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'SE CALAREM AS VOZES DOS PROFETAS AS PEDRAS FALARÃO'








sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

ANO NOVO, VIDA NOVA EM CRISTO!

Por Jaime Roberto Thomaz - Min. Preg. GO Filhos de Maria

Nessa época do ano, aproveitamos para repensar nossas vidas,
e para os que vivem a verdade da fé, a festa do Ano Novo representa
o momento realmente especial de esperanças e comunhão, com
sentimentos nobres.

Reclamamos dos erros dos outros, lamentamos as atitudes incorretas de nossos irmãos e, assim, optamos pelo fechamento. Vivemos condenando nossa triste situação. Pais, filhos, amigos, parece que não há ninguém de valor a nosso lado. Pensamos como seria bom se eles mudassem, se eles melhorassem.

Entramos num outro tempo da nossa vida e tudo se faz novo para nós. Ano Novo, vida nova, nossa esperança e tudo o que era velho passou. Portanto, precisamos assumir novas atitudes diante das situações, das pessoas e de nós mesmos.
O Senhor nos chama a assumir a nossa verdade e a colocar toda a nossa vida sob a luz de Nosso Senhor Jesus Cristo. Tomemos, hoje, neste novo ano que inicia, a firme decisão de viver na luz, ou seja, de romper com toda mentira e trevas e viver na verdade.

Deus é luz e n’Ele não há treva alguma” (I Jo 1,5b).

Desapeguemo-nos das velhas situações que nos levavam ao pecado e busquemos em Deus o novo que Ele tem para nós. Não podemos mais arrastar situações desajustadas do passado nem ficar presos a elas.
Seu coração, sente a essência desse momento, e as bençãos cairão
sobre você, como singelas gotas de esperança, para que seu caminho
seja cada vez mais tranquilo, e para que em seu lar, o amor reine
sobre todas as coisas.

Meu irmão, não espere que o outro mude. Mude você. Diga à pessoa que você ama: "Quem tem que mudar sou eu, para que você seja mais feliz". E, se precisar, complete com o pensamento de Madre Teresa: ‘Não vou perder tempo julgando, quero gastar esse tempo amando’.
E é esse o convite para o novo ano. A consciência de que a sua família será melhor se você for melhor. Que o seu trabalho será melhor se você for melhor. Que o mundo, esse grande coração que pulsa, será renovado se o seu coração for renovado.
Desejo que a magia desse momento, ilumine seus sonhos.
Que a fé nas palavras de amor que o Senhor nos deixou, estejam
ainda presentes em seu coração, e que esse ano Novo de luz,
seja também uma festa de muita alegria.

Peçamos ao Espírito Santo de Deus que nos renove e nos conceda todas as novidades que o Senhor tem reservadas para nós.

Feliz ano novo, feliz vida nova em Cristo!!!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A Sagrada Família hoje

por Prof.: Felipe Aquino

A família, segundo o plano de Deus, deve ser formada por um casal


O Papa João Paulo II, na Carta às Famílias, chamou a família de "Santuário da vida" (CF, 11). Santuário quer dizer "lugar sagrado". É ali que a vida humana surge como que de uma nascente sagrada, e é cultivada e formada. É missão sagrada da família: guardar, revelar e comunicar ao mundo o amor e a vida. O Concílio Vaticano II já a tinha chamado de "a Igreja doméstica" (LG, 11) na qual Deus reside, é reconhecido, amado, adorado e servido; nele também foi ensinado que: "A salvação da pessoa e da sociedade humana estão intimamente ligadas à condição feliz da comunidade conjugal e familiar" (GS, 47).


Jesus habita com a família cristã. A presença do Senhor nas Bodas de Caná da Galiléia significa que o Senhor "quer estar no meio da família", ajudando-a a vencer todos os seus desafios.


Desde que Deus desejou criar o homem e a mulher "à sua imagem e semelhança" (Gen 1,26), Ele os quis "em família". Por isso, a família é uma realidade sagrada. Jesus começou sua missão redentora da humanidade na Família de Nazaré. A primeira realidade humana que Ele quis resgatar foi a família; Ele não teve um pai natural aqui, mas quis ter um pai adotivo, quis ter uma família, e viveu nela trinta anos. Isso é muito significativo. Com a presença d’Ele na família – Ele sagrou todas as famílias.


Conta-nos São Lucas que após o encontro do Senhor no Templo, eles [a Sagrada Família] voltaram para Nazaré "e Ele lhes era submisso" (cf. Lc 2,51). A primeira lição que Jesus nos deixou na família é a de que os filhos devem obedecer aos pais, cumprindo bem o Quarto Mandamento da Lei. Assim se expressou o Papa João Paulo II:

"O Filho unigênito, consubstancial ao Pai, 'Deus de Deus, Luz da Luz', entrou na história dos homens através da família" (CF, 2).


Ao falar da família no plano de Deus, o Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz que ela é "vestígio e imagem da comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Sua atividade procriadora e educadora é o reflexo da obra criadora do Pai" (CIC, 2205).

"A família é a comunidade na qual, desde a infância, se podem assimilar os valores morais, em que se pode começar a honrar a Deus e a usar corretamente da liberdade. A vida em família é iniciação para a vida em sociedade" (CIC, 2207).


A Família de Nazaré sempre foi e sempre será o modelo para todas as famílias cristãs. Acima de tudo, vemos uma família que vive por Deus e para Deus; o seu projeto é fazer a vontade de Deus. A Sagrada Família é a escola das virtudes por meio da qual toda pessoa deve aprender e viver desde o lar.


Maria é a mulher submissa a Deus e a José, inteiramente a serviço do Reino de Deus: "Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a sua palavra" (Lc 1,38). A vontade dela é a vontade de Deus; o plano dela é o plano de Deus. Viveu toda a sua vida dedicada ao Menino Deus, depois ao Filho, Redentor dos homens, e, por fim, ao serviço da Igreja, a qual o Redentor instituiu para levar a salvação a todos os homens.


José era o pai e esposo fiel e trabalhador, homem "justo" (Mt 1, 19), homem santo, pronto a ouvir a voz de Deus e cumpri-la sem demora. Foi o defensor do Menino e da Mãe, os tesouros maiores de Deus na Terra. Com o trabalho humilde de carpinteiro deu sustento à Família de Deus, deixando-nos a lição fundamental da importância do trabalho, qualquer que seja este. Em vez de escolher um pai letrado e erudito para Jesus, Deus escolheu um pai pobre, humilde, santo e trabalhador braçal. José foi o homem puro, que soube respeitar o voto perpétuo de virgindade de sua esposa, segundo os desígnios misteriosos de Deus.


A Família de Nazaré é para nós, hoje, mais do que nunca, modelo de unidade, amor e fidelidade. Mais do que nunca a família hoje está sendo destruída em sua identidade e em seus valores. Surge já uma "nova família" que nada tem a ver com a família de Deus e com a Família de Nazaré.


As mazelas de nossa sociedade –, especialmente as que se referem aos nossos jovens: crimes, roubos, assaltos, seqüestros, bebedeiras, drogas, homossexualismo, lesbianismo, enfim, os graves problemas morais e sociais que enfrentamos, – têm a sua razão mais profunda na desagregação familiar a que hoje assistimos, face à gravíssima decadência moral da sociedade.


Como será possível, num contexto de imoralidade, insegurança, ausência de pai ou mãe, garantir aos filhos as bases de uma personalidade firme e equilibrada e uma vida digna, com esperança?


Fruto da permissividade moral e do relativismo religioso de nosso tempo, é enorme a porcentagem dos casais que se separam, destruindo as famílias e gerando toda sorte de sofrimento para os filhos. Muitos crescem sem o calor amoroso do pai e da mãe, carregando consigo essa carência afetiva para sempre.


A Família de Nazaré ensina ainda hoje que a família – segundo o plano de Deus – deve ser formada por um casal: um homem e uma mulher, e os filhos; e não por uma caricatura de família ou "família alternativa" na qual os pais já não são um casal, mas um par do mesmo sexo.


A família desses nossos tempos pós-modernos só poderá se reencontrar e salvar a sociedade se souber olhar para a Sagrada Família e copiar o seu modo de vida: serviçal, religioso, moral, trabalhador, simples, humilde, amoroso... Sem isso, não haverá verdadeira família e sociedade feliz.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Que queres que eu te faça ?

É a pergunta de Jesus ao cego de Jericó : “que queres que eu te faça ?”

O que você quer que Jesus faça na sua vida hoje ?

O cego estava a beira do caminho , e você onde se encontra ?

Deus se compadeceu daquele cego e o curou .

A cegueira da alma impede que enxerguemos a vontade de Deus para as nossas vidas !

Ficamos desorientados ,tateando no escuro . Precisamos da luz de Deus !

Talvez você não esteja vendo ,confuso , peça a luz de Deus !

vamos orar :

Senhor , ilumina as minhas decisões !

Cura a cegueira da minha alma , eu quero te ver !

Cura a cegueira causada pelas minhas paixões !

Eu quero que o Senhor faça em mim uma obra nova !

Retira as pedras , os obstáculos que me fazem tropeçar !

Jesus , filho de Davi , tem compaixão de mim !

amém !

