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'SE CALAREM AS VOZES DOS PROFETAS AS PEDRAS FALARÃO'








sábado, 22 de janeiro de 2011

Dá-me de beber

O mundo está sedento de Deus

"Todo aquele que beber desta água, terá sede de novo; mas quem beber da água que eu darei, nunca mais terá sede, porque a água que eu darei se tornará nele uma fonte de água jorrando para a vida inteira." Jo 4,13-14

Uma vez que se experimentou da água "Jesus", é natural se tornar uma fonte de água que, como Ele, jorrará para a vida inteira. Jesus, a fonte de água viva, quando se aproxima da samaritana, se coloca na condição de um necessitado, de alguém que precisa de água. Mesmo Ele sendo a fonte da água viva, fala "Dá-me de beber".

A humildade de Jesus faz com que algo que não era comum, acontecesse: o diálogo entre uma mulher samaritana e um judeu.

Se colocou na condição de quem precisava de água e assim, fez com que aquela mulher fosse alcançada pela água viva. A sua atitude mostrou a importância de me deixar alcançar pelo outro.

Ele poderia antes de tudo se apresentar como a fonte de água viva. mas pelo contrário, como alguém que precisa Ele diz "Dá-me de beber" se fazendo assim alcançar. Daí a importância de estar atento à necessidade do outro. De muitas vezes, como Jesus, me colocar na condição de quem precisa, me fazendo um com o outro. Não há mérito nenhum em ver e experimentar Jesus, se não me deixo alcançar pelo outro.

Para aqueles que o experimentaram e, assim se tornaram como Ele uma fonte de água viva, é inadmissível não ter a sua atitude. O mundo hoje se encontra como aquela Samaritana, sedento de Deus. Sedento de algo que muitos de nós já experimentamos.

Se com atenção eu olhar a minha volta, verei que existem samaritanas e samaritanos, tão próximos que corro o risco de não percebê-los. Quem hoje é um samaritano para mim? Para quem hoje eu preciso como Jesus dizer "Dá-me de beber" e como Ele me deixar alcançar?

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Deus está chamando você a ser um profeta

O Livro de Gênesis, no capítulo 1, nos diz que, no princípio, Deus criou o céu e a terra. No versículo 26, o Senhor diz: "Façamos o ser humano à nossa imagem e segundo nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, as aves do céu, os animais domésticos, todos os animais selvagens e todos os animais que se movem pelo chão”.

Você já viu Deus face a face? Contemple a fisionomia do Senhor na pessoa que está ao seu lado, porque Ele nos criou à Sua imagem e semelhança. No entanto, o homem caiu na fraqueza do pecado e saiu do paraíso.

Adão e Eva, então, tiveram dois filhos: Caim e Abel. Caim matou Abel. Depois, Adão teve outro filho: Set. E a humanidade começou a crescer, a multiplicar-se. Ela cresceu de tal forma que, no capítulo 6 do Gênesis, vemos: “Quando o ser humano começou a procriar-se sobre o solo da terra e gerou filhas, os filhos de Deus viram que as filhas dos humanos eram bonitas e escolheram as que lhes agradassem como mulheres para si” (Gn 6,1).

O Senhor viu, naquele momento, o quanto havia crescido a maldade das pessoas na terra e como todos os projetos delas tendiam unicamente para o mal.

"Noé, porém, encontrou graça aos olhos do Senhor. Esta é a história de Noé: Noé era homem justo e íntegro entre os contemporâneos e sempre andava com Deus” (Gn 6,8-9). Deus lança a Noé o desafio de construir a arca. Este executou tudo conforme o Senhor havia lhe ordenado.

Amados, Deus destruiu a humanidade, porque ela se perverteu; mas, no meio dela, havia Noé, que era justo e temia ao Senhor. Aconteceu o dilúvio, Noé desceu da arca e a humanidade começou a multiplicar-se de novo.

Deus quer eleger um povo de predileção, querido a Seus olhos; e começa com um homem: Abraão. O Senhor diz a Abrão: “Sai de tua terra, do meio de teus parentes, da casa de teu pai, e vai para a terra que eu te vou mostrar. 2.Farei de ti uma grande nação e te abençoarei: engrandecerei o teu nome, de modo que ele se torne uma bênção” (Gn 12,1). Abrão partiu como o Senhor havia lhe ordenado. Deus chama o homem para perto de Si e dá a ele a graça de realizar propósitos em Seu nome.

Depois de Abraão, há José. No Egito ele se destaca, ganha os favores do faraó e Deus se utiliza de um mal – pois ele [José] havia sido vendido por seus irmãos – para fazer um grande bem. O Senhor o elege para os egípcios e também os pais e irmãos dele. Assim termina o livro do Gênesis.

Deus vai suscitando homens e os coloca à frente do povo para conduzi-lo a tomar posse da terra prometida. Eles ingressam na terra. Chega um dado momento, o povo pede para si juízes. Entre eles Deus escolhe uma juíza: Débora. Suscitada pelo Senhor, ela poupa o povo de uma possível batalha. Assim, os livros bíblicos continuam.

Tempo depois, o Senhor inspirou um garoto chamado Samuel. Este escuta a voz de Deus e começa um novo propósito. E os livros continuam a passar suas páginas e Deus Pai continua a suscitar homens e mulheres que querem dar uma resposta diferente em seu tempo.

Deus hoje está chamado você mulher a ser uma profetisa como Débora. Está chamando você homem a ser um profeta como Moisés. Deus Pai continua elegendo uma geração de profetas e profetisas que, em Seu nome, quer alcançar os corações e chamar um povo para fazer a diferença. Mas Ele exige de nós uma resposta.

Não se coloque à parte, porque você também tem uma vocação. Pergunte a Deus qual é a sua vocação. Precisamos provocá-Lo: “Senhor, o que queres que eu faça?”. Ele vai colocar você no lugar que precisa estar para que lá você faça a diferença. Saia do comum dos homens para dar uma resposta a Deus com urgência. Ele quer vocacioná-lo para que você faça a diferença na sua casa, no seu trabalho, na sua escola.

Levante-se como Noé! Você está comprometido com Deus, pois você foi batizado e recebeu, naquele momento, a vocação de ser santo. Não abra mão disso; faça a diferença. Quando você ouvir ecoar a voz de Deus, peça que Ele abra seus ouvidos.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Deus quer passar uma borracha em nossos pecados

Eu quero convidar você para abrir a Palavra de Deus no Atos dos Apóstolos 3,17-21
“...e ele enviará aquele que vos é destinado: Cristo Jesus. É necessário, porém, que o céu o receba até os tempos da restauração universal, da qual falou Deus outrora pela boca dos seus santos profetas”. Hoje Deus vem falar muito forte para nós sobre o pecado.

