>

'SE CALAREM AS VOZES DOS PROFETAS AS PEDRAS FALARÃO'








quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A nossa realidade é Deus

por Maria Beatriz Spier Vargas
Secretária-geral do Conselho Nacional da RCCBRASIL


"Caríssimos, não vos perturbeis no fogo da provação, como se vos acontecesse alguma coisa extraordinária. Pelo contrário, alegrai-vos em ser participantes dos sofrimentos de Cristo, para que vos possais alegrar e exultar no dia em que for manifestada sua glória. Que ninguém de vós sofra como homicida , ou ladrão, ou difamador, ou cobiçador do alheio. Se, porém, padecer como cristão, não se envergonhe; pelo contrário, glorifique a Deus por ter este nome. Assim, aqueles que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem as suas almas ao Criador fiel, praticando o bem.” (I Pe 4, 12-13.15-16.19)

Deus Pai nos escolheu em Jesus Cristo antes da criação do mundo e nos selou com o Espírito Santo para podermos viver como filhos seus e fazer resplandecer a sua graça que nos foi concedida por Ele no Bem-Amado.(cf Ef 1). Portanto, a nossa vida é Ele, a nossa realidade é Ele. Não são as circunstâncias da nossa vida, não são a nossa família, ou a nossa profissão, ou as coisas que temos que determinam quem nós somos. Independentemente do que está à nossa volta, do que os outros nos dizem ou das coisas que nos acontecem, nós somos filhos e filhas de Deus, escolhidos pelo Pai, resgatados pelo sangue de Jesus e capacitados pelo Espírito Santo para vivermos a nossa vida dando testemunho de que somos filhos.

Tudo na nossa vida vai passar, a não ser pelo amor que recebemos e o amor que damos o resto é tudo passageiro. Só o amor não passa porque o amor vem de Deus e nós somos dele. Tudo na nossa vida pode mudar, só Deus não muda, Ele é estável, seu amor é sempre igual. Podemos perder tudo, mas não a Ele, Ele é para sempre, Ele é o nosso bem, a nossa riqueza, a nossa única certeza. Diante das dificuldades, dores, sofrimentos e perdas que invariavelmente um dia batem à nossa porta, é bom lembrar: a nossa realidade é Deus, não o que nos acontece.

Diante do sofrimento eminente Jesus disse: “Pai, se for possível afasta de mim este cálice”. Mas, logo em seguida falou: “Contudo não se faça a minha vontade e sim a tua.” Aceitando o que lhe vinha do pai Ele carregou seu calvário até o fim, até poder dizer “Tudo está consumado”. Recentemente, uma pessoa conhecida perdeu o filho jovem em circunstâncias trágicas e ela disse que lembrar de como Jesus aceitou o sofrimento a estava ajudando a carregar o seu. Dizia ainda ter aprendido que é preciso olhar para além do sofrimento e fixar os olhos em Deus. Alguém lhe falou de uma cruz feita com um buraco no meio, para nos lembrar de olhar para além da cruz, como Jesus fez, olhar para o amor de Deus, e não mergulhar no desespero e na dor da perda. Olhar para além da cruz é confiar no amor do Pai e na sua misericórdia, é confiar na sua promessa de que o Espírito Santo estaria eternamente conosco para nos consolar e nos ajudar a bem viver a nossa vida. Quem sofre em Deus, como cristão, fazendo o bem, sempre é consolado. Quem sofre fixando-se na dor e não no amor, conhece o desespero.

Que o Deus da paz conceda a sua paz, que é dinâmica, que realiza coisas nas nossas vidas, a sua paz que tem o poder de curar, para todos o que sofrem, os que estão doentes, os que perderam entes queridos e lhes dê também a capacidade de entender que o seu sofrimento não é vergonha, não é opróbrio, e sim uma oportunidade de testemunhar que são filhos, filhas de Deus.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Namorar com os olhos no futuro


Para evitar surpresas desagradáveis no casamento

Apesar do tempo de convivência entre os namorados, algumas pessoas se sentem inseguras em assumir o compromisso conjugal com quem se dizem apaixonadas.

Hoje, ninguém é obrigado a se casar por troca de dotes ou porque foi prometido pelos pais conforme seus interesses. Tampouco somos obrigados a assumir um compromisso tão sério, simplesmente porque o nome da pessoa foi “revelado” numa simpatia ou porque “sentimos” que esta é a pessoa que Deus nos tinha reservado como esposo (a).