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Dar tempo para o tempo de Deus!

por Adriano Gonçalves


Que tempo é o meu diante de Deus? Qual é o espaço que ocupo? TEMPO E ESPAÇO. Vocês já pararam para pensar quanta coisa se esconde por detrás dessas duas palavras? Pois eu digo: nessa “duziazinha” exata de letras residem toda a nossa mortalidade, insignificância e efemeridade diante do universo. E, também, podem apostar, toda a nossa grandiosidade.


Tempo e espaço são nossos desafios supremos. Brigamos com eles desde que mastigávamos animais crus em cavernas escuras - e continuamos a enfrentá-los agora que já pusemos os pés na Lua e podemos enviar mensagens instantâneas para qualquer parte do mundo.


Mas o que me fez pensar em coisas tão imensas e complicadas como essas? Às vezes me pego brigando com Deus a respeito do tempo… Quantas demoras. Passado que se torna presente e futuro incerto!


Tempo e espaço. Categorias tão distantes e próximas. Tão incertas e certas! Contrários que se encontram.


Quantas vezes reclamamos de algo ter saído diferente do que queríamos e mais tarde percebemos que foi melhor como aconteceu? Nosso Deus é sábio e quer o melhor para nós, quer que nossa alegria seja completa. O tempo, para Ele, não está limitado no que conhecemos como noção de tempo: passado, presente e futuro. Ele tem planos para a eternidade. O eterno que me espera.


Hoje concluo que é preciso dar tempo ao tempo de Deus! Deus é atemporal! Quer dizer: não tem tempo, é o mesmo ontem, hoje e sempre. Mas, interessante: mesmo sendo atemporal se encaixa no tempo e mexe na história. Localiza-se em meu espaço e me lança no tempo…


Não tenha receio de dar tempo para o tempo de Deus.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

QUE O MENINO JESUS NASÇA EM NOSSOS CORAÇÕES

Numa noite escura se deu o nascimento daquele que é a luz que ilumina todo homem que vem a este mundo. “O povo que andava na escuridão viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte uma luz resplandeceu” (Is 9,1). A escuridão e as sombras da morte parecem grandes porque a luz de muitos cristãos tem se apagado. Jesus disse a Madre Teresa: “Vem, seja a minha luz!” São muitos os que andam na escuridão e que habitam nas sombras da morte: separações, agressões, alcoolismo, drogas, violência, pobreza, falta de diálogo e de afeto… Estamos sendo uma luz para essas pessoas? Na luz as pessoas enxergam melhor: enxergar a si mesmo, reconhecer sua capacidade, enxergar a presença de Deus, enxergar o outro como irmão, enxergar a beleza e os valores da outra pessoa, enxergar uma saída. Para quem eu fui luz neste ano? Para quem Deus me chama a ser luz neste momento? Luz, seja luz para aqueles que ainda precisam encontrar Jesus. Seja luz! Mostre ao mundo que vive nas trevas que existe uma luz: é Jesus; é Jesus! (Anjos de Resgate, Seja luz).
“Eu vos anuncio uma grande alegria: nasceu hoje para vós um salvador, que é o Cristo Senhor” (Lc 2,10-11). Nesta noite de Natal seria importante você se perguntar: Quando é que Jesus nasce para mim? Jesus nasceu para Maria quando ela disse ao anjo: “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). Jesus nasceu para José quando ele, “ao despertar do sono, agiu conforme o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu em casa sua mulher” (Mt 1,24). Jesus nasceu para a mulher cananéia quando ela, depois de ouvir: “Não fica bem tirar o pão dos filhos e atirá-los aos cachorrinhos”, insistiu com Jesus: “É verdade, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos!” (Mt 15,26-27). Jesus nasceu para o cego Bartimeu quando, diante de tantas pessoas que o repreendiam para que se calasse, ele continuou a gritar mais ainda: “Filho de Davi, tem compaixão de mim!” (Mc 10,48). Jesus nasceu para a mulher pecadora quando ela teve a coragem de entrar na casa em que Jesus se encontrava e, “ficando por trás, aos pés dele, chorava; e com as lágrimas começou a banhar-lhe os pés, a enxugá-los com os cabelos, a cobri-los de beijos e a ungi-los com perfume” (Lc 7,38). Jesus nasceu para Zaqueu quando ele disse: “Senhor, eis que dou a metade dos meus bens aos pobres, e se defraudei a alguém, restituo-lhe o quádruplo” (Lc 19,8). Jesus nasceu para a samaritana quando a fez reconhecer que o homem com que ela vivia não era o seu marido (cf. Jo 4,17). Jesus nasceu para o funcionário real quando, depois de lhe ter dito: “‘Vai, teu filho vive’, o homem acreditou na palavra que Jesus lhe havia dito e partiu” (Jo 4,50).
Jesus nasce para você toda vez que decide perdoar alguém; toda vez que tem a coragem de derrubar os muros que construiu à sua volta e no lugar deles construir pontes para se aproximar dos seus irmãos. Jesus nasce para você toda vez que decide lidar com suas próprias feridas e assumir a responsabilidade por aquilo que não está bem dentro de você, ao invés de transferir essa responsabilidade para os outros. Jesus nasce para você toda vez que decide afastar-se de situações e de pessoas que levam você para o adultério (ainda que virtual) e para a destruição da sua família. Jesus nasce para você toda vez que revê a sua maneira de ganhar dinheiro e de lidar com ele, e decide destinar uma parcela dele para ajudar pessoas necessitadas. Jesus nasce para você toda vez que tem a coragem de defender sua fé diante das pessoas que banalizam essa mesma fé. Jesus nasce para você toda vez que reconhece seus erros e procura modificar-se. Jesus nasce para você sempre que decide tratar as pessoas com quem trabalha como gostaria de ser tratado por elas, não fazendo para elas o que não gosta que façam para você…
Depois que Jesus nasceu, Maria “o enfaixou e o colocou na manjedoura, pois não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc 2,6-7). Não havia lugar para eles: uma mulher me disse estar admirada com as portas fechadas que encontrou quando foi convidar famílias a abrirem suas casas para a novena de natal. Se o convite não fosse para receber Jesus, mas sim o papai noel, elas teriam aberto suas casas? Há efetivamente lugar em nossa vida para Jesus nascer hoje? Jesus é dom de Deus para nós e para o mundo. Criar o espaço necessário para que ele possa nascer em nossa vida e na vida do mundo à nossa volta é responsabilidade de cada um de nós.

domingo, 26 de dezembro de 2010

As lições de Nazaré

Das Alocuções do papa Paulo VI

(Alocução pronunciada em Nazaré a 5 de janeiro de 1964)

(Séc. XX)



As lições de Nazaré

Nazaré é a escola onde se começa a compreender a vida de Jesus: a escola do Evangelho.



Aqui se aprende a olhar, a escutar, a meditar e penetrar o significado, tão profundo e tão misterioso, dessa manifestação tão simples, tão humilde e tão bela, do Filho de Deus. Talvez se aprenda até, insensivelmente, a imitá-lo.



Aqui se aprende o método que nos permitirá compreender quem é o Cristo. Aqui se descobre a necessidade de observar o quadro de sua permanência entre nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo de que Jesus se serviu para revelar-se ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem um sentido.



Aqui, nesta escola, compreende-se a necessidade de uma disciplina espiritual para quem quer seguir o ensinamento do Evangelho e ser discípulo do Cristo.



Ó como gostaríamos de voltar à infância e seguir essa humilde e sublime escola de Nazaré! Como gostaríamos, junto a Maria, de recomeçar a adquirir a verdadeira ciência e a elevada sabedoria das verdades divinas.



Mas estamos apenas de passagem. Temos de abandonar este desejo de continuar aqui o estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho. Não partiremos, porém, antes de colher às pressas e quase furtivamente algumas breves lições de Nazaré.



Primeiro, uma lição de silêncio. Que renasça em nós a estima pelo silêncio, essa admirável e indispensável condição do espírito; em nós, assediados por tantos clamores, ruídos e gritos em nossa vida moderna barulhenta e hipersensibilizada. O silêncio de Nazaré ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor das preparações, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê no segredo.



Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, sua comunhão de amor, sua beleza simples e austera, seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré o quanto a formação que recebemos é doce e insubstituível: aprendamos qual é sua função primária no plano social.



Uma lição de trabalho. Ó Nazaré, ó casa do “filho do carpinteiro”! É aqui que gostaríamos de compreender e celebrar a lei, severa e redentora, do trabalho humano; aqui, restabelecer a consciência da nobreza do trabalho; aqui, lembrar que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que sua liberdade e nobreza resultam, mais que de seu valor econômico, dos valores que constituem o seu fim. Finalmente, como gostaríamos de saudar aqui todos os trabalhadores do mundo inteiro e mostrar-lhes seu grande modelo, seu divino irmão, o profeta de todas as causas justas, o Cristo nosso Senhor.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Dos Sermões de São Leão Magno, papa

(Sermo 1 in Nativitate Domini, 1-3; PL 54,190-193) (Séc. V)



Toma consciência, ó Cristão, da tua dignidade

Hoje, amados filhos, nasceu o nosso Salvador. Alegremo-nos. Não pode haver tristeza no dia em que nasce a vida; uma vida que, dissipando o temor da morte, enche-nos de alegria com promessa da eternidade.



