>

'SE CALAREM AS VOZES DOS PROFETAS AS PEDRAS FALARÃO'








segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A preguiça

Um mau trabalhador é um mau cristão

Após o pecado ter entrado na nossa história, Deus impôs ao homem "a lei severa e redentora do trabalho", como disse o Papa Paulo VI. “Comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de que foste tirado" (Gênesis 3,19a).


Todo trabalho é uma continuação da atividade criadora de Deus. E o Senhor derrama a Sua graça sobre aquele que trabalha com diligência. O trabalho é a sentinela da virtude. Se com humildade oferecemos ao Altíssimo o nosso trabalho, este adquire um valor eterno. Assim, o temporal se transforma em eterno.


A preguiça joga por terra toda essa riqueza. Querer viver sem trabalhar é como desejar a própria maldição nesta vida. São Paulo disse aos tessalonicenses: “Procurai viver com serenidade, trabalhando com vossas mãos, como vo-lo temos recomendado. É assim que vivereis honrosamente em presença dos de fora e não sereis pesados a ninguém” (I Tessalonicenses 4,11-12).


O Talmud dos judeus diz que: “Não ensinar o filho a trabalhar é como ensiná-lo a roubar”. Trabalhando, como homem, Jesus tornou sagrado o trabalho humano e fonte de santificação.


Por isso, o lema de vida de São Bento de Nurcia, nos mosteiros, era: “Ora ET Labora!” (Reza e Trabalha!). Um mau trabalhador é um mau cristão. Um operário displicente é um mau cristão. Da mesma forma, um professor cristão e relapso é um contratestemunho cristão...


O pecado da omissão é fruto da preguiça. É por preguiça que o filho não obedece a seus pais e, muitas vezes, se torna um transviado. Do mesmo modo, é por preguiça que os genitores, muitas vezes, não educam bem os filhos. É por preguiça de algumas mulheres que o trabalho doméstico é, às vezes, malfeito, prejudicando os seus filhos, o esposo e a alegria do lar. É por preguiça de muitos maridos que a casa fica com as lâmpadas queimadas, o chuveiro estragado, a torneira vazando... Assim como é por preguiça que o trabalhador faz o seu serviço de maneira desleixada, prejudicando os outros que dependem dele. É por preguiça que o estudante não estuda as suas lições e se arrasta na sua caminhada e prejudica a sua formação.


Do mesmo modo é por preguiça que o cristão deixa de ir à Santa Missa, de rezar, de conhecer a doutrina da Igreja, de trabalhar na sua comunidade. Há um provérbio chinês que afirma: “Não é a erva daninha que mata a planta, mas a preguiça do agricultor”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário