesus. Esse também é o nosso grande erro, em vez de mantermos os olhos fixos em Deus, permitimos que as circunstâncias que nos envolvem nos amendrontam.

Não podemos, em hipótese alguma, abrigar o medo e o pânico na alma; não lhes permitir que “durmam” conosco. Não! Arranque-os pela fé, pela oração e por um ato de vontade, decididamente.

É claro que toda a fé em Deus não nos dispensa de fazer a nossa parte. Não basta rezar e confiar, cruzando em seguida os braços; o Senhor não fará a nossa parte. Ele está pronto a mover todo o céu para fazer aquilo que não podemos fazer, mas não faz nada que podemos fazer. Vivemos dizendo a Deus que temos confiança n'Ele, mas passamos o tempo todo provando o contrário, por nossas preocupações...

Quando você age com fé e confiança em Deus, Ele lhe dá equilíbrio e luzes para agir, guiando-o e abrindo portas para você resolver o problema que o angustia. Se temos um problema é porque ele tem solução, então vamos a ela; se o problema não tem solução, então não é mais um problema, é um fato consumado, que devemos aceitar.

Em vez de ficar pensando em suas fraquezas, deficiências, problemas e fracassos, reais ou imaginários, pense como o salmista: “ O Senhor é a minha luz e a minha salvação, a quem temerei” (Sl 26,1).

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Ninguém pode ser feliz se não for amado


Amar é construir alguém querido

O amor gera a vida; o egoísmo produz a morte. A psicologia mostra hoje, com toda clareza, que as graves perversões morais têm quase sempre como causa principal uma "frustração amorosa".

Os jovens se encaminham para as drogas, para o sexo vazio, para o alcoolismo e para tantas violências, porque são carentes de amor, 'desnutridos' de amor. A pior anemia é a do amor. Leva à morte do espírito. Ninguém pode ser feliz se não for amado, se não fizer uma experiência de amor. Se isso é importante na infância e na adolescência, também na vida conjugal isso é verdade. E esse "amor conjugal" começa a ser aprendido e treinado no namoro. Na longa viagem da vida conjugal, que começa no namoro, você precisa levar a bagagem do amor. Você amará de verdade o seu namorado não só porque ele é simpático, bonito ou porque é um atleta, mas porque você quer o bem dele e quer ajudá-lo a ser ainda melhor, com a sua ajuda.

Muitas vezes, você quis e procurou uma namorada perfeita, ou um rapaz ideal, mas saiba que isso não existe. A primeira exigência do amor é aceitar o outro como ele é, com todas as suas qualidades e defeitos. Só assim você poderá ajudá-lo a crescer, amando-o como ele é. Alguém já disse que o amor é mais forte do que a morte e capaz de remover montanhas.

O amor tem uma força misteriosa; quando você ama o outro gratuitamente, sem cobrar nada em troca, você desperta-o para si mesmo, revela-o a si mesmo, dá-lhe ânimo e vida, "ressuscita-o". É com a chama de uma vela que você acende outra. Da mesma forma é com a doação da sua vida que você faz a vida do outro reviver. Desde o namoro você precisa saber que "amar não é querer alguém construído, mas construir alguém querido". É claro que um casal se aproxima pelo coração, mas cresce pelo amor, que transcende os sentimentos e se enraíza na razão.

Todo relacionamento humano só terá sentido se implicar no crescimento dos envolvidos. De modo especial no namoro e no casamento isso é fundamental. A ordem de Deus ao casal é esta: "crescei". Deus não nos dá uma "ajuda adequada" (cf. Gên 2, 18) para "curtirmos a vida" a dois; mas para crescermos a dois. Isso vale desde o namoro. E o que faz crescer é o "fermento" do amor.

São Paulo expressou as exigências do verdadeiro amor melhor do que ninguém: "O amor é paciente, O amor é bondoso. Não tem inveja. O amor não é orgulhoso. Não é arrogante. Nem escandaloso. Não busca os seus próprios interesses, Não se irrita, Não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, Mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa. Tudo crê, Tudo espera, Tudo suporta. O amor jamais acabará" (I Cor 13, 4-7).

Medite um pouco sobre cada linha deste hino do amor e pergunte a si mesmo se você está vivendo isso no seu namoro.

Desde o namoro é preciso ter em mente que a beleza do amor está exatamente na construção da pessoa amada. É uma missão para gente madura, com grandeza de alma. Construir uma pessoa é educá-la em todos os aspectos, e isso é uma obra do coração.

O amor tudo suporta, tudo crê, tudo espera; o amor não passa jamais.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O perfil do pregador


Qualidades do pregador


- O pregador é uma pessoa de oração.
- Sua identidade; É batizado no Espírito Santo.
- É insistente: sabe esperar mais.
- Tem discernimento.
- Crê na ressurreição.
- Trabalha para DEUS e com DEUS.
- Prega no grupo: Que é a porta da RCC.
- Cuida do grupo.
- O pregador formado é reflexo da equipe de serviço.
- Ele faz com que o centro e a motivação do grupo seja a pregação.
- Prega com poder e move o grupo, fazendo com que a fé entre pêlos ouvidos.
- Dá testemunho.
- É chamado pôr JESUS e não voluntário.
- Não somente ouve a palavra, más a vive.
- É uma pessoa de visão, enxerga além.
- Só olha para frente.
- Traz para perto das pessoas aquilo que já viu.
- Contagia as pessoas com a notícia.
- Fica sozinho, pois o povo para quem ele prega vai para JESUS.
- Ele aponta para JESUS.
- Ele é como o capitão que faz todos trabalhar, unindo as forças de cada um, no seu lugar.
- Ele crê no que se prega e vive o que se crê.
- Obedece a visão Celestial e sabe que o maior evangelizador é o Espírito Santo.
- O pregador é aquele reacende a chama, que gera esperança e confiança.
- Quando ele é um bom pregador, ele forma outros pregadores.
- Contagia seus ouvintes com sua mensagem.
- Sua missão é animar os demais. At.27,20-25
- O pregador perde algo em favor do Evangelho.
- Sua maior preocupação é cuidar da Igreja.
- Más sabe que não é fácil, pôr causa das traições e perseguições de seus próprios irmãos.
- Aceita e acolhe Maria, a Mãe de Jesus e da Igreja.
- Todo o ser do pregador e todo o seu tempo deve estar voltado para DEUS.
- Ele sabe que precisa de colaboradores, pôr isso forma outros melhores do que ele.


Credenciais do pregador


1) Vê mais adiante do que os outros.
2) Nunca olha para traz.
3) Anuncia boas notícias.
4) Partilha sua visão com os outros.
5) Define o objetivo.
6) Anima e motiva os outros.
7) Encontra uma estratégia comum.
8 ) Não corre, faz a palavra correr.
9) Ensina o que os outros entendem.
10) Os aplausos são para Jesus, e não para ele.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Vale a pena sonhar


Não abra mão dos seus sonhos!

Era uma manhã de sábado enquanto caminhava pelo vilarejo do litoral baiano, uma paisagem, entre tantas, me chamou atenção: uma casinha com alpendres, varandas e muitas flores nativas, daquelas bem simples, que nascem e crescem sem exigir cuidados, com cores diversas e vibrantes, beleza simples e original.

Atraída pela beleza, aproximei-me da casa e, como não havia ninguém, fiquei bem à vontade para observar os detalhes. Em pouco tempo percebi uma placa pendurada no alto do portão central, onde estava escrito escrito: "Vendo, troco ou alugo. Faço qualquer negócio". Logo pensei no proprietário da casa. "Por que será que está tão decidido a se desfazer desta propriedade?"
A casa parecia bem planejada. Tinha detalhes de bom gosto, sinais de delicadeza. Deduzi que se o dono estava assim tão disposto a se desfazer dela, certamente seus sonhos teriam se perdido no tempo.