Ninguém está excluído da participação nesta felicidade. A causa da alegria é comum a todos, porque nosso senhor, vencedor do pecado e da morte, não tendo encontrado ninguém isento de culpa, veio libertar a todos. Exulte o justo, porque se aproxima da vitória; rejubile o pecador, porque lhe é oferecido o perdão; reanime-se o pagão, porque é chamado à vida.



Quando chegou a plenitude dos tempos, fixada pelos insondáveis desígnios divinos, o Filho de Deus assumiu a natureza do homem para reconciliá-lo com seu criador, de modo que o demônio, autor da morte, fosse vencido pela mesma natureza que antes vencera.



Eis por que, no nascimento do Senhor, os anjos cantam jubilosos: Glória a deus nas alturas; e anunciam: Paz na terra aos homens de boa vontade (Lc 2,14). Eles vêem a Jerusalém celeste ser formada de todas as nações do mundo. Diante dessa obra inexprimível do amor divino, como não devem alegrar-se os homens, em sua pequenez, quando os anjos, em sua grandeza, assim se rejubilam?



Amados filhos, demos graças a Deus Pai, por seu Filho, no Espírito Santo; pois, na imensa misericórdia com que nos amou, compadeceu-se de nós. E quando estávamos mortos por causa das nossas faltas, ele nos deu a vida com Cristo (Ef 2,5) para que fôssemos nele uma nova criação, nova obra de suas mãos.



Despojemo-nos, portanto, do velho homem com seus atos; e tendo sido admitidos a participar do nascimento de Cristo, renunciemos às obras da carne.



Toma consciência, ó cristão, da tua dignidade. E já que participas da natureza divina, não voltes aos erros de antes por um comportamento indigno de tua condição. Lembra-te de que cabeça e de corpo és membro. Recorda-te que foste arrancado do poder das trevas e levado para a luz e o reino de Deus.



Pelo sacramento do batismo te tornaste templo do Espírito Santo. Não expulses com más ações tão grande hóspede, não recaias sob o jugo do demônio, porque o preço de tua salvação é o sangue de cristo.

O Verbo se fez carne!

A humildade foi assumida pela majestade, a fraqueza pela força, a mortalidade pela eternidade. Para saldar a dívida de nossa condição humana, a natureza impassível uniu-se à natureza passível. Deste modo, como convinha à nossa recuperação, o único mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo, podia submeter-se à morte através de sua natureza humana e permanecer imune em sua natureza divina.


Por conseguinte, numa natureza perfeita e integral de verdadeiro homem, nasceu o verdadeiro Deus, perfeito na sua divindade, perfeito na nossa humanidade. Por “nossa humanidade” queremos significar a natureza que o Criador desde o início formou em nós, e que assumiu para renova-la.


Mas daquelas coisas que o Sedutor trouxe, e o homem enganado aceitou, não há nenhum vestígio no Salvador; nem pelo fato de se ter irmanado na comunhão da fragilidade humana, tornou-se participante dos nossos delitos.


Assumiu a condição de escravo, sem mancha de pecado, engrandecendo o humano, sem diminuir o divino. Porque o aniquilamento, pelo qual o invisível se tornou visível, e o Criador de tudo quis ser um dos mortais, foi uma condescendência da sua misericórdia, não uma falha do seu poder. Por conseguinte, aquele que, na sua condição divina se fez homem, assumindo a condição de escravo, se fez homem.


Entrou, portanto, o Filho de Deus neste mundo tão pequeno, descendo do trono celeste, mas sem deixar a glória do Pai; é gerado e nasce de modo totalmente novo. De modo novo porque sendo invisível em si mesmo, torna-se visível como nós; incompreensível, quis ser compreendido; existindo antes dos tempos, começou a existir no tempo. O Senhor do universo assume a condição de escravo, envolvendo em sombra a imensidão de sua majestade; o Deus impassível não recusou ser homem passível, o imortal submeteu-se às leis da morte.


Aquele que é verdadeiro Deus, é também verdadeiro homem; e nesta unidade há de falso, porque nele é perfeita respectivamente tanto a humanidade do homem como a grandeza de Deus.


Nem Deus sofre mudança com esta condescendência da sua misericórdia nem o homem é destruído com sua elevação a tão alta dignidade. Cada natureza realiza, em comunhão com a outra, aquilo que lhe é próprio: o Verbo realiza o que é próprio do Verbo, e a carne realiza o que é próprio da carne.


A natureza divina resplandece nos milagres, a humana, sucumbe aos sofrimentos. E como o Verbo não renuncia à igualdade da glória do Pai, também a carne não deixa a natureza de nossa raça.


É um só e o mesmo – não nos cansaremos de repetir – verdadeiro Filho de Deus e verdadeiro Filho do homem. É Deus, porque no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus: e o Verbo era Deus. É homem, porque o Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1,1.14)

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O Sentido do NATAL

por Felipe Aquino



Os profetas já tinham anunciado…

“Um renovo sairá do tronco de Jessé, e um rebento brotará de suas raízes. ”(Is 11,1).

“O próprio Senhor vos dará um sinal: uma Virgem conceberá e dará à luz um Filho, e o chamará Deus Conosco” (Is 7, 14).

“O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; sobre aqueles que habitavam uma região tenebrosa resplandeceu uma Luz… um Menino nos nasceu, um filho nos foi dado, a soberania repousa sobre os seus ombros, e ele se chama: Conselheiro Admirável, Deus Forte, Príncipe da Paz” (Is 9,1-7)



E o profeta dá uma amostra do Reino a ser implantado por esse Menino Deus:

“Então o lobo será hospede do cordeiro, a pantera se deitará ao pé do cabrito, o touro e o leão comerão juntos, e um menino pequeno os conduzirá; a vaca e o urso se fraternizarão, suas crias repousarão juntas, e o leão comerá palha com o boi. A criança de peito brincará junto à toca da víbora, e o menino desmamado meterá a mão na caverna da serpente. Não se fará mal nem dano em todo o meu Santo Monte.” (Is 11, 1-9)



O Natal é a festa do amor de Deus pelo homem. Para salvar a criatura amada, Ele mesmo se faz homem, assumiu a nossa frágil natureza, sem perder a divina, e veio resgatar o que estava perdido. A humanidade tinha uma dívida impagável com Deus; e nenhum homem poderia pagar este resgate. Esse Homem tinha que ser ao mesmo tempo homem e Deus, para ser a ponte – o Pontífice – entre Deus e o homem. O rio do pecado havia derrubado a ponte da comunhão da humanidade com Deus.



Jesus veio pagar a nossa dívida. O Redentor, assumindo a natureza humana, se tornou o único Mediador entre Deus e o homem. Em virtude da natureza humana Ele pode morrer; em virtude da natureza divina pode ressuscitar e nos devolver a vida eterna para a qual fomos criados.

Aquele que nasceu na terra é o mesmo que foi gerado desde toda a eternidade, consubstancial ao Pai e ao Espírito Santo, “Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro”!



Depois que o Verbo de Deus se fez homem, ninguém mais pode duvidar do amor de Deus pela humanidade. Seria blasfêmia. O Deus infinito se fez limitado, o Rei do universo se fez escravo, o Soberano das nações se fez pobre para nos enriquecer, o Imortal assumiu a nossa morte para destruí-la…



Na criancinha do estábulo somos levados a adorar a divindade e a vislumbrar a glória do Pai que está no Filho, e que foi concebido no seio da Virgem Maria, pelo poder do Divino Espírito Santo.



São Leão Magno num de seus mais belos sermões de Natal, relembra a nossa grandeza: “Reconhece, ó cristão, a tua dignidade, e, já que foste feito participante da natureza divina, não queiras voltar à antiga vileza com procedimentos indignos de tamanha nobreza”.



Jesus nasceu para nos transladar para o Reino da luz , do qual é preciso começar a participar já nesta terra. Então, diante do Presépio, o batizado deve se lembrar que, ao ser regenerado na pia batismal, se tornou o templo vivo da Trindade Santa e que, portanto, não pode mais cometer más ações que expulsem Deus de sua alma, e o faz submeter-se, de novo, à escravidão do diabo.



Diante da manjedoura, que cada um renuncie às obras da carne (Gl 5,19). Somente assim as alegrias do Natal serão verdadeiras e não uma mera comemoração externa de um fato histórico.



São Leão Magno frisa no seu Sermão que: “Nasceu hoje o nosso Salvador”. Este “hoje” quer dizer que a mesma eficácia salvífica que o acontecimento de Belém trouxe ao mundo, acontece “hoje” para aqueles que participam desta Festa através da liturgia. Os atos salvíficos de Cristo se realizam novamente, dando à alma fiel as graças do Natal. O Redentor repete a cada um o que foi dito através do profeta Isaías: “Aqueles que esperam em mim não serão jamais confundidos” (Is 49, 23).



O Menino-Deus nascendo numa pobreza total vem nos ensinar que não são os bens terrenos a fonte da felicidade verdadeira, e nos convida a conquistar um reino de eterna felicidade, destino e grandeza de quem foi criado à imagem e semelhança de Deus.



O silêncio da gruta santa de Belém, bem longe do barulho de uma civilização hedonista e materialista, chama-nos à adoração e à meditação. Naquela gruta pobre e simples, encontramos os melhores modelos de justiça e santidade: Jesus, José e Maria.


