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'SE CALAREM AS VOZES DOS PROFETAS AS PEDRAS FALARÃO'








sábado, 27 de novembro de 2010

A FAMÍLIA E A IGREJA

por Comunidade Shalom

"Cristo quis nascer e crescer no seio da Sagrada família de José e Maria. A Igreja não é outra coisa senão a " família de Deus". Desde suas origens, o núcleo da Igreja era em geral constituído por aqueles que " com toda a casa" se tornavam cristãos. Quando eles se convertiam, desejavam também que "toda a sua casa" fosse salva. Essas famílias que se tornavam cristãs eram redutos de vida cristã num mundo incrédulo".

A orientação para a fecundidade do casal orienta para o serviço à Igreja. A consciência disto vem tanto da própria Igreja como da experiência concreta de inúmeros casais cristãos, que compreenderam que sua espiritualidade não atinge somente o âmbito de sua família, mas a Igreja. Se o matrimônio é sinal da Igreja (Cf. Ef 5,32). A família é Igreja enquanto comunidade de batizados. É uma pequena Igreja que se abre ao mundo.

Quando possui clara esta consciência, o casal não se isola, mas se enraíza vitalmente no serviço à Igreja, assumindo a postura de um ministério que nasce como resposta ao convite que Deus faz continuamente para que cresça na graça e se dê generosamente, como sinal de amor e de unidade, com seu testemunho de vida, como ministros da vida física espiritual, pela procriação, educação, hospitalidade e serviço, como apóstolos, através do exercício de outros dons e outros carismas.

O casal cristão é chamado a ser estrutura sustentadora de uma família capaz de encontrar relações novas, não ditadas pela carne e o sangue, mas pela vida nova que Cristo confere pelo Batismo. Isto reduz o egoísmo, e faz com que cresça a caridade, dom do Espírito e se realize a Igreja doméstica.

Podemos encontrar dois exemplos claros disto no Livro dos atos dos Apóstolos: o primeiro acontece quando Pedro foi acusado por entrar na casa de incircuncisos e comer com eles, e respondeu á acusação narrando que havia sido enviado por Deus para entrar na casa de um homem pagão, anunciar a boa nova e batizar no Espírito Santo não somente a ele, mas a toda a sua casa.(Cf. At 11,1-18).

O outro exemplo narra a libertação milagrosa de Paulo e Silas da prisão, que acabou na conversão do carcereiro, a quem eles prometeram: "Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa". O carcereiro recebeu o batismo no Espírito e os levou para sua casa, onde lhes ofereceu uma refeição e se alegrou com eles. (Cf. At 16,16-34).

O Senhor deseja salvar não somente alguns em uma casa, mas a todos, embora comece por apenas um, e os outros o sigam a seu tempo. Mas precisamos encontrar nele a sabedoria para que a graça acolhida por nós se estenda a todos, e que juntos, nos transformemos em mananciais de graça para o mundo inteiro.

Muitos casais priorizam e cultivam diversos tipos de afinidade e o relacionamento sexual esquecendo a necessidade primeira de alimentar união de suas almas através da oração juntos. Esta oração faz reconhecer a unidade sobrenatural que existe entre os dois, e abre seus corações para as graças atuais que Deus quer derramar em sua casa para que viam as situações que se apresentam no dia a dia.

É na oração que recebe a graça de perdoar um ao outro e amá-lo verdadeiramente. Um pequeno momento de oração facilita o entendimento numa conversa posterior e às vezes até o substitui, tirando as necessidades de explicações excessivas.

É na oração do casal que Deus esclarece sua consciência familiar, corrige os vícios em comum, chama e envia o casal a novos desafios, ungindo-os para cumpri-los.

É claro que a oração em comum não substitui a oração pessoal de cada cônjuge, mas uma se torna estímulo para a outra.

O Concílio Vaticano II chama a família de Igreja Doméstica porque é no seio da família que os pais são " para os filhos, pela palavra e pelo exemplo os primeiros mestres da fé.

"É na família que se exerce de modo privilegiado o sacerdócio batismal do pai de família, da mãe, dos filhos, de todos os membros da família, " na recepção dos sacramentos, na oração e ação de graças, no testemunho de uma vida santa, na abnegação e na caridade ativa" (LG 10). O lar é assim a primeira escola de vida cristã e, "uma escola de enriquecimento humano" (GS 52). É aí que se aprende a fadiga e a alegria do trabalho, o amor fraterno, o perdão generoso e mesmo reiterado, e sobretudo o culto divino pela oração e oferenda de sua vida".