Já faz alguns anos que vivi este fato, mas até hoje penso no assunto. Dizem que sonhos não envelhecem, eu concordo. Aliás os sonhos nos mantêm vivos. "Quem deixou de sonhar já parou de viver...", diz o poeta.

Bom, se pudesse teria me arriscado a dizer ao proprietário daquela casa: "Não desista dos seus sonhos!". Ou diria ainda para ter calma antes de abrir mão de tudo. Na hora das decisões é sempre prudente ponderar entre o sentimento e a razão. Onde estarão os motivos que o levaram a construir uma casa tão bonita?

E quanto a você que agora lê meus escritos de um fim de tarde: Por onde andam seus sonhos? Quer falar sobre isso? Pode ser que, por algum motivo, também tenha colocado uma "placa de venda" neles, abrindo mão deles. Ou pode ser também que não tenha se desfeito da "casinha", mas vive nela por viver... Por alguma razão, tenha perdido o entusiasmo e o encanto pela vida. Neste caso, o pior é que todas as vezes em que pensa nos detalhes de seus sonhos é como se tocasse em feridas da alma, o coração aperta e dói. Eu sei, não é fácil, mas é possível superar esse sentimento, com a graça de Deus! Eu sou testemunha disso.

Vou mais além: será que nos "vilarejos" de sua história há algum sinal de desistência? Pensar em seus sonhos de criança lhe causa alegria ou tristeza? Seja como for, convido-o a valorizar seus sonhos. Eles são seus e isso os torna preciosos, exclusivos e muito valiosos.

É certo que existem sonhos em nossa vida que, por diversas circunstâncias, não foram nem serão realizados. Aí precisamos encontrar em Deus uma maneira de enfrentar a realidade sem nos deixar contagiar pela decepção. Uma maneira de lidar com situações assim é fazer, por exemplo, a leitura dos acontecimentos valorizando o que existe de bom em nossa história, de forma a permitir que Deus cure o que sobrou da dor.

Recordo-me de um sonho que tinha quando era crainça. Por admirar a relação dos meus pais e sabendo que eles sempre foram pobres, pensava em fazer uma festa bonita na comemoração dos seus cinquenta anos de casados. So que isso não aconteceu. Quando faltavam apenas dois anos para o acontecimento o meu pai faleceu. Lembro-me de que quando voltamos do velório, fomos rever algumas fotos e minha mãe mostrou-me uma que eu havia guardado para fazer o convite das bodas, ela sabia desse meu desejo e partilhou comigo, em lágrimas, a sua dor. Senti naquela hora que não seria possível realizar o sonho que eu havia alimentado havia tanto tempo e a dor da perda do meu pai se misturava com mais essa perda. Pode parecer uma coisa simples, mas para quem a vive não o é.

No meu caso, precisei entregar a situação a Jesus e pedir-Lhe várias vezes que curasse meu coração, pois todas as vezes em que ouvia falar em "bodas de ouro" sentia tristeza e lembrava meu sonho desfeito. Hoje graças a Deus, já superei isso. Deus foi mostrando-me as inúmeras graças de ter uma família como tenho e a presença do meu pai por tanto tempo em meio a nós. E fez-me perceber que muito mais valia isso do que fazer uma festa bonita sem ter o que realmente celebrar. Lembro-me ainda de muitos outros sonhos de criança, alguns que ainda busco realizar, outros que já realizei e sou grata. Por exemplo, eu sonhava, desde pequena, em me casar às 18 horas e entrar na igreja ao som da Ave-Maria com um buquê de flores e um terço na mão, seria uma homenagem a Nossa Senhora. Casei no ano passado e Deus providenciou tudo para que fosse assim e foi lindo!

Quando vejo as fotos e penso naquele dia fico contente por ter realizado mais um sonho, e por aí vai... A vida segue seu rumo e precisamos seguir o nosso também. Certamente na sua vida não é diferente, imagino que você possua sonhos que já tenha conseguido realizar e outros, não. Mas se entre os sonhos que não realizamos existem tantos outros que conseguimos realizar, por que pararmos na dor?

Por outro lado, quando falamos de sonhos possíveis de realizar, é preciso acreditar e lutar por eles com tudo que temos, sem desistir até o último instante. Por isso, hoje, não permita que situações ou pessoas roubem sua vontade de sonhar. Jesus Cristo foi um grande sonhador. Ele sempre falou de sonhos e nunca deixou de encarar Sua realidade humana e divina. Seu exemplo e Sua vitória nos contagiam e nos chamam a segui-Lo confiantes, buscando a cada dia fazermos a nossa parte. Sonhos não viram realidade num toque de mágica, a alegria da vitória passa pela luta de cada dia. Coragem!

Talvez, hoje, seja um ótimo dia para você voltar aos "vilarejos" de sua história, tirar as "placas" que denunciam desistência e voltar a sonhar, tomar posse do que já é seu. Não abra mão dos seus sonhos!

Se você não realizou seus sonhos, entregue-os a Deus, não deixe que a lembrança deles lhe roube a alegria. E os que foram realizados, considere-os como sinais de que é possível ir mais longe quando acreditamos e não paramos nas barreiras. Elas existem para ser superadas.

Estamos juntos! Rezo por você. Seus sonhos podem se tornar realidade se você acreditar. Vale a pena sonhar!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Ser amigo do Espírito Santo


Ele é o nosso conselheiro nas dúvidas

Crer no Espírito é, portanto, professar que o Espírito Santo é uma das Pessoas da Santíssima Trindade, consubstancial ao Pai e ao Filho, «adorado e glorificado com o Pai e o Filho» (4). É por isso que tratamos do mistério divino do Espírito Santo na «teologia» trinitária. Portanto, aqui só trataremos do Espírito Santo no âmbito da «economia» divina" (Catecismo da Igreja Católica, n. 685).
Essa é a experiência de nossa fé, sendo uma Pessoa, nós podemos nos relacionar com Ele [Espírito Santo], ser amigos, próximos e íntimos d'Ele, porque não dizer. E é exatamente isso que essa Pessoa da Trindade deseja ardentemente de nós para poder nos revelar o amor do Pai e do Filho e o conhecimento dos dois. Esse é o primeiro grande benefício de sermos amigos dessa Pessoa Divina e nos aproximarmos d'Ele.

"O Espírito Santo, pela sua graça, é o primeiro no despertar da nossa fé e na vida nova que consiste em conhecer o Pai e Aquele que Ele enviou Jesus Cristo" (CIC n. 684).

O Espírito Santo de Deus é o nosso mestre de vida de oração, Ele nos ensina a rezar como convém, isto é, a alcançar na oração a vontade de Deus, que alimenta e plenifica a nossa alma. “Da mesma forma, o Espírito vem em socorro de nossa fraqueza. Pois não sabemos o que pedir nem como pedir; é o próprio Espírito que intercede em nosso favor, com gemidos inefáveis” (Rom 8, 26).

"Ninguém conhece o que há em Deus, senão o Espírito de Deus” (I Cor 2, 11). Ora, o Espírito, que O revela, faz-nos conhecer Cristo, seu Verbo, sua Palavra viva; mas não Se diz a Si próprio. “Aquele que falou pelos profetas” faz-nos ouvir a Palavra do Pai. Mas a Ele, nós não O ouvimos. Não O conhecemos senão no movimento em que Ele nos revela o Verbo e nos dispõe a acolhê-Lo na fé" (Catecismo da Igreja Católica, n. 687).

Aproximar-nos desta Pessoa Divina e ser amigos d'Ele nos faz conhecer Sua Palavra e o Seu poder, só pelo Espírito Santo podemos dizer: Jesus Cristo é o Senhor. E pelo mesmo Espírito conhecer e experimentar o amor de Deus Pai.