A transcendência do Natal nos convida a nos colocarmos a serviço deste Menino, que veio para implantar entre nós o Seu Reino de paz, amor, justiça, verdade, santidade e liberdade; que são os nossos maiores anseios. Por isso, a melhor maneira de viver bem o Natal é comprometendo-se com Jesus a trabalhar pelo seu Reino, através da Igreja, com amor puro e reta intenção.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Não importa saber somente que Deus existe

Entenda que o Senhor não se esqueceu de você

Não importa saber que Deus existe, importa saber que Ele é amor (dizia um filósofo). Quando penso nessa afirmação, quase ouço São Tiago dizendo: "Crês que há um só Deus? Fazes bem! Pois até os demônios creem e tremem".




O que Deus quer conosco é um relacionamento íntimo, pessoal, de pai para filho, de amigo para amigo; não só que acreditamos em Sua existência; visto que esta é definição de pagão: sabendo que Deus existe vivem como se Ele não existisse; esquecem-se dele, colocam-no em segundo lugar.



Deus ama você e quer ser amado por você! Ele o ama de verdade, está atento à sua vida, sabe de seus sofrimentos, conhece os seus segredos; o que você nunca contou a ninguém, Ele sabe, e é assim que o ama, aceitando-o como você é.



Deus nos cerca de cuidados, com certeza, Ele protege você!



Certo dia voltávamos para Cachoeira Paulista (SP), de uma missão em Valinhos (SP), o carro estava na velocidade permitida na Rodovia Dutra (110 km/h), quando, de repente, o volante começou a trepidar, a motorista tentou estabilizar o automóvel, mas a trepidação era cada vez maior; jogamos o carro para o acostamento e, por "coincidência", já era a entrada para um posto de gasolina.



Quando saltamos do veículo, qual não foi a nossa surpresa? A roda dianteira esquerda tinha perdido os três parafusos na estrada e o último que restava estava em sua última volta. Se aquele parafuso tivesse soltado, na velocidade em que estávamos, talvez estivéssemos capotando até hoje!



Mas o que me assusta não é aquele parafuso ter ficado ali, nem os outros três que soltaram... o que me assusta são as expressões que escutei "Nossa! Que sorte"! ou "Que coincidência! Vocês pararam na hora certa"!



Eu não tenho dúvidas de que a mão poderosa de Deus Pai preservou nossa vida e nos salvou da morte naquela noite. Não foi sorte, foi Deus! Não foi coincidência, mas o Seu amor que nos livrou!



Deus fez o que fez, não porque existe, mas porque me ama. Ele cuidou de mim e está cuidando de você neste momento.



Quando recolocamos a roda do carro no lugar havia uma só palavra em nossos lábios: "Graças a Deus! Como o Senhor é bom!"



Ainda que o mundo todo diga o contrário, ainda que os fatos atestem em desfavor, saiba que o Senhor não esqueceu você e que neste momento Ele o abraça e o protege! Alguns, porém, perguntam: "Por que tantas pessoas são atingidas por males, acidentes e desgraças? Por que tantos não experimentam esta proteção?" Poderia Ele ter se virado ou abandonado você? A resposta é "não". Podemos pensar que o Senhor não estivesse conosco em determinadas situações, mas Ele estava ao nosso lado, sim, vivendo conosco cada momento.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

É hora de decisão...

Do que você ainda precisa para mudar de vida?

Nesses dias, estava lendo a Palavra de Deus em casa. Não sei porque, mas ultimamente estou muito inclinado a ler as cartas que São Paulo escreveu para os seus. Tenho procurado estudar, analisar a figura de São Paulo... Ele, de fato, me intriga muito! O seu encontro com o Senhor foi algo que mudou o rumo da sua vida, que, de perseguidor dos cristãos, passou a ser um deles, um seguidor do mestre e acho que o maior propagador dos ensinamentos de Cristo daquele tempo.


Pois bem... São Paulo, teve um encontro com Deus, que o fez mudar seu rumo. Claro que depois desse encontro, São Paulo passou um tempo conhecendo mais a fundo a vida de Cristo e seus ensinamentos. Mas seu primeiro encontro com Jesus, no qual ele “caiu do cavalo”, fez com que a vida de Saulo – para quem não sabe, esse era o nome de Paulo antes da conversão – virasse pelo avesso, desse uma guinada radical.


Então, eu fiquei pensando: “O que falta para que eu e você mudemos de vida?” Já tivemos tantas experiências com Deus, já ouvimos Sua voz tantas vezes, sabemos que Seus ensinamentos nos levam para a vida eterna, mas ainda não nos convertemos de coração...


Já ouvimos a Palavra de Deus tantas vezes, comungamos todos os dias, rezamos diariamente... E olhando a Palavra de Deus, vemos que muitos dos considerados irrecuperáveis só ouviram de Cristo uma única frase, talvez um único sermão... e mudaram de vida!


Nós temos nas mãos os ensinamentos de Jesus, às vezes conhecemos toda a Bíblia de cor, fazemos longos estudos da Palavra, damos palestras... Mas o coração continua duro, fechado, egoísta.


Temos tudo para ser santos e precisamos ser! Só nos falta uma coisa: Desejar a Santidade!


Repito: Nós temos tudo! Temos a misericórdia de Deus, que é tudo. É através dessa misericórdia que Deus nos dá a Palavra, a Eucaristia, o perdão dos pecados, a cura dos nossos traumas, vícios e complexos. Só nos falta assumir de verdade o desejo de ser Santos.


Nessa Semana Santa, em que recordamos os passos de Jesus até a cruz e sua entrega, por amor a cada um de nós, eu quero convidar você a reavivar o desejo de santidade, que Deus um dia pôs no seu coração. Se preciso for, vá a um sacerdote, confesse seus pecados, retome a leitura da Palavra, retome sua oração pessoal, se for preciso, procure alguém para o ajudar na retomada da sua luta.


Mas acredite meu irmão, Jesus o ama muito! Ama tanto, que, o desejo Dele para contigo, é que você um dia possa ocupar a morada no Céu que Ele mesmo foi preparar para você. Ele não deseja dinheiro para você, não deseja carro, nem namorado, nem namorada, nem comidas deliciosas, nem bem estar social – ainda que isso não seja totalmente ruim. Ele quer dar mais para você. Ele o quer Santo, pois sabe – e espero que você também saiba – que o seu lugar no Céu é infinitamente melhor que qualquer benefício que você possa adquirir aqui na terra. Bens materiais não são ruins ao todo. Inclusive, se você os tem, Glória a Deus por eles. Mas o Céu vale mais que qualquer um deles. E não se compra com dinheiro. É até de graça! Só que para entrar nele, é necessário uma veste branca, limpa e irrepreensível, chamada santidade!


Nessa Semana Santa, corra atrás da sua santificação, pois você tem hoje, tudo o que necessita para se converter e mudar de vida

domingo, 19 de dezembro de 2010

Imitar a Cristo - Única via para a Santidade

Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos muito amados. (Ef 5,1)

Acho que todas as vezes que Deus precisa me chamar seriamente a atenção, Ele acaba me colocando diante desse livro e me inspirando a sua releitura. E confesso a você amigo leitor: Estava mais do que na hora de reler essa riqueza da Igreja. Para quem não conhece, o livro Imitação de Cristo, e um livro do Século XVI, escrito por um Monge desconhecido. Atribui-se a Thomás de Kempis, mas ele de fato não é o autor. É um diálogo entre um monge mais experiente com um monge mais novo. Uma aula de discipulado.

Toda via comecei essa semana lendo os dois primeiros capítulos do livro. E já ali naquele comecinho, o Senhor já me fez refletir e meditar duramente. O tema do primeiro capítulo é: “Para imitar a Cristo, romper com as coisas do mundo”. Passei a semana praticamente lendo esse capítulo.

E fiz uma descoberta interessante. Percebi que o mundo com o qual preciso romper hoje, não é o mundo que está fora de mim, mas o que está dentro de mim. Há mais do mundo dentro de mim do que fora. Romper com o mundo não é apenas deixar de fazer de coisas… Vai muito mais além. Romper com o mundo é romper consigo mesmo. É abrir mão de conceitos, valores, idéias e ideais. É deixar a mente, a alma e o coração limpos e livres, para que o Senhor venha a preenche-los com seus conceitos, seus valores, suas ideias e seus ideais.

O grande problema caríssimos, é que quando encontramos o Senhor e decidimos seguí-lo, já temos dentro de nós uma série de coisas que não é fácil largar. Muitos de nós conhece o Senhor já na idade adulta, ou quando jovem. E traz consigo conceitos que pernameceram em nós por 17,20,25 anos… Alguns desses conceitos são bons. Outros não. E depois desse encontro, achamos que podemos escolher o que levar a frente e o que deixar. Mas a verdade é que não temos condições de fazer essa avaliação nós mesmos. O que aparentemente é bom para nós, aos olhos de Deus não é tão bom assim. E ai ficamos sem querer largar valores e conceitos que gostamos, ao ivés de se abrir ao novo que Deus nos dá.

Romper com o mundo, consiste em dispor tudo (até aquilo que achamos que é bom) e deixar Deus fazer o que precisa ser feito. Romper com o mundo é reaprender a viver.