“Agora, irmãos, sei que o fizestes por ignorância, como também os vossos chefes”. Nós somos pecadores e até o último minuto da nossa vida nós seremos pecadores. Quantas e quantas vezes nós falhamos com Deus sem a nossa própria vontade. A nossa carne reage contra o Senhor. Estar “desligado” do Senhor é um pecado que tem um retorno, uma resposta, ou seja, tem um perdão. Mas existe também o pecado premeditado, arquitetado, e para que ele seja perdoado será necessária uma luta muito grande, pois você atinge [por meio dele] não somente ao irmão, mas diretamente a Deus.

Existem também os pecados cometidos por ignorância. Nós precisamos saber quais são eles em nossa vida e por que os cometemos. O pecado é a causa da infelicidade dos homens, separando-os de Deus, que é nossa fonte de harmonia e de bem-estar. Precisamos de arrependimento, pois existe o pecado cometido por ignorância e o pecado arrogante, premeditado, que acaba nos levando à condenação.

Padre Léo dizia em suas pregações: “O único tribunal onde você é absolvido, embora confessando a própria culpa, é a confissão”. Deus quer passar uma borracha em nossos pecados. Qual é o pecado que hoje você tem para colocar nas mãos de Jesus? Quando precisarmos pedir perdão a Deus devemos pedir que Ele apague este pecado dentro de nós.

“Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos para serem apagados os vossos pecados”. Eu preciso apagar o pecado que está em mim, o pecado que me leva à tristeza, ao desânimo, os quais me fazem perder o sentido da vida. Não existe o sentido da perda da própria vida se por detrás disso não houver um pecado. Deus está lhe pedindo que hoje você coloque nas mãos d'Ele tudo aquilo que o maltrata. E saiba que não é o seu vizinho nem seu parente que o maltratam, mas sim, o pecado. Ele é o que nos maltrata!

É preciso conversão. A radicalidade vem de Jesus. Precisamos, a cada dia mais, estar com Deus, reconhecer as ações do Senhor em nossa vida. Até o ponto de reconhecermos que sem Deus não somos nada! Se você primeiramente não enxergar as próprias fraquezas, não conseguirá reconhecer os próprios pecados.

“Virão, assim, da parte do Senhor os tempos de refrigério, e ele enviará aquele que vos é destinado: Cristo Jesus. É necessário, porém, que o céu o receba até os tempos da restauração universal, da qual falou Deus outrora pela boca dos seus santos profetas”. O tempo do meu refrigério chegará quando eu estiver no céu. A minha grande luta não é para ter isso ou aquilo, mas sim para ter o céu! Temos que carregar a nossa cruz. Como será bom chegarmos ao céu e poder mostrar a Jesus o nosso ombro ferido, arrebentado por causa do peso da cruz que carregamos com coragem. Cristo está esperando a cada um de nós no céu. E Ele sabe que somos pecadores. Mas que estes nossos pecados não sejam premeditados, os quais nos levam à condenação, porque esperamos ardentemente o céu.


Wellington Silva Jardim (Eto)
Administrador da Fundação João Paulo II

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Novelas: ver ou não ver?

Que valores as novelas têm passado para nossas famílias?

"Deus nos quer livres. Jesus veio para nos libertar. O homem é senhor das suas escolhas".

Não podemos permitir que nada nos escravize. O dicionário diz que alienação é passar a outro a posse do que nos pertence. Se formos sinceros vamos concluir que, em questão de televisão, podemos viver muito facilmente uma alienação: não estamos sendo os comandantes; passamos o comando à televisão.

Estamos sendo comandados, teleguiados e até escravizados. Não somos senhores do nosso tempo, das nossas energias, faculdades e sentidos: entregamos tudo isso, gratuitamente, às mãos da televisão. Somos dominados; e não Filhos de Deus, livres. É bem capaz que você já esteja pensando que estou exagerando, que estou sendo radical, reduzindo tudo à televisão. Não estou! Tenho a certeza que não estou! Pelo positivo que vou lhe apresentar agora você vai perceber que não estou.

A televisão é um meio e é assim que ela deve ser usada. Veja bem: usada. O instrumento e o meio é ela. Nós precisamos ser os senhores. Devemos ser livres diante dela. Ela é, e só deve ser um instrumento a nosso serviço; a serviço da nossa formação, do nosso amadurecimento como pessoas que são filhas de Deus. A serviço daquilo que somos: homens e mulheres de Deus.


Portanto, nunca alienados. Digo isso porque temos que ter discernimento diante das novelas que assistimos. Precisamos nos questionar: Em que as novelas têm colaborado na formação do homem novo da mulher nova que está dentro de mim? Que valores as novelas têm passado para nossas famílias? Qual a influência que ela tem deixado em nós?

Quando era mais jovem fui viciada em ver novelas. Tornei-me uma adolescente triste e com a cabeça cheia de fantasias. Minha imaginação queria transformar em realidade o que assistia nas novelas. Tornei-me frustrada e infeliz. A vida real não era igual às novelas. Só depois que comecei a fazer as escolhas certas é que tomei consciência de que eu era comandada pelas novelas.

Os atores das novelas representam bem: são verdadeiros artistas. A atuação deles é impressionante. A nossa técnica no Brasil é muito mais avançada: certamente das melhores do mundo. O enredo e a trama das novelas são muito bem "bolados". Atraem, prendem e seguram. Mas não podemos ser ingênuos em não querer ver que o conteúdo de muitíssimas novelas é nocivo. Além daquilo que se mostra, há toda uma intenção que não se mostra, mas que é real.

Não podemos ser ingênuos, e então sermos inconseqüentes. Novela não tem mais lugar na minha vida!

Vera Lúcia Reis - Teóloga Canção Nova

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A preguiça

Um mau trabalhador é um mau cristão

Após o pecado ter entrado na nossa história, Deus impôs ao homem "a lei severa e redentora do trabalho", como disse o Papa Paulo VI. “Comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de que foste tirado" (Gênesis 3,19a).


Todo trabalho é uma continuação da atividade criadora de Deus. E o Senhor derrama a Sua graça sobre aquele que trabalha com diligência. O trabalho é a sentinela da virtude. Se com humildade oferecemos ao Altíssimo o nosso trabalho, este adquire um valor eterno. Assim, o temporal se transforma em eterno.