O primeiro grande fruto da amizade com o Espírito Santo é a experiência do amor de Deus e a salvação em Jesus Cristo, proclamando Seu senhorio. Ninguém será capaz de dizer: “Jesus é Senhor”, a não ser sob influência do Espírito Santo" (cf. I Cor 12,3b).

Ele nos purifica dos nossos pecados. Manda teu espírito, são criados, e assim renovas a face da terra (Sl 104, 30). Ilumina e abre a nossa inteligência: o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo (cf. Jo 14,26). O Espírito Santo nos ensina a ser dóceis e a obedecer aos mandamentos do Senhor: Porei em vós o meu espírito e farei com que andeis segundo minhas leis e cuideis de observar os meus preceitos (cf. Ez 36,27).

Este Amigo Divino confirmará a esperança da vida eterna, pois Ele é o penhor da herança dada por Cristo Jesus: Nele acreditastes e recebestes a marca do Espírito Santo prometido, que é a garantia da nossa herança, até o resgate completo e definitivo, para louvor da sua glória (Ef 1, 13-14). Ele revela aos nossos corações que de Deus nós somos filhos, devolve a dignidade e a convivência perdida pelo pecado original: E a prova de que sois filhos é que Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: “Abbá, Pai!” (Gl 4,6).

Ele é o nosso conselheiro nas dúvidas e nos mostra qual a vontade de Deus: Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas. 'Ao vencedor darei como prêmio comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus’ (Ap 2,7). Anima-nos e levanta-nos do abatimento: Deu-me o Senhor DEUS uma língua habilidosa para que aos desanimados eu saiba ajudar com uma palavra. Toda manhã ele desperta meus ouvidos para que, como bom discípulo, eu preste atenção (Is 50,4).

Ele é o nosso advogado contra o mundo, defensor contra o pecado e principalmente nos defende de nós mesmos quando não conhecemos os desígnios de Deus: E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará um outro Defensor, para que permaneça sempre convosco: o Espírito da Verdade, que o mundo não é capaz de receber, porque não o vê nem o conhece. Vós o conheceis, porque ele permanece junto de vós e estará dentro de vós (cf. Jo 14,16-17).
Sendo amigos do Espírito Santo, recorrendo a Ele, pedindo o socorro do Seu auxílio, chegaremos à vontade do Pai, cuja missão é imprimir em nossa alma, em nossa vida a SANTIDADE: eleitos conforme a presciência de Deus Pai e pela a santificação do Espírito, para obedecerem a Jesus Cristo e serem aspergidos com o seu sangue (I São Pedro 1,2). Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação (I Ts 4,3).

Digo, pois: deixai-vos conduzir pelo Espírito, o fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança. Contra estas coisas não há lei (cf. Gl 5, 16. 22-23).
Imagine ter um amigo tão virtuoso e cheio de santidade disposto a dividi-la com você. Comecemos agora a falar com Ele:

Vem, Espírito Criador!

Vinde, Espírito Criador, a nossa alma visitai
e enchei os corações com vossos dons celestiais.
Vós sois chamado o Intercessor de Deus excelso dom sem par,
a fonte viva, o fogo, o amor, a unção divina e salutar.
Sois o doador dos sete dons e sois poder na mão do Pai,
por Ele prometido a nós, por nós seus feitos proclamai.
A nossa mente iluminai, os corações enchei de amor,
nossa fraqueza encorajai, qual força eterna e protetor.
Nosso inimigo repeli, e concedei-nos a vossa paz,
se pela graça nos guiais, o mal deixamos para trás.
Ao Pai e ao Filho Salvador, por vós possamos conhecer
que procedeis do Seu amor, fazei-nos sempre firmes crer
. Amém!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O dom do Espírito Santo


por Dom Alberto Taveira


"O Espírito Santo, sendo único, com uma única maneira de ser e indivisível, distribui a graça a cada um conforme lhe apraz. E assim como a árvore ressequida, ao receber água, produz novos rebentos, assim também a alma pecadora, ao receber do Espírito Santo o dom do arrependimento, produz frutos de justiça. O Espírito tem um só e o mesmo modo de ser; mas, por vontade de Deus e pelos méritos de Cristo, produz efeitos diversos. Serve-se da língua de uns para comunicar o dom da sabedoria; ilumina a inteligência de outros com o dom da profecia. A este dá o poder de expulsar os demônios; àquele concede o dom de interpretar as Sagradas Escrituras. A uns fortalece na temperança, a outros ensina a misericórdia; a estes inspira a prática do jejum e como suportar as austeridades da vida ascética; e àqueles o domínio das tendências carnais; a outros ainda prepara para o martírio. Enfim, manifesta-se de modo diferente em cada um, mas permanece sempre igual a si mesmo, como está escrito: A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum" (I Cor 12,5).

O ensinamento de São Cirilo de Jerusalém abre nosso coração para acolher o dom do Espírito Santo na Solenidade de Pentecostes, com a qual se celebra o grande dom do Cristo Ressuscitado.

A Igreja de Cristo nasceu do Seu mistério de Morte e Ressurreição e foi ungida com o dom do alto, Espírito da Verdade, que a conduz pelos caminhos da história. Em todas as épocas da história, o mesmo Espírito Santo a faz descobrir o modo adequado para evangelizar, levando a Boa Nova até os confins da terra. E Ele a sustenta por meio da grande diversidade de dons e ministérios, concedidos em abundância segundo a medida do próprio amor de Deus. Na Solenidade de Pentecostes, somos todos convidados a reconhecer em todas as pessoas, como fruto dos sacramentos da iniciação cristã, Batismo, Crisma e Eucaristia, a beleza do jardim de Deus, que são as Comunidades Cristãs. Há muita santidade, há muito bem plantado bem perto de nós e é urgente abrir os olhos. Olhar com benevolência a própria história, a Igreja e o Mundo, dá muito mais trabalho do que apontar os erros. O Espírito nos revele o bem! Mas nada existe de bom e de puro, de inspirado ou verdadeiro que não proceda da ação do Espírito Santo. Olhando ao nosso redor, descobriremos o bem que é feito, inclusive por pessoas de quem humanamente pouco se poderia esperar. É Ele que espalha o bem, suscita o perdão, incentiva a busca da verdade, mesmo quando nos sentimos esmagados pelo mal.

O Espírito é dado, mas a recepção da graça depende da abertura de quem a acolhe. Por isso pedimos a abertura do coração e da mente. “Vem, Espírito Santo! Visita a alma dos teus!” Ele é o doce hóspede da alma, discreto e silencioso, que só entra quando Lhe são dadas as boas-vindas! Nenhuma casa e nenhum coração rejeitem Sua visita! A Ele suplicamos: “Enche o coração dos vossos fiéis!” Só o Espírito Santo pode preencher o vazio dos corações e fazer transbordar o amor, para com este amor comunicarmos o Evangelho aos outros.

A Solenidade de Pentecostes é, com frequência, chamada de "inauguração da Igreja". Com o mesmo ardor dos Apóstolos, nossa Igreja de Belém pede hoje a renovação das disposições missionárias. Estamos em tempo de "Igreja de Belém em missão" e os sucessivos retiros paroquiais serão o envio de homens e mulheres aos quais se confia a nova Evangelização, especialmente nas visitas às casas. Cada homem e cada mulher, ao professarem a fé em Cristo, sintam a certeza da presença d'Aquele que prometeu estar conosco até o fim dos tempos. Sintam-se enviados pelo Pastor visível da Igreja de Belém. A todas as pessoas e famílias que forem visitadas, o convite é que abram, mais ainda: escancarem as portas para Cristo. Não tenham medo d'Ele!