Resumindo: É colocar-se na condição de discípulo. É se dispor a aprender tudo de novo, ainda que você esteja no fim da vida.

“Ninguém prega retalho de pano novo em roupa velha; do contrário, o remendo arranca novo pedaço da veste usada e torna-se pior o rasgão. E ninguém põe vinho novo em odres velhos; se o fizer, o vinho os arrebentará e perder-se-á juntamente com os odres mas para vinho novo, odres novos.” (Mc 2,21-22)

Para isso, é preciso humildade. Muita humildade. Porque é difícil jogar fora uma vida cheia de conceitos, idéias, pensamentos, experiências, etc, etc, etc. Mas entrar nesse discipulado, é a única saída para ser exclusivamente de Deus.

Agora entendo as pessoas que ao se decidirem por Deus, deixam a vida velha mas sofrem com isso. Elas rompem com os hábitos, mas não rompem com os conceitos e idéias interiores que a levavam a cometer tais atos. E ai basta uma faísca para que voltemos a vida velha de braços abertos.

Quero convidar você amigo leitor, a retomar (se você já fez essa opção algum dia), ou iniciar esse caminho de discipulado, colocando tudo (mas é tudo mesmo) nas mãos do Senhor. Que voce queira, como eu, reaprender tudo que o Senhor queira me ensinar. Que a graça de Deus e a força do Espírito Santo, nos ajude a moldar nossa vida a vida de Cristo

sábado, 18 de dezembro de 2010

Quem é Deus para você?

A Palavra de Deus é viva e nos atrai irresistivelmente a si, para que a nossa vida também seja Palavra de Deus.

A pergunta que Jesus faz a Seus discípulos no evangelho de hoje é radical! Todos nós, em um momento ou outro de nossa vida, teremos que respondê-la. Antes, porém, é preciso meditar nos fundamentos da “pergunta” que Ele nos faz... Por que Cristo faz essa pergunta? O “vós quem dizeis que eu sou?” não foi mera especulação por parte de Jesus, muito menos algum tipo de carência ou necessidade de afirmação. Sabemos que entre nós, nas relações humanas, marcadas pelo egoísmo, buscamos com avidez sempre saber o que os outros pensam/dizem de nós e nos preocupamos imensamente com isso. É o que recebe o nome técnico de “capital de relacionamento”. Inseguros e sem saber o que Deus pensa de nós, tentamos achar satisfação e, em última instância, a nossa própria identidade no que os outros pensam e falam de nós. Não é esse, absolutamente, o caso de Jesus, que é Deus e plenamente senhor de si mesmo. Na verdade, se Ele nos questiona, é para revelar-se; se pergunta acerca de um mistério inatingível ao homem, é para que Ele mesmo responda e revele-se ao homem.

Provocado por Jesus e movido pelo Espírito, Pedro responde e, com ele, toda a Igreja de Cristo em todos os tempos: “Tu és o Messias”. Esta resposta, porém, se for apenas coletiva, como uma fórmula que será mecanicamente repetida por todos, fatalmente acabará sendo resposta de ninguém, vazia e sem força. Ela deve ser (e só pode ser) pessoal, resposta que somente eu posso dar, como fruto de uma experiência. Como é pessoal o amor de Deus, também são pessoais essas respostas às “perguntas de Deus” ao longo da vida.

Como foi dito acima, cedo ou tarde serei colocado diante dessa pergunta tão profunda e radical: ”Quem, de verdade, é Jesus para mim?” E a vida dos santos não nos permite enganos: a pergunta virá na vida; quando for preciso re-optar pelo seguimento de Cristo e, mesmo no escuro, trilhar um caminho de volta ao primeiro amor, muitas vezes em momentos de solidão, deserto e silêncio, grandes provações ou tentações. Assim, da mesma forma que a pergunta vem é que eu poderei respondê-la: na vida.

Nas linhas seguintes do evangelho de hoje, Jesus indica como podemos responder a Ele, e o faz mostrando como Ele próprio responderia ao Pai – oferta radical de vida. De fato, toda a vida de Jesus não foi outra coisa senão resposta ao Pai. Lemos claramente em todos os atos de Cristo a revelação de quem era o Pai para Ele e do valor que dava à Sua Santa Vontade. Que outro caminho indicar aos discípulos senão aquele que Ele mesmo percorreria dali a pouco tempo? Indica a via da cruz... e é reprimido por Pedro.

Como a profissão de fé, este “vacilo” de Pedro é também nosso. É o nosso recuo diante da necessidade de crer em Cristo e estar ao Seu lado quando Ele se mostra aparentemente fraco, impotente, talvez contrariando os nossos sonhos românticos sobre Ele, ou mesmo os “sonhos” lícitos, mas ainda não purificados no amor da Vontade do Pai. Recuamos ainda mais bruscamente quando não só Ele se apresenta assim, mas nos deixa entrever que nós também deveremos fazer a mesma coisa, “pôr em pratica a nossa fé”: se creio que o único caminho é o Ressuscitado que passou pela cruz, devo deixar-me crucificar com Ele para, da cruz, colher a ressurreição. É o que a primeira leitura nos apresenta, o perfil do servo sofredor mas, acima de tudo, confiante: “Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas (...) Sim, o Senhor Deus é meu Auxiliador; quem é que me vai condenar?” Esse perfil deve ser também o nosso e, por mais que sejamos próximos de Cristo e façamos parte de Seu círculo de amizade, esse caminho tão estreito de pobreza e esvaziamento por vezes, de alguma forma, ainda nos agride e “põe medo”.

Diante de mais essa “pergunta de Deus”, vem ele mesmo ser a resposta: a Sua Graça... A confiança profunda na Sua Graça! O salmo da liturgia de hoje, belo e profundíssimo, como um óleo suave, nos unge com essa confiança:


Eu amo o Senhor, porque ouve/ o grito da minha oração.

Inclinou para mim seu ouvido,/ no dia em que eu o invoquei. (...)
O Senhor é justiça e bondade,/ nosso Deus é amor-compaixão. (...)

Libertou minha vida da morte,/ enxugou de meus lábios o pranto (...).

Andarei na presença de Deus,/ junto a ele na terra dos vivos.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Advento: A chegada de quem se ama

Maior que a ansiedade do pai que aguarda o filho


Grandes são as expectativas daqueles que aguardam a chegada de quem se ama.


Quão prazerosos são esses momentos, os quais gostaríamos de eternizá-los, retê-los entre as mãos. Como não registrar a ansiedade dos pais ao aguardarem a chegada de um filho, sobretudo, da mãe ao ouvir o choro do bebê, que faz com que toda a apreensão seja rompida, completando assim sua alegria.


Em todas estas situações, houve uma expectativa de grande alegria, ainda vivendo os preparativos dessa chegada: preparando a casa, arrumando o enxoval, se capacitando para receber o bem-amado.


É nessa expectativa de alegria e preparativos, que vivemos o tempo do Advento. A chegada do Messias - o Deus que Salva! A chegada do Verbo que desafiou as leis naturais ainda na concepção, surpreendeu a muitos nascendo em uma manjedoura, desconcertou doutores da lei, e exaltou os pequenos, lhes garantindo a liberdade para que pudessem servi-Lo em santidade e justiça em sua presença.


Hoje, com o nosso amadurecimento, devemos perceber que as festividades natalinas passam longe de ser simplesmente um tempo de troca de presentes, mas de presentear quem sabe, a decisão e a perseverança daqueles que assumiram ao longo do ano o propósito de mudança de vida, que somente acontece através do Espírito Santo, que nos prepara para o encontro com o Cristo.


Queremos que como "o amigo do esposo, que está presente e o ouve, regozija-se sobremodo com a voz do esposo" (João 3,29), regozijar pelo nosso encontro com o Deus que É.



Bem vindo ao Advento, tempo de preparação!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O valor da oração pessoal

Deus é uma pessoa , não é uma energia cósmica , nem uma força , é um amigo !

E a amizade com Deus cresce , na medida que nós nos aproximamos dele , e passamos a viver na sua dependência.

A nossa auto-suficiência nos atrapalha muito !Queremos ser super homens, ou super mulheres, que resolvem tudo , sem precisar do auxílio do alto !

Só que, a nossa fragilidade nos revela : precisamos de Deus !

Ele já está em nós , somos habitados por Deus. Nós, é que precisamos buscá-lo, no íntimo do nosso coração, e saborear a sua presença.

Daí a importância de cultivarmos a nossa relação com ele , pela oração pessoal, diária :

” vivei em orações e súplicas, orai em todo o tempo no Espírito ” ( ef 6,18 )

Uma planta que nunca é regada , seca e morre . Da mesma forma , se você não cultiva a relação com Deus , você tende a se afastar dele, e morrer na fé. E sofre as conseqüências em sua própria pele.

A oração pessoal é o momento de recebermos o amor de Deus, de escutá-lo, de sermos orientados por sua palavra. Momento de amar e ser amado…De viver como filhos !

A nossa alma precisa de Deus ,tanto quanto, o nosso corpo precisa de alimento para viver. Sem Ele, nada podemos , nele nos movemos , nele existimos , é o que diz São Paulo.

Tire a melhor hora do seu dia , para estar a sós com Deus. Muitas graças acontecem, quando ficamos a sós , na presença de Deus : conversão, cura interior,alegria,paz,etc.