Eu acredito que a vocação ao matrimônio é uma ação de Deus, mas a escolha da pessoa com quem vamos realizar o cumprimento desse chamado depende exclusivamente de nós. Pois, considerando a plena liberdade concedida por Ele a todos, seria uma incoerência considerar que essa liberdade se exclui quando se tratasse da vocação ao casamento.

Antes de fazer qualquer opção, há a necessidade de o casal identificar se o (a) namorado (a) com quem se relaciona o (a) faz feliz na maneira como se vive ainda em tempos de namoro. Para evitar surpresas desagradáveis no casamento, o namoro nos garante um período em que nos empenhamos para descobrir se a pessoa com quem estamos convivendo manifesta sinais de viver um mesmo propósito de uma vida em comum.

Ainda que não tenhamos, neste relacionamento, a certeza de que o (a) namorado (a) será o (a) futuro (a) esposo (a), somos convidados a fazer pequenas renúncias em favor do outro enquanto convivemos.

Para garantir a felicidade almejada, os casais precisam reavaliar seus propósitos, especialmente se percebem que o (a) namorado (a) tem hábitos muito contrários àqueles que consideram importantes para o convívio a dois. Tais como: a espiritualidade ou a completa falta dela; a relutância ao diálogo; a falta de disposição para o trabalho; o descaso com os compromissos ou, em alguns casos, até a falta de cuidados com a higiene pessoal, entre outros. Entretanto, o pior defeito é aquele em que a pessoa não manifesta desejo de viver as adaptações exigidas no relacionamento. Entre elas inclui-se o desinteresse em desenvolver também o hábito da reconquista, pois sabemos que nem somente de beijos e abraços se faz o namoro.

Com os olhos voltados para o futuro do relacionamento, seria um erro alguém se decidir pelo casamento acreditando que depois de casados a pessoa vai viver as mudanças detectadas, as quais precisam ser trabalhadas já nesse tempo.

Alguns namorados assumem o compromisso do casamento, mas insistem em viver tudo aquilo que fazia parte da sua antiga rotina de solteiros. Cedo ou tarde, isso não será fácil de assimilar, pois, na vida conjugal, outras responsabilidades e afazeres vão surgir, exigindo mais atenção e disposição daquele que se mantinha fechado às mudanças.

Se amar é dedicar-se à conquista do outro dia após dia, o casal de namorados precisará aprender a trabalhar também em suas diferenças, assim como nas reivindicações manifestadas pelo outro. Essas e outras adaptações têm como objetivo lapidar aqueles hábitos e/ou comportamento que não agradam ao outro, a fim de que o namoro amadureça. Assim, o casal chegará à conclusão de que aquela pessoa com quem se relaciona traz virtudes que correspondem aos interesses comuns para viver o vínculo do matrimônio.

Temer por ficar solteiro, apegado a comentários a respeito da idade ou coisa parecida ou ainda não falar das coisas que não agradam, simplesmente por medo das reações do outro, não traz crescimento algum para o convívio a dois.

Será um risco para o casamento se o casal, mesmo conhecendo os erros e entraves do namoro, assume, ainda assim, o compromisso conjugal, pois é com essa pessoa – juntamente com todas as suas tendências e vícios que ela traz consigo – que se pretende estabelecer uma família e construir uma vida.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Erguei a minha Cruz sobre os vossos sonhos

“Porque a Deus nenhuma coisa é impossível. Bem aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas” (Lc 1, 37.45).
Sem que houvesse sido planejado dessa forma, a primeira edificação da nossa sede nacional foi a cruz, ao lado da capela de Nossa Senhora de Pentecostes. Isso nos fez lembrar de uma profecia que recebemos: “Erguei a minha cruz sobre os vossos sonhos, a minha cruz que representou a derrota dos sonhos daqueles que pensaram que Eu iria restaurar imediatamente o reino de Israel, que ao me verem morrer na cruz viram morrer também o seu sonho de libertação das mãos do opressor. Estes não entenderam que Eu os libertei sim do verdadeiro opressor. Quando erguerdes a minha cruz sobre os vossos sonhos, o meu sangue lavará e restaurará corações desapontados e descrentes por terem visto tantos de seus sonhos ruírem. Eu lavarei as feridas da mágoa e desapontamento e tristeza profunda no meu sangue redentor. Eu resgatarei a verdade e cancelarei toda a ilusão e mentira a respeito da felicidade. Eu realizarei cura profunda em vosso interior para que volteis a crer e a sonhar.Eu lavarei no meu sangue a vossa visão para que possais ver os bens futuros que lhes preparei. Lavarei também no meu sangue todos os envolvidos, todas as pessoas e circunstâncias das quais dependeis para realizardes vossos sonhos. Eu vos libertarei das amarras da descrença, do fracasso, das palavras de maldição, do fatalismo e vos deixarei livres para sonhar, sem traumas, sem medos, sem nada que os prenda”.