Das comunidades cristãs se espalhe o fermento de uma sociedade diferente, num período em que muitas pessoas estão sofrendo na pele e inclusive pagando com a vida um novo relacionamento com a terra. Foram cinco as mortes recentes por questões fundiárias. O Espírito Santo suscite perdão no coração das pessoas que sofrem pela morte de seus familiares e amigos. Ele mesmo mude pela raiz a cabeça e o coração dos que cometeram tais crimes. É ainda ao Espírito Santo que suplicamos as luzes para que as autoridades encarregadas de apurar e punir tais crimes estejam mais atentas aos fatos. O Espírito dê de novo entranhas de misericórdia a todos, para a cura do tecido social.

Que cada cristão e cada presbítero, revestido do amor decidido e irreversível, deixe que este mesmo Espírito abra portas dos corações. Aos criminosos de todos os lados chegue o convite à reconciliação. “Vem, Espírito Santo”!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Por que Jesus morreu na cruz?


O drama de um Deus crucificado por amor ao homem

Jamais o mundo viu ou verá um acontecimento como este: o Filho de Deus humanado é crucificado e agoniza durante três horas numa cruz. Três longas horas de dores indizíveis, sofrimentos inenarráveis na pior forma de suplício que o Império Romano impunha a seus opositores, bandidos, malfeitores... Foi o drama de um Deus crucificado por amor ao homem, criatura moldada à Sua "imagem e semelhança" (cf. Gen. 1,26).

Um mistério insondável de amor e de dor que projeta luz sobre o quanto cada um de nós é importante para Deus. Cristo não mediu esforços para resgatar cada um de nós para Deus... foi até as últimas consequências. São João expressou isso como ninguém: "Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim" (Jo 15,1).

A dívida dos pecados dos homens, sendo, de certo modo infinita, exigia um sofrimento redentor também infinito para reparar a ofensa contra a majestade infinita de Deus. Então, o sofrimento de Deus feito homem, infinito, triunfou do pecado. O resgate de cada um de nós foi pago. Pelo sofrimento de Jesus, Homem e Deus, a humanidade honrou a Deus incomparavelmente mais do que O ofendera e poderá ainda ofender. O homem, resgatado agora pelo Filho do Homem, pode voltar para os braços de Deus. A justiça foi satisfeita.

Podemos perguntar: mas por que foi necessário que um Deus morresse na Cruz para nos salvar? São Leão Magno (400-461), Papa e doutor da Igreja, nas suas homilias de Natal, lança luzes sobre o mistério da nossa Redenção:

“Mas, o fato, caríssimos, de Cristo ter escolhido nascer de uma Virgem não parece ditado por uma razão muito profunda? Isto é, que o diabo ignorasse que a salvação tinha nascido para o gênero humano, e, escapando-lhe que a concepção era devida ao Espírito, acreditasse que não tinha nascido diferente dos outros aquele que ele não via diferente dos outros.

Com efeito, aquele no qual ele constatou uma natureza idêntica à de todos tinha, pensava ele, uma origem semelhante à de todos; ele não compreendeu que estava livre dos laços do pecado aquele que ele não viu isento das fraquezas da mortalidade. Porque Deus, que, em sua justiça e em sua misericórdia, dispunha de muitos meios para elevar o gênero humano, preferiu escolher para isso a via que lhe permitisse destruir a obra do diabo, apelando não a uma intervenção de poder, mas a uma razão de equidade.

Porque, não sem fundamento, o antigo inimigo, em seu orgulho, reivindicava direitos de tirano sobre todos os homens e, não sem razão, oprimia sob seu domínio aqueles que ele tinha prendido ao serviço de sua vontade, depois que eles, por si mesmos, tinham desobedecido ao mandamento de Deus. Por isso não era de acordo com as regras da justiça que ele cessasse de ter o gênero humano como escravo, como o tinha desde a origem, a não ser que fosse vencido por meio do que ele mesmo tinha reduzido à escravidão.

Para esse fim, Cristo foi concebido de uma Virgem, sem intervenção de homem... Ele [o demônio] não pensou que o nascimento de uma criança gerada para a salvação do gênero humano não lhe estava sujeito como o estava o de todos os recém-nascidos. Com efeito, ele o viu vagindo e chorando, viu-o envolto em panos, submetido à circuncisão e resgatado pela oferenda do sacrifício legal. Mais tarde, reconheceu os progressos normais da infância, e até na idade adulta nenhuma dúvida lhe aflorou sobre o desenvolvimento conforme a natureza.

Durante este tempo ele lhe infligiu ultrajes, multiplicou injúrias, usou de maledicências, calúnias, blasfêmias, insultos, enfim, derramou sobre ele toda a violência do seu furor e o pôs à prova de todos os modos possíveis; sabendo com qual veneno tinha infectado a natureza humana, ele jamais pôde crer que fosse isento da falta inicial aquele que, por tantos indícios, ele reconhecia por um mortal.

Ladrão atrevido e credor avaro, ele se obstinou em levantar-se contra aquele que não lhe devia nada, mas exigindo para todos a execução de um julgamento geral pronunciado contra uma origem manchada pela falta, ultrapassou os termos da sentença sobre a qual se apoiava, porque reclamou o castigo da injustiça contra aquele no qual não encontrou falta. Tornando-se, por isso, caducos os termos malignamente inspirados na convenção mortal, e, por causa de uma petição injusta, que ultrapassava os limites, a dívida toda foi reduzida a nada. O forte é atado com os seus próprios laços, e todo o estratagema do inimigo cai sobre a sua cabeça. Uma vez amarrado o príncipe deste mundo, o objeto de suas capturas lhe foi arrancado. Nossa natureza, lavada de suas antigas manchas, recupera sua dignidade, a morte é destruída pela morte, o nascimento é renovado pelo nascimento, porque, ao mesmo tempo, o resgate suprime nossa escravidão, a regeneração muda nossa origem e a fé justifica o pecador” (Sermão XXII , segundo Sermão do Natal).

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Como vencer a violência


Quando Deus é retirado de cena, o homem ocupa o lugar d’Ele

por Prof. Felipe Aquino


A Igreja ensina as razões profundas da violência; acima de tudo está num coração sem Deus, sem amor ao irmão, o qual não é visto como “imagem e semelhança de Deus”. E quando Deus é retirado de cena, o homem ocupa o lugar d’Ele e a dignidade humana já não é mais respeitada. O "não" dito ao Senhor acaba se transformando em um "não" dito ao homem, por isso vemos hoje a pior de todas as violências: o aborto e a eutanásia, o sacrifício da vida humana; além dos assaltos, sequestros, roubos, corrupções de toda ordem, pedofilia, estupros, incestos, violência nos lares contra as crianças, entre outros.

Não basta encher as nossas ruas de policiais armados e bem equipados para acabar com a violência – embora isso seja necessário para combatê-la de imediato –; é preciso mais. É preciso a "educação para a paz". Essa educação exige que se ensine às crianças e aos jovens, nos lares e nas escolas, a dignidade de todo e qualquer ser humano. A moral cristã tem como base essa dignidade. Tudo aquilo que a Igreja condena como imoral é porque fere a dignidade da pessoa. A base da violência está na falta da vivência moral e na relativização do que seja o bem; o mal tem gerado muitas formas de violência.

Um fator de importância máxima na questão da violência é a família, pois ela é a “escola de todas as virtudes”, e é nela que a criança deve aprender com os pais e os irmãos a respeitar e a ser respeitada. Mas como vai a família? Infelizmente mal; a imoralidade tem destruído a família e seus valores cristãos. Muitas estão destruídas e há muitos filhos sem a presença imprescindível dos pais para educá-los. Milhares de adolescentes e jovens ficam grávidas sem ao menos terem um lar para receber seus filhos. Como disse o saudoso Papa João Paulo II, no Brasil há milhares de crianças “órfãs de pais vivos”. Que futuro terão essas crianças? Muitas delas acabarão na rua e no mundo do crime e da violência. Sabemos que quase a totalidade dos nossos presos são jovens.