Não podemos esquecer também certas pessoas que ficam sem família humana. A todas elas é preciso abrir as portas dos lares "Igrejas domésticas", e da grande família que é a Igreja. " Ninguém está privado da família neste mundo: a Igreja é casa e família para todos, especialmente para quantos estão cansados e oprimidos" (FC 85).

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Anunciar a Cristo crucificado

por Dom Azcona

No Marajó ainda existem muitos analfabetos, leprosos, o narcotráfico e este grito desta jovem tem haver com o Evangelho de hoje, tem haver com o senhorio de Jesus e também com cada um de nós. Muitos ainda agem como Caim quando questionado sobre seu irmão e respondem ao apelo: “Acaso eu sou guarda do meu irmão?”. Somente Jesus pode nos libertar!

Jesus desceu a mansão dos mortos, onde gritam: “Quem nos libertará?”, Ele experimentou o abandono de Deus, pois o morto não pode fazer nada por ele mesmo. O que Jesus não tocou não foi salvo, Ele devia descer a mansão dos mortos, Ele devia se solidarizar com seus irmãos e é este Jesus pelo qual clamam milhares de pessoas no Brasil que ainda não O conhecem, que só conhecem a solidão, o desespero, a morte e Jesus vem nos dizer: “Em vosso caminho anunciai, o Reino do céus está próximo”. Anunciai para o Brasil todo o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, anunciai o Evangelho como diz o apóstolo Paulo. Queridos presbíteros não nos envergonhemos do Evangelho nesta sociedade perversa, pois muitas vezes houve está vergonha de proclamar o Cristo, o Cristo crucificado e pregar o Evangelho é pregar este Cristo. O mundo pede milagres, dentro da Renovação Carismática muitos pedem curas, muitos pedem soluções aos problemas familiares e nós pregamos a Cristo e Cristo crucificado que é força de Deus e sabedoria de Deus.

Se nossas literaturas da Renovação Carismática Católica aparecessem com freqüência títulos falando sobre o Cristo crucificado, a evangelização, o poder de Deus, o batismo do Espírito Santo a partir da paixão de Jesus, quando nossos músicos cantarem constantemente o amor do Cristo ferido na cruz, o lado aberto de Cristo pela lança, quando criarem canções constantemente sobre o amor de Cristo o que aconteceria em nossa Igreja, o que aconteceria com na Renovação Carismática Católica? É um apelo em nome da Palavra de Deus hoje, “No caminho anunciai: o Reino de Deus chegou”, e o Reino está em Jesus crucificado e o ressuscitado levará para sempre as marcas do cordeiro imolado, marcas e sinais, pelos quais Ele deve ser reconhecido.

Cristo Jesus traz as feridas abertas diferente da besta que é mencionada no Apocalipse que foi curada repentinamente de uma ferida mortal e toda a humanidade começou a adorar a besta. Neste tempo precisamos como nunca retornar as raízes, “O Espírito Santo está sobre mim, Ele me ungiu e me enviou a levar a Boa Nova aos pobres, a libertar os acorrentados, abrir as prisões dos que estão na cadeia e na masmorra e anunciar um ano de graça e de libertação do Senhor”, Jesus proclamou esta Palavra e enrolou o pergaminho entregando-o para o servente, hoje esta Palavra se cumpre. É hora de permitir que esta Palavra se cumpra por meio de nós, o Espírito te envia, Jesus te envia a anunciar o Evangelho aos pobres e desesperados do Brasil e deste mundo.