A preguiça joga por terra toda essa riqueza. Querer viver sem trabalhar é como desejar a própria maldição nesta vida. São Paulo disse aos tessalonicenses: “Procurai viver com serenidade, trabalhando com vossas mãos, como vo-lo temos recomendado. É assim que vivereis honrosamente em presença dos de fora e não sereis pesados a ninguém” (I Tessalonicenses 4,11-12).


O Talmud dos judeus diz que: “Não ensinar o filho a trabalhar é como ensiná-lo a roubar”. Trabalhando, como homem, Jesus tornou sagrado o trabalho humano e fonte de santificação.


Por isso, o lema de vida de São Bento de Nurcia, nos mosteiros, era: “Ora ET Labora!” (Reza e Trabalha!). Um mau trabalhador é um mau cristão. Um operário displicente é um mau cristão. Da mesma forma, um professor cristão e relapso é um contratestemunho cristão...


O pecado da omissão é fruto da preguiça. É por preguiça que o filho não obedece a seus pais e, muitas vezes, se torna um transviado. Do mesmo modo, é por preguiça que os genitores, muitas vezes, não educam bem os filhos. É por preguiça de algumas mulheres que o trabalho doméstico é, às vezes, malfeito, prejudicando os seus filhos, o esposo e a alegria do lar. É por preguiça de muitos maridos que a casa fica com as lâmpadas queimadas, o chuveiro estragado, a torneira vazando... Assim como é por preguiça que o trabalhador faz o seu serviço de maneira desleixada, prejudicando os outros que dependem dele. É por preguiça que o estudante não estuda as suas lições e se arrasta na sua caminhada e prejudica a sua formação.


Do mesmo modo é por preguiça que o cristão deixa de ir à Santa Missa, de rezar, de conhecer a doutrina da Igreja, de trabalhar na sua comunidade. Há um provérbio chinês que afirma: “Não é a erva daninha que mata a planta, mas a preguiça do agricultor”.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Viver bem a reconciliação

No mundo moderno as pessoas são conduzidas a serem máquinas, que só trabalham e se preocupam com o futuro, e por isso, não têm tempo para pensar em si mesmas, em suas escolhas e em seu proceder para viver bem com os outros. Consequentemente, elas vivem angustiadas, deprimidas, infelizes, doentes e dilaceradas.

Jesus disse ao Pai: "O mundo os odeia, porque eles não são do mundo, como também eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas sim que os preserves do mal" (Jo 17, 14-15). Cristo deu-nos uma orientação para viver bem a nossa vida.

Aquele que vive de acordo com a mentalidade do mundo está mais exposto ao mal. Também vive uma divisão total, em si mesmo e com as pessoas. O egoísmo, a ganância, o individualismo, o orgulho, a vaidade e o desamor imperam em sua vida.

Jesus continua nos ensinando como viver bem: "Dei-lhes a glória que me deste, para que sejam um, como nós somos um: Eu neles e Tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade, e o mundo reconheça que me enviaste e os amaste como amaste a mim" (Jo 17, 22-23).

Deus nos conduz a sermos perfeitos na unidade com Ele, com nós mesmos, com o próximo e com o mundo. Como viver esta verdade? Quero refletir com você sobre um dos segredos para sermos perfeitos na unidade: a reconciliação.

Em primeiro lugar, somente quem está em harmonia consigo mesmo é capaz de se reconciliar com as pessoas que estão ao seu lado. Aquele que está dilacerado interiormente, também dilacerá as pessoas que o cercam. Até nós cristãos, muitas vezes, gostaríamos de perdoar os nossos semelhantes, mas não conseguimos. Geralmente, isso ocorre porque ignoramos os nossos sentimentos de raiva, ressentimento e aborrecimento em relação à pessoa que nos magoou. Esses sentimentos ignorados enraizam-se em nosso interior e nos impedem de viver a reconciliação. Sobretudo, reconciliar-se significa esclarecer os sentimentos, expressá-los sem ofender e agredir o outro, sem querer saber quem tem razão, e também sem se justicar. Em qualquer comunidade, quando os conflitos e as diferenças são colocadas "embaixo do tapete" aparecem as divisões e as dificuldades para viverem unidas no mesmo propósito. Aí surgem perturbações na comunidade, as pessoas não confiam mais umas nas outras e se tornam apáticas em relação ao que os outros vivem.

A reconciliação é importante para recomeçar um casamento, uma amizade, um relacionamento entre irmãos e para viver a unidade com Deus, consigo mesmo, com os outros e entre os povos.

Que Deus nos abençoe para que sejamos um entre nós e com o Pai e o Filho. Amém!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Superando as decepções

Você tem duas opções diante de tudo...

Decepções pequenas...

Decepções grandes...

Decepções profundas...

Independentemente do grau ou do tamanho, decepções são sempre decepções. E só quem vive pode calcular o quanto elas doem e deixam marcas!

Marcas para sempre?

Talvez sim, talvez não. Tudo depende da forma como eu reajo; depende da “SUPERAÇÃO”.

E como superar?

Quero testemunhar que quando sofri o término de um noivado, após mais de três anos de relacionamento, parecia que todos os meus sonhos haviam caído por terra.

Na minha limitação humana, me decepcionei com a pessoa, comigo mesma e com Deus. Claro que Deus não tem culpa alguma, mas ali, naquela hora, fiquei muito triste com Ele.

Impressionantes a bondade e a misericórdia do Senhor!

Mesmo decepcionada, questionando o porquê daquele término, Ele me concede a graça de pensar o seguinte:

– Você tem duas opções diante de tudo isso: – Ou você se entrega a essa decepção profunda, entra em estado de desânimo e depois de depressão – pois todos até entenderiam, afinal não é fácil – ou você SUPERA, reage, levantando a cabeça e enfrentando cada momento...

Após refletir sobre as duas possibilidades, mesmo sem ter forças para decidir qualquer coisa, só consegui dizer: "Me ajuda, Senhor! Não quero me entregar a esses sentimentos ruins que tentam me atacar; fazendo com que eu me revolte contra o Senhor. Ajuda-me, Deus!"

Custou-me muito essa decisão; mas quando reagimos por mais que seja difícil no início, o que nos consola é saber que demos tudo de nós, fizemos nossa parte e contamos com a ajuda de Deus. Se alimentamos nossas decepções sem buscar orientação e cura, elas ficarão em nós para sempre nos atormentando. Mas quando buscamos ajuda, acontece o contrário: somos libertos.

Sofri muito, mas hoje, após tantos anos já passados, tenho orgulho de dizer que estou firme em Deus e ajudando muita gente a se levantar.

E o mais lindo foi perceber que quando Deus permite que o rumo da nossa vida seja mudado, por meio de uma dor, de uma perda, de um rompimento, causando-nos grande sofrimento, é porque Ele vê além, sabe o porquê de ter de fazer aquilo.