E por que tantos jovens acabam no mundo do crime? Porque lhes faltam um pai e uma mãe que lhes ensinem o caminho da honradez, da virtude, da escola e do trabalho. O trabalho é a sentinela da virtude.

Hoje quase não faltam escolas para as crianças, nem mesmo catequese nas paróquias, mas faltam os pais que as conduzam à escola e à igreja. Portanto, sem a reestruturação da família, segundo o coração de Deus, na qual não existam o divórcio, a traição, o incesto, as brigas, o vício, o estupro, a pedofilia, etc., não se poderá acabar com a violência na sociedade. E sobretudo, sem Jesus, sem o Evangelho, sem a vivência moral ensinada pela Igreja de Cristo, não haverá paz verdadeira e duradoura. Sem isso será inócuo lutar pela paz. Diz o salmista que “se não é Deus quem guarda a cidade, em vão vigiam os seus sentinelas” (Sl 126, 1).

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Lutar com as próprias armas


Quando estiver desanimado, nunca desista
Por Prado Flores

Quando o jovem Davi se dispunha a brigar com o gigante Golias, o rei Saul emprestou sua armadura de aço, seu escudo e sua espada, porém o pastot de Belém não podia nem caminhar com tanto peso (conf. 1Sm 17, 38-39). Ele teve que renunciar às armas reais e brigar com sua funda e cinco pedras de arroio. David não derrotou Golias com as armas do rei Saul, mas com as suas próprias.
Deus também ordena ao juiz Gedeão, que se sente incapaz de enfrentar uma batalha contra os madianitas: vai e, com essa força que tens, livra Israel das mãos dos madianitas (conf. Jz 6,14).

Vamos enfrentar a batalha com toda nossa força, mas só com a força que temos. Ali está o segredo de nossa vitória.
Moisés, por sua parte, estava acostumado a apascentar o rebanho de seu sogro Jetro e vivia na rotina e na melancolia. Até que um dia se atreveu a dar um passo ao fascinante mundo do desconhecido e foi “para além do deserto”, para encontrar um novo sentido à sua existencia (Ex 3,1).

Era uma vez um grande músico chamado Nicolo Paganini, nascido em Gênova, Itália, em fins do seculo XVIII, que foi considerado o melhor violinista de todos os tempos.
Certa noite, o palco da Scala de Milán estava repleto de admiradores, sedentos para escutá-lo. Paganini colocou seu violino no ombro e o que se escutou foi indescritivel: tons graves que se misturavam com fins agudos. Fusas e semifusas, colcheias e semicolcheias pareciam ter asas e voar ao contato de seus dedos encantados. De repente, um ruído estranho surpreendeu a todos. Uma das cordas do violino de Paganini havia se rompido. Paganini continuou tocando e arrancando sons deliciosos de um violino com problemas.

Pouico depois, a segunda corda do violino de Paganini se rompeu. Como se nada tivesse acontecido, Paganini esqueceu as dificuldades e continuou criando sons do impossivel.
Pela sobrecarga do esforço, uma terceira corda do violino de Paganini se rompeu. E ele continuou produzindo melodiosas notas.

No concerto da vida, se rompem as cordas de nosso violino quando se deteriora a saúde, quando perdemos de repente pessoas queridas, quando um amigo nos traí e outras mil formas imprevistas. De qualquer maneira, o musico deve continuar tocando, inspirado na criatividade e na perseverança.

Mesmo que as cordas se rompam, seguiremos sem nos deter e florescerão qualidades ocultas que nem nós sabíamos que existiam em nosso interior. Então, os outros se emocionam e se motivam, porque percebem que, se alguém pode tocar seu instrumento musical em meio às dificuldades, eles também acreditam que podem fazê-lo.



Quando estiver desanimado, nunca desista, pois ainda existe a corda da constância para tentar uma vez mais, dando um passo “mais além” com um enfoque novo. Enquanto tiver a corda da perseverança ou da criatividade, pode continuar a caminhar, encontrando soluções inesperadas. Desperta o Paganini que há dentro de você e avança para vencer.
Vitória é a arte de continuar onde os outros se dão por vencidos. Quando tudo parece desmoronar, se brinde com uma oportuinidade e avance sem parar. Toca a mágica corda da motivação e tire sons virgens que ninguém conhece.

Toca teu violino com as cordas que tens.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

“Buscar a água viva”


- Sem água é impossível haver vida

- A Água é símbolo da vida - está na origem da vida.Se falta água, a vida não progride, não há fecundidade. (Os cientistas procuram sinal de vida passada em Marte porque encontraram sinal de que um dia houve água em abundância em Marte. Não há hoje mais vida em Marte porque toda a água do planeta secou).

- Só 0,4% de toda água no planeta Terra é própria para o consumo humano.

- As áreas desérticas sobre o planeta estão aumentando em ritmo assustador.

- Especialistas afirmam que a água potável está cada vez mais escassa no planeta e que, neste ritmo de destruição do meio ambiente e mutação do clima, a água será cada vez mais rara. Segundo muitos, as próximas grandes guerras no mundo serão disputas entre países por fontes de água potável.

- Por tudo isso a água se tornou símbolo do Espírito Santo e sacramental

“A água. O simbolismo da água é significativo da ação do Espírito Santo no Batismo, pois após a invocação do Espírito Santo ela se torna a sinal sacramental eficaz do novo nascimento: assim como a gestação de nosso primeiro nascimento se operou na água, da mesma forma também a água batismal significa realmente que nosso nascimento para, a vida divina nos é dado no Espírito Santo Mas batizados em um só Espírito” também "bebemos de um só Espírito" (1Cor 12,13): o Espírito é, pois também pessoalmente a água viva que jorra de Cristo crucificado como de sua fonte e que em nós jorra em Vida Eterna.” (CIC 694)



Já no segundo versículo da Bíblia, a água é citada: “... e o Espírito de Deus pairava sobre as águas.” Gn 1,2

“Desde a origem do mundo a água, esta criatura humilde e admirável é a fonte da vida e da fecundidade. A Sagrada Escritura a vê como “incubada” pelo Espírito de Deus” CIC 1218

“Já na origem do mundo, vosso Espírito pairava sobre as águas para que elas concebessem a força de santificar.” (vigília pascal: a bênção da água batismal)

Faltando 4 versículos para terminar a Bíblia, a água é citada de novo: “Aquele que tem sede, venha! E que o homem de boa vontade receba, gratuitamente, da água da vida!” Ap 22,17

Assim como sem água é impossível haver vida orgânica - também sem a água viva do Espírito Santo é impossível haver vida espiritual.

Hoje vemos em diversos lugares a recuperação de terras que antes eram consideradas improdutivas com a irrigação artificial. O moderno Estado de Israel conseguiu verdadeiros milagres no deserto, transportando água do Jordão e fazendo irrigação. Gota a gota a água reaviva a capacidade da terra produzir frutos. A fertilidade da terra, os insumos estavam todos lá, esperando apenas a água para fazer brotar a planta. Assim o coração do homem foi feito por Deus. Nosso coração foi feito pelo amor e para o amor. Para produzir os frutos do Espírito. Mas, sem a água viva do Espírito Santo, todas estas boas possibilidades continuavam somente possibilidades

Efusão do Espírito : romper o lacre, como achar um “olho d’água”. Estava ali o tempo todo, mas não jorrava, não fluía, não atingia as regiões secas, desertas de nossa vida. Até que se rompe as barreiras.

Nascer da água e do Espírito - no nosso batismo recebemos o Espírito Santo. Na efusão do Espírito provocamos, permitimos o fluir livre do Espírito Santo. Vem à tona e manifesta o poder de Deus através dos dons e carismas. Regando o nosso coração antes seco de vida espiritual, faz nascer e crescer a santidade que produz os frutos do Espírito Santo (amor, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança - Gal 5, 22-23). É assim que do deserto brotam abundantes colheitas e de coração antes duros, maus, impuros brotam os frutos da santidade. Os santos foram feitos de irrigações do Espírito Santo.