Eu testemunho prá você , que sem oração, a minha missão seria sem frutos.Eu não conseguiria fazer bem , tudo que faço na evangelização. Sou dependente de Deus !

Nós trabalhamos muito na Canção Nova ! Nós casados, temos os nossos filhos.Portanto, não somos diferentes de você. Precisamos ”cavar ”tempo para estar com Deus.

”Cave” também o seu tempo ! Não deixe prá depois , é você quem precisa de Deus, e não o contrário !

Busque um ”cantinho” para conviver com Ele. Oração pessoal é convivência com Deus !Não tanto para pedir , embora você possa , mas, para se envolver com o Senhor!

Se você não tem o hábito , utilize a palavra de Deus , reze com os salmos .

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Por causa da Tua Palavra lançarei as redes

Por causa da Tua Palavra lançarei as redes. Mas que palavras? E com que autoridade? Avançai para águas mais profundas, e lançai as vossas redes para a pesca. Estas palavras foram garantia para que Pedro e os outros apóstolos voltassem a pescar naquele dia, depois de uma noite toda de pesca infrutífera. E continuam sendo ditas para nós hoje. Para ontem elas tendo sido cumpridas, fizeram com que os discípulos reconhecessem o poder de Jesus. E hoje? Que mensagem estas palavras trazem para mim e para você? A mensagem desse Evangelho nos motiva a nunca desistirmos e sempre tentarmos novamente. Saber que Jesus está perto e que, na pesca da nossa vida, Ele nos orienta, nos ilumina com o Seu Espírito é segurança para nunca perdermos a esperança. Ainda que já tenhamos trabalhado a noite inteira e nada conseguimos pescar. Mesmo que já tenha se exaurido a nossa capacidade de pedir, de suplicar, de esperar por alguma coisa de que necessitamos, “em atenção à palavra de Jesus”, devemos prosseguir lançando as redes. É esta a mesma Palavra que nos anima hoje a avançar na nossa vida, na nossa pescaria, na nossa luta em busca de paz, de felicidade, de vida plena. Avançar para águas mais profundas significa para nós, buscar mais conhecimento de Deus, da Sua Lei, dos Seus ensinamentos, dos Seus decretos. Quanto mais mergulharmos no Evangelho, nas Escrituras, mais nós iremos encontrar respostas para os nossos questionamentos, para as nossas angústias. O homem é um ser criado por Deus com o objetivo de viver a harmonia com Ele e com o próximo e isso realmente só acontecerá quando ele se jogar nos braços do amor misericordioso de Deus.

Para Pedro, Jesus era o seu mestre. Mas, diante da pesca milagrosa que não se explica por causas naturais, Pedro descobre que Jesus não é um simples mestre ou profeta comum. Já o vê como seu Senhor, nome reservado exclusivamente a Deus. Foi um grande passo na descoberta da verdadeira identidade de Jesus. A admiração atrai Pedro a Jesus; a consciência de seu estado de pecador afasta-o dele.

Diante do milagre presenciado, a fé de Simão começou a tornar-se uma rocha = pedra. Basta ver que Pedro começou a chamar Jesus de “Senhor” e não só de “Mestre”. Pela fé, Simão é transformado em rochedo, e já se põe o fundamento para a sua vocação em “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja” (Mt 16,18) e em “Tu, por tua vez, confirma teus irmãos” (Lc 22,32).

O homem, sozinho em suas tarefas, afadiga-se em vão: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão labutam seus construtores” (SI 127). Mas se acolher com boa disposição a Palavra inspirada, receberá abundante ajuda da mão de Deus.

Quanto mais alguém se aproxima de Deus, tanto mais cresce nele a humildade, esse sentimento de sua pequenez, de seu nada e de seus pecados. Quanto mais distante de Deus alguém vive, tanto menos reconhecerá os próprios erros e limitações. Pedro, tão favorecido pela bondade divina, não pensa senão em sua própria insuficiência e condição de pecador que não merece tanta bondade. E então exclama: “Senhor afaste-se de mim, pois eu sou um pecador!” Mas Jesus, apesar de reconhecer a fraqueza de Simão, confirma-lhe em sua vocação.

Jesus também chama a mim e a você para sermos pescadores de homens! Ele providencia o peixe para nós, porém, necessita das nossas redes a fim de tomar para Ele as almas necessitadas de salvação. Que a nossa pesca seja profícua e não se restrinja somente ao nosso circulo de amizade. Jesus quer que nós sejamos pescadores no Seu Reino e a rede que Ele nos dá é o Seu amor e a Sua Palavra. Não tenha medo! De agora em diante, você vai pescar gente! É isso que Jesus faz contigo aqui e agora. Não tenha medo! Ele sabe da tua fraqueza, dos teus problemas. Mas te quer ver pescador de homens, restaurador de famílias, libertador dos presos, acolhedor dos excluídos e abandonados. Enfim, a dar vida e vida em abundância! Portanto, seja firme e não tenhas medo! Comece desde já: passe para os seus amigos, suas amigas a experiência que você tem com a Palavra de Deus, com a oração, com a reflexão. Conte para todos o que mudou na sua vida, qual a sua esperança e o que você tem descoberto com a Palavra de Deus. Você tem usado o Amor de Deus como rede para atrair as pessoas para Ele? - Mesmo que você não tenha muita vontade você atende ao chamado de Jesus em atenção à Sua Palavra?

Pai, confirma minha vocação de pescador de pessoas humanas, e conduze-me para águas mais profundas onde se encontram os que mais carecem de meu amor.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O bem ou o mal?

Conta-se uma história muito interessante sobre o bem e o mal: “Um homem sábio, em seus conflitos internos, chegou à conclusão de que dentro dele havia dois cães, um, que era bom e dócil e, outro, que era mau e cruel e, os quais brigavam constantemente. Certo dia, perguntaram ao sábio qual dos dois animais venceria a batalha, então, ele parou, refletiu e respondeu: 'AQUELE A QUEM EU ALIMENTAR'.”


Encontramos, no cotidiano, pessoas que vivem um total ativismo, numa busca exacerbada para suprir suas “necessidades”, de modo que acabam esquecendo de olhar para si mesmas e de fazer o exercício feito por esse sábio, ou seja, o de reconhecer que dentro de nós é travada, a todo instante, uma batalha entre os dois lados: entre o da carne e o do espírito, na qual só nós podemos fazer a diferença para que o bem se sobressaia e vença em nossas vidas.


São Paulo nos diz: “Não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero” (Rom 7,19). Este santo fez o exercício de reconhecer a sua verdade – com suas virtudes e misérias. E nós devemos fazer o mesmo: tendo o discernimento e a coragem de crer que precisamos alimentar o BEM, o qual é dádiva de DEUS para nós, e confiar que para que ele transcenda em nossas vidas é necessário ter sempre os olhos fixos em DEUS e viver o processo do grão de trigo, que precisa morrer para continuar a viver, e assim produzir frutos.


Nós nos deparamos com muitas pessoas, cujo esforço em fazer o bem é bastante nítido, as quais, de fato, travam uma grande batalha interior. São Paulo vem nos reafirmar que em nossa carne não habita o bem, porque embora o querer o bem esteja em nós – pois o Espírito Santo de Deus habita em nós –, na maioria das vezes, não somos capazes de realizá-lo, e ao optarmos, mesmo que indiretamente, pelo mal somos tomados por uma profunda angústia, por não termos correspondido ao bem com o qual tanto sonhamos.


Mas, até mesmo ao experimentarmos trevas é preciso confiar no Senhor, que valoriza tudo o que vivemos e o que sentimos, de modo que de todo o mal precisa ser canalizado em DEUS, para que seja convertido em um bem maior.


Convido você a adentrar no coração de Deus que é BOM e relembrar de toda situação traumatizante que tenha roubado a sua paz interior, situações nas quais o mal teve mais destaque que o bem, e que, ainda hoje, ao lembrá-las inquietam seu coração, pois se ainda dói, é sinal de que Deus está curando. Permita que o Senhor faça a intervenção necessária para que o bem, que habita em seu âmago, venha à luz e que este seja o baluarte da sua caminhada.


Hoje, você precisa ter a convicção de que não importam os caminhos errôneos pelos quais você andou e quão seca se encontra a sua alma – saiba que até mesmo da árvore mais seca Deus é capaz de dar vida. Ele respeita o seu tempo, assim como faz com que as árvores cresçam um pouquinho a cada dia. Ele o acolhe e o constrói com toda singeleza de que necessita, Ele cuida de você e tem expectativas a seu respeito. E, se você deu brechas para que o mal reinasse em sua viida, hoje, é tempo de recomeçar de uma forma diferente: com Deus!


Permita que o Senhor lhe mostre todo seu potencial de agir com o bem e com a sua verdade, a qual vai libertá-lo de todas as amarras do demônio.