Onde esta nossa humanidade irmãos? Onde esta nossa fé no senhorio de Jesus? Onde esta nossa fidelidade de cristãos? É uma questão de fidelidade da esposa a Igreja, ao seu esposo Jesus Cristo que grita no pobre, muitas vezes abandonado. É Jesus morto que grita para esta Renovação Carismática Católica, “Ide e anunciai o Reino de Deus”. A vergonha nacional, a vergonha diante do Evangelho e do Cristo crucificado, onde vemos governantes gastando milhões. Queridos estamos chegando aos níveis do inferno e você pode dizer, “O que tenho a ver com isso?”. Tudo! Não podemos fazer como Caim. Nós estamos celebrando a eucaristia e o apóstolo Paulo dizia que em Corinto existia injustiça, falta de amor, pois alguns grupos se banqueteavam e outro grupo passava fome e isso é para pensarmos se realmente estamos celebrando a eucaristia, onde eu estou vivendo muito bem enquanto outros passam fome.
Hoje pregar o Evangelho, pregar que o Reino de Deus está próximo se tornou uma profissão de risco e pode nos levar a morte, você sabe disso. Os apóstolos viveram isso quando pregavam e eram colocados na prisão e se alegravam por isso por que foram dignos de serem perseguidos pelo nome de Jesus. Precisamos pregar o Evangelho com coragem, com paresia, com a força do Espírito Santo.

Eu sou perseguido pelo narcotráfico, sou ameaçado de morte e muitos me perguntam, “Você tem medo de morrer?”, digo que não e eu acho uma boa pergunta para este congresso, “Você tem medo de morrer?”. A idéia de morte me persegue mais do que nunca, mas a graça de Deus, o Espírito Santo, a paresia D'Ele, o poder D'Ele tem me dado tanta paz, eu não tenho nem perdido o sono por conta disso. E digo a vocês que se um dia eu puder entregar a minha vida por Jesus Cristo que deu seu sangue por mim, digo sinceramente que seria o dia mais feliz da minha vida.
O que o cristão poderia desejar mais, senão entregar a vida pelo seu Senhor Jesus? E para terminar falo sobre o texto do Atos dos apóstolos 4, versículo 23 e seguintes, onde fala: ”Postos em liberdade, voltaram aos seus irmãos e referiram tudo quanto lhes tinham dito os sumos sacerdotes e os anciãos. Ao ouvirem isso, levantaram unânimes a voz a Deus e disseram: Senhor, vós que fizestes o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há. Vós que, pelo Espírito Santo, pela boca de nosso pai Davi, vosso servo, dissestes: Por que se agitam as nações, e imaginam os povos coisas vãs? Levantam-se os reis da terra, e os príncipes se reúnem em conselho contra o Senhor e contra o seu Cristo (Sl 2,1s.). Pois na verdade se uniram nesta cidade contra o vosso santo servo Jesus, que ungistes, Herodes e Pôncio Pilatos com as nações e com o povo de Israel, para executarem o que a vossa mão e o vosso conselho predeterminaram que se fizesse. Agora, pois, Senhor, olhai para as suas ameaças e concedei aos vossos servos que com todo o desassombro anunciem a vossa palavra. Estendei a vossa mão para que se realizem curas, milagres e prodígios pelo nome de Jesus, vosso santo servo! Mal acabavam de rezar, tremeu o lugar onde estavam reunidos. E todos ficaram cheios do Espírito Santo e anunciaram com intrepidez a palavra de Deus.”

É na perseguição que a Igreja cresce, é na ameaça de morte que a Igreja se fortalece porque não confia mais na suas próprias forças. O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado e o amor de Jesus nos constrange!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

É tempo de voltar para o Senhor

por Marcio Mendes


Eu quero convidar você para abrir a Palavra de Deus em: Oséias 14,2-10.

A Palavra de Deus é remédio de vida eterna para nós; é o próprio Espírito Santo quem nos diz que devemos voltar para o Senhor nosso Deus (cf. Oséias 14, 1b). Se hoje ouvirmos a voz de Deus não endureçamos o nosso coração. Que não tenhamos um coração insensível às coisas do Pai, porque Ele nos ama e tudo o que faz é em nosso favor. Ele quer nos erguer, quer o nosso bem, quer ser a nossa força e a nossa alegria.

Porque ouvimos a voz do Senhor, que só quer o nosso bem, volteo-nos para Ele. Voltar para Jesus não é apenas mudar os nossos hábitos, comportamentos, deixando de comer alguma coisa na Quaresma ou evitando conflitos; tudo isso é muito importante e válido, mas é muito mais que isso.

Volte o seu coração para Deus, dê de novo o seu coração para Jesus, dê a Ele o seu amor e os seus afetos. Volte para o Senhor do ponto em que se perdeu. Lembra onde você caiu? Levante e volte! Deus tem saudade de você, Ele quer o seu bem e a sua felicidade, mas para que você possa experimentá-la é preciso voltar para Ele.