Só hoje entendo isso e agradeço ao Senhor por essa intervenção. Se ela não tivesse acontecido, não chegaria ao que estava reservado a mim.

Que bênção! Quantos frutos colhi por ter SUPERADO e buscado ajuda em Deus!

Por isso, não se revolte! Enfrente o que você vive em Deus e com Deus. Seja fiel e o Senhor o recompensará. Seu sofrimento não é em vão.

O Senhor o convida agora a uma "SUPER-AÇÃO": Levante desta decepção e reaja! Deixe Deus ajudar você! Abra o seu coração, porque Ele quer curá-lo e abençoá-lo. Entregue todas as suas decepções para Ele. Saia de si e não se feche.

Aproveite essa situação como um impulso para a vitória que está por vir. Sim, ela virá, assim como tem vindo na minha vida. E eu proclamo que ela virá na sua também. Amém?

Então, tome posse!

Deus nos abençoe!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Chamados à santidade

Desde a Antiga Aliança, realizada através dos Patriarcas, Deus chama o povo à santidade:
'Eu sou o Senhor que vos tirou do Egito para ser o vosso Deus. Sereis santos porque Eu sou Santo' (Lv 1,44-45). O desígnio de Deus é claro: uma vez que fomos criados à sua 'imagem e semelhança' (Gen 1,26), e Ele é Santo, nós temos que ser santos também. O Senhor não deixa por menos. A medida e a essência dessa santidade é o próprio Deus. São Pedro repete esta ordem dada ao povo no deserto, em sua primeira carta, convocando os cristãos a imitarem a santidade de Deus:

'A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos, em todas as vossas ações, pois está escrito: Sede santos, porque eu sou santo' (1Pe 1,15-16).

S.Pedro exige dos fieis que 'todas as vossas ações' espelhem esta santidade de Deus, já que 'vós sois, uma raça escolhida, um sacerdócio régio, uma nação santa, um povo adquirido para Deus, a fim de que publiqueis o poder daquele que das trevas vos chamou à sua luz maravilhosa' (1Pe 2,9). Para São Pedro a vida de santidade era uma imediata conseqüência de um povo que ele chamava de 'quais outras pedras vivas... materiais deste edifício espiritual, um sacerdócio santo' (1Pe 2,5).

Neste sentido exortava os cristãos do seu tempo a romper com a vida carnal: 'luxúrias, concupiscências, embriagues, orgias, bebedeiras e criminosas idolatrias' (1Pe 4,3), vivendo na caridade, já que esta 'cobre a multidão dos pecados' (1Pe 4,8).

Jesus, no Sermão da Montanha chama os discípulos à perfeição do Pai:
'Sede perfeitos assim como o vosso Pai celeste é perfeito' (Mt 5,48). Essas palavras fazem eco ao que Deus já tinha ordenado ao povo no deserto: 'Sede santos, porque eu sou santo' (Lv 11,44). Jesus falava da bondade do Pai, que ama não só os bons, mas também os maus, e que 'faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos' (Mt 5,45). Jesus pergunta aos discípulos: 'Se amais somente os que vos amam, que recompensa tereis ?' (46). Para o Senhor, ser perfeito como o Pai celeste, é amar também os inimigos, os que não nos amam. 'Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos perseguem e vos maltratam'(44). E mais ainda: 'Não resistais ao mau. Se alguém te ferir a face direita, oferece-lhe também a outra' (39).

Sem dúvida não é fácil viver essa grande exigência que Jesus nos faz, mas é por isso mesmo que ao cumpri-la vamos nos tornando santos, perfeitos, como o Pai celeste.

Todo o Sermão da Montanha, que São Mateus relata nos capítulos 5,6 e 7, apresenta-nos o verdadeiro código da santidade. É como dizem os teólogos, a 'Constituição do Reino de Deus'. Santo Agostinho nos assegura que:
'Aquele que quiser meditar com piedade e perspicácia o Sermão que nosso Senhor pronunciou no Monte, tal como o lemos no Evangelho de São Mateus, aí encontrará, sem sombra de dúvida, a carta magna da vida cristã' (CIC, Nº 1966).

É por isso que na festa de todos os santos a Igreja nos faz ler no Evangelho, as Bem aventuranças, que são o início, e como que o resumo, de todo o Sermão do Monte.

É importante perceber que São Paulo começa quase todas as suas cartas lembrando os cristãos do seu tempo de que são chamados à santidade. Aos romanos, logo no início, ele se dirige dizendo: 'a todos os que estão em Roma, queridos de Deus, chamados a serem santos... ' (Rom 1,7). Aos coríntios ele repete: 'à Igreja de Deus que está em Corinto, aos fiéis santificados em Cristo Jesus chamados à santidade com todos...' (1Cor 1,2). Aos efésios ele lembra, logo no início, que o Pai nos escolheu em Cristo 'antes da criação do mundo para sermos santos e irrepreensíveis diante de seus olhos' (Ef 1,5). Aos filipenses ele pede que: 'o discernimento das coisas úteis vos torne puros e irrepreensíveis para o dia de Cristo' (Fil 1,10).

'Fazei todas as coisas sem hesitações e murmurações a fim de serdes irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus íntegros no meio de uma geração má e perversa' (Fil 2,14) .

Para o Apóstolo a santidade é a grande vocação do cristão. Ele diz aos efésios:
'Exorto-vos pois (...) que leveis uma vida digna da vocação a qual fostes chamados, com toda humildade, mansidão e paciência' (Ef 4,1). De maneira mais clara ainda ele fala aos tessalonicenses sobre o que Deus quer de nós:
'Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação; que eviteis a impureza; que cada um de vós saiba possuir o seu corpo em santificação e honestidade, sem se deixar levar pelas paixões desregradas como fazem os pagãos que não conhecem a Deus'

(1 Tess 4,3-5).

Aos cristãos de Corinto, Paulo volta a insistir na sua segunda carta:
'Purifiquemo-nos de toda a imundice da carne e do espírito realizando a obra de nossa santificação no temor de Deus' (2 Cor 7,1). Para o Apóstolo a santificação de cada um é como a realização de uma obra muito importante.

E também a carta aos Hebreus, escrita por São Paulo ou algum dos seus discípulos, nos manda procurar a santidade:
'Procurai a paz com todos e ao mesmo tempo a santidade, sem a qual ninguém pode ver o Senhor' (Heb 12,14).