Você já fez sua parte, agora é hora de deixar DEUS fazer por você. Dê a sua resposta para Ele neste dia. E bom recomeço.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Em luta contra o demônio - Pe Pio

O demônio tem um papel muito relevante na vida do padre Pio. Por bem ou por mal, ele procura sempre tentar o padre, dobrá-lo à sua vontade, cansá-lo e desviá-lo com a finalidade de fazê-lo cair ou, no mínimo, desistir de sua ação em favor das pessoas. Na verdade, ele ruge em torno das pessoas, para devorá-las, como diz são Pedro, e no pai-nosso Jesus nos convida a rezar e a não nos deixar cair em tentação. Por seu lado, o padre Pio adverte a seus filhos espirituais que não dêem trégua ao demônio e que fechem as portas da vontade às suas sugestões.
Mas ele mesmo, o padre Pio, tem algo que ver pessoalmente com satanás, o qual ainda que inimigo dos santos, é um instrumento da santidade. Porque, no plano divino, a missão do diabo é a de colaborador, como instrumento, ou seja, contra a sua vontade e a despeito da intenção a que ele se propõe, para a santificação do homem de Deus. com o padre Pio, a obra santificadora do Espírito Santo é mais do que evidente; mas a obra do demônio, ainda que sugestivamente oposta àquela, objetivamente converge para a mesma finalidade.
Os ataques diabólicos contra o padre Pio são espantosos. O demônio apresenta-se ora por meio de formas que lhe atormentam os sentidos, ora sob um aspecto horrivelmente tenebroso, ora para atacar o intelecto e a vontade, de modo a impedir o progresso no amor de Deus. O “ignominioso” atira-se sobre ele, em companhia de outras forças infernais, para suscitar-lhe “pensamentos de desespero e de falta de confiança em Deus”, para dar-lhe “a Deus” e, “sob as mais abomináveis formas”, para fazê-lo prevaricar.
Ele o tenta dia e noite, a tal ponto que o padre acredita “estar perdendo o juízo”; lança-se sobre ele, joga-o ao chão e o desnuda, atira longe seus livros, cadeiras, travesseiros; contorce-lhe os ferros do leito, emitindo “gritos desesperados e pronunciando palavras extremamente sujas”, o maldiz e promete agressões ainda mais ferozes.
O padre, reduzido a condições deploráveis, escreve a seu confessor: “Eu acreditava, realmente, que fosse aquela a última noite da minha existência”; “Agora já são 22 dias contínuos que Jesus permite a ele desafogar sua raiva sobre mim” (28 de junho de 1912; 1 e 13 de fevereiro de 1913; 18 de maio de 1913).
A permissão concedida por Jesus aos demônios é motivada pelo fato de o padre Pio constituir-se num baluarte formidável entre o demônio e as pessoas, uma almofada de proteção que impede ao demônio a passagem em direção às pessoas mais fracas e mais expostas. O enfurecimento diabólico é devido não apenas ao ódio em relação ao padre, mas ao obstáculo intransponível constituído, por ele para a agressão das pessoas.
O padre Pio tem, sim, pavor de satanás, mas o que verdadeiramente o aterroriza é o pensamento de ofender a Deus; quando acena às tentações, exclama: “Estas tentações me fazem tremer da cabeça aos pés de medo de ofender a Deus [...]; não tenho medo de nada, a não ser das ofensas a Deus” (1° de outubro de 1910; 29 de março de 1911).
Está escrito (Tb 12,13): “Porque não hesitaste em levantar-te e deixar a refeição para ir sepultar um morto, eu fui enviado para pôr-te à prova”. A aspereza da prova à qual o padre é submetido faz com que se compreenda, também, o sentido purificador da intervenção diabólica permitida por Deus.
O padre grita: “Ai de mim! A mão do Senhor caiu sobre mim, oprimindo-me excessivamente. Ao redor do meu espírito não se ouve nada mais do que rugidos de bestas ferozes que me causam tanto medo a ponto de me fazer acreditar ter sido enterrado vivo no sepulcro” (19 de dezembro de 1917). E volta-se para seu confessor: “Mas, padre, quais são os objetivos de Deus? Por que permite ao demônio tamanha liberdade?”; “A batalha é superlativa e extremamente áspera; tenho a impressão de poder sucumbir a qualquer momento[...] Os inimigos, todos de acordo gritam: matemo-lo, escorracemo-lo, porque é fraco e não poderá resistir por muito tempo”; “Em resumo, afinal de contas, tenho a impressão de que o vencido deve ser justamente eu. Mas que digo? É possível que o Senhor permita? Jamais!” (25 de junho de 1911; 1° de abril de 1915; 9 de maio de 1915). De fato, como é ensinado na doutrina paulina, Deus não permitirá que o homem seja tentado acima de suas próprias forças (cf. 1Cor 10,13).
Quando, em seguida, a alma do padre é colocada diante daquela prova terrível que os teólogos chamam de noite escura da alma, os demônios fazem qualquer sacrifício para “ver se em tal estado lhes será possível arrancar-me do peito aquela fé e fortaleza que me vem do pai das luzes” (30 de outubro de 1914).
“Mas uma vez, nestes dias, minha alma desceu ao inferno. Mais uma vez o Senhor me expôs ao furor de satanás [...] Parece que esse apóstata infame quer me arrancar-me do coração aquilo que nele existe de mais sagrado: a fé”. Por isso, pede ao Senhor comutar-lhe “a provação em outra, ainda que mais dura” (26 de novembro de 1917).
Desse fato compreende-se como deve ter sido essa forma de purificação. Ele se examina impiedosamente, mas não encontra em si mesmo motivos de condenação, e, então, em vez de apaziguar-se, chega à conclusão dilacerante para sua alma: “O que mais me dilacera a alma é que talvez este meu penar não seja aceito por Jesus, porque é proveniente de um condutor ignominioso; e pode ser até que seja um veículo de ira” (4 de agosto de 1919).
Seu anjo da guarda, que lhe apareceu depois de uma terrível luta que teve com os demônios, disse-lhe: “Jesus permite esses assaltos do demônio porque a sua piedade o torna caro a ele, e deseja que você se assemelhe a ele nas angústias do deserto, do horto e da cruz. Defenda-se, afaste-se sempre e despreze as insinuações malignas, e não se aflija nas situações em que do meu coração, eu estou perto de você” (18 de janeiro de 1913).
As tentações são um sinal seguro da divina predileção, e as tempestades suscitadas pelo demônio são sinal certo de que se está estabelecendo na alma o Reino de Deus. as iniqüidades que o demônio comete, exercita-as por si mesmo; mas a permissão de cometê-las advém de Deus.
No texto bíblico de 1 Samuel, lê-se: “No dia seguinte, o espírito deprimente enviado por Deus apoderou-se dele” (18,19), ou seja, um espírito que é qualificado simultaneamente como espírito do Senhor e como espírito ruim: é espírito do Senhor porque obteve dele a permissão de exercitar um poder, e é espírito mau devido ao desejo de sua vontade perversa.
O espírito maligno também se torna cruel contra o padre Pio com a expressa permissão de Deus; mas, nesses assaltos diabólicos, o Senhor está sempre presente. Quando santo Antônio abade, pergunta a Deus: “Onde estavas tu?”. “Eu estava presente”, responde-lhe uma voz, “e esperava, contemplando a sua luta, e uma vez que você soube enfrentá-la e sair-se vencedor, estarei sempre a seu lado...”. (N. Conte, Santana l’avversario [Satanás, o inimigo], p.880)
O demônio se enfurece contra os santos e parece forte, aliás, fortíssimo. Entretanto, com sua vinda, Cristo tirou-lhe a força, porque apenas Cristo pode enfrentar como vencedor o mistério da iniqüidade.
Também Francisco de Assis, como o padre Pio, é atacado por satanás num furioso corpo-a-corpo, saindo da luta mais morto do que vivo. Suplica a seu padre acompanhante que permaneça próximo a ele, “porque tenho medo de estar sozinho. Há pouco, os demônios venceram-me por santas razões”. E comenta: “Os demônios são os justiceiros dos quais Nosso Senhor se serve para punir nossas faltas”. Outras vezes diz aos demônios que se apresentam a ele: “Ordeno-lhes, demônios, que façam contra meu corpo tudo aquilo que lhes foi permitido”; mas os demônios, enfurecidos e humilhados, afastam-se.
O padre Pio, atacado cruelmente por seu inimigo, lamenta-se a seu diretor espiritual: “Esse espírito maligno procura, com toda sorte de fantasmas, introduzir em meu coração pensamentos de imundície e desespero [...] Encontro-me, de fato, nas mãos do demônio [...]”. O diretor espiritual responde-lhe: “Por que você teme tanto o inimigo? Não sabe que o Senhor está com você e que o adversário das almas nada pode contra quem resolveu ser de Deus?” (9 e 12 de abril de 1911).
Na fase de progresso espiritual, que vai amadurecendo durante a noite do espírito, em que a obscuridade é terrível e parece faltar qualquer esperança de bem, ressurgem aqueles vícios que, ainda que mortos na alma, são revividos pelos demônios, e surgem até aqueles que jamais existiram. São trevas purificadoras, onde satanás intervém, como instrumento de Deus, pelo refinamento da alma.
Apesar de esses espíritos malditos atormentarem o padre Pio, ele os afronta com coragem e posturas desafiadoras, porque sabe que sem a permissão de Deus sequer podem mover-se.
Parece um paradoxo, mas são justamente os assaltos diabólicos impiedosos que ajudam a padre Pio na conversão das pessoas: quantas delas encontram a paz no coração por meio do sofrimento provocado pelo diabo, que, a despeito de si mesmo, colabora para o bem das almas desejado pelo santo.
Os demônios se enfurecem no horrendo túnel da noite do espírito, mas o padre saiu dele resplandecente no firmamento da Igreja.
A mensagem da experiência do padre Pio, homem de fé e de perfeito equilíbrio psico-espiritual, conclama o mudo das almas a não contestar a realidade do ser demoníaco, nem a sua poderosa, oculta e incessante ação, que pode tornar as mais variadas formas, inclusive a mais conveniente: a negação de satanás.

sábado, 11 de dezembro de 2010

O amor supera tudo!