Confirmação: Lucas 1, 37.45: “Porque a Deus nenhuma coisa é impossível. Bem aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas.”
Que cada um ore ao Senhor, perguntando o que significaria erguer a sua cruz sobre seus sonhos. A moção é que erguer a cruz de Jesus é ter uma atitude diferente daquela apregoada pelos valores que o mundo nos oferece. Para uns significará perdoar como Jesus perdoou, para outros será amar até as últimas conseqüências, para outros ainda será entregar-se com toda confiança nas mãos do Pai. Na oração o Senhor haverá de mostrar a cada um de nós o tipo de atitude que demandará de nossa parte para testemunharmos que Jesus Cristo é o nosso Senhor e termos a sua cruz, que é o símbolo de nossa pertença a Ele, erguida sobre nossa vida.
Maria Beatriz Spier Vargas

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Deus conta com os fracos

por Eliana Sá

Jesus disse a Santa Faustina e hoje diz para você: “Contaste muito contigo e pouco Comigo”. Portanto, proclame que a vitória de Jesus já começou a acontecer no seu coração. É preciso contar com o Senhor da misericórdia, quando as pessoas nos perseguem e falam mal de nós, até por nossa culpa mesmo, pois somos pecadores. Mas ninguém tem o direito de falar mal de nós, pois o Senhor nos ama do jeito que nós somos. Não dá para viver esta vida na qual somos continuamente assolados por tentações e provações, que chegam até nós pelas pessoas.

Jesus se entristece quando nos vê vivendo achando que temos forças para suportar o que passamos, pois precisamos contar com Ele. Quando estamos com o coração angustiado, precisamos correr para o coração misericordioso de Jesus, quem se coloca em Seu lado aberto não teme as injustiças, porque ali tem profunda paz e confiança de que tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus.

Precisa da misericórdia de Jesus essa alma pequenina. Está na hora de nós aprendermos que, nós, pecadores, necessitamos da misericórdia de Deus. O mundo necessita do amor misericordioso do Senhor porque este jaz nas trevas dos pecados. Basta assistirmos aos noticiários. Nunca as famílias foram tão atacadas como nos últimos tempos, mas Jesus o chamou aqui para que você possa experimentar e testemunhar o amor misericordioso de Deus.

É preciso testemunhá-lo com atos, ninguém mais aceita apenas as palavras. Antigamente as pessoas apenas davam a palavra, mas hoje não é assim, as pessoas estão descrentes. Se na sua casa você não for o sorriso misericordioso de Jesus e amar do jeito que Ele ama, não adiantará nada. É preciso amar a pessoa, por mais miserável e pecadora que seja, ela tem o direito de receber de você o amor misericordioso de Jesus.

Muitas pessoas da nossa casa não lerão a Palavra de Deus, mas Ele o escolheu para que você fosse a Bíblia que eles lerão.

Neste tempo o Senhor pede que sejamos misericórdia para o mundo. Eu, muitas vezes, penso que Jesus poderia escolher outra pessoa para assumir a frente da propagação dessa devoção na Canção Nova, pois eu sempre estou lutando contra a depressão e não é fácil lutar contra essa enfermidade. Eu só aguento todas as batalhas porque o Senhor colocou a força e a coragem dentro do meu coração. Jesus nunca me dispensou, Ele gosta de contar com os fracos, para confundir os fortes deste mundo. E se assim o Senhor quer, quem eu sou para dizer que não será assim. Não diga que você é fraco para realizar na sua família a obra de misericórdia, porque Deus conta com os fracos.

Eu me sinto muito pequena diante da grandeza de Deus, eu sinto que nada sou, mas eu quero que a misericórdia de Deus apareça e atinja o mundo inteiro. Eu sou fraca, mas Deus gosta de contar comigo.