Todas essas passagens da Sagrada Escritura, e muitas outras, deixam claro a nossa vocação para uma vida de santidade. Santa Teresa de Ávila afirma que: 'O demônio faz tudo para nos parecer um orgulho o querer imitar os santos'. A santidade ainda não é um fim, mas o meio de voltarmos a ser 'imagem e semelhança' de Deus, conforme saímos de suas mãos.

São Paulo ensina na carta aos romanos que Deus nos quer como autênticas imagens de Jesus:
'Os que ele distinguiu de antemão , também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que este seja o primogênito entre uma multidão de irmãos'(Rom 8,29).

A santificação, portanto, consiste em cada cristão se transformar numa cópia viva de Jesus, 'um outro cristo' como diziam os santos Padres.

Quando a imagem de Jesus estiver formada em nossa alma, então teremos chegado à meta que Deus nos propõe. É aquele estado de vida que levou, por exemplo, São Paulo a exclamar: 'Eu vivo, mas já não sou mais eu, é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus' (Gal 2,20).

Jesus sofreu toda a sua Paixão e Morte para que recuperássemos diante do Pai a santidade. É o que o Apóstolo nos ensina: 'Eis que agora Ele vos reconciliou pela morte de seu corpo humano, para que vos possais apresentar santos, imaculados, irrepreensíveis aos olhos do Pai' (Col 1,22).

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ser santo é ser humano

Muitos pensam que para ser santo é necessário deixar de ser gente

Santificar-se é descobrir que o projeto de santidade ocorre com a ajuda do Espírito Santo, que move as diferentes pessoas nos diferentes tempos e faz uma obra maravilhosa. Move-nos em um movimento de felicidade. Porque ser santo é ser feliz.

A santidade é feita de momentos, do agora, de oportunidades, de encontros. Ao ler este artigo, você estará traçando um projeto de felicidade, pois poderia estar agora envolvido em outras mil e um coisas, mas está aqui diante desta página confrontando-se com estas palavras.

O Espírito Santo plasma em nós a todo momento uma atitude santa. Uma atitude beata (beato=feliz).

Não negligencie a felicidade que Deus lhe concede. Felicidade é santidade. E não se trata de uma felicidade passageira, uma felicidade “fast food”. Ela não é rápida como a internet de banda larga, mas compõe um projeto de continuidade, de começos, meios e fins.

Infelizmente, muitos pensam que para ser santo é necessário deixar de ser gente e esquecer que a vida é um projeto de bem-aventuranças (felicidade). Ser santo é ser gente na plenitude. É ser humano em tudo aquilo que comporta a palavra “humano”.

Jesus sempre fez este processo de humanização com as pessoas, fazendo-as tomarem posse de si mesmas e, assim, levando-as a se disporem. Ser pessoa não é só completar o que somos e temos de melhor, mas descobrir e cultivar o que temos de melhor para o benefício de outros. Isso é santidade. Santidade é ser melhor e não apenas “o melhor”.

Quer saber como ser santo? Faça bem todas as coisas. Leve Jesus para todos os lugares. Convide-O para estar em todos esses lugares. Santidade não é fuga do mundo, mas transformação deste mundo. É saber que podemos deixar marcas de céu na vida de todos aqueles que estão ao nosso redor. Isso é ser santo. Fazer bem todas as coisas e amar. Este é o segredo da santidade, a verdade de uma humanidade que vive na plenitude. O amor é tudo o que as pessoas procuram.

Não podemos desperdiçar nossa juventude. Devemos vivê-la intensamente, apostando tudo em Jesus e sendo gente, humanos. Sempre com a certeza de que é possível ser santo de calças jeans.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

"Viemos para Adorar o Senhor"

Epifania quer dizer manifestação do senhor, revelação da salvação para todos os povos. Jesus nasceu judeu, vive entre nós cristãos, mas veio para a humanidade inteira. Os magos que foram adorá-lo são pagãos admitidos à mesma promessa de salvação. “Viemos para adorar o Senhor”. Os presentes revelam a personalidade e a missão de Jesus, quem Ele é e o que veio fazer. O ouro aponta Jesus como Rei universal; o incenso, como Deus, “suba até vós Senhor, minha oração como incenso”. A mirra, planta que servia para fazer bálsamos para o corpo sofrido, pois ele é Rei e Deus pelo amor e pelo serviço sem reservas até a morte. A estrela é o sinal de que toda a criação o reconhecia como Deus e o aponta como o único caminho para a salvação. Jesus, nossa luz, sejam como esta estrela que o apontem para a humanidade ou leve a humanidade até Ele, para que o conheça e o adore, proclamando o senhorio de Jesus em suas vidas: JESUS É O MEU REI E SENHOR!

Vamos cantar com os reis magos e adorar o Senhor:

“Adorado, bendito em todo viver / exaltado em Teu corpo e Teu Sangue.Majestade supremo e bom Senhor / para Ti o meu canto, para Ti todo o meu louvor”.

“Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra”. (Cf. Mateus 2, 1-12)

Celebrando esta festa, eu abri meu coração, que é o meu cofre e apresentei para Jesus os meus presentes, meus tesouros, que reconheço foi Deus mesmo que me deu. Minha vida, dom maior, minha vocação, dom de serviço, minha felicidade, que é ser de Deus, consagrado a Deus para os outros, feito para os outros. Mas, indo mais ao concreto descobrir que eu tenho muito mais a agradecer, louvar e bendizer a Deus do que pedir. Preciso fazer da minha vida um verdadeiro louvor e adoração, pois mesmo passando por sofrimento e dificuldades, tenho muitos motivos para louvar e agradecer e dar a Deus o devido louvor. Renunciar a oração de lamuria, que é a murmuração, oração ao encardido, como dizia o Pe Léo. E apresentar ao mundo o que tenho de melhor, os meus presentes, meus tesouros.

Quero apresentar a Jesus meu Senhor e Rei em primeiro lugar minha família, meus irmãos e sobrinhos, cunhados e cunhadas, tios e tias, primos, pois ela é para mim um porto seguro, minha referência, lugar que Deus me deu como missão. Abrindo o cofre do meu coração ofereço minha comunidade, que é a Canção Nova, meu lugar na Igreja, meu campo de missão, minha segunda família. Nela tenho a oportunidade de ser santo, formado e poder tocar em muitos pais, irmãos, o cêntuplo que o evangelho fala. A minha mirra são meus amigos, meu balsamo, meu conforto, onde posso morrer o meu homem velho, para nascer um homem novo. Reconheço neles a amizade de Deus, é um presente que eu desejo para toda pessoa. Amizade é elixir de longa vida, quem a encontrou descobriu um tesouro, diz o Eclesiástico cap. 6. Amizade verdadeira é sinônimo de felicidade!