Supera a morte, supera a doença, supera a dor, as indiferenças.

Quer sempre o bem, cobranças sequer tem, pois somente doa-se a alguém.

Não tem a quem temer, porque foi criado por divina excelência.

É supremo e quer dar a todos seu devido valor

Havia na terra de Hus, um homem chamado Jó integro reto, que temia a Deus e fugia de mal. Tinha sete filhos e três filhas, possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois, quinhentos jumentos. Era um homem muito bom que tinha tudo na vida e era o mais considerado entre todos de Oriente.

Deus alegrava-se com Jó por todo o seu temor e sua devoção, mas o inimigo (Satanás) disse a Deus: também, Jó tem tudo na vida, quero ver se ele perde o que tem, se ainda continuará te servindo? E Deus disse: pois bem! Tudo o que ele tem está em teu poder, mas não toque nele.

E assim foi inimigo tirou tudo de Jó, seus bens, seu rebanho e até seus filhos; mas Jó continuou bendizendo a Deus. “ nu sai do ventre de minha mãe, nu voltarei.” O Senhor deu, o Senhor tirou. Bendito seja o nome do Senhor.

Deus mais uma vez se alegrou de seu servo Jó, mas o inimigo mais uma vez diz: também nem trisquei nele, então Deus disse: tudo bem, faça o que quiser só não tire a sua vida.

O inimigo retirou-se da presença do Senhor e feriu Jó com uma lepra maligna desde a planta dos pés até o alto da cabeça. Sua mulher ainda dizia: Esse é o teu Deus? Amaldiçoa ele! Ele te tirou tudo e agora estas assim prestes a morrer.

Mas Jó continuou bendizendo o Senhor, Jó suportou tudo por amor ao Senhor, e resistiu por que havia um amor incondicional de seu coração pelo Senhor.

Depois Jó viveu ainda muitos anos, e o Senhor o abençoou mais do que da primeira vez, duplicando-lhe todos os seus bens dando-lhe mais sete filhos e três filhas.

Jó superou tudo por amor a Deus, na saúde, na doença, na alegria e na tristeza. É preciso experimentarmos esse amor.

Prove desse amor porque Deus é amor e o amor de Deus supera tudo.

Nas lutas diárias da vida, lembre-se de que tudo tem um tempo próprio para se realizar. A árvore mais alta do mundo, um dia foi semente. O mar gigantesco é formado por pequenos rios que despejam suas águas em um encontro marcado. E a hora do relógio é formada por segundos que se juntam para formar o minuto. A casa mais bela e rica, um dia foi apenas projeto.

Assim, tudo segue um cronograma e na Lei Divina, nada segue aos pulos ou com privilégios, tudo é pura justiça. Sabendo que o mundo é construído por etapas, que tudo está em seu devido lugar e no devido momento certo, não abandone seus sonhos, não desista de lutar pelo seu crescimento.

Refaça seus planos se for preciso , ajuste-o ao momento atual e se agarre com Deus. Acredite na sua força e tenha certeza: você nunca está sozinho. Em nenhum momento os anjos te abandonaram, talvez você não tenha deixado eles se aproximarem, mas eles sempre estão perto de você.

Não se assuste com as atitudes das pessoas que te cercam, nem sempre elas estão no seu melhor dia, e todos nós temos o direito de estarmos chateados ou até tristes e sem vontade de falar com ninguém. Isso é passageiro, amanhã o sol volta a brilhar.

Portanto, precisamos respeitar cada indivíduo que existe, não crie expectativas com a vida dos outros, você acaba se machucando e fazendo com que as pessoas se sintam responsáveis por atitudes que só você esperava, que você sequer comunicou a pessoa interessada, apenas desejou em seu íntimo.

Tudo Tem Seu Tempo! E o seu tempo de plantar é todos os dias, é a cada minuto, pense bem! Semeie amor, distribua sementes de carinho e em breve você irá ter a maior colheita de felicidade que um ser humano pode ter.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Qual é a maior graça que podemos ter na vida?

A maior graça que um homem pode ter na vida é conhecer a Deus e fazer a experiência do amor do Senhor. Muitas pessoas, ao terem um encontro pessoal com Jesus, mudam radicalmente de vida, porque descobrem o verdadeiro sentido da existência. No entanto, essa experiência é pessoal,ou seja, ninguém pode fazê-la por nós.

Vejamos o testemunho de São Paulo: “Na verdade, considero tudo como perda diante da vantagem suprema que consiste em conhecer a Cristo Jesus, meu Senhor” (Fl 3,8).

Rezemos com a Igreja:

“Levantai, ó Deus, o ânimo dos vossos filhos e filhas, para que, aproveitando melhor as vossas graças, obtenham de vossa paternal bondade mais poderosos auxílios. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém”.

Nós precisamos confiar na bondade de Deus fazendo a experiência do abandono n’Ele. Ninguém que confiou na bondade do Senhor ficou decepcionado.

Hoje é o dia de deixarmos Deus ser Deus na nossa vida e na vida dos nossos familiares, porque nós verdadeiramente cremos no poder e no amor do Senhor e que para Ele nada é impossível.

Procuremos o Senhor incansavelmente e deixemo-nos alcançar por Ele.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Só quem caminha encontra a verdade

Luís Felipe
Comunidade Cancao Nova


Diante dos episódios bíblicos, muitas vezes, Jesus questionava os apóstolos e os mesmos se contradiziam em suas opiniões e ações. Hoje, deparo-me com a nossa capacidade de fazer um juízo das reações dos discípulos diante do Mestre de Nazaré.

Quantas vezes questionamos a demora dos apóstolos em entender que Jesus não era um Messias político! Ou a lentidão dos apóstolos em aderir aos propósitos do Mestre diante de tantos milagres! Milagres, estes, que revelavam que Aquele homem não era um simples profeta, mas Alguém além disso.

Tantos fatos, tantas situações e ocasiões que realmente “re+velavam” quem era Nosso Senhor e, ainda sim, segundo o nosso juízo, os discípulos não entendiam quem Ele era.

Junto com você, gostaria de lançar um olhar mais demorado sobre esses homens que conviveram bem de perto com o Senhor. Nós nos identificamos com cada um deles. Pedro, um homem sincero, mas muitas vezes medroso. Tiago, um homem firme. Bartolomeu, verdadeiro (como o próprio Cristo disse: “homem sem fingimento”). Mateus, um pecador que se arrependeu. Em cada um deles encontramos um pouco de nós. Assim como eles, também nós, apesar de conhecermos o Senhor e de, muitas vezes, já termos reconhecido a Sua presença em nossa vida e experimentado os Seus milagres, ainda não nos deixamos transformar por completo. Por quê?

Ao olharmos de maneira demorada para a relação de Jesus com os discípulos, percebemos a pedagogia que Ele teve com cada um, pois eles trilharam um caminho com o Mestre. Um caminho de sofrimento não só para Jesus, mas também para eles. Com certeza, foi sofrido largar o pouco que tinham, ou ainda o tudo que eles tinha para sonharem o sonho de Jesus. Era uma nova proposta de vida, uma maneira diferente de viver daquela que eles tinham aprendido desde sempre. Tudo o que Cristo fez e propôs a eles foi marcante e desafiador. Como deve ter sido difícil para eles ouvirem que, depois de três anos juntos, Jesus iria morrer pelas mãos dos fariseus e doutores da Lei. Nessa perspectiva, entendemos a atitude de Pedro em dizer que daria a vida por Jesus, mas que não O queria ver morto.

A bela notícia é que somos também assim, somos contraditórios. Ao mesmo tempo em que O defendemos com a nossa conduta ou com nossas ações, também O negamos. Mas isso é próprio daquele que tem a coragem de se colocar a caminho. O desconcertante em Jesus é que aquele que vive a condição da contradição, ou seja, o errar mesmo querendo acertar, é a esse que Ele se apresenta como Mestre, como Aquele que forma, que modela, que gera a vida nova.

Olhemos para os mesmos discípulos. Em fatos isolados, eles podem nos ter desapontado por causa de suas reações, mas é inegável que, após essa caminhada com o Mestre, verdadeiramente eles foram “trans+formados”. Assim acontece também conosco. Não olhe na sua vida os fatos isolados, quando você não foi feliz em suas ações. Tenha a coragem de “olhar devagar” e enxergar o caminho que você está fazendo. O Jesus que amou Pedro no momento em que o apóstolo viveu o seu martírio, foi o mesmo que amou o discípulo no momento em que ele negou o Mestre.

Tenha coragem. Arrisque-se na escola do Mestre de Nazaré, onde o maior desafio é não olhar para o nosso limite, mas sim enxergarmos no amor de Jesus a possibilidade do nosso crescimento.