Volte! Mas não é a volta da estrada ou a mudança dos pensamentos, é volta do coração, porque quando voltamos de coração para alguém, conseguimos ser obedientes a essa pessoa, porque estamos unidos a ela por amor. E a Palavra que nos diz "Volta para o Senhor teu Deus" nos revela o motivo de estarmos perdidos.

Onde foi que você se machucou? No que você trombou pelo seu caminho? Diz a Palavra de Deus que nós tropeçamos em nossos próprios pecados. Porque quem anda perdido anda aos tropeções. É o que acontece quando caminhamos às apalpadelas, às escuras, nas trevas do erro. A sua tristeza é porque tropeçou em seu próprio pecado; este é o motivo de sua solidão, desse sentimento que você está vivendo.

Traga com você palavras sinceras, que brotam do seu coração, palavras de arrependimento. Traga com você palavras da oração. Vamos dizer uns aos outros: Voltemos para o Senhor! Juntos voltemos para Deus! Vamos nos animar uns aos outros, é tempo de recomeçar; porque o Senhor será o nosso sustento.

Tire, Senhor, o peso da culpa. Porque eu carrego um peso dentro do meu coração, uma culpa que me abafa, que me afoga e tira o ar de mim, pesa sobre mim, me faz gemer tristemente nos meus dias, acabrunhado pelos males, pelos pecados, preocupações. Tire, Jesus, o peso da culpa.

Você sabe qual é a obra que o demônio faz na nossa vida? A primeira coisa é tirar de nós toda a vergonha de pecar. O pecado é vergonhoso, uma coisa terrível, existem certas coisas que algumas pessoas fazem ocultamente, que é vergonhoso até falar delas. O pecado é vergonhoso e nós pecamos desavergonhadamente. E a segunda coisa que ele coloca no nosso coração é a vergonha e o medo de confessar o pecado. Mesmo quando as pessoas nos dizem: "Vá! Você vai ser perdoado!" nós continuamos com medo.

Deus nunca tirou os olhos de você, e o fato de você ter se perdido não fez com que Ele o abandonasse ou o amasse menos. Ele nunca deixou de procurá-lo. Dê uma chance para Ele resgatar você!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

A fidelidade começa no namoro

O namoro não é um tempo para conhecer o outro por fora mas por dentro e fazer o outro crescer, se isso não acontece, então este relacionamento está furado. Para dizer sim ao outro, você tem que dizer não para você. E quando isso acontece, você está fazendo o outro crescer, e isso precisa acontecer no namoro, no noivado e no casamento.

O amor é uma decisão. Quando você sobe ao altar para se casar, você diz que jura ser fiel, na saúde, doença, amar e respeitar todos os dias da sua vida, e não é uma declaração poética, mas um juramento de fidelidade até o último dia da sua vida. O jovem que não é fiel no namoro, então não será no casamento também.

É o amor que constrói, o amor não é egoísta, mas tudo suporta, tudo espera, esse é o amor de Deus, não o amor dos homens, ou das telenovelas. São Paulo compara o amor dos maridos com o amor que Cristo tem pela sua Igreja.

Um dos problemas que mais afetam os jovens é a falta de fidelidade e a não vivência da castidade. Mais uma outra coisa: Por que muita gente não é capaz de amar? Amar é dar-se, é renuncia. E por que muitos não conseguem se dar? Porque não se possuem. Para dar algo para alguém você precisa ter posse daquilo.

Eu tenho que me possuir, o como é isso? É ter domínio sobre mim mesmo. Um homem que não tem domínio sobre si, que não consegue dominar-se diante de um prato de comida, ou aquele que não pode ver uma mulher e já vai atrás, é porque não tem comando sobre si, você não tem liberdade.

Deus não nos fez livres para fazer o mal, mas para fazer o bem. Se a liberdade não respeitar dois vínculos, que é a verdade e a responsabilidade, então não é liberdade é loucura. Se você não consegue respeitar esses dois, é sinal que você perdeu a razão. Ninguém é livre para abusar das pessoas. Ser livre é não ser escravo das paixões e do pecado. Livre é aquele que luta contra o pecado. Para ajudar o outro a crescer é preciso ser livre. Quem não é livre é egoísta.
Porque você não consegue se dar? Porque você não se possui'
Foto: Wesley Almeida
Por que nós recebemos muitas cartas falando sobre o sexo no namoro? Porque para os jovens de hoje é muito difícil viver a castidade. O mundo vive um pan-sexualismo, onde tudo respira sexo. Não se vende mais um carro, roupa, sem colocar a foto de uma mulher nua. O homem é fascinado pelo corpo da mulher, por isso para o jovem é tão dificil viver a castidade.