3 relatos de Jesus no Evangelho de São João, comparando o Espírito à água:

Jo 3, 5 - 10 - Jesus ensina a Nicodemos : Nascer da água e do Espírito

Jo 4, 7 - 18 - Jesus revela à samaritana : o dom de Deus, a água viva, nos leva à mais profunda intimidade de adoração a Deus.

Jo 7, 37 - 39 - Jesus se revela o doador do dom - o batizador: "No último dia, que é o principal dia de festa, estava Jesus de pé e clamava: Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura: Do seu interior manarão rios de água viva. Dizia isso, referindo-se ao Espírito que haviam de receber os que cressem nele, pois ainda não fora dado o Espírito, visto que Jesus ainda não tinha sido glorificado". (Jo 7,37-39)

Pelo poder do Espírito Santo, até nossas dores e sofrimentos mais profundos se tornam fonte de bênçãos. Como? Como um deserto que é irrigado e faz brotar a vida. Assim, nos desertos de nossa existência, o Espírito Santo faz germinar e frutificar bênçãos abundantes. Faça a experiência de orar pedindo a água viva do Espírito Santo em sua vida. Principalmente se você se sente “seco” sem motivações, sem esperança. Do seco, do nada de sua situação, Deus pelo poder do Espírito Santo fará brotar novas fontes de alegria, paz, amor, cura, perdão, amor... vida plena.

Faça esta oração, abaixo, rendendo todo teu ser ao Senhor da Vida:

A TI SENHOR

A Ti, Senhor entrego tudo o que sou. Recebe-me.

A Ti, Senhor, ofereço tudo o que tenho. Aceita-o.

A Ti, Senhor, dou todo o meu ser. Envolve-me.

A Ti, Senhor, ofereço toda a minha vontade. Pega-a.

A Ti, Senhor, submeto-me em obediência. Domina-me.

A Ti, Senhor, abro totalmente o meu coração. Entra nele.

A Ti, Senhor, peco amor. Ama-me.

A Ti, Senhor, elevo a minha alma. Abraça-a. Amém!

terça-feira, 12 de abril de 2011

“Ir além do deserto”


Tome sua Bíblia no livro do Êxodo 3,1 - Moisés teve uma experiência poderosa com Deus depois que rompeu com os limites que seu medo impôs, indo além do deserto até chegar em Horeb, monte de Deus.

Romper limites humanos para andar na fé - para isso é preciso ter objetivos, metas, rumo e direção de Deus, ouvir seu chamado.

Deus não nos criou para a derrota, ou para uma vida medíocre - somos únicos para Deus, nossa resposta ao seu chamado na nossa existência é única, pessoal - somos eleitos entre 250 milhões de possibilidades no ventre de nossa mãe.

- Temos uma impressão digital que ninguém mais tem.

- Temos o desenho da íris de nossos olhos que mais ninguém terá.

- Temos um tom de voz que ninguém, mesmo imitando jamais conseguirá reproduzir identicamente.

- Temos um jeito de caminhar que é único, como uma marca pessoal que só nós temos, cada um de nós caminha de um jeito totalmente diferente dos outros.

Entre nós e Deus e o seu trono de graça há um deserto a ser vencido. Precisa ser vencido. Só vale a pena romper o deserto para se ter um encontro pessoal e definitivo com Deus. Este encontro deve mudar o rumo de nossas vidas

- Moisés fez esta experiência diante da Sarça Ardente.

- Pedro e os apóstolos medrosos tiveram a mesma experiência no Cenáculo, no dia de Pentecostes.

- Paulo, diante de Jesus, no caminho deserto para Damasco, caiu do cavalo e rompeu com seus preconceitos.

Que limites temos posto para a nossa fé não vingar mais plenamente? Humanamente somos limitados, mas existem limites doentios: traumas, medos, complexos, preconceitos, incredulidades, vícios, pecados.

Romper com as cadeias que nos prendem na derrota, na lamúria, nas trevas.

João Paulo II nosso Papa, como voz da Igreja, profeta de Deus gritou : “Duc in altum” , Avencem para águas mais profundas. O que fez Pedro pescar como nunca depois de uma noite de fracasso no trabalho foi este ir além que a fé pede. (Leia em Lucas 5,1-11)

Para vencer o deserto e ir além, até a montanha de Deus é preciso:

1 - Ter o mapa, aquilo que mostra o caminho, ilumina nossos passos: A PALAVRA DE DEUS é esta lâmpada, este mapa.

“Vossa Palavra é um facho que ilumina meus passos e uma luz em meu caminho.” Sl 118,105

“... por causa de tua palavra, lançarei a rede.” Lc 5,5. Pedro poderia ter voltado para casa frustrado por uma noite de sono perdida sem pescar nenhum peixe. Mas ousou acreditar no que Jesus lhe pedia para fazer. Ir mais além, para o fundo do lago e lançar as redes. Pedro, por ter agido conforme o que creu, viu a glória de Deus em sua vida. Mais que peixes que ele pescou, ele próprio foi ‘fisgado’ pelo amor de Deus em Jesus. E sua vida nunca mais foi a mesma...

2 - Ter um alvo, uma meta, um rumo, algo a alcançar. Para vencer o deserto, ter os olhos fixos em Jesus.Leia Mateus 14, 22 – 32. Mais uma vez Pedro, ao caminhar sobre as águas, distrai de Cristo e afunda bem diante de seu mestre e Senhor. O que nos move é a nossa FÉ. “Corramos com perseverança ao combate proposto, com o olhar fixo no autor e consumador de nossa fé, Jesus.” Hb 12,1 - “... prescindindo do passado e atirando-me ao que resta para a frente, persigo o alvo, rumo ao prêmio celeste, ao qual Deus nos chama, em Jesus Cristo.” Fil 3, 13-14

3 - Para atravessar o deserto é preciso estar bem alimentado, fortalecido para as longas caminhadas e enfrentamentos. Precisamos da EUCARISTIA, E DOS OUTROS SACRAMENTOS : 1Rs 19,3ss - Elias caminha um dia de deserto fugindo dos seus inimigos, o que o motiva a andar é quem vem atrás dele (seus inimigos que querem matá-lo) e não quem está à sua frente o esperando (Javé, que o espera em Horeb). Assim ele desiste, e pede a morte (um quadro típico de depressão). Mas um anjo trás do céu a alimento de Deus para a caminhada, o Pão dos fortes (prefiguração da eucaristia) e Elias vence o deserto e chega ao monte de Deus: Horeb, onde tem um encontro poderoso com a glória de Deus (Teofania).

Nesta jornada rumo a Deus não estamos sós nem desamparados. Jesus se oferece nesta peregrinação para nos acompanhar:

a. como Caminho a ser percorrido: “Eu sou a caminho...” Jo 14,6

b. como luz para o caminho: “Eu sou a luz do mundo. quem me segue não andará em trevas.” Jo 8,12

c. como alimento: “Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede.” Jo 6,35

Oremos para romper as fronteiras de nossa incredulidade (se creres verás a Glória de Deus). Vamos derrubar as muralhas de Jericó que impede a passagem para a terra das promessas. Clamemos a Deus que seja nosso alimento, nossa luz, nosso caminho no deserto, nosso companheiro de jornada. Supliquemos a Deus a cura de nossos bloqueios (traumas, medos, paralisias) e vamos dar o passo na fé. Senhor nós cremos mas aumentai a nossa fé!

domingo, 10 de abril de 2011

“Mesmo o enfermo diga: Eu sou guereiro!”


Jesus veio nos converter, mudar nossa vida e destino, nos dar vida em abundância, esperança de vida eterna. A primeira manifestação de Deus a nosso favor, para a nossa salvação foi através de sua palavra.