Muitos caminhos e falsas estrelas têm tentado guiar o nosso povo, não se deixe enganar pelos Herodes da vida, que dissimulam à verdade querendo destruir a sua esperança e matando a vida entre nós. Só existe um caminho para verdadeira adoração, o caminho que conduz à Belém. Vamos hoje reconhecer diante do Senhor que se manifesta no seu infinito amor por mim e por você, que temos muitos motivos para louvar e agradecer, que apesar de sermos pequenos temos muitos presentes que podemos oferecer a Deus e ser para os nossos irmãos uma luz que conduz para JESUS!

“É Teu este momento de adoração / Não tenho nem palavras para te ofertar,Do brilho desta luz que vem do Teu olhar / Encontro meu abrigo meu lugar.E quando estamos juntos entre nós estás / passando em nosso meio a nos abençoar,E tocas com ternura com a Tua mão / a cada um que abre o coração.

“Minhas mãos se elevam minha voz de louva / o meu ser se alegra quando estou em tua presença Senhor”. (2x)

Oração: Ó Deus, que hoje revelastes o vosso filho às nações, guiando-as pala estrela, concedei aos vossos servos, que já vos conhecem pela fé, contemplar-vos um dia face a face no céu. Por nosso Senhor Jesus Cristo na unidade do Espírito santo. Amém

O caminho dos reis magos é o caminho que estamos fazendo aqui na terra.
"Viemos para Adorar

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

De onde vem o desânimo?


por Pe. Jonas Abib

Desarme esta "bomba" na sua vida, enquanto é tempo

Se você abafar uma vela com um copo, o que acontecerá? Imagine. A chama se apagará em poucos segundos, porque faltará oxigênio. Você não pode se cobrir de justificativas lúcidas, porém negativistas. Com você acontece o mesmo que com a vela: você tem o combustível, a cera de qualidade, o melhor, mas, infelizmente, o desânimo se instalou e o abafou. Muitas pessoas estão com a chama apagada. Com a alma morta. Entregaram-se ao conformismo. Instalaram-se no desânimo. Como resultado: ficaram tristes, abatidas, deprimidas.

E o que é alguém desanimado? A palavra já diz bem: "des-animado". É como se a

pessoa estivesse sem alma. A chama se apagou. A palavra desanimar vem da negação de "animare", que significa “dar alma”, vida, movimento, coragem,

entusiasmo, vivacidade.

Com certeza, você jamais venderia sua alma, nem ficaria sem ela. Ninguém quer ficar desanimado.

Corpo, alma e espírito formam um conjunto muito interligado. A doença da alma contagia o espírito e, conseqüentemente, faz surgirem doenças no corpo: dores de cabeça, na coluna, no pescoço, nas pernas, insônia, pressão alta, problemas de coração, bronquite asmática... E vêm os remédios... Tudo por causa de uma doença da alma chamada desânimo; e todos pensam ser algo pessoal: “Mas, como não vou desanimar diante de fatos tão concretos que tenho vivido?”

Pelo contrário, diante dos problemas você precisa ter muito mais ânimo ainda.

Hoje, você fica sabendo que o desânimo é uma arma terrível de autodestruição. Mesmo que você já o saiba e que isso pareça absolutamente óbvio, hoje lhe é revelado.


Assim como as fotos que você “bateu” no aniversário de alguém. Você sabe o que está ali, mas hoje elas são reveladas.

Mas de onde vem o desânimo?

Parece tão óbvio. Todos dizem que problemas é que trazem o desânimo. Já experimentaram demais isso.

Problemas trazem desânimo. Essa é a afirmação mais comum.Mas será isso mesmo?

De onde vem o desânimo que os problemas trazem? Para que você compreenda, vou lhe contar uma história:

O diabo resolveu vender os instrumentos que usava para perder as pessoas. E fez uma enorme exposição com todos os instrumentos que costumava usar. Eram grandes ferramentas como: ódio, violência, bebedeira, corrupção, prostituição, tráfico de drogas, de armas, ofensas a pureza das pessoas... Enfim, lá estavam todos os seus instrumentos à venda.

Porém, havia um instrumento separado de todos os outros e, apesar de velho e gasto, o seu valor era equivalente ao preço de todos os outros objetos juntos. Havia uma enorme curiosidade a respeito daquele objeto. Por que era tão caro? E o diabo lhes respondia: “Compre e você verá o que é”.

Devido ao custo ninguém o comprou e o diabo voltou a usá-lo, reconquistando tudo o que tinha vendido e muito mais. O instrumento surrado e dispendioso que ninguém comprou chamava-se Desânimo.

E o diabo explicou: “Só venderia por um alto preço porque me foi sempre muito útil. Se uso a droga, a violência ou a prostituição, logo a pessoa me reconhece e sabe que o instrumento é meu. Mas o Desânimo não. As pessoas pensam ser algo de sua própria personalidade ou do seu temperamento. Acham que têm o direito de ficar desanimadas por causa dos problemas”.

E acrescentou: “Quando lhes dou a arma do desânimo, desanimadas, desfalecidas, faço qualquer coisa com elas. Elas acham que já possuem uma boa justificativa para sofrer e não reagem, pois, afinal de contas... Deus quis assim”.

Talvez você tenha sido vítima dessa ferramenta infernal e até pensava que diante dos fatos tinha o direito de ficar assim. E, desanimado, dizia, mesmo redundante: “Como não ficar desanimado diante desta situação?”


Se você não falou, certamente pensou. Graças a Deus, o diabo acabou entregando o jogo. Diante dessa historinha tão simples, mas tão reveladora é preciso tomar uma decisão: Desânimo, nunca mais!

Quantas pessoas caíram no desânimo, diante de problemas no casamento, problemas com os filhos, desemprego, falta de dinheiro e até por causa das enfermidades?

Quanta gente se destruiu por causa do DESÂNIMO. Ele pega fácil como resfriado. Por isso é preciso reagir imediatamente. O desânimo pode pegar você, mas você não pode deixar que ele se instale.

Do contrário acontece como o resfriado. Se a gente se descuida, ele se instala e se transforma numa gripe, numa pneumonia... É um desatre. Com o desânimo, o desastre é ainda maior.

Assim que você sentir os primeiros sintomas de desânimo, combata-o imediatamente com tenacidade. Não o deixe se instalar. É um perigo muito grande.

Repito: o desânimo destruiu a muitos. Desarme esta bomba na sua vida enquanto é tempo. Levante esta bandeira: Desânimo, nunca mais! Aconteça o que acontecer...

Sejam quais forem os problemas... Mesmo que eu não veja nenhuma possibilidade de

solução... O desânimo não me pega mais! Especialmente se você, olhando para sua vida, percebe os efeitos destruidores do desânimo, declare guerra: Desânimo, nunca mais!