Deus fez a mulher maravilhosa, encantadora, mas tem um lugar para viver o sexo e o sexo é para ser vivido no casamento. A Igreja ensina, que o sexo tem duas funções, unitiva e procriativa, mas antes disso é preciso unir as vidas, é preciso colocar uma aliança no dedo e prometer fidelidade todos os dias da vida. Depois de colocar a aliança no dedo aquele homem é da mulher e a mulher é do homem.

Marido e mulher não pode ficar muito tempo sem relação sexual a Igreja chama isso de débito conjugal. O sexo é a liturgia do amor conjugal, é a maior expressão de amor entre o casal. Ali não está se dando apenas um presente, uma rosa, não, é o seu corpo, a sua intimidade que você está dando ao outro. Não há sentido em entregar o seu corpo sem um compromisso conjugal.

E muitos perguntam: Eu amo meu namorado, por que não posso ter vida sexual com ele? Primeiro porque a lei de Deus não quer. E porque Deus não quer é porque Ele não é bom? Não! É porque não é bom, e isso tem um nome: Isso chama-se fornicação, e é pecado grave. Duas pessoas solteiras que se relacionam sexualmente a Igreja chama de adultério ou fornicação. Como cristão católico, você não pode, porque para nós o que vale é a Palavra de Deus.

Viver a castidade no casamento é não desejar a mulher do outro, não ver filme pornográfico e depois querer fazer o mesmo com a sua esposa. E eu meus irmãos, continuo lutando, pois eu quero esta medalha de ouro, mas você jovem que consegue viver a castidade, a sua medalha será muito maior que a minha, porque quanto maior for a sua luta, maior será o sabor da sua vitória.

Nós precisamos fazer uma santa revolução na juventude, para que eles vivam no namoro a castidade, para que os jovens se respeitem até o casamento. Porque o sexo antes do casamento estraga muito.

Quando o Papa João Paulo II em 1997 ele disse que no Brasil, por causa do sexo livre, há milhares de crianças órfãs de pais vivos. Homens covardes que abusam das meninas. E quem paga a conta é a criança, que muitas vezes é abortada, outras ficam aos cuidados dos avós, ou em orfanatos. Quando uma criança é gerada no casamento não acontece isso, ou não é para acontecer dos pais abandonarem os seus filhos. Quando a Igreja pede para o jovem ser casto, é para ele treinar, exercitar a fidelidade para chegar ao casamento com esta fibra e com a graça de Deus.

domingo, 21 de novembro de 2010

Sementes de Vida

No caminho desta vida rumo ao Céu, nós pecamos pela nossa impaciência e murmuração diante das tribulações, falando contra Deus e contra a Igreja, deixada por Ele para nos conduzir. Fragilizados pelo cansaço da caminhada e pelos seus desafios, perdemos o apetite pelas coisas do Alto e abrimos espaço para que o inimigo venha nos ferir de maneira fatal, nos levando à morte pelo pecado.

Cristo é o novo Moisés, o Filho de Deus que intercede por nós junto ao Pai para que sejamos salvos. Ele obedeceu radicalmente à vontade de Deus Pai, indo até as últimas consequências, aceitando livremente morrer na Cruz por cada um de nós, para a nossa salvação. Graças a este Seu santo sacrifício, quando qualquer pessoa é ferida pelo pecado, porém, se volta para a Cruz redentora de Cristo, fica curada, tendo sua vida restaurada. Isto se dá, de modo particular, quando tomamos posse desta redenção, através da confissão contrita e sincera dos nossos pecados no Sacramento da Reconciliação. Quando rejeitamos a rebeldia e decidimos pela obediência radical a Deus, aderindo ao ato de amor de Jesus no calvário, somos libertos da morte e ganhamos a vida nova.