Se quer mudar sua vida, mude seu discurso. Mas não mude por qualquer palavra que aparente sabedoria. Vá à fonte da verdadeira sabedoria: Deus e sua Palavra Sagrada. Se quer mudar sua vida, mude-a a partir de suas palavras, tendo nos lábios, a Palavra de Deus. Não creia no que os outros dizem de você, mas creia no que Deus diz sobre você. Confesse sua Palavra com confiança. Isto é o que pede o próprio Deus. Colocamos aqui, em diferentes traduções o mesmo versículo do livro de Joel 4, 10:

“aquele que é fraco diga: sou um guerreiro!” (TEB)

“Diga o fraco: sou forte” (SBB)

“O covarde diga a si mesmo: sou valente!” (CNBB)

Diante de Deus, pelo poder de Deus, o fraco é guerreiro, o fraco é forte, o covarde é valente! Pedro, perto de seu mestre e Senhor Jesus, no Horto das Oliveiras, enfrentou sozinho um grupo de soldados do Templo, mas, longe de Jesus, Pedro tremeu diante de uma doméstica da casa de Caifás e negou três vezes o seu amado mestre. Deus e sua Palavra são um só. Sua Palavra, podemos levar para onde formos, nunca se afasta de nós, se não deixarmos. "Mas a justiça que vem da fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? Isto é, para trazer do alto o Cristo; ou: Quem descerá ao abismo? Isto é, para fazer voltar Cristo dentre os mortos. Que diz ela, afinal? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração. Essa é a palavra da fé, que pregamos". (Rm 10,6-8). Um grande exemplo de uma vida transformada pela palavra de poder de Deus vemos a seguir: A história de Gedeão : Jz 6, 1 - 25 (siga os comentários lendo os versículos indicados em sua Bíblia)

v.1 - israelitas pecam contra o Senhor. O início de toda tragédia humana está no pecado do homem.

v.2 - como conseqüência, são vítimas fáceis dos inimigos, ficam com medo, fogem, são roubados

v.6 - Mas, no meio de tudo isso, fazem algo correto, Clamam a Deus

v.7- 10 - Deus faz lembrar a aliança. Mostra o fundo espiritual dos sofrimentos dos israelitas. E mostra que a solução também vem de Deus

v.11-12 - o Anjo diz duas boas novas a Gedeão: 1º: O Senhor está contigo; 2º: Valente guerreiro (assim Deus o vê)

v.13 - Gedeão, incrédulo e medroso questiona a 1ª verdade

v.14 - O Senhor reforça a segunda verdade, declara Gedeão, um guerreiro valente:

v.15 - mais murmurações e incredulidades de Gedeão

v. 16 - mais palavras de ânimo do Senhor

Os 3 primeiros atos de Gedeão:

1º- Levantar um altar de reconciliação adoração, com o Deus Verdadeiro, Javé Shalom (Jz 6,22-24) ver tb. Jo14,27: “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se pertube o vosso coração, nem se atemorize!” Reatar a Paz com nosso Deus.(Renovação das promessas do batismo)

2º- Destruir o altar dos demônios (Jz 6,25) - Remover as palavras impensadas de nossos lábios, mentes e corações. Desligar todos os símbolos com o maligno.

3º- Edificar um altar ao Deus Vedadeiro sobre o antigo e oferecer holocauto ( viver de acordo com o que se diz. Vida nova. Dizer com palavras o que já é verdade pela fé. Vivenciar a fé ) Eu sou o que meu Deus diz que eu sou.

Diga o fraco, sou forte. Esses três passos devem ser os nossos no caminho de viver uma vida nova:

_ Reconciliar-nos com Deus, também através do que sua Palavra nos tem dito e muitas vezes temos negado.

_ Destruir o altar dos demônios, que são as mentiras a nosso respeito, a respeito de Deus e dos outros, que cultuamos e guardamos. È tempo de mudar o discurso.

_ Dar a Deus o que é de Deus, nosso lábios puros, em louvor. Fazer de nossa voz um instrumento de comunhão com a vontade de Deus. Concordar com o que Deus diz de nós.

E já começamos agora: Diga comigo: "Eu sou o que meu Deus diz que eu sou. Sou forte, sou corajoso, sou guerreiro e em Cristo Jesus, meu Senhor e Salvador, sou mais que vencedor, pois, tudo posso naquele que me conforte e fortalece. Com meu Deus, farei proezas. Amém. Aleluia!

“Animados deste espírito de fé, conforme está escrito: Eu cri: por isto falei (salmo 115,1), também nós cremos, e por isso falamos.” 2Cor4,13

“Andamos na fé e não na visão.” 2 Cor 5,7

sábado, 9 de abril de 2011

É hora de se decidir



fomos feitos por amor e para o amor

Fomos feitos por amor e para o amor. Amar é a essência da vida.
Muita gente, porém, pensa que o amor é somente um sentimento e, que brota naturalmente sem que a gente precise fazer nada. Não! Amar é, antes de tudo, um ato de vontade. É necessário querer amar. É preciso tomar a decisão de amar, de expressar amor pelas pessoas com as quais vivemos; de querer envolvê-las com sinais de amor, até mesmo surpreendê-las com as nossas manifestações de amor.

Aqueles que não foram amados, que não receberam amor, que não tiveram um ambiente caloroso de amor; aqueles que não foram envolvidos nesse clima de afeto partilhado, freqüentemente não sabem amar, não sabem expressar amor, não conseguem traduzir o amor em gestos. Não é que não existia amor neles: todos nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus amor. Há amor em nós, em todos nós.

O que essas pessoas não sabem é expressar o amor que há nelas. Não conseguem se manifestar em gestos de amor. Encabulam-se, inibem-se. Amar é resultado de aprendizagem. É preciso aprender a amar. Eles não receberam, não experimentaram, por isso não sabem amar, não sabem expressar amor.
E como se rompe esse círculo vicioso?

Decidindo-se a amar. É preciso que aconteça esse momento em nossa vida: a hora de decidir-se a amar, a manifestar amor em gestos concretos.

A gente aprende a amar amando. Na vida tudo é assim: a criança aprende a andar andando, aprende a falar falando. A gente aprende a cantar cantando, aprende a nadar nadando. Do mesmo modo, a gente só aprende a amar amando.

Mesmo se não tivermos a graça de viver num ambiente de amor, e por isso não aprendemos a amar, a manifestar amor, chega uma hora em que é preciso decidir. Chega o momento de começar a emitir sinais de amor.

É um momento importantíssimo, é uma hora de graça a hora em que a gente decide amar. Repito: amar é uma questão de decisão, é um ato de vontade. Principalmente expressar amor depende da nossa vontade. Começar a fazer gestos concretos de amor é resultado de uma decisão.

A hora é agora. Amar é uma coisa tão importante, é algo tão vital, que você não pode deixar para depois. Por que você não se decide agora? Por que você não toma a decisão de começar a fazer gestos de amor?

Não se assuste! Não se iniba. Não é nada difícil demais! É decidir-se e começar a fazer gestos de amor. Será como a criança que dá seus primeiros passos. É como começar a dizer as primeiras palavras. É assim que se começa. É assim que se aprende a amar. É assim que se rompe uma cadeia de morte, porque a Palavra de Deus diz claramente:
“Sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama permanece na morte” (I Jo 3, 14)
are um momento. Decida-se a amar. Tome uma decisão de começar a fazer atos de amor. Vai ser a mais linda decisão da sua vida.

Não deixe para depois. Faça isso agora. Decida-se a amar! Decida-se a fazer atos concretos de amor! Decida-se!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Qual é a pior tristeza para o ser humano?