“É necessário conseguir desarmar-se. Eu travei essa guerra. Por anos e anos.

Foi terrível. Mas agora estou desarmado. Não tenho mais medo de nada, porque "o amor afasta o temor".

Estou desarmado da vontade de embotá-la, de justificar-me à custa dos outros.

Não estou mais alerta, meticulosamente agarrado às minhas riquezas. Acolho e partilho.

Não me atenho em particular às minhas idéias, aos meus projetos. Se me são propostos outros melhores, acolho-os de bom grado. Mesmo que não sejam melhores, mas bons.

Vocês sabem, renunciei ao comparativo... Aquilo que é bom, verdadeiro, real,

onde quer que esteja, é melhor para mim. Portanto não tenho mais medo. Quando não se tem mais nada, não se tem mais medo.

"Quem nos separará do amor de Cristo?" (...) Mas se nos desarmarmos, se nos despojarmos, se nos abrirmos ao Deus-homem que faz novas todas as coisas,

então será ele a cancelar o passado ruim e a restituir-nos um tempo novo, no qual tudo é possível.” (Atenágoras apud Clément, 1995, pp. 209-211)

É um caminho novo que lhe é proposto... E para dar o primeiro passo do resto de sua vida: DESÂNIMO, NUNCA MAIS!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O Santíssimo Nome de Jesus

por Prof.: Feliep Aquino

Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o Nome que está acima de todos os nomes, para que ao Nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos. E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor.” (Fil 2, 9-11)

A Igreja celebra em 3 janeiro, de acordo como “ Diretório da Liturgia” da CNBB, a festa do Santíssimo Nome de Jesus; porque oito dias depois de seu nascimento, o Natal, São José o circuncidou e lhe colocou o nome de Jesus, conforme o Anjo tinha dito à Virgem Maria:

“O anjo disse-lhe: Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. (Lc 1, 30-31)

E assim foi cumprido conforme a Lei de Moisés:

“Completados que foram os oito dias para ser circuncidado o menino, foi-lhe posto o Nome de Jesus, como lhe tinha chamado o anjo, antes de ser concebido no seio materno”. (Lc 2, 21)

O nome de Jesus foi dado pelo céu; tanto assim que o Arcanjo Gabriel o confirma em sonho a José:

“Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados. (Mt 1, 20-21). Cabia ao pai dar o nome para o filho no costume judaico.



E o Anjo deixou bem claro a José a razão deste nome: “porque ele salvará o seu povo de seus pecados”. O palavra Jesus em Hebraico quer dizer “Deus Salva” ou Salvador.



No momento da Anunciação, o anjo Gabriel dá-lhe como nome próprio o nome de Jesus, que exprime ao mesmo tempo sua identidade e missão. Uma vez que “só Deus pode perdoar os pecados” (Mc 2,7), é Ele que, em Jesus, seu Filho eterno feito homem, “salvará seu povo dos pecados” (Mt 1,21).


Em Jesus, portanto, Deus recapitula toda a sua história de salvação em favor dos homens. “O Filho do Homem tem poder de perdoar pecados na terra” (Mc 2, 10). Ele pode dizer ao pecador: “Teus pecados estão perdoados” (Mc 2,5). E ele transmite esse poder aos homens – os Apóstolos – (Jo 20,21-23) para que o exerçam
em seu Nome.



A Ressurreição de Jesus glorifica o nome do Deus Salvador, pois a partir de agora é o nome de Jesus que manifesta em plenitude o poder supremo do “nome acima de todo nome”. Os espíritos maus temem seu nome, e é em nome dele que os discípulos de Jesus operam milagres, pois tudo o que pedem ao Pai em seu nome o Pai lhes concede.


É no nome de Jesus que os enfermos são curados, é em seu nome que os mortos ressuscitam, os coxos andam, os surdos ouvem, os leprosos ficam curados… Esse nome bendito tem poder!





Por ser o pecado sempre uma ofensa feita a Deus, só ele pode perdoá-lo. Por isso Israel, tomando consciência cada vez mais clara da universalidade do pecado, não pode mais procurar a salvação a não ser na invocação do Nome do Deus Redentor. E este nome é Jesus.


É pelo Nome de Jesus que os Apóstolos operam maravilhas, pois Ele lhes tinha dito: “Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios
em meu Nome, falarão novas línguas, manusearão serpentes e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal; imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados.” (Mc 16,17-18). Portanto, o Nome Santo de Jesus tem poder e deve ser invocado com respeito, veneração e fé.

Após o milagre do aleijado na porta do Templo, os fariseus e doutores da lei quiseram impedir os Apóstolos de pregar em Nome de Jesus: “Todavia, para que esta notícia não se divulgue mais entre o povo, proibamos com ameaças, que no futuro falem a alguém nesse Nome. Chamaram-nos e ordenaram-lhes que absolutamente não falassem nem ensinassem em nome de Jesus.” (At 4, 17-18)

Mas eles se negam a deixar de pronunciar este santo Nome, porque sabem que não há salvação em nenhum outro: “Esse Jesus, pedra que foi desprezada por vós, edificadores, tornou-se a pedra angular. Em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos. (At 4, 11-12)

O nome de Jesus significa também que o próprio nome de Deus está presente na Pessoa de seu Filho feito homem para a redenção universal e definitiva dos pecados. É o único Nome divino que traz a salvação e a partir de agora pode ser invocado por todos, pois se uniu a todos os homens pela Encarnação.

O nome do Deus Salvador era invocado uma só vez por ano pelo sumo sacerdote para a expiação dos pecados de Israel, depois de ele aspergir o propiciatório do Santo dos Santos com o sangue do sacrifício. O propiciatório era o lugar da presença de Deus. Quando São Paulo diz de Jesus que “Deus o destinou como instrumento de propiciação, por seu próprio Sangue” (Rm 3,25), quer afirmar que na humanidade deste último “era Deus que em Cristo reconciliava consigo o mundo” (2Cor 5,19).

O Nome de Jesus está no cerne da oração cristã. Todas as orações litúrgicas são concluídas pela fórmula “por Nosso Senhor Jesus Cristo…”. A “Ave-Maria” culmina no “e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus”. O nome de Jesus está no centro da Ave-Maria; o Rosário é centrado no Nome de Jesus, por isso tem poder.

A oração oriental denominada “oração a Jesus” diz: “Jesus Cristo, Filho de Deus, Senhor, tem piedade de mim, pecador”. Numerosos cristãos, como Sta. Joana d’Arc, morrem tendo nos lábios apenas o nome de Jesus.