Precisamos seguir o exemplo do Mestre, esvaziando-nos de nós mesmos e colocando a nossa humanidade inteiramente submissa a vontade de Deus, custe o que custar, enfrentando toda e qualquer humilhação. Somente desta forma seremos exaltados pelo Pai e reinaremos na glória com Jesus Cristo, nosso Senhor.

Recordemos toda a nossa história como povo de Deus e evitemos os erros cometidos no passado. Não esperemos sofrer para nos converter! Busquemos o Senhor, o quanto antes, reconhecendo que Ele é a rocha sobre a qual devemos edificar nossa vida. Honremos a Deus com todo nosso ser, rejeitando toda falsidade e infidelidade, mantendo a aliança de amor que Ele selou conosco pelo alto preço do sangue de Seu Filho Jesus. Não desperdicemos a misericórdia de Deus, ao contrário, devemos acolhê-la, deixando que ela frutifique em nós.

Voltemos o nosso olhar para Cristo crucificado e acreditemos firmemente que só por meio d’Ele podemos alcançar a eterna alegria. Na Cruz do Senhor temos a máxima expressão do amor de Deus, que não quer a nossa condenação, mas que sejamos salvos. No entanto, tendo Ele feito a Sua parte, cabe a nós aceitarmos ou não a Salvação. Quem decide pelo pecado escolhe a morte, quem escolhe a Cruz de Cristo decide pela felicidade sem fim.

Peçamos ao Senhor que nos ilumine com o Seu Espírito, para que reconheçamos a riqueza da Sua Cruz e renunciemos aos falsos tesouros com os quais o mundo insiste em nos seduzir. Invoquemos a poderosa intercessão de Nossa Senhora, a Mãe das dores, de maneira que, assim como ela, permaneçamos unidos a Cristo até o final de nossas vidas, na certeza da vitória do bem sobre o mal e da bem-aventurança dos justos.

Vale à pena sofrer pela causa do Reino, correspondendo ao projeto do Pai, pois, a recompensa eterna supera todo e qualquer sofrimento pelo qual passemos. Todavia, lembremos de que só é possível permanecermos fiéis à Cruz de Cristo através de uma profunda e renovada experiência com o Seu amor. Sejamos como aquela pequena comunidade do Gólgota, animada pela fé, pela esperança e pelo amor de Maria, reunida aos pés da Santa Cruz quando tudo foi consumado.

Saudade de Deus

Dizem que religião quer dizer "religar". Se é religar, então, é porque antes havia duas coisas interligadas. Mas, que realidades são essas que estavam unidas antes da ruptura? Seriam Deus criador e o conjunto da realidade a ser criada? - Não sei. Talvez ninguém o saiba. Mas, de uma coisa temos certeza: carregamos uma espécie de saudade do infinito ao longo da vida. Temos um vazio que pede preenchimento, uma lacuna que pede complementação. Acontece que só podemos ter saudades de algo que já experimentamos, anteriormente. Temos saudades de alguém quando sua ausência evoca sua presença. Platão, um filósofo grego, dizia que a alma, antes de experimentar esse mundo, já havia experimentado a plenitude de Deus no mundo das idéias. Pobre de nós, que nem podemos afirmar isso, com a mesma convicção de Platão. Particularmente, penso que sempre existimos no plano de Deus. Somos uma espécie de concessão para o mundo onde devemos testemunhar o amor de Deus. Ao final de curso de nossas vidas, voltamos para Deus. "Nele nos movemos, existimos e somos" (Atos 17,28). Ele é o oceano onde navega o barco de nossa existência! Na verdade, habitamos em Deus, mas, facilmente nos esquecemos disso quando pecamos. O pecado é o que destoa a convivência harmoniosa do barco com o oceano. Ele faz entrar água salgada em nossa embarcação e as conseqüências disso são graves. Elas afetam até mesmo a natureza. A poluição, por exemplo, pode ser conseqüência da ambição desmedida de muitos. Nesse caso, é fruto do pecado. A natureza sofre em dores de parto, aguardando a libertação dos filhos de Deus (Romanos 8,22).
Temos saudades de Deus. O salmista dizia: a minha alma tem sede de Deus como a terra sedenta e sem água (Salmo 42,3). Apesar do pecado, Deus está sempre disposto ao laço de amizade conosco. Aqui entra o papel da religião: Ligar novamente o homem a Deus; ser ponte de união. Tomara que ela esteja cumprindo bem esse papel.