Assim como hoje, existiam, no tempo de Jesus, pessoas que ouviram Seus ensinamentos, presenciaram Seus milagres, mas mesmo assim tinham dúvidas. E eram judeus como Ele! Hoje, eles não acreditam que Jesus é, de fato, o Filho de Deus. E continuam esperando a primeira vinda do Messias Salvador, anunciado pelos profetas do Antigo Testamento. Também existem muitos não judeus que não acreditam que Cristo seja o Filho de Deus, nem acreditam em Seu poder. Se você é uma destas pessoas; no Evangelho de hoje Jesus fala diretamente para você!

Jesus cita dois profetas famosos e conhecidos de todos na época: João Batista e Moisés. Os dois vieram para anunciar a vinda do Messias Salvador. Pois bem, Cristo se apresenta como esse Messias! Quem não acreditar nesses dois profetas, também não acreditará no Senhor. Eles dão testemunho d’Ele. Mas o maior testemunho de Jesus é de que o próprio Pai O enviou. Mas quem de vocês já ouviu a voz de Deus? Deus Pai não fala da forma que conhecemos. Ele fala por meio dos milagres que Jesus realizou e realiza ainda hoje a quem Lhe pede.

Mas no Evangelho de hoje, Jesus não se dirige aos desentendidos. Ele se dirige àqueles que estudam a Bíblia, mas que mesmo assim não acreditam que Ele seja o Filho de Deus! E afirma categoricamente: “Mas eu sei que não tendes em vós o amor de Deus.” Ou seja, quem não consegue enxergar os milagres realizados por Cristo como sendo obras de Deus Seu Pai é porque tem o coração endurecido. E num coração endurecido não existe o Amor. E se Deus é Amor, então essa pessoa não tem o Amor de Deus. Essa é a pior tristeza que um ser humano pode ter na vida: a falta do amor, que vem de Deus.

Há uma “sabedoria de Deus, misteriosa e oculta, que, desde antes dos séculos, o Todo-poderoso antecipadamente nos destinou”. Essa sabedoria de Deus é Cristo; Ele é “poder de Deus e sabedoria de Deus”. No Filho, com efeito, “encontram-se escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento”; oculto no mistério, destinado previamente, desde antes dos séculos, Cristo é o que foi predestinado e prefigurado na Lei e nos profetas. Por isso, os profetas tinham o nome de “videntes”; viam Aquele que estava escondido e desconhecido dos outros. Também Abraão “viu o seu dia e rejubilou”. Para Ezequiel, os céus abriram-se, enquanto para o povo pecador estes permaneciam cerrados. “Retirai o véu de cima dos meus olhos, diz Davi, e contemplarei as maravilhas da vossa Lei“. Na verdade, a Lei é espiritual e, para compreendê-la, é preciso que seja “afastado o véu” e que “a glória de Deus seja contemplada de rosto descoberto”.

O Apocalipse mostra-se um livro fechado com sete selos. Quantos homens hoje, que se pretendem instruídos, têm nas mãos um Livro selado! São incapazes de o abrir, a menos que seja aberto por “Aquele que tem a chave de Davi; se Ele o abrir, ninguém o fechará e, se Ele fechar, ninguém o abrirá”. Nos Atos dos Apóstolos, o eunuco lia o profeta Isaías; contudo, ignorava Aquele a quem venerava no livro sem O conhecer. Surge Filipe: mostra-nos o Pai e isso nos basta! Jesus mostra-lhe oculto pela letra: há tanto tempo que estou convosco e não me conheces? Eu e o Pai somos Um.

Compreende, pois, que não podes comprometer-te com as Sagradas Escrituras sem teres um guia que te mostre o caminho. E este guia é a Palavra de Deus. Não espere outros sinais. Em Jesus tu tens tudo o que precisas para ser feliz para sempre. Se ainda tens dúvidas eu mostro-te o Caminho. Hoje, Jesus bate à tua porta e diz: “Venha e siga-me, pois Eu e o Pai somos um. Venha que te mostrarei o caminho que te conduz à Vida Eterna”.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Deus não aceita ser o segundo na nossa vida

por Prof Felipe Aquino

Obedecendo aos Seus Mandamentos o homem será feliz e abençoado

"Amar a Deus sobre todas as coisas"; isto é, "amarás a Iahweh teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua força" (Dt 6,4). Esse amor a Iahweh se manifesta exatamente na obediência aos Mandamentos:

"Andareis em todo o caminho que Iahweh vosso Deus vos ordenou, para que vivais, sendo felizes e prolongando os vossos dias na terra que ides conquistar" (Dt 5,33). E Deus Pai manda que os Seus Mandamentos sejam observados pelos filhos e gravados profundamente no coração:

"Que essas palavras que hoje te ordeno estejam em teu coração! Tú as inculcurás a teus filhos, e deles falarás sentado em tua casa e andando em teu caminho, deitado e de pé. Tu as atarás à tua mão como um sinal, e serão como um frontal ante os teus olhos; tu as escreverás nos umbrais da tua casa, e nas tuas portas" (Dt 6,6s).

São palavras muito fortes que nos mostram, com clareza, que sem a observância dos Mandamentos de Deus ninguém será feliz sobre a terra. Basta olhar toda a miséria do nosso mundo, todas as suas lágrimas e dores, e será fácil constatar por que tudo isso ocorre; simplesmente porque o homem não quer cumprir os Mandamentos de Deus. Aquelas Dez Palavras (cf. Dt 4,13.21), que o Senhor deu a Moisés, escritas com o próprio dedo para significar a Aliança com aquele povo.
Que bom se cada um de nós escrevéssemos essas Dez Palavras no íntimo do coração para jamais esquecê-las!

Quando Deus acabou de proclamar as Suas Leis ao povo, sinal da Aliança, disse-lhes finalmente:

"Vede: hoje estou colocando a bênção e a maldição diante de vós: A bênção, se observardes aos mandamentos de Iahweh vosso Deus que hoje vos ordeno; a maldição, se não obedecerdes aos mandamentos de Iahweh vosso Deus, desviando-vos do caminho que hoje vos ordeno [...]" (Dt 11,26-28).

E as bênçãos que Deus Todo-poderoso promete são abundantes:

"Se, de fato, obedecerdes aos mandamentos que hoje vos ordeno, amando a Iahweh vosso Deus e servindo-o com todo o vosso coração e com toda a vossa alma, darei chuva para a vossa terra no tempo certo: chuvas de outono e de primavera. Poderás assim recolher teu trigo, teu vinho novo e teu óleo; darei erva no campo para o teu rebanho, de modo que poderás comer e ficar saciado" (Dt 11.13-15; Lv 26; Dt 28).

Por outro lado, as maldições pesariam sobre o povo se este fosse infiel a Iahweh, não observando os Seus Mandamentos:

"Contudo, ficai atentos a vós mesmos, para que o vosso coração não se deixe seduzir e não vos desvieis para outros deuses ... não haveria mais chuva e a terra não daria o seu produto; deste modo desapareceríeis rapidamente da boa terra que Iahweh te dá" (Dt 11,16-17). "Porei sobre vós o terror, o definhamento e a febre [...]. Em vão semeareis a vossa semente, porque os vossos inimigos a comerão. Voltar-me-ei contra vós e sereis derrotados pelos vossos inimigos[...]" (Lv 26,14s). E a lista de bênçãos e maldições é longa... Veja Deuteronômio 28. A escolha depende de cada um de nós...

A Moral católica está fundamentada nos Dez Mandamentos; por isso, a grande necessidade de serem observados. Toda a terceira parte do Catecismo da Igreja Católica ensina sobre isso.

A Lei de Deus está registrada nos Mandamentos do Senhor. Sendo obedientes a eles o homem será feliz e abençoado. Santo Agostinho afirma que Deus os escreveu nas duas pedras, porque o homem já não os conseguia ler em seu coração, endurecido pelo pecado.