Que nós possamos também hoje e sempre pronunciar com fé e devoção este nome doce e santo que tem poder, como aquele ceguinho de Jericó que clamou com fé e ficou curado: “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!”

domingo, 2 de janeiro de 2011

Siga a vontade de Deus, siga a estrela como os magos

Queridos irmãos e irmãs nós estamos na Solenidade da Epifania do Senhor, e a Igreja proclama nesse domingo o Evangelho de São Mateus 2, 1-12 trata-se do Evangelho dos magos.

O Evangelho nos diz que eram magos vindos do Oriente, não diz quantos eles eram, no entanto porque os dons eram três: ouro, incenso e mirra, a tradição identifica que eles eram também em três, e diz inclusive que eles eram reis. A tradição até nos dá o nome desses três reis magos: Gaspar, Baltasar e Belchior, tudo isso é tradição.

:: Assista ao vídeo dessa homilia

O quê que o Evangelho no entanto nos ensina? Ele nos ensina que esses pagãos que viviam sua religião pagã olhando para os astros, olhando para as estrelas, seguindo suas superstições, enxergaram o nascimento do Messias, ou seja, o Evangelho está nos dizendo que todas as religiões conduzem à Cristo, e todas as religiões, na verdade, elas encontram a sua plenitude quando as pessoas finalmente se convertem e são cristãs. Isso quer dizer que quando homens de boa vontade seguem sua religião, mesmo que não seja uma religião cristã, mais seguem com uma reta intenção, essas religiões podem ajudá-los a chegar ao Cristo e finalmente eles podem se converter.

É importante, se você notar isso, eu não estou dizendo que as religiões pagãs salvam, mais que também essas religiões, embora estejam erradas, embora contenham elementos de idolatria, embora tenham elementos que na verdade não são bons, Deus pode agir também através delas e trazer as pessoas para a religião verdadeira, para o cristianismo, para serem verdadeiros filhos de Deus, católicos convertidos.

É isso que o Evangelho de hoje nos diz: que a salvação está aberta também aos pagãos como nos recorda claramente São Paulo na segunda leitura. É verdadeiramente algo de extraordinário que pagãos enxerguem o Salvador. Mais existe uma outra lição que podemos tirar desse Evangelho que é o seguinte: Herodes o grande que deveria ser judeu, que deveria seguir a religião judaica, a religião verdadeira naquela época, ele se perturba e não aceita o verdadeiro Deus que vem. Enquanto os pagãos aceitam, aqueles que deveriam aceitar se sentem perturbados.

Quando Herodes ouviu aquilo que os magos disseram, ele se perturbou e com ele toda Jerusalém, isso quer dizer também os judeus piedosos. É interessante notar que é exatamente isso que acontece com o pecado original. Deus, quando Ele vem, ao invés d’Ele trazer paz para algumas pessoas que estão muito tomadas pelo pecado, para algumas pessoas Ele vem trazer a inquietação e pertubação. Lembre-se daquela cena de Deus que desceu de tarde no paraíso para ver Adão e Eva, e Adão se escondeu atrás do arbusto, “Eu ouvi os seus passos e me escondi”. A primeira consequência do pecado original é esta: olhar a Deus um pouco como inimigo, como aquele que me agride.

Herodes se perturba, Herodes se angustia, e nós? Nós o que fazemos? Nós estamos nesta situação de piedade, de abertura como aqueles magos ou nós estamos numa situação de impiedade e de pecado em que olhamos para Deus como nosso inimigo, como nosso rival?

Meus queridos irmãos, minhãs queridas irmãs, muitas vezes a vontade de Deus na nossa vida é desafiadora, muitas vezes Deus pede que nós abracemos algumas cruzes que nós não gostaríamos de abraçar, e aí nós começamos a ver Deus como rival, começamos a ver Deus como alguém que está contra nós.

Mais se nós formos dóceis, se nós baixarmos a nossa cabeça diante de nosso Senhor compreenderemos que aquilo que Deus quer, embora as vezes pareça ruim, na verdade é ótimo. Siga a vontade de Deus, siga a estrela como os magos.

Padre Paulo Ricardo
Arquidiocese de Cuiabá (MT)

sábado, 1 de janeiro de 2011

ORAÇÃO DE ANO NOVO

Senhor Deus, dono do tempo e da eternidade,
teu é o hoje e o amanhã, o passado e o futuro.
Ao acabar mais um ano, quero te dizer obrigado
por tudo aquilo que recebi de Ti.
Obrigado pela vida e pelo amor, pelas flores, pelo ar
e pelo sol, pela alegria e pela dor,
pelo que é possível e pelo que não foi.
Ofereço-te tudo o que fiz neste ano, o trabalho
que pude realizar, as coisas que passaram pelas minhas mãos
e o que com elas pude construir.
Apresento-te as pessoas que ao longo destes meses amei,
as amizades novas e os antigos amores,
os que estão perto de mim e os que estão mais longe,
os que me deram sua mão e aqueles que pude ajudar,
os com quem compartilhei a vida, o trabalho, a dor e a alegria.
Mas também, Senhor, hoje quero Te pedir perdão.
Perdão pelo tempo perdido, pelo dinheiro mal gasto,
pela palavra inútil e o amor desperdiçado.
Perdão pelas obras vazias e pelo trabalho mal feito,
perdão por viver sem entusiasmo.
Também pela oração que aos poucos fui adiando
e que agora venho apresentar-te, por todos meus olvidos,
descuidos e silêncios, novamente te peço perdão.
Nos próximos dias começaremos um novo ano. Paro
a minha vida diante do novo calendário que ainda não se iniciou
e Te apresento estes dias,
que somente Tu sabes se chegarei a vivê-los.
Hoje, Te peço para mim, meus parentes e amigos, a paz e a alegria,
a fortaleza e a prudência, a lucidez e a sabedoria.
Quero viver cada dia com otimismo e bondade,
levando a toda parte um coração cheio de compreensão e paz.
Fecha meus ouvidos a toda falsidade e meus lábios a palavras
mentirosas, egoístas ou que magoem.
Abre, sim, meu ser a tudo o que é bom.
Que meu espírito seja repleto somente de bênçãos
para que as derrame por onde eu passar.
Senhor, a meus amigos que lêem esta mensagem,
enche-os de sabedoria, paz e amor. E que nossa amizade dure
para sempre em nossos corações.
Enche-me, também, de bondade e alegria, para que
todas as pessoas que eu encontrar no meu caminho
possam descobrir em mim um pouquinho de Ti.
Dá-nos um ano feliz, e ensina-nos a repartir felicidade.
